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Autor Tópico: O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira  (Lida 996628 vezes)

Thorn Gilts

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1680 em: 2014-03-31 13:55:21 »
1-   Como sei que o alegado perdedor não responde, a pergunta continua a ser de retórica:

Se:

1- A tua carteira não fosse alvo de day trading
2- Pelo contrário, eram posições de vários dias (e até reforçadas em dias diferentes)
3- Diversificadas
4- Se o gestor não recebesse comissões de trading, mas sim apenas success fee
5- Se as comissões da tua carteira fossem de aproximadamente 0.035% (não obstante as comissões poderem ser estabelecidas livremente pelo broker e não são as mesmas que ditam prejuízos)         

Acharias que ainda assim terias alguma razão para reclamar mais do que a tua decisão de escolher um gestor que teve um péssimo desempenho, como por exemplo aconteceu com muitos fundos?

2-   Como sei que o alegado perdedor não responde, a pergunta continua a ser de retórica:

1-   Não tinhas acesso à tua conta (online) a todo o tempo e em tempo real?
2-   Não sabias quais as perdas e ganhos que tinhas a todo o tempo e em tempo real?
3-   Não recebias extratos com a periodicidade mínima mensal com o reflexo de todos os movimentos de conta?
4-   Não sabias quais eram as comissões cobradas para todos os produtos?
5-   Não vias a cobrança dessas comissões na conta?
6-   Não sabias quais eram os produtos negociados?
7-   Não vias a eventual alavanca utilizada?
8-   Não vias a frequência dos trades (nota que há muitos pequenos investidores que fazem mais de 2000 trades por ano facilmente)?
9-   Não viste a conta a desvalorizar logo desde início e durante os 3,5 anos em que a mesma foi gerida?
10-   Não tinhas contacto com o gestor quando pretendesses?
11-   Não tinhas contacto com a corretora quando pretendesses?
12-   Não terá porventura o gestor tentando contactar-te e tu não responderes?
13-   Não terá porventura a corretora tentando contactar-te e tu não responderes?
14-   Não foi a gestão da conta feita nos exatos termos em que estava declarada?
15-   Não foi a gestão da conta feita com os exatos produtos que estava declarado?
16-   Não assinaste um teste de adequação (para o tipo de produto contratado), onde, entre outras coisas TE PREVINE PARA O RISCO DE PERDAS – risco que tu aceitaste tomar?
17-   Não assinaste um contrato com a corretora onde consta toda a informação de preços, instrumentos a negociar, etc?
18-   Alguém te impediu de fechar a conta?
19-   Alguém te tentou demover a fechar a conta?
20-   Ou, pelo contrário, a tua conta foi fechada pela própria corretora devido às perdas registadas que levaram a um saldo insuficiente para que fosse possível negociar eficientemente?

3-   Quantas pessoas já perderam dinheiro em fundos de investimento? E o que fizeram? Vejamos então as diferenças.

A)   Em ambos os casos o cliente é (ou deveria ser) obrigado assinar um contrato com toda a informação sobre o negócio jurídico e económico estabelecido.
B)   Em ambos os casos o cliente é (ou deveria ser) obrigado informado do preçário.
C)   Em ambos os casos o cliente é (ou deveria ser) obrigado (ou deveria) ser informado dos riscos associados aquele produto.
D)   Em ambos os casos o cliente é (ou deveria ser) obrigado preencher e assinar o teste de adequação.
E)   Em ambos os casos o cliente só poderia subscrever o produto se o teste de adequação mostra-se que o mesmo era adequado face as características do mesmo e ao perfil do cliente.
F)   Em ambos os casos o cliente recebe informação periódica, nomeadamente sobre o valor da sua carteira. Essa informação tem de ter pelo menos uma periodicidade de 1 mês.   

