Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?  (Lida 257348 vezes)

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1480 em: 2017-02-23 01:37:14 »
Provavelmente a redução da criminalidade desde os anos 50 tem a ver com o envelhecimento da população e a redução da % de jovens.

Outro factor importante é a descriminalização do aborto. Isso reduziu a quantidade de nascimentos de mães pobres e solteiras. A pobreza e a uniparentalidade relacionam-se muito com o crime. Em diversos países em que o aborto foi liberalizado, a criminalidade caiu bastante passadas 2 décadas.

Ora essa?! Tanto quanto sei, as razões são simplesmente o desenvolvimento económico, técnico, científico, e a regulação a eles associada. Tens hoje polícia muito mais eficaz que antes. E tens menos pobreza. As regulações (contra as quais a extrema direita está sempre a bramar) também deram um contributo decisivo para a baixa de acidentes, incluindo ambientais e provavelmente crime. Estes factores que eu citiei parecem-me mais prováveis.

Eu não disse que a maior imigração reduziu o crime. Disse que ele se reduziu apesar da maior imigração poder ter contribuído no curto prazo para um aumento de crime. O que mostra que os outros factores que causaram a redução pesam muito mais.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1481 em: 2017-02-23 01:42:37 »
Não me parece que seja a extrema direita que brama contra regulações. É a direita liberal, que é uma coisa diferente.

A extrema direita tende a bramar por mais regulações no que toca à segurança.
« Última modificação: 2017-02-23 01:43:19 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13514
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1482 em: 2017-02-23 01:46:32 »
extrema direita gosta regular a policia /militares  sao bem coletivistas nisso...
« Última modificação: 2017-02-23 01:48:25 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1483 em: 2017-02-23 09:23:01 »
Provavelmente a redução da criminalidade desde os anos 50 tem a ver com o envelhecimento da população e a redução da % de jovens.

Outro factor importante é a descriminalização do aborto. Isso reduziu a quantidade de nascimentos de mães pobres e solteiras. A pobreza e a uniparentalidade relacionam-se muito com o crime. Em diversos países em que o aborto foi liberalizado, a criminalidade caiu bastante passadas 2 décadas.

Ora essa?! Tanto quanto sei, as razões são simplesmente o desenvolvimento económico, técnico, científico, e a regulação a eles associada.

Não entendo a tua resposta. É só comparares a taxa de criminalidade dos jovens (15-25 anos), com a dos maduros (45-55) ou a dos velhos (65-75 anos). A alteração da estrutura etária da população contribui e muito para a redução da criminalidade.

Quanto ao aborto, contribui para a redução dos filhos de mães adolescentes e abandonadas pelo insiminador. Esse é um grupo que tinha muito maior probabilidade de vir a praticar crimes.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1484 em: 2017-02-23 09:29:15 »
Com respostas como a que deste não merecias, mas aqui tens um artigo interessante.

Já agora, onde tens o suporte do que dizes que sabes?
"Tanto quanto sei, as razões são simplesmente o desenvolvimento económico, técnico, científico, e a regulação a eles associada."


O aborto pode reduzir o crime?
Eis a polêmica tese defendida por economistas como o americano Steven Levitt e o brasileiro Gabriel Hartung: com o aborto legalizado, nasceriam menos criminosos
LEANDRO LOYOLA


