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Autor Tópico: Sobrevivendo ao Tsunami  (Lida 7259 vezes)

Pedro.J50

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Sobrevivendo ao Tsunami
« em: 2013-04-17 02:33:51 »
Como eu referi várias vezes, um tópico em que concentrem ideias de como sobreviver à bancarrota, é plenamente justificado.
Essa não é hipótese meramente académica.
Anteontem , segunda feira  15 de Abril, o tema do programa prós e contras foi exactamente " Permanecer ou não no Euro ? ".
João Ferreira do Amaral, um economista  que tem presença nos midia afirma que não devemos ficar na moeda ùnica.

Cito :
" Para quem, como eu, não tem a religião do euro - ficou provado que a participação no euro foi um desastre de grandes proporções, que põe em causa a própria sobrevivência do nosso País -, é prioritário para Portugal sair do euro, uma vez que não temos qualquer possibilidade de crescer rapidamente dentro de uma zona monetária com uma moeda tão forte como é a moeda europeia.".

fim citação.
Assim sendo acho que um tópico com o tema : Como investir antes do tsunami chegar se justifica plenamente, até porque  a sombra do incumprimento poderá permanecer durante muito tempo sobre as nossas cabeças.
Este não é um tema que amanhã perca a actualidade.




Pedro.J50

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #1 em: 2013-04-19 14:26:02 »
Não sou o ùnico  a preocupar-me com estas questões.
Aqui está página em forum espanhol exactamente com a mesma questão.
Também eles estão preocupados com a saída da espanha do euro e a consequente desvalorização brutal  das poupanças .

http://www.rankia.com/blog/global-trader/1734652-como-sobrevivir-corralito-no-morir-intento
O autor sugere 3 opções .
 A primeira é   comprar moeda estrangeira, dolares, francos suiços.
desvantagem : Com a  bancarrota  o estado vai fixar um câmbio para a moeda estrangeira  e vai tornar ilegal a sua posse por residentes no território nacional.
Assim sendo o aforrador será obrigado a trocar    as suas poupanças ao câmbio que o Governo quiser.






¿Cómo protejo mi dinero?
 Para salvaguardarnos de un corralito a la argentina o a lo chipriota, no sería ninguna tontería decir que la mejor manera de proteger mis ahorros es convirtiéndolos todos a otra moneda y guardarlos en un lugar seguro. Ya sea en el colchón, el congelador, o bajo el forro interior de su traje de luces.
 





2-
A segunda solução  é  investir em divida pública norte americana através de fundo de investimento de gestora estrangeira no luxemburgo.
Segundo o autor  essas Gestoras ( Fidelity, Templeton, Invesco ) , limitam-se a ser intermediárias entre o investidor  e o vendedor das obrigações.
De acordo com o autor as nossas obrigações estão seguras , mesmo se ocorrer falência de banco.

Será que isso é seguro ?
Não poderão essas gestoras falir ?
O Governo Português não poderá  depois taxar de forma brutal esses rendimentos provenientes do estrangeiro ?

Pero también tienen otra opción: invertirlos en deuda fija del estado más seguro del mundo, los EEUU.
 Por lo tanto, nada de Yenes, Francos suizos, Libras... convertimos nuestros Euros a Dólares americanos, comprando bonos de los EEUU.
 
¿Cómo los compramos?
 A través de un Fondo de Inversión de una gestora extranjera con sede en Luxemburgo (país miembro de la Unión Europea).
 Una gestora no es un banco, usted no tendrá el dinero depositado allí. La gestora (Fidelity, Templeton, Invesco...) es un simple intermediario que le permite comprar bonos de los Estados Unidos, los cuales forman el fondo de inversión.
 
 En principio, con esta operación la rentabilidad es casi nula, solo vamos a proteger nuestros ahorros, ya que el tipo de interés de los EEUU está alrededor de 0. En este caso nos veríamos beneficiados o perjudicados por la evolución del Dólar, la cual, además, está siendo muy favorable en estos momentos.

