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Não estarás por ventura a confundir aquilo que é a capacidade dum colectivo (povo) com a capacidade do individuo (cidadão) ?
Como colectivo pode eventualmente fazer sentido ajudar a TAP dados os benefícios que podem advir para esse mesmo colectivo.
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Tinhas-me dito que:
"Se o hub é assim tão importante, privatize-se a coisa incluindo simplesmente a condição "manter hub" (e não mais um magote de condições, por favor, senão a coisa não se vende)."
Confesso que, como cidadão, esta é a minha principal preocupação nesta privatização. E a única resposta que vi sobre o assunto foi no minimo ridicula!
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Os benefícios não são óbvios, e sabemos de antemão que todas as entidades/pessoas que visam extrair benefícios do Estado sem dar algo em troca irão sempre alegar a mesma coisa (benefícios para o colectivo).
Sabemos também que quem quer viajar continua a ter que pagar um bilhete. E sabemos adicionalmente que existem outras alternativas para viajar.
Tudo isso faz com que seja óbvio que quaisquer benefícios alegados sejam meras desculpas para retirar recursos a terceiros sem lhes dar nada em troca (que não seja pago à parte, entenda-se).
(Sobre o "hub" tens aí uma resposta - se é tão importante, coloque-se ESSA condição ao comprador. Mas não mais um magote delas. Essa sozinha deve passar sem ter grande influência)
Sob essa perspectiva absolutamente nada seria do estado. Pois existirão sempre aqueles que nunca beneficiarão de determinado serviço/bem. E a aquisição/manutenção de serviços/bens beneficiará sempre só alguns.
Quanto ao HUB, tenho uma resposta tua. Com a qual concordo. Mas infelizmente quem está a tratar do assunto tem a opinião que já aqui mostrei. E isso é o que conta!
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Não, isso não é verdade. Se o Estado se dispuser a providenciar saúde gratuita a todos e educação gratuita a todos (e não como é hoje, em que apenas beneficia quem usa o sistema público), então todos beneficiarão da saúde e educação públicas. Idem para justiça ou segurança (justiça por estar disponível, segurança por estar disponível e pellos efeitos que tem de minimizar crime).
É precisamente nesse sentido que o Estado tem que ir. E a TAP nem se enquadraria aí porque tanto faz que a TAP disponibilize a possibilidade de voar para algures, como outra companhia aérea qualquer. Idem para RTP e concorrentes, daí também não fazer sentido manter a RTP na esfera do Estado.
A TAP e RTP só fariam sentido muito cedo no surgir dessas tecnologias, e se não existissem privados para assegurar alguma delas.