TEORIA
O economista Gabriel Hartung em sala
na Fundação Getúlio Vargas, no Rio.
"O aborto reduz o crime porque
diminui a fecundidade das mães que
teriam filhos com maior probabilidade
de cometer crimes" Nas décadas de 1970 e 1980, os crimes violentos haviam crescido até 80% nos Estados Unidos. As previsões para o futuro eram catastróficas. No começo dos anos 1990, para surpresa de todos, os índices começaram a cair. Em alguns deles, a queda foi de mais de 40%. No primeiro momento, os especialistas ficaram desconcertados. Depois começaram a tentar apontar as razões mais óbvias para o recuo da criminalidade: endurecimento da polícia, tolerância zero com pequenos delitos, leis mais rígidas e melhora na economia. O economista Steven Levitt testou a maioria dessas hipóteses. Os resultados decepcionaram - eles apontavam influências apenas residuais desses fatores nos índices de violência. Quando relacionou os números do crime com a legalização do aborto, em 1973, Levitt levou um susto. Havia uma forte ligação entre os dois fenômenos.
O aborto seria, segundo Levitt, responsável por 25% da queda na criminalidade. De acordo com ele, a legalização da prática teria servido, indiretamente, para evitar o nascimento de crianças pobres, fadadas a viver uma infância de abandono e candidatas a entrar para o mundo do crime. Como era previsível, Levitt foi atacado por sustentar essa tese. Muitos a consideraram absurda, não apenas de tom "politicamente incorreto", mas de teor quase fascista. Outros o criticaram com base nos argumentos morais contrários ao aborto. Alguns poucos questionaram a metodologia usada. Até agora, porém, a tese de Levitt não foi derrubada. "Levitt é um sujeito capaz de enxergar dados de um jeito como ninguém viu antes", diz o economista brasileiro José Alexandre Scheinkman, professor da Universidade Princeton. Levitt é hoje um dos economistas mais respeitados no mundo acadêmico. É professor da Universidade de Chicago, que reúne a maior concentração de vencedores do Prêmio Nobel em Economia, onde ocupa a cadeira que já foi de Scheinkman. Em 2003, Levitt ganhou a medalha John Clark, concedida ao mais destacado economista com menos de 40 anos.

No Brasil, a delicada discussão levantada por Levitt sobre o aborto está prestes a começar. Numa dissertação de mestrado aprovada em outubro do ano passado na Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), o economista Gabriel Hartung sugere que a legalização do aborto seria uma alternativa para reduzir os altos índices de criminalidade no Brasil. Inspirado em Levitt, o trabalho de Hartung sugere o aborto como um recurso capaz de diminuir o número de potenciais criminosos na sociedade. "Estudos como esse são importantes para abrir um debate", diz Scheinkman. "Eles suscitam discussões, geram novos trabalhos. É o acúmulo de experiências que conta."

Por mais provocadora ou incendiária que possa parecer, a tese de Hartung merece ser discutida. Antes de julgar sua conclusão por convicções, é preciso conhecer em detalhes seu trabalho. Assim como o de Levitt, ele segue uma linha inovadora da economia, menos conhecida que o tradicional mundo da inflação e das taxas de juro. Desde os anos 50, uma vertente de economistas passou a usar para outros fins os amplos recursos aprendidos com o estudo de temas como política monetária ou contas públicas. O pioneiro foi Gary Becker, ganhador do Prêmio Nobel em 1992. Becker usou os instrumentos matemáticos e as teorias econômicas para desvendar questões práticas da vida comum. Fundou uma espécie de "economia da vida cotidiana". Hoje, o saber dos economistas é aplicado para explicar assuntos como estabilidade de casamentos, mecanismos de preconceito racial e até esportes. Levitt, com o livro Freakonomics, tornou-se uma celebridade no mundo dessa "economia da vida cotidiana". No Brasil, poucos economistas se dedicam a essa área. É o caso do pesquisador Ricardo Paes de Barros, no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e, mais recentemente, de Hartung. "O uso dos métodos econômicos pode ajudar a discutir causas e efeitos dos problemas", afirma o economista, ex-presidente do Banco Central e colunista de ÉPOCA Gustavo Franco. "A aplicação da estatística melhorou a economia e pode melhorar as políticas contra o crime."