¿Qué pasa si el banco quiebra, España sale del Euro o hay Corralito?
En el caso de que el banco quiebre, usted no tendrá ningún perjuicio ya que su dinero lo tendrá depositado en un fondo de una gestora independiente, el cual se puede recuperar desde otra entidad bancaria. Los fondos de gestoras son traspasables entre bancos de diferentes países.
Si España sale del Euro, usted podrá vender cuando quiera su fondo y recuperar su dinero en Euros.
Si en España hay Corralito, las consecuencias nadie las sabe. NADIE. En principio, como ahora, no debería de tener problema en ir a Luxemburgo, abrir una cuenta en una entidad bancaria del país, solicitar el traspaso del fondo a su nueva cuenta bancaria y recuperar su dinero en euros.
 Si desea aún mayor seguridad puede abrir ahora mismo una cuenta en Luxemburgo y realizar la compra del fondo desde la nueva entidad. Debería realizarlo desde alguna entidad con sede en Luxemburgo, o yendo a Luxemburgo.


3- A terceira possibilidade é abrir conta em broker online e solicitar que este deposite o dinheiro num banco alemão.
Nesse banco investir em valores seguros.




Otra fórmula
Abrir una cuenta en un Broker Online, como Interactive Brokers (uno de los mayores y más prestigiosos del mundo) y tener depositados en la cuenta de este broker sus ahorros. Un Broker no es un banco, es una entidad que solo realiza las operaciones que usted le ordene. No concede hipotecas, no ofrece rentabilidades, depósitos, no pide prestado,... no hace nada con nuestro dinero, solo lo guarda.
 Interactive brokers tiene en Europa depositado su dinero en una cuenta del Citibank de Frankfurt, pero para no arriesgar, mejor no tener el dinero en liquidez, sino mantenerlo invertido en valores seguros, siempre que tenga miedo de la evolución del banco.


Querem comentar  nomeadamente a sugestão 2 e 3 ?
Não me parece muito segura a ideia de abrir conta no estrangeiro, através do Broker.
Num cenário de  crash da moeda , um broker, não me parece oção segura.
Obrigado.
« Última modificação: 2013-04-19 14:40:25 por Pedro.J50 »

Incognitus

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #2 em: 2013-04-19 16:14:43 »
Já discutimos isto há algum tempo atrás, penso que a maior parte do fórum já optou por ter uma parte do dinheiro no estrangeiro.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Pedro.J50

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #3 em: 2013-04-19 17:26:23 »
Já discutimos isto há algum tempo atrás, penso que a maior parte do fórum já optou por ter uma parte do dinheiro no estrangeiro.

Olá, Boa Tarde:
Eu procurei o tópico onde se discutiam investimentos alternativos, mas não encontrei nenhum tópico específico.
Será que este não se justifica?
Do meu ponto de vista justifica até porque, segundo li, uma das regras do investimento é não colocar todos os ovos no mesmo cesto.
Assim sendo colocar todo o dinheiro que se quer resguardar lá fora, pode não ser opção para todos.
Eu acho que é interessante explorar este tópico.
É mais interessante, produtivo ,  debater o tópico " em que é que eu deverei investir "  , do que discutir , daqui a  dois ou três anos ,  o tema " Em que é que eu deveria ter investido, e não investi ".

PS : Mas  depositar o dinheiro lá fora tem riscos, nomeadamente fiscais.
Não será assim ?
O Governo desta Republica pode decidir aplicar imposto de 40% mais taxas sobre rendimentos do exterior.
Ou não ?
São todos esses assuntos que podem (devem ) ser discutidos.
« Última modificação: 2013-04-19 17:40:54 por Pedro.J50 »

Incognitus

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #4 em: 2013-04-19 17:40:21 »
Pode sempre justificar-se. O site mudou para o económico e depois voltou para aqui, pelo que muitos tópicos se perderam - nomeadamente os que falaram da crise (antes dela acontecer), e onde isso foi debatido.
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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #5 em: 2013-04-19 18:51:38 »
só podem taxar aquilo que têm conhecimento. Daquilo que não têm torna-se impossível tributar.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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hermes

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #6 em: 2013-04-19 20:11:52 »
só podem taxar aquilo que têm conhecimento. Daquilo que não têm torna-se impossível tributar.