Na gestão de carteiras

1-   O cliente, através da plataforma (no telemóvel, no tablet, no pc) e em qualquer lugar no mundo pode aceder a qualquer momento à sua conta (24h/365dias) e verificar em TEMPO REAL: i) saldo da conta ii) posições abertas iii) posições fechadas iv) lucros e perdas v) comissões cobradas vi) comissões esperadas pelas posições abertas quando estas forem fechadas vii) todos os movimentos de conta… na verdade pode ver toda a informação que o próprio gestor vê.
2-   O cliente, a todo o momento, pode falar com o gestor, discutir a estratégia e fazer qualquer pergunta que entender (algo que um cliente com o mínimo de diligência faria e depois decidia se continuava ou não).
3-   O cliente pode abandonar a gestão de carteira a qualquer momento sem qualquer penalização.
4-   O cliente sabe quais as comissões de trading cobrados e pode verificar esses comissões em tempo real e a qualquer momento, quando o trade é fechado e quando é aberto pode ir ver as estimativas das mesmas.
5-   O cliente vê qual a frequência dos trades em tempo real.
6-   O cliente sabe quais os produtos negociados pelo gestor, pelo que o gestor não tem hipótese de negociar produtos diferentes daqueles que ficaram declarados e que o cliente aceitou que fossem negociados.

Na gestão de fundos:

1-   O cliente não tem acesso à composição do fundo (apenas no final do mês pode verificar, através da CMVM, qual a composição do fundo naquele momento – o que não signfica que seja igual – ie. Problemas de window dressing);
2-   O cliente não sabe em tempo real o que esta a perder ou a ganhar.
3-   O cliente não conhecesse gestor e não sabe qual o seu track record, CV, etc.
4-   O cliente tão pouco sabe se o gestor do fundo entretanto mudou (já que podia mudar imensas vezes sem que o cliente saiba).
5-   O cliente não tem acesso ao gestor, pelo que não pode discutir nada sobre o fundo, a estrategia, expectativas, etc com o gestor.
6-   Os fundos estão ainda sujeitos a enviesamentos de style drift, window dressing, etc.
7-   O cliente não sabe quais as comissões de trading cobradas ao fundo.
8-   O cliente não sabe qual a frequência dos trades.
9-   O fundo pode utilizar N de produtos, nomeadamente para fazer cobertura, posições curtas, CFDs, etc… dependendo do tipo de fundo.

Quanto a mim, participei no tópico porque
1) sempre o fiz – estou há anos aqui registado – fui um dos primeiros aderir ao forum
2) porque especialmente neste tipo de questões participo bastante
3) porque também não gosto e fui “vitima” da censura do Caldeirão de Bolsa
4) porque também considero que a alegada gestão que aqui foi apresentada (a ser verdade – e não duvido que seja) foi de facto muito má naquele período (embora seja uma gestão típica – muitos pequenos investidores particulares fazem esse tipo de gestão e alguns até mais agressiva).
5) a corretora nem sabe que eu aqui participo (e nem eu participaria ou deixaria de participar a pedido da mesma)

Por fim:
https://www.youtube.com/watch?v=zlj3CjI7PwA - simulação Monte Carlo com movimento Browniano com Drift e sem Drift

https://www.youtube.com/watch?v=5LN91GT8EJg - simulação com dados (preços) reais

Uma carteira sem comissões e sem bid ask spread contra outra (com os mesmos preços) sem comissões mas com bid ask spread.
O bid ask spread é a diferença entre o preço de quem compra e de quem vende (condições do próprio mercado). Verifica-se que uma carteira que tenha um mau risk management, mesmo que só com posições compradas e num mercado tendencialmente ascendente, vai seguir o caminho da carteira referida, mesmo que não existam comissões, isso advem da própria formação de preços no mercado, o tal bid ask spread.
https://www.youtube.com/watch?v=vlgEQnMzddM&feature=youtu.be

Perante isto, não pretendo participar muito mais neste tópico, pelas razões já anteriormente mencionadas. Ficando-me apenas por, de tempos a tempos, vir aqui repetir este texto para relembrar.