Durante dois anos, Hartung leu dezenas de livros e artigos científicos econômicos relacionados à criminalidade. Depois foi em busca de dados estatísticos sobre crimes. Recolheu informações de 643 cidades do Estado de São Paulo, entre 1999 e 2001 - na penúria estatística do Brasil, elas eram as únicas que preenchiam as exigências de seu trabalho. Desenvolveu então uma metodologia para comparar os dados e cruzou os dados de criminalidade paulistas com dados populacionais e socioeconômicos brasileiros do período entre 1980 e 2000. Em sua pesquisa, ele testou todos os fatores normalmente associados à criminalidade: pobreza, desigualdade social e baixo crescimento econômico. No julgamento isento e frio dos números, nenhum deles era responsável pelos índices de criminalidade como um todo. De acordo com os resultados obtidos por Hartung, fatores econômicos podem explicar parcialmente por que bandidos cometem crimes contra o patrimônio, como roubo ou furto. Mas não crimes violentos, como assassinato ou estupro. "Seria impossível combater a criminalidade apenas com o crescimento econômico", diz Hartung. "Nos testes, o efeito do crescimento é baixo."

Três fatores, em seus testes, manifestaram uma relação consistente com as taxas de criminalidade: 1) a alta taxa de fecundidade, 2) o número de crianças que viviam com apenas um dos pais e 3) o número de mães adolescentes. Tais fatores, segundo Hartung, estão relacionados tanto aos crimes contra o patrimônio quanto aos crimes violentos. "O número de pessoas nessas situações em 1980 foi o fator mais influente nos índices de criminalidade 20 anos depois", afirma Hartung. Na prática, nos lugares onde havia mais filhos indesejados, nascidos de mães solteiras, de mães adolescentes ou abandonados por um dos pais, a criminalidade era maior. "São justamente mulheres nessas situações que costumam optar pelo aborto", diz Hartung. "Minha tese conclui que a fecundidade desse tipo de mãe afeta a criminalidade. Uma política pública que consiga reduzir a fecundidade delas, como o aborto, reduziria a criminalidade."


PODERIA SER DIFERENTE?
 Estudos sugerem
que o histórico familiar pode explicar
a tendência ao crime Outras pesquisas parecem confirmar os resultados de Hartung. Nos países onde o aborto é legal, as mulheres que o buscam são, em geral, mães solteiras, adolescentes e de regiões com altas taxas de fecundidade - os mesmos fatores relacionados à criminalidade, segundo Hartung. A fragmentação das famílias, levantada por ele como fator que favorece o crime, também já apareceu em outras pesquisas. Em 2003, depois de ouvir as histórias de 682 presidiários em Brasília, estudiosos concluíram ser possível explicar crimes violentos pela herança familiar dos autores, enquanto os crimes contra o patrimônio estavam relacionados às condições econômicas. Nos Estados Unidos, 14% dos presos são órfãos, enquanto na população em geral esse número é de apenas 3%. Quase metade dos detentos no país, ou 43%, foi criada sem o pai ou sem a mãe - na população, esse índice é de 24%. A ausência do pai, especialmente, parece ser o maior problema, porque, segundo os estudos, ela afetaria mais a formação do menino - e a maioria dos criminosos são homens.
Após a aprovação da lei de interrupção da gravidez, em 1973, a fecundidade nos Estados Unidos caiu 5,4%. Entre as adolescentes, a queda foi de 13%. Entre as mães solteiras, de 7%. Como o aborto não é legal no Brasil, é impossível realizar uma comparação com os dados americanos. Em complemento a seu trabalho, com base nos dados paulistas, Hartung fez uma projeção que considera conservadora do que aconteceria se o aborto fosse legalizado no Brasil. Segundo ele, poderia haver uma queda de 10% na taxa de homicídios e de 8% nos crimes contra o patrimônio. "Esse número poderia ser ainda maior", diz Hartung. "No Brasil existem mais mães solteiras e adolescentes, que poderiam optar pelo aborto."

