A robotização do trabalho intelectual rotineiro há-de continuar a ceifar empregos que eram os executados pela classe medianamente instruída. Eu ainda sou do tempo dos bancos com imensos clientes em bicha e muitos empregados de balcão para nem falar do back-office. O mais notável desta evolução é que a produção dos novos meios de produção e de substituição do trabalho intelectual de rotina pode realizar-se por pessoal não especializado que empregará mão-de-obra barata dos países subdesenvolvidos. De modo que a melhor saída que vejo para os novos tempos é, por um lado, ainda, o aumento da instrução e do conhecimento porque a informática e a net vão requerer habilitações de grau superior para qualquer contribuição notável e inovadora; e, por outro lado, penso que a população global do planeta tem de forçosamente diminuir para níveis da sanidade mental e ecológica.