Já agora, porque é que o Nogud não pede explicações à Dif sobre as comissões e afins e depois publica aqui?

Porque é que o Nogud não pede as mesmas explicações a CMVM?

Ao menos ficamos a saber qual o valor das comissões cobradas durante esse período de uma vez por todas. Certo?
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Thorn Gilts

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1681 em: 2014-03-31 13:56:17 »
Ainda nao percebi quanto é que foi entregue ao gestor.......

nougud quanto é que deste para queimar ?

Será que com este preçário já não era o dinheiro queimado?

Não discuto preçários mas sim atitudes..... boa ou má fé .

O gestor nunca aconselhou o fecho da conta?

O que esta aqui em discussão (como esteve no comunicado da DECO) foi o preçário, pelo que reitero a pergunta:

Este preçário evitaria o que sucedeu?

O preçário interessa seja porque tem sido o cerne da questão aqui levantada, foi o problema levando no comunicado da DECO e porque tem sido essa a razão principal para derreter a conta. Mais importante ainda é que muitos tem defendido que a motivação para negociar em excesso seria devido às comissões, o que deixaria de ser verdade se fossem comissões pequenas que no final não fosse expressivo no valor da conta.
« Última modificação: 2014-03-31 13:59:15 por Thorn Gilts »
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1682 em: 2014-03-31 14:06:50 »
Penso que culpar o preçário é no minimo redutor........ (para nao chamar ridiculo )

O problema foi mesmo o Gestor. Agora esta no "hot seat" e é bem feito .

Qual foi o valor inicial da conta?

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1683 em: 2014-03-31 14:10:06 »
Penso que culpar o preçário é no minimo redutor........ (para nao chamar ridiculo )

O problema foi mesmo o Gestor. Agora esta no "hot seat" e é bem feito .

Qual foi o valor inicial da conta?

Nisso concordamos. Afinal há alguém (ao contrário da DECO, do Nogud e do Neo-iberal) que considera que culpar o preçário é redutor e até ridículo. Ou seja, parece que concordas que fosse os 0.2% ou o preçário apresentado acima o resultado seria o mesmo.

A única coisa que o preçário poderá interessar é para estabelecer uma qualquer motivação para que se façam mais ou menos negócios. Na verdade, até nem será bem o preçário, mas sim as comissões que ao fim de 3.5 anos foram de acto cobradas com o trading.

Como é lógico o Nogud e nem o Neo-Liberal se vão pronunciar sobre o preçário acima, apesar de ser isso que até agora têm atacado.
« Última modificação: 2014-03-31 14:10:43 por Thorn Gilts »
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1684 em: 2014-03-31 14:11:40 »
Penso que culpar o preçário é no minimo redutor........ (para nao chamar ridiculo )

O problema foi mesmo o Gestor. Agora esta no "hot seat" e é bem feito .

Qual foi o valor inicial da conta?

Nisso concordamos. Afinal há alguém (ao contrário da DECO, do Nogud e do Neo-iberal) que considera que culpar o preçário é redutor e até ridículo. Ou seja, parece que concordas que fosse os 0.2% ou o preçário apresentado acima o resultado seria o mesmo.

A única coisa que o preçário poderá interessar é para estabelecer uma qualquer motivação para que se façam mais ou menos negócios. Na verdade, até nem será bem o preçário, mas sim as comissões que ao fim de 3.5 anos foram de acto cobradas com o trading.

O problema seria o precario juntamente com a rotacao da carteira. Ou seja o total dos spreads + comissoes + juros.
« Última modificação: 2014-03-31 14:13:03 por Neo-Liberal »

Thorn Gilts

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1685 em: 2014-03-31 14:16:28 »
Penso que culpar o preçário é no minimo redutor........ (para nao chamar ridiculo )

O problema foi mesmo o Gestor. Agora esta no "hot seat" e é bem feito .

Qual foi o valor inicial da conta?