As afirmações de Hartung, um jovem economista, despertam desconfiança entre os especialistas em criminalidade - a maioria deles egressos das ciências sociais. Sociólogos não costumam enxergar a questão apenas pela lente fria dos números, tão cara aos economistas. De acordo com Tulio Kahn, sociólogo que pesquisa o tema há mais de uma década e hoje coordena uma área da Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo, pesquisas recentes questionam a capacidade de explicar a criminalidade apenas com a "teoria do aborto". "Essa teoria, levantada pelo trabalho de Levitt, pode ser interessante para entender o fenômeno entre alguns grupos sociais", afirma Kahn. "Mas não para explicar mudanças nas tendências da criminalidade ao longo do tempo." Mesmo com essa ressalva, Kahn considera estudos como o de Hartung importantes para orientar o trabalho do governo na área de segurança. Nos Estados Unidos, afirma Kahn, foram criados grupos de acompanhamento de mães adolescentes solteiras como forma de prevenção ao crime. Os resultados, até agora, mostram uma redução no envolvimento desses grupos com a criminalidade. "Não é preciso legalizar o aborto para reduzir o crime", diz Kahn. "É possível adotar outras medidas preventivas."
Nos EUA, de acordo
com Levitt, o aborto
foi responsável por
25% da queda na
criminalidade

Outros especialistas condenam teses como a de Hartung por enxergar nelas uma carga de preconceito. "As implicações de um trabalho assim são delicadas", afirma o sociólogo Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Segundo ele, a associação do aborto à redução da criminalidade poderia sugerir uma espécie de limpeza social a partir da eliminação preventiva de bandidos. "Ela pode soar como uma tentativa de tirar mais um direito dos pobres - ter filhos. Também é preciso tomar cuidado para não suscitar discussões sobre eugenia (teoria de seleção e controle social)." Finalmente, justificar a legalização do aborto sob o argumento de evitar mais crimes esbarra em resistências religiosas. Qualquer vida, mesmo a criminosa, é sagrada do ponto de vista religioso.

Trabalhos como os de Hartung e Levitt chocam não apenas por tocar em questões emocionais ou religiosas, mas também por contrariar o senso comum. Em debates acadêmicos, programas de televisão ou mesas de bar, causas e soluções do crime são apontadas aos montes. Normalmente, fala-se em pobreza, desigualdade, desemprego, educação deficiente ou baixo crescimento econômico. As soluções mais populares são prisão, pena de morte, educação e crescimento econômico. A questão do planejamento familiar, em cujo contexto se insere o debate sobre o aborto, nem costuma ser lembrada.

A tese de Hartung não pode ser vista como um argumento definitivo em prol da legalização do aborto. "Trabalhos empíricos são sempre muito discutidos, mas não são definitivos", diz o economista Scheinkman. A ciência econômica também não leva em conta julgamentos morais, crenças religiosas nem a viabilidade política. Ela usa modelos matemáticos e testes exaustivos para comprovar ou demolir uma teoria. É certo que os debates em torno do aborto e da criminalidade devem levar em conta pesquisas como a de Hartung. Mas também outras, inclusive as que vierem a contestá-la. Só não é recomendável deixar de examinar todos os argumentos por correção política ou preconceito.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1485 em: 2017-02-24 00:46:08 »
Aí dizem que foi responsável por 25% da queda, logo 75% foram os outros factores, como o desenvolvimento, a melhoria legislativa, a tecnologia.

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1486 em: 2017-02-24 23:32:46 »
Não te esqueças também da alteração da estrutura etária da população.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13514
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1487 em: 2017-02-25 00:19:46 »
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2015/07/14/excecao-na-europa-franca-mantem-alta-taxa-de-natalidade-entenda-como.htm

a frança e unica com natalidade maior  e incentiva com euros...e 70% presos sao mulculmanos...

 Incentivo financeiro e herança cultural

O valor de incentivos financeiros recebidos pelas famílias francesas, concedidos pela assistência social, ilustram o esforço do poder público para manter os índices altos e ajudam a explicar por que a população local não considera ter filhos uma má ideia.

