Após análise cuidada descobri uma coisa importante ...

[Incognitus]

Descobri isto a ouvir os manifestantes hoje, na TSF. É mais ou menos assim:
 
Políticas sociais - o tipo de políticas que nos favorece a nós;
Políticas neoliberais - qualquer política que favoreça os outros.
 
É importante a distinção, porque por exemplo um aumento de impostos é uma política neoliberal se nos for ao bolso, mas será uma política social se for ao bolso dos outros. Um aumento de despesa do Estado, se formos o objectivo dessa despesa, é uma política social. Se não formos, já será uma política neoliberal.

[karnuss]

Um país em geral pouco instruído terá tendência a pensar assim, infelizmente. Caberá a quem nos governa mudar esta forma de pensar explicando as coisas às pessoas de forma a que estas compreendam. Cisa que o actual governo manifestamente não tem feito...

[kitano]

Inc, a tua paciência nunca se esgota....

[Incognitus]

Inc, a tua paciência nunca se esgota....

Tens que concordar que foi um avanço teórico importante e que deveria ser ensinado nas escolas. Senão torna-se confuso ouvir as pessoas a falar das políticas neoliberais em relação a aumentos de impostos ... 

[kitano]

Eu próprio não tinha enquadrado o que queriam dizer com o neoliberal...

[Incognitus]

Mas agora, armado com este avanço teórico importante, já compreendes ... 

[JoaoAP]

Um país em geral pouco instruído terá tendência a pensar assim, infelizmente. Caberá a quem nos governa mudar esta forma de pensar explicando as coisas às pessoas de forma a que estas compreendam. Cisa que o actual governo manifestamente não tem feito...

Só concordo em parte!
Supostamente muitos colegas e amigos meus são....."instruído(s) " e ...
Nem queiram saber o que defendem!! E eu a tentar explicar... desisto!!
Mas consegui a um ou a outro mudá-los de opinião e visão!!

[Automek]

Se juntarmos as famílias em que pelo menos um dos cônjuges é FP, os que têm pais reformados (e em que até vai pingando alguma coisa) e os que recebem apoios sociais facilmente se percebe que o grupo de "excluídos" é uma minoria e, portanto, o objectivo tem de ser manter a todo o custo a despesa pública e direitos adquiridos.

Junte-se a isto uma geração que está agora anos 40, educada pelos que viveram o 25 de Abril, em que a palavra direitos era a mais ouvida e não surpreende que a mentalidade seja a que conhecemos.

[Zel]

Descobri isto a ouvir os manifestantes hoje, na TSF. É mais ou menos assim:
 
Políticas sociais - o tipo de políticas que nos favorece a nós;
Políticas neoliberais - qualquer política que favoreça os outros.
 
É importante a distinção, porque por exemplo um aumento de impostos é uma política neoliberal se nos for ao bolso, mas será uma política social se for ao bolso dos outros. Um aumento de despesa do Estado, se formos o objectivo dessa despesa, é uma política social. Se não formos, já será uma política neoliberal.

grande post, comico e verdadeiro

[Zel]

a solucao para boas politicas sociais e' so usar dinheiro emprestado

[vbm]

Se o Estado não tivesse qualquer política social relevante,
como seria que a sociedade civil se organizaria
para suprir a respectiva necessidade?
E a solução seria melhor ou pior?

[Zel]

Se o Estado não tivesse qualquer política social relevante,
como seria que a sociedade civil se organizaria
para suprir a respectiva necessidade?
E a solução seria melhor ou pior?

depende da necessidade, ganhar reformas acima de 1000 euros acho que nao aconteceria sem o estado

[Incognitus]

Se o Estado não tivesse qualquer política social relevante,
como seria que a sociedade civil se organizaria
para suprir a respectiva necessidade?
E a solução seria melhor ou pior?

Existe muito espaço para o Estado ter uma política social relevante. Simplesmente também existe muita coisa que não é Estado social mas que assim é apelidada para servir interesses privados. O Estado não tem a obrigação de pagar mais do que um mercado livre pagaria no mesmo país, e aliás quando o faz é uma injustiça que provoca a todas as pessoas desse país que são remuneradas por esse mesmo mercado livre.