Nisso concordamos. Afinal há alguém (ao contrário da DECO, do Nogud e do Neo-iberal) que considera que culpar o preçário é redutor e até ridículo. Ou seja, parece que concordas que fosse os 0.2% ou o preçário apresentado acima o resultado seria o mesmo.

A única coisa que o preçário poderá interessar é para estabelecer uma qualquer motivação para que se façam mais ou menos negócios. Na verdade, até nem será bem o preçário, mas sim as comissões que ao fim de 3.5 anos foram de acto cobradas com o trading.

O problema seria o precario juntamente com a rotacao da carteira. Ou seja o total dos spreads + comissoes + juros.

O preçário em anexo resolveria o problema?

Já agora as comissões e os juros não tem relação com a rotação de carteira, pelo contrário, uma carteira a roda até pode gerar menos juros.

P.S. agora já falas em rotação de carteira em vez de, como a DECO, nr de trades. Evoluíste nesse ponto, parabéns. Já começas a perceber um bocado mais.
« Última modificação: 2014-03-31 14:18:46 por Thorn Gilts »
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1686 em: 2014-03-31 14:17:31 »
Preçário

9.5 cêntimos numa acção de $60 são 0.16%, antes mesmo do spread...
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1687 em: 2014-03-31 14:19:18 »
Preçário

9.5 cêntimos numa acção de $60 são 0.16%, antes mesmo do spread...

Sim. Qual a conclusão que tiras?
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1688 em: 2014-03-31 14:22:35 »
Penso que culpar o preçário é no minimo redutor........ (para nao chamar ridiculo )

O problema foi mesmo o Gestor. Agora esta no "hot seat" e é bem feito .

Qual foi o valor inicial da conta?

Nisso concordamos. Afinal há alguém (ao contrário da DECO, do Nogud e do Neo-iberal) que considera que culpar o preçário é redutor e até ridículo. Ou seja, parece que concordas que fosse os 0.2% ou o preçário apresentado acima o resultado seria o mesmo.

A única coisa que o preçário poderá interessar é para estabelecer uma qualquer motivação para que se façam mais ou menos negócios. Na verdade, até nem será bem o preçário, mas sim as comissões que ao fim de 3.5 anos foram de acto cobradas com o trading.

O problema seria o precario juntamente com a rotacao da carteira. Ou seja o total dos spreads + comissoes + juros.

O preçário em anexo resolveria o problema?

Já agora as comissões e os juros não tem relação com a rotação de carteira, pelo contrário, uma carteira a roda até pode gerar menos juros.

O que me interessa eh que nos documentos da Dif segundo o nougud e a propria DECO falam num spread medio de 0.2%. Portanto eu uso o valor avancado pela propria Dif. Quando estiveres preparado para negar os documentos da Dif e dizeres as tuas razoes para isso a gente fala. Ate la isto eh so curtinas de fumo da tua parte.

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1689 em: 2014-03-31 14:23:25 »
Qualquer miúdo a entrar na faculdade de economia faria melhor ....como pode alguém que diz ter 22 anos se experiência fazer algo semelhante .....
Eu acho que mesmo com comissão 0 com o tipo de gestão feita era o desastre mais mês menos mês ..., agora será que a gestão foi feita pensando nas comissões, sinceramente da a entender isso, senão porquê depois de 3/4 trades perdedores continuar a abrir posições  com a totalidade da carteira .....e insistir em algo que nao estava a funcionar ou por objectivo (comissões) ou por estupidez, burrice e ignorância  .....o tribunal poderia exigir a declaração de rendimentos para saber se recebeu comissoes e qual o valor em questão  ;)

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1690 em: 2014-03-31 14:25:52 »
Preçário

9.5 cêntimos numa acção de $60 são 0.16%, antes mesmo do spread...

Sim. Qual a conclusão que tiras?

Tiro a conclusão de que com aquele preçário, a rotação que observámos levaria a um resultado igual ou pior versus o simulado, porque na simulação só usei 0.15% de comissão+spread.
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1691 em: 2014-03-31 14:28:45 »
Penso que culpar o preçário é no minimo redutor........ (para nao chamar ridiculo )

O problema foi mesmo o Gestor. Agora esta no "hot seat" e é bem feito .