Caso cumpram os pré-requisitos, que incluem um teto para o rendimento mensal familiar, os pais recebem diferentes benefícios a partir do momento que têm um filho –como um bônus de 923 euros logo após o nascimento (que dobra ou triplica em caso de gêmeos ou trigêmeos, respectivamente) e uma quantia de 184 euros (mensal e válida até que a criança complete três anos) para complementar os custos. Após a chegada da criança ao período escolar, dos 6 aos 18 anos, os pais podem se inscrever para receber outra ajuda, que vai até 395 euros, destinada a complementar os cursos com a educação
Outros benefícios aos pais incluem uma licença maternidade mais bem remunerada para mulheres que têm um terceiro filho, auxílio no pagamento a babás e cuidadores (que recebem formação específica através da assistência social) e creche gratuita em período integral.


o dinheiro dado familias tambem  foi outro reduzir criminalidade...    mas no caso muculmanos nao resultou


https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2015/07/14/parceiros-em-falta-adiam-planos-de-ter-filhos-na-dinamarca.htm
O paradoxo é que Nina atribui o apreço pela liberdade a uma sociedade que permite fazer esse tipo de escolhas. "Com um sistema de segurança social que me apoia, eu posso sair e viajar para onde quiser, então por que abrir mão disso para ter filhos?", resume. Ou seja, o mesmo sistema público de bem-estar que faz da Dinamarca um dos melhores lugares do mundo para que seus cidadãos se tornem pais é aquele que permite que Nina escolha justamente não ter filhos.

o estado protetor tambem faz ter menos filhos e criminalidade

« Última modificação: 2017-02-25 01:12:17 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13827
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1488 em: 2017-02-25 09:06:37 »
Incentivar para ter filhos... não me parece justo, nem uma boa ideia. Antes, valorizo uma sociedade que tenha material e socialmente boas condições para as suas crianças crescerem, serem felizes e instruírem-se. E que proporcionem isso com a maior igualdade objectiva possível, independente das origens e estado cultural dos pais e das regiões. Qualquer iniciativa diferente deste 'conseguimento' é deplorável e perversa. E quem não quiser não ter filhos, que não os tenha. Tem sempre as crianças, filhas dos outros, que pode estimar e proteger.

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1489 em: 2017-02-25 10:13:45 »
Incentivar para ter filhos... não me parece justo, nem uma boa ideia. Antes, valorizo uma sociedade que tenha material e socialmente boas condições para as suas crianças crescerem, serem felizes e instruírem-se.
Para isto não é preciso grande coisa. Repare-se que antigamente as crianças eram felizes com um peão, uns berlindes, um elástico para saltar, uma bonecas do mercado e pouco mais.
O conceito de felicidade que a sociedade impôs aos pais e às crianças é que tornou cara a obtenção dessa felicidade. Nesse aspecto a culpa é dos pais.
A qualidade da educação nas escolas é que já sai fora do controlo dos pais.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13827
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1490 em: 2017-02-25 10:29:20 »
Finalmente, aproximas-te um pouco do que penso: há muita bugiganga que não presta para nada! E ao contrário do que os pretensos (?) liberais me acusam, desvalorizar e destituir escolhas sem valor, não é impor o meu gosto aos outros, é simplesmente dizer que o gosto que não aprecio nos outros, não presta! Un point c' est tout! E poderia dizer coisas mais escandalosas! Como por exemplo, dizer que sempre admirei as escolas de instrução primária do tempo do Salazar, iguais em todo o país, de Norte a Sul! Un point c' est tout!

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1491 em: 2017-02-25 10:50:20 »
eu não posso nem quero que alguém controle as coisas que se inventam e que estão à venda.

mas posso controlar a minha reacção perante as mesmas. lá porque não ache utilidade a um smart watch não quer dizer que o queira censurar.
está à venda (ainda bem) mas eu não o compro. longe de mim dizer, com caracter absoluto (que é onde não concordo contigo), que aquilo não é útil. para algumas pessoas é útil. a minha percepção de utilidade sobre as coisas é isso mesmo: é minha.