Mais ainda, mesmo tendo conhecimento normalmente só podem taxar o que mexe...
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

Pedro.J50

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #7 em: 2013-04-19 20:15:18 »
só podem taxar aquilo que têm conhecimento. Daquilo que não têm torna-se impossível tributar.

Boa Tarde : Pois essa é uma grande verdade  mas com o incumprimento regressam o controle da circulação de capitais.
(Não será verdade ?).
E aí ,para o cidadão comum , será dificil de escapar.
(Só indo buscar o dinheiro e trazê-lo em Cash.., mas mesmo assim pode-se ser descoberto na fronteira).
Tudo isto me provoca contrariedade porque essa desvalorização que decorre do incumprimento, de facto, é um roubo.
O aforrador fica mais pobre.
O estado pede emprestado  isso significa rendimento para funcionários publicos,pensionistas , pensões sociais, investidores que emprestam.
Quando já não é possivel cumprir compromissos..,é o incumprimento e a desvalorização do património do aforrador  que ,muitas vezes , até se sacrificou para juntar alguma coisa.

 :-\

hermes

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #8 em: 2013-04-19 20:22:05 »
Pedro.J50,

Quanto à 1ª, a ilegalidade não dura para sempre, pois a realidade tem o condão de fazer cair epifanias em cima da cabeça dos governantes, pode é demorar o seu tempo até estes darem o braço a torcer...

Até mesmo na Argentina as pessoas usam dólares, isto apesar do governo ter um câmbio oficial. Ao fim e ao cabo, onde acham que o governo vai buscar os dólares?

Quanto à 2ª, tens a noção de estares a comprar um activo na bolha com maior duração dos tempos modernos, não têns?
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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #9 em: 2013-04-19 21:09:55 »
Mas qualquer banco tem, pelo menos, um cartão de débito.
E permitem transferências bancárias, que demoram 2 a 3 dias a efectivar-se. Não há necessidade de ir ao balcão para buscar o dinheiro.
E quem não tem 10€ para abrir uma conta não necessita de ter problemas quanto ao confisco das poupanças.

E nos casos de grande necessidade, o maior desejo do governo é que esse dinheiro retorne e por isso, de vez em quando, lá publicitam os perdões fiscais.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #10 em: 2013-04-19 22:44:04 »
Quanto à 2ª, tens a noção de estares a comprar um activo na bolha com maior duração dos tempos modernos, não têns?

Hermes, não percebi esta parte. Podes explicar? qual é o activo a que te referes?

hermes

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #11 em: 2013-04-19 23:24:55 »
Quanto à 2ª, tens a noção de estares a comprar um activo na bolha com maior duração dos tempos modernos, não têns?


Hermes, não percebi esta parte. Podes explicar? qual é o activo a que te referes?


Da dívida pública americana:



Mas podes-lhe juntar a dívida pública japonesa, para a primeira não se sentir sozinha:

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Pedro.J50

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #12 em: 2013-04-19 23:36:03 »
Pedro.J50,

Quanto à 1ª, a ilegalidade não dura para sempre, pois a realidade tem o condão de fazer cair epifanias em cima da cabeça dos governantes, pode é demorar o seu tempo até estes darem o braço a torcer...

Até mesmo na Argentina as pessoas usam dólares, isto apesar do governo ter um câmbio oficial. Ao fim e ao cabo, onde acham que o governo vai buscar os dólares?

Quanto à 2ª, tens a noção de estares a comprar um activo na bolha com maior duração dos tempos modernos, não têns?

Quanto à  2ª ?
 ???