Qual foi o valor inicial da conta?

Nisso concordamos. Afinal há alguém (ao contrário da DECO, do Nogud e do Neo-iberal) que considera que culpar o preçário é redutor e até ridículo. Ou seja, parece que concordas que fosse os 0.2% ou o preçário apresentado acima o resultado seria o mesmo.

A única coisa que o preçário poderá interessar é para estabelecer uma qualquer motivação para que se façam mais ou menos negócios. Na verdade, até nem será bem o preçário, mas sim as comissões que ao fim de 3.5 anos foram de acto cobradas com o trading.

Como é lógico o Nogud e nem o Neo-Liberal se vão pronunciar sobre o preçário acima, apesar de ser isso que até agora têm atacado.


Acho que li mal , entao nao foram 8 meses e sim 3,5 anos ? ou o capital foi quase todo perdido em 8 meses (tipo nos 1ºs ou ultimos) 

A meu ver parece me que o problema foi mesmo a atitude do gestor (ou falta)  , mesmo que as comissões tenham levado quase a conta a zero ou a perder a maioria do capital o gestor tem poder(es) nem que seja para tomar uma decisao com o cliente.....

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1692 em: 2014-03-31 14:29:54 »
Qualquer miúdo a entrar na faculdade de economia faria melhor ....como pode alguém que diz ter 22 anos se experiência fazer algo semelhante .....
Eu acho que mesmo com comissão 0 com o tipo de gestão feita era o desastre mais mês menos mês ..., agora será que a gestão foi feita pensando nas comissões, sinceramente da a entender isso, senão porquê depois de 3/4 trades perdedores continuar a abrir posições  com a totalidade da carteira .....e insistir em algo que nao estava a funcionar ou por objectivo (comissões) ou por estupidez, burrice e ignorância  .....o tribunal poderia exigir a declaração de rendimentos para saber se recebeu comissoes e qual o valor em questão  ;)

Exactamente.

Concordo que:

Mesmo com comissão a zero o bid ask spread e as posições contrarias ao mercado a carteira ia perder, pois na MHO as perdas derivaram de um desadequado risk management e eventual a falta de um edge mais forte do que aquele que o Ulisses supostamente julgava ter e não de preçários ou o número de negócios, alavancagem ou turnover da carteira.

Concordo também que saber o valor das comissões cobradas e se o gestor recebia parte é importante para se tentar aferir eventuais motivações à negociação. Ainda que não sirva para provar que era esse motivo (pois podem existir vários), estou certo que pelo menos servirá para afastar que foi esse o motivo se pelo as comissões tiverem sido residuais face a perda verificada, se o gestor não tinha um kickback das mesmas.

O tribunal (ou até mesmo a CMV) é de acto o local certo para se obter informação. Falar para aqui sobre isso é estupidez porque não há informação.
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1693 em: 2014-03-31 14:30:50 »
Penso que culpar o preçário é no minimo redutor........ (para nao chamar ridiculo )

O problema foi mesmo o Gestor. Agora esta no "hot seat" e é bem feito .

Qual foi o valor inicial da conta?

Nisso concordamos. Afinal há alguém (ao contrário da DECO, do Nogud e do Neo-iberal) que considera que culpar o preçário é redutor e até ridículo. Ou seja, parece que concordas que fosse os 0.2% ou o preçário apresentado acima o resultado seria o mesmo.

A única coisa que o preçário poderá interessar é para estabelecer uma qualquer motivação para que se façam mais ou menos negócios. Na verdade, até nem será bem o preçário, mas sim as comissões que ao fim de 3.5 anos foram de acto cobradas com o trading.

Como é lógico o Nogud e nem o Neo-Liberal se vão pronunciar sobre o preçário acima, apesar de ser isso que até agora têm atacado.