quem não jogue baseball acha os tacos de baseball inúteis.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13827
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1492 em: 2017-02-25 13:24:27 »
Compreendo o teu argumento. Defendo-me com o que digo: destituo o gosto do que não gosto, mas não ofendo com isso a pessoa que gosta do que não gosto. Eu, p.e., não gosto de cães. E acho ridícula a rotina dos que gostam desses animais domésticos. Que hei-de fazer, se acho mesmo deplorável tal costume? Não proíbo coisa nenhuma, claro. Mas são ridículos! Mas, tenho razões mais fundas de firmeza no que penso no que opto ou prefiro. Sou contra o relativismo, intelectual ou cultural ou mesmo moral. Sem que por isso me converta num absolutista. são coisas explicáveis e demonstráveis! Um dia.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1493 em: 2017-02-25 13:56:39 »
Compreendo o teu argumento. Defendo-me com o que digo: destituo o gosto do que não gosto, mas não ofendo com isso a pessoa que gosta do que não gosto. Eu, p.e., não gosto de cães. E acho ridícula a rotina dos que gostam desses animais domésticos. Que hei-de fazer, se acho mesmo deplorável tal costume? Não proíbo coisa nenhuma, claro. Mas são ridículos! Mas, tenho razões mais fundas de firmeza no que penso no que opto ou prefiro. Sou contra o relativismo, intelectual ou cultural ou mesmo moral. Sem que por isso me converta num absolutista. são coisas explicáveis e demonstráveis! Um dia.

Não é difícil de ver porque é que alguém gosta de cães ou gatos. Esses animais comportam-se como companheiros das pessoas, já o fazem há milénios. É bastante esticado desvalorizar "companheirismo" ... mesmo que não se lhe atribua valor, pessoalmente.
« Última modificação: 2017-02-26 20:39:31 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13827
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1494 em: 2017-02-25 14:54:15 »
Também compreendo o que dizes. E não censuro quem aprecie cães e gatos. Mas regozijo-me de não ter de todo essa inclinada afeição. E até deploro, um pouco, certas inclinação que noto nesses 'companheiros' domésticos de tratarem as pessoas um pouco ao modo como se habituaram a tratar esses outros animais!

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1495 em: 2017-02-26 01:08:49 »
Voltando ao tema da redução dos níveis de crime. Já pensaram que uma provável razão foi o aumento do número de FPs? Ele aconteceu no mundo desenvolvido, incluindo nos EUA, o número subiu bastante desde 1970-80. Mais FPs provavelmente implicou mais polícias, mais administrativos na justiça, mais investigadores, etc.

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13514
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1496 em: 2017-02-26 02:23:35 »
"o principal impedimento para o crime é o medo de ser pego, Em países como a Lituânia e a Polônia, os gangsteres que antes costumavam traficar pessoas e drogas, hoje atuam em atividades menos violentas, como fraude"


alem disso hoje isto e grande big brother  camaras nas ruas nos espaços publicos e comerciais  ate nas casas... mais isto
« Última modificação: 2017-02-26 23:59:33 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1497 em: 2017-02-26 10:28:31 »
Voltando ao tema da redução dos níveis de crime. Já pensaram que uma provável razão foi o aumento do número de FPs? Ele aconteceu no mundo desenvolvido, incluindo nos EUA, o número subiu bastante desde 1970-80. Mais FPs provavelmente implicou mais polícias, mais administrativos na justiça, mais investigadores, etc.

Teríamos que ver o número concreto.
Onde penso que a subida foi maior foi no chamado estado social que representa a grande fatia dos orçamentos.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1498 em: 2017-02-26 10:38:59 »
Sò consegui obter isto:

EUA-emprego federal total estável nas últimas décadas (até a diminui tendo em conta a população total a crescer):
https://www.opm.gov/policy-data-oversight/data-analysis-documentation/federal-employment-reports/historical-tables/total-government-employment-since-1962/

Número de polícias/Pop mundial (países como o Brazil deveriam ter muitos mais. Portugal está bem acima da média):
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_and_dependencies_by_number_of_police_officers

E esta citação da ONU (nível mundial):  The median of police officers per population remained stable between 2002–2006, after an increase between 1995 and 2002.[1]
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #1499 em: 2017-02-27 01:38:28 »
Tinha a ideia que o nº de FPs aumentou muito nos EUA desde os anos 70 para cá -- e que isso até era um argumento que se usava para criticar o Reagan. Mas na realidade, não me lembro se foi o nº de FPs ou a despesa pública.