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #13 em: 2013-04-19 23:39:25 »
Citar
2-
A segunda solução  é  investir em divida pública norte americana através de fundo de investimento de gestora estrangeira no luxemburgo.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #14 em: 2013-04-19 23:44:56 »
Mas qualquer banco tem, pelo menos, um cartão de débito.
E permitem transferências bancárias, que demoram 2 a 3 dias a efectivar-se. Não há necessidade de ir ao balcão para buscar o dinheiro.
E quem não tem 10€ para abrir uma conta não necessita de ter problemas quanto ao confisco das poupanças.

E nos casos de grande necessidade, o maior desejo do governo é que esse dinheiro retorne e por isso, de vez em quando, lá publicitam os perdões fiscais.

Mas numa situação de incumprimento tudo muda.
Na Argentina , nos primeiros dias, semanas   após o incumprimento ,  as máquinas ATM só tinham dinheiro durante um breve periodo de tempo.
As pessoas só podiam levantar 250 dolares por semana, creio, e logo que chegava o carro do dinheiro elas levantavam o mais que podiam.
Por outro lado, em relação ao estrangeiro, os nossos bancos vão estoirar.
Estou enganado ?
Os bancos têm dividas ao exterior e ao  Banco Central Europeu.
Se a nossa moeda estoirar as pessoas ficam sem poder pagar aos nossos bancos os empréstimos que fizeram e estes ficam sem poder pagar ao exterior.
Por outro lado os bancos Portugueses devem ter titulos da divida portuguesa que já pouco  valem.
Que garantia é que hà que os bancos estrangeiros irão continuar a trabalhar com os nossos bancos falidos?
Por outro lado hà a questão das comissões e afins.
Hà 3 meses tentei enviar para o brasil, através de um banco nacional, 40 euros.
As taxas eram 35 euros !!!!!!
Desisti.
E ainda estamos no euro.
Ainda temos de obedecer a regulamentos comunitários.
Quando estivermos fora da moeda ùnica .., só a lei da necessidade pode fazer as autoridades portuguesas fazer um perdão fiscal e deixar entrar a massa por breve periodo de tempo.

« Última modificação: 2013-04-19 23:51:51 por Pedro.J50 »

Pedro.J50

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #15 em: 2013-04-19 23:48:09 »
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2-
A segunda solução  é  investir em divida pública norte americana através de fundo de investimento de gestora estrangeira no luxemburgo.

Já entendi, obrigado.
 :)

Eu limitei-me a resumir as opiniões de um broker espanhol.
Até acho as soluções propostas por  ele  arriscadas.
Para começar o debate.., e tendo em conta que aquele post espanhol se adaptava ao tema aqui tratado.., eu colei aqui a mensagem que li nesse blog.
Para tornar a mensagem de mais fácil apreensão.., fiz um resumo em Português.
Isso não significa que eu estivesse de acordo com ela.

« Última modificação: 2013-04-19 23:54:17 por Pedro.J50 »

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #16 em: 2013-04-20 09:49:02 »
My bad! Não tinha lido o post acima...sorry :-\. Li o post da circulaçãode capitais problemas na fronteira, por isso é que não estava a perceber  :-X.

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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #17 em: 2013-04-20 10:48:18 »
Mas qualquer banco tem, pelo menos, um cartão de débito.
E permitem transferências bancárias, que demoram 2 a 3 dias a efectivar-se. Não há necessidade de ir ao balcão para buscar o dinheiro.
E quem não tem 10€ para abrir uma conta não necessita de ter problemas quanto ao confisco das poupanças.

E nos casos de grande necessidade, o maior desejo do governo é que esse dinheiro retorne e por isso, de vez em quando, lá publicitam os perdões fiscais.