Acho que li mal , entao nao foram 8 meses e sim 3,5 anos ? ou o capital foi quase todo perdido em 8 meses (tipo nos 1ºs ou ultimos) 

A meu ver parece me que o problema foi mesmo a atitude do gestor (ou falta)  , mesmo que as comissões tenham levado quase a conta a zero ou a perder a maioria do capital o gestor tem poder(es) nem que seja para tomar uma decisao com o cliente.....

O capital foi perdido ao longo de 3.5 anos, de início as perdas em $ absoluto são muito maiores porque a carteira também é muito maior, mas as perdas %s podem ser relativamente estáveis ao longo do tempo.
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1694 em: 2014-03-31 14:31:34 »
Preçário

9.5 cêntimos numa acção de $60 são 0.16%, antes mesmo do spread...

Sim. Qual a conclusão que tiras?

Tiro a conclusão de que com aquele preçário, a rotação que observámos levaria a um resultado igual ou pior versus o simulado, porque na simulação só usei 0.15% de comissão+spread.

Ah... Ok...

Inc, pelo menos tu és honesto e respondes. Já o Nogud e o Neo-Liberal não respondem a esta mesma pergunta.

Eu já vou responder-te a isto, mas para gostaria de saber se eles (Nogud e Neo-Liberal) também o vão fazer. Vou aguardar mais um pouco.
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1695 em: 2014-03-31 14:34:03 »
Penso que culpar o preçário é no minimo redutor........ (para nao chamar ridiculo )

O problema foi mesmo o Gestor. Agora esta no "hot seat" e é bem feito .

Qual foi o valor inicial da conta?

Nisso concordamos. Afinal há alguém (ao contrário da DECO, do Nogud e do Neo-iberal) que considera que culpar o preçário é redutor e até ridículo. Ou seja, parece que concordas que fosse os 0.2% ou o preçário apresentado acima o resultado seria o mesmo.

A única coisa que o preçário poderá interessar é para estabelecer uma qualquer motivação para que se façam mais ou menos negócios. Na verdade, até nem será bem o preçário, mas sim as comissões que ao fim de 3.5 anos foram de acto cobradas com o trading.

O problema seria o precario juntamente com a rotacao da carteira. Ou seja o total dos spreads + comissoes + juros.

O preçário em anexo resolveria o problema?

Já agora as comissões e os juros não tem relação com a rotação de carteira, pelo contrário, uma carteira a roda até pode gerar menos juros.

O que me interessa eh que nos documentos da Dif segundo o nougud e a propria DECO falam num spread medio de 0.2%. Portanto eu uso o valor avancado pela propria Dif. Quando estiveres preparado para negar os documentos da Dif e dizeres as tuas razoes para isso a gente fala. Ate la isto eh so curtinas de fumo da tua parte.

Sabes que a corretora pode aplicar um preçário mais favoravel do que o contrato, não sabes?

Sabes que pode alterar esse preçário - informar no extracto por exemplo - e, quando mais favorável, penso que nem há obrigação de informar.

Sabes que o Nogud (segundo ele) acompanhava a conta, não sabes?

Sabes que qualquer pessoa que acompanhe a conta consegue ver as comissões, não sabes?

Parece-me que falas do que não sabes.
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1696 em: 2014-03-31 14:45:41 »
A meu ver nao faz muito sentido falar "da bala que matou"  mas sim o que fez  com que o gestor pressionasse "o gatilho"

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1697 em: 2014-03-31 14:50:40 »
A meu ver nao faz muito sentido falar "da bala que matou"  mas sim o que fez  com que o gestor pressionasse "o gatilho"