[vbm]

Se o Estado não tivesse qualquer política social relevante,
como seria que a sociedade civil se organizaria
para suprir a respectiva necessidade?
E a solução seria melhor ou pior?

depende da necessidade, ganhar reformas acima de 1000 euros acho que nao aconteceria sem o estado

Nos países do norte europeu as reformas do estado pautam-se pela modicidade. Cá pelo burgo, ouvi a explicação histórica, descritiva, de o estado ter-se iniciado na Previdência com generosidade para o escasso número de reformados, face ao ingresso crescente de activos no sistema... O pior é agora, meio-século mais tarde, em que as proporções se inverteram!

[vbm]

Se o Estado não tivesse qualquer política social relevante,
como seria que a sociedade civil se organizaria
para suprir a respectiva necessidade?
E a solução seria melhor ou pior?

Existe muito espaço para o Estado ter uma política social relevante. Simplesmente também existe muita coisa que não é Estado social mas que assim é apelidada para servir interesses privados. O Estado não tem a obrigação de pagar mais do que um mercado livre pagaria no mesmo país, e aliás quando o faz é uma injustiça que provoca a todas as pessoas desse país que são remuneradas por esse mesmo mercado livre.

Creio que estamos a aprender quanto custa a factura de opções políticas demagógicas e falaciosas. No entanto, escolhas puras de mercado não proporcionam, em alguns desígnios, a possibilidade de sucesso. Por exemplo, investir na língua portuguesa sem subserviência ao analfabetismo medíocre do 'linguajar' brasileiro, permitiria a longo prazo uma valia séria e objectiva do Português como língua de cultura universal, e o valor económico, científico e lógico que isso acarretaria.

[Incognitus]

Eu por acaso acho que o Português na melhor das hipóteses deveria estar em igualdade com o Inglês em Portugal.
 
Isto porque apostarmos no Português diminui o nível de vida da população. É algo mecânico, resulta do aumento de produtividade e da necessidade de ir diversificando a economia. As novas actividades que vão surgindo têm maior dificuldade de sustentar emprego (e salários) num mercado limitado como o Português (que em certa medida é desta dimensão devido à língua).

[Smog]

Descobri isto a ouvir os manifestantes hoje, na TSF. É mais ou menos assim:
 
Políticas sociais - o tipo de políticas que nos favorece a nós;
Políticas neoliberais - qualquer política que favoreça os outros.
 
É importante a distinção, porque por exemplo um aumento de impostos é uma política neoliberal se nos for ao bolso, mas será uma política social se for ao bolso dos outros. Um aumento de despesa do Estado, se formos o objectivo dessa despesa, é uma política social. Se não formos, já será uma política neoliberal.

Os que trabalham no privado estão fartos de defender os cortes no estado. São politicas sociais.

[vbm]

Eu por acaso acho que o Português na melhor das hipóteses deveria estar em igualdade com o Inglês em Portugal.
 
Isto porque apostarmos no Português diminui o nível de vida da população. É algo mecânico, resulta do aumento de produtividade e da necessidade de ir diversificando a economia. As novas actividades que vão surgindo têm maior dificuldade de sustentar emprego (e salários) num mercado limitado como o Português (que em certa medida é desta dimensão devido à língua).

Concordo que o Inglês deveria ser uma 2ª língua em Portugal, como sucede no norte da Europa, vulgarmente. Mas em si, o Português ensinado com exigência, é um factor de alargamento da inteligência de cada nativo deste singular recanto pátrio.

[Smog]

to be. ser ou estar.
Em portugal existe a polissemia que alarga a infinidades de variantes e desenvolve a inteligencia. Veja-se que os árabes que também tem uma lingua polissemica são um povo potencialmente muito culto (quando estudam, claro).

[Jérôme]

agora imagina dominar 2 ou 3 línguas a alavancagem polissémica que te oferece... isso está estudado.

Não só em termos de significado mas do diferente raciocínio (que é sempre feito com construções lógicas assentes numa linguagem) que as diferentes línguas proporcionam como base.

Mais línguas = maior flexibilidade racional