Mas numa situação de incumprimento tudo muda.
Na Argentina , nos primeiros dias, semanas   após o incumprimento ,  as máquinas ATM só tinham dinheiro durante um breve periodo de tempo.
As pessoas só podiam levantar 250 dolares por semana, creio, e logo que chegava o carro do dinheiro elas levantavam o mais que podiam.
Por outro lado, em relação ao estrangeiro, os nossos bancos vão estoirar.
Estou enganado ?
Os bancos têm dividas ao exterior e ao  Banco Central Europeu.
Se a nossa moeda estoirar as pessoas ficam sem poder pagar aos nossos bancos os empréstimos que fizeram e estes ficam sem poder pagar ao exterior.
Por outro lado os bancos Portugueses devem ter titulos da divida portuguesa que já pouco  valem.
Que garantia é que hà que os bancos estrangeiros irão continuar a trabalhar com os nossos bancos falidos?
Por outro lado hà a questão das comissões e afins.
Hà 3 meses tentei enviar para o brasil, através de um banco nacional, 40 euros.
As taxas eram 35 euros !!!!!!
Desisti.
E ainda estamos no euro.
Ainda temos de obedecer a regulamentos comunitários.
Quando estivermos fora da moeda ùnica .., só a lei da necessidade pode fazer as autoridades portuguesas fazer um perdão fiscal e deixar entrar a massa por breve periodo de tempo.
Numa altura de incumprimento tudo muda para quem tem dinheiro no país. E tendo um cartão de débito quase que nem é necessário ter dinheiro em "notas".
Olhando para o histórico os depósitos até 100.000€ estão garantidos, por isso cobre a esmagadora maioria das pessoas. E os bancos estrangeiros não necessitam de trabalhar com os bancos nacionais, têm sim que manter os seus clientes satisfeitos.
Em termos de comissões, dos bancos com que trabalho, transferências para a SEPA não há pagamento de comissões.
Em termos financeiros o Brasil ainda está muito atrasado, a abertura de contas é muito difícil e o que muitos portugueses estão a fazer é aproveitar alguém que viaje para Portugal e assim enviar as suas poupanças.
É necessário, em primeiro lugar, cumprir com os regulamentos nacionais dos países onde os bancos estão sediados.
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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #18 em: 2013-04-20 16:59:08 »
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Numa altura de incumprimento tudo muda para quem tem dinheiro no país. E tendo um cartão de débito quase que nem é necessário ter dinheiro em "notas".
Olhando para o histórico os depósitos até 100.000€ estão garantidos, por isso cobre a esmagadora maioria das pessoas. E os bancos estrangeiros não necessitam de trabalhar com os bancos nacionais, têm sim que manter os seus clientes satisfeitos.
Em termos de comissões, dos bancos com que trabalho, transferências para a SEPA não há pagamento de comissões.
Em termos financeiros o Brasil ainda está muito atrasado, a abertura de contas é muito difícil e o que muitos portugueses estão a fazer é aproveitar alguém que viaje para Portugal e assim enviar as suas poupanças.
É necessário, em primeiro lugar, cumprir com os regulamentos nacionais dos países onde os bancos estão sediados.

Obrigado pelo esclarecimento.
Estou aqui para aprender.
No que se refere  à SEPA  desaparecia com a nossa saída do euro.
Na argentina foram suspensas as operações electronicas.
As contas foram congeladas.
Quando dois anos depois as contas nacionais foram descongeladas  a moeda valia menos de um terço.
Não sei se as contas no estrangeiro poderiam continuar a ser movimentadas a partir de um multibanco - duvido muitissimo.

Para isso acontecer os bancos estrangeiros têm de ter acordos com a organização  que gere as caixas multibanco.
E esse acordo far-se-á ?

Da discussão e troca de ideias..,pode nascer  mais luz.
Tantas coisas se discutem.., ( factos efémeros  dos quais amanhã já se não fala ) , que..,discutir-se  esta hipótese ( real ) de incumprimento, acho ùtil.


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Re:Sobrevivendo ao Tsunami
« Responder #19 em: 2013-04-20 19:44:28 »
A SEPA não é exclusiva do Euro, é da União Europeia.
Como será, depende muito das vontades políticas, mas penso que os Visa são aceites em todo o mundo.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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