Mais uma vez de acordo. Dai que seja importante saber o valor das comissões geradas, apenas para perceber se isso poderia ter sido um eventual gatilho. Senão der para provar que era esse o gatilho (pois há mais coisas que podem motivar isso - ex. a convicção que tinha um edge; que eventualmente tenha funcionado no passado e naquele período não), pelo menos da para provar que não era esse gatilho (caso as comissões sejam residuais face as perdas).
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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1698 em: 2014-03-31 14:53:01 »
Como já aqui disse concordo que não foram as comissões que queimaram a carteira.
À medida que a discussão se alonga começo até a chegar à conclusão que embora a rotação tenha ajudado, pode não ter sido o principal responsável da degradação da conta e digo aqui o porquê:

A comissão no fundo define a rentabilidade mínima por trade para se ter lucro.
O valor esperado em cada trade tem de ser sempre superior à comissão. Logicamente que comissões maiores levam a que os ganhos tenham de ser maiores para compensar a perda com a comissão.

Carteira de 100.000€ roda 100 vezes comissão de 0,2% = 20.000€. Ou seja é necessário ganhos superiores a 20% = 0,2% * 100. Ou seja em cada trade temos de ter um ganho superior a 0,2%
Carteira de 100.000€ roda 100 vezes comissão de 0,1% = 10.000€. Ou seja é necessário ganhos superiores a 10% = 0,1% * 100. Ou seja em cada trade temos de ter um ganho superior a 0,1%
Nos exemplos acima no caso do resultado em cada trade ser 0 temos a perda relativa à comissão. 

Ou seja, se tivermos um método/histórico de um resultado esperado por trade superior à comissão então não vejo mal em rodar muitas vezes a carteira, a não ser a gestão do risco, mas que de momento não estou a explorar.

Resumindo este caso é ainda mais estranho, pois manteve-se claramente uma estratégia perdedora ou sempre inferior a 0,2% por trade durante 3,5 anos. É obra!!! A estratégia ou falta dele é que deveria estar a ser discutida.

Edite: Apenas coloquei a frase "Ou seja em cada trade temos de ter um ganho superior a 0,1%" no sitio correcto.
« Última modificação: 2014-03-31 15:03:08 por AmigosdaBolsa »

Thorn Gilts

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Re:O Affair das rentabilidades do Ulisses Pereira
« Responder #1699 em: 2014-03-31 14:55:28 »
Como já aqui disse concordo que não foram as comissões que queimaram a carteira.
À medida que a discussão se alonga começo até a chegar à conclusão que embora a rotação tenha ajudado, pode não ter sido o principal responsável da degradação da conta e digo aqui o porquê:

A comissão no fundo define a rentabilidade mínima por trade para se ter lucro.
O valor esperado em cada trade tem de ser sempre superior à comissão. Logicamente que comissões maiores levam a que os ganhos tenham de ser maiores para compensar a perda com a comissão.

Carteira de 100.000€ roda 100 vezes comissão de 0,2% = 20.000€. Ou seja é necessário ganhos superiores a 20% = 0,2% * 100. Ou seja em cada trade temos de ter um ganho superior a 0,2%
Carteira de 100.000€ roda 100 vezes comissão de 0,1% = 10.000€. Ou seja é necessário ganhos superiores a 10% = 0,1% * 100
Nos exemplos acima no caso do resultado em cada trade ser 0 temos a perda relativa à comissão. Ou seja em cada trade temos de ter um ganho superior a 0,1%

Ou seja, se tivermos um método/histórico de um resultado esperado por trade superior à comissão então não vejo mal em rodar muitas vezes a carteira, a não ser a gestão do risco, mas que de momento não estou a explorar.

Resumindo este caso é ainda mais estranho, pois manteve-se claramente uma estratégia perdedora ou sempre inferior a 0,2% por trade durante 3,5 anos. É obra!!! A estratégia ou falta dele é que deveria estar a ser discutida.

Ok. Parece-me que agora já começamos todos a estar mais de acordo.

Já começa a fazer logíca.

Mas agora faz as mesmas contas (só por curiosidade) com comissões de 0.035% em vez de 0.02% - embora como disse concordo contigo que não seja isso o relevante.

P.S. Explicaste bem e resumidamente aquilo que já tinha tentado explicar várias vezes.
we all have a story we nevel tell