Economia paralela e depósitos bancários

[Jet]

Olá a todos,

Tenho vindo a seguir o fórum já desde o económico, porque tenho interesse na área de trading (embora so o faça a feijões), mas também gosto de ver/ler discuções fundamentadas sobre o atual estado político/financeiro/económico do pais.

Numa discussão com um amigo recentemente, fiquei com uma questão que vem perturba de vez em quando.

Vamos pôr este cenário hipotético:
Sou trabalhador por conta de outro, tenho o meu salário de 1500 que é transferido para a minha conta, de onde pago casa, carros, contas e afins.
Na minha conta entra ainda depósitos de quantias por volta de 500 e 700 euros, provenientes de rendimentos não declarados. Estas entradas não são mensais; digamos que podem ser de 2 em 2 meses.

Questão: qual é a probabilidade de eu poder ter problemas com as finanças devido a estes depósitos não justificados, mais ou menos periódicos e com quantias que em relação ao meu salário, são significativas?

É tudo uma questão hipotética, mas com as notícias que por vezes aparecem na comunicação social sobre pessoas com cargos importantes (e com quantias mais relevantes), é possível que isso posso consistir num problema. Ate o porque o sigilo bancário não me parece ser aquilo que se pensa ou deveria ser.

Cumprimentos.

[aos_pouquinhos]

Olá a todos,

Tenho vindo a seguir o fórum já desde o económico, porque tenho interesse na área de trading (embora so o faça a feijões), mas também gosto de ver/ler discuções fundamentadas sobre o atual estado político/financeiro/económico do pais.

Numa discussão com um amigo recentemente, fiquei com uma questão que vem perturba de vez em quando.

Vamos pôr este cenário hipotético:
Sou trabalhador por conta de outro, tenho o meu salário de 1500 que é transferido para a minha conta, de onde pago casa, carros, contas e afins.
Na minha conta entra ainda depósitos de quantias por volta de 500 e 700 euros, provenientes de rendimentos não declarados. Estas entradas não são mensais; digamos que podem ser de 2 em 2 meses.

Questão: qual é a probabilidade de eu poder ter problemas com as finanças devido a estes depósitos não justificados, mais ou menos periódicos e com quantias que em relação ao meu salário, são significativas?

É tudo uma questão hipotética, mas com as notícias que por vezes aparecem na comunicação social sobre pessoas com cargos importantes (e com quantias mais relevantes), é possível que isso posso consistir num problema. Ate o porque o sigilo bancário não me parece ser aquilo que se pensa ou deveria ser.

Cumprimentos.

Chiuuuuuu.....

Bem vindo ao forum.

PS: Cada vez há mais filtros...mas o dinheiro vivo ainda não fala...

[Visitante]

A probabilidade é a mesma de ganhares o totoloto.

[Jet]

É tudo hipotético

A questão é mesmo saber se o controlo existe e se as pessoas se devem preocupar com esses depósitos de rendimentos não justificados..

No limite devem ter que pagar o devido imposto desses rendimentos não justificados e uma possível coima.

[hermes]

Os estados têm o monopólio da força e usam-no para aquilo que precisam ou os seus eleitores exigem. Para por as coisas em perspectiva, deixo aqui o diário de Anna Eisenmenger, que por sinal até fala muito de economia paralela:

Blockade - The Diary of an Austrian Middle-Class Woman 1914-1924

Onde a casa da Anna Eisenmenger até foi inspeccionada para ver se esta tinha mais carvão para aquecer a casa do que aquele que os seus concidadãoes achavam que ela deveria ter e mais tarde a sua casa até foi inspeccionada para ver se ela não estava a guardar mais comida do que aquela que os seus caros concidadãos achavam que ela deveria ter.

[kitano]

Provavelmente nunca terás problemas, mas o melhor a fazer é usares o ordenado para pagar tudo o que é via transferencia e o cash para pagar tudo o que puderes no dia a dia.

[vbm]

Provavelmente nunca terás problemas, mas o melhor a fazer é usares o ordenado para pagar tudo o que é via transferencia e o cash para pagar tudo o que puderes no dia a dia.

Good advice!

Peço desculpem estar nesta
de desencantar temas antigos.

É para me distrair.

As empresas que desembolsam fundos
no pagamento de gastos confidenciais e reservados,
têm de somá-los à matéria colectável do imposto de rendimento.

Se adoptarem procedimento análogo às pessoas singulares,
haverá alguma injustiça porque, na fonte, já o rendimento
escoado na economia paralela foi tributado.

Mas o conselho "cash in, cash out"
é bem avisado, e, em rigor, tais quantias
deveriam mesmo ser pagas em notas
e não por crédito em conta.

[Automek]

As empresas que desembolsam fundos
no pagamento de gastos confidenciais e reservados,
têm de somá-los à matéria colectável do imposto de rendimento.

Não sei se é o caso do Jet, mas estes pagamentos na maior parte dos casos não são despesas confidenciais nem de outro tipo. São valores que nem chegaram a entrar nas contas da empresa.
Por exemplo um restaurante que não declara todas as refeições e em que os empregados recebem uma parte oficial e outra parte não oficial.

[vbm]

As empresas que desembolsam fundos
no pagamento de gastos confidenciais e reservados,
têm de somá-los à matéria colectável do imposto de rendimento.

Não sei se é o caso do Jet, mas estes pagamentos na maior parte dos casos não são despesas confidenciais nem de outro tipo. São valores que nem chegaram a entrar nas contas da empresa.
Por exemplo um restaurante que não declara todas as refeições e em que os empregados recebem uma parte oficial e outra parte não oficial.

Isso são outros casos.

Mas pode haver pagamentos
a terceiros ou a directores,
por explícito desembolso de caixa,
como tal creditado por débito
de gastos confidenciais e resevados.

[Jet]

Neste situação hipotética há pagamentos feitos por transferencia bancaria dirctamente de uma empresa, mas onde nada é declarado.

E agora que falaram das despesas confidenciais, lembrei-me dessa possibilidade de justificação por parte das empresas, pelo que de certa forma salvaguarda algum problema para a mesma.