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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1844295 vezes)

tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9680 em: 2016-04-27 16:56:46 »
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Grécia está a ficar sem dinheiro e Tsipras sem aliadosEva Gaspar | egaspar@negocios.pt | 27 Abril 2016, 16:08
Grécia está a ficar sem dinheiro e Tsipras sem aliados
Bloomberg

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Atenas ordenou a instituições públicas a transferência de saldos de tesouraria para o banco central, com as dívidas ao fisco a baterem recordes e os depósitos em mínimos de 2003. Risco de nova crise de liquidez cresce. A bolsa reage: esteve a cair quase 5%.

À semelhança do que sucedeu há precisamente um ano, o governo grego ordenou a diversas instituições públicas, designadamente a hospitais e às agências que gerem o sistema nacional de saúde (EOPYY) e as ofertas de emprego (OAED), a transferência dos respectivos saldos de tesouraria para o banco central, noticia o jornal To Vima, que dá conta de acesos protestos dos partidos da oposição, que renovaram o pedido de eleições antecipadas.

A decisão do governo de Alexis Tsipras coincide com a divulgação de dados segundo os quais as dívidas fiscais não cessam de crescer. Os números mais recentes, referentes a Março, apontam para que os gregos devam actualmente 87,5 mil milhões de euros em impostos e taxas ao Estado. Trata-se de um valor superior aos 86 mil milhões de euros que a Grécia pediu emprestado aos europeus no Verão passado, no âmbito do terceiro resgate.

Dados divulgados nesta quarta-feira, 27 de Abril, pelo banco central revelam, por seu turno, que os depósitos nos bancos voltaram a cair pelo terceiro mês consecutivo, estando agora em cerca de 121,5 mil milhões de euros, o nível mais baixo desde Julho de 2003, refere a Reuters.


Todos estes indicadores sugerem que o risco de uma crise de liquidez, quer no Estado quer na banca, estará de novo ao virar da esquina. Esta emergência de tesouraria ajuda a explicar a tremenda pressão que o primeiro-ministro Alexis Tsipras (na foto) está a colocar sobre os parceiros europeus para que o impasse em torno da primeira avaliação do terceiro resgate – que deveria ter sido concluída ainda em 2015 – seja rapidamente discutido ao mais alto nível, numa cimeira extraordinária: é que sem nota positiva no primeiro exame não haverá novos cheques passados para Atenas.

Para complicar o cenário, que parece decalcado do que se vivia há um ano, em Julho a Grécia terá de pagar 2,2 mil milhões de euros relativos a títulos de dívida seus que estão em posse do Banco Central Europeu.

A "bola" permanece no parlamento grego

O pedido de Tsipras para uma cimeira extraordinária foi, porém, hoje mesmo rejeitado por Donald Tusk. O presidente do Conselho Europeu (órgão máximo da União Europeia, que reúne os líderes dos 28 Estados-membros) concorda que é preciso negociar com rapidez e intensidade para dissipar incertezas sobre o rumo país, mas que é preciso fazê-lo ao nível mais técnico – das equipas dos credores (que se queixam de atrasos crónicos na implementação das decisões) e do Eurogrupo que exige avanços reais, ou seja, acordos e compromissos passados no parlamento grego, onde Tsipras enfrenta o risco de perder o apoio de 12 deputados e até de três ministros, segundo informava esta manhã a Star TV.


Com uma frágil maioria de 153 deputados aliados num universo de 300, a coligação Syriza/Anel corre o risco de morrer às mãos de dissidentes das suas  bancadas, tal como sucedeu há menos de um ano. Perante o agravamento da incerteza, a Bolsa grega esteve hoje a cair quase 5%.

 

Os chefes de missão da troika regressaram à Grécia no passado fim de semana com o objectivo de concluir a primeira revisão do terceiro programa de ajustamento o mais depressa possível, na sequência das discussões na reunião informal do Eurogrupo, em Amesterdão.

Nessa reunião informal de ministros das Finanças da zona euro tinha já sido afirmada a possibilidade de um novo encontro – o próximo regular do Eurogrupo está agendado para 24 de Maio -  caso fosse possível um acordo com a Grécia, no âmbito da primeira revisão do programa de ajustamento macroeconómico.


Credores não acreditam nas contas de Atenas. Querem plano B

Na base está um problema crónico de implementação do acordado, sobretudo no que respeita à reforma do sistema pensionista e da legislação fiscal, com os credores – em particular o FMI – a exigirem, desde já, que Atenas aprove um plano B no parlamento para garantir que, em 2018, terá um excedente primário de 3,5% do PIB que dispensará o país de mais empréstimos da comunidade internacional.

Atenas dedica o equivalente a 10% do seu PIB ao financiamento das pensões, o que compara com uma média europeia de 2,5% – uma "generosidade inexequível", avisa há muito o FMI. Por outro lado, abolir isenções e taxas reduzidas para armadores, agricultores e igreja ortodoxa continua a ser um tremendo quebra-cabeças para qualquer governo – e, nestes anos de crise, o país já foi governado por gente de praticamente todo o espectro político, da extrema-esquerda à extrema-direita, actualmente juntas no Executivo.


Perante a incapacidade de mexer em rubricas que tocam em grupos com grande capacidade de contestação e de paralisar o país, o governo de Atenas estará a ponderar voltar a subir a taxa normal do IVA de 23% para 24%, tentando, desde modo, angariar receita que permita reduzir a parcela do défice que a troika queria ver eliminada com cortes da despesa.

Segundo o jornal To Vima, a taxa do imposto deverá subir a partir de Julho e a expectativa é que gere cerca de 500 milhões de euros anuais de receitas adicionais. Escreve a Lusa que, com esta medida, o Governo pretende compensar o 'buraco' equivalente a 1% do PIB nos Orçamentos do Estado de 2017 e 2018 resultante, segundo os credores, das decisões do ano passado de não subir o IVA de 13% para 23% na factura da água e da luz e de limitar a subida do IVA das escolas privadas.

Esta já tradicional medida de recurso para tapar o buraco das contas do Estado poderá, no entanto, revelar-se insuficiente para que Atenas conclua com sucesso a primeira avaliação deste terceiro resgate. E sem uma primeira avaliação "bem sucedida" (que deveria ter acontecido ainda em 2015) não avança a promessa europeia de voltar a esticar os prazos de carência (actualmente fixados em dez anos) e de amortização (30 anos) da pesada dívida pública grega. E sem isso, o FMI diz que não poderá participar no financiamento deste novo resgate, por considerar que, nas actuais condições, a dívida grega, a caminho dos 200% do PIB,  é "altamente insustentável".

Sucede que a Alemanha quer o FMI a plenamente bordo também deste terceiro resgate – ou seja, activo a fazer recomendações técnicas, como está, mas também a passar cheques para Atenas. Foi essa a promessa que Angela Merkel e Wolfgang Schäuble fizeram ao seu parlamento (e ao próprio partido) para voltar a financiar o Estado grego.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao_europeia/zona_euro/detalhe/grecia_esta_a_ficar_sem_dinheiro_e_tsipras_sem_aliados.html

Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9681 em: 2016-04-27 17:17:05 »
Não sei o que querem dizer com valor para financiamento de pensões (serão as transferencias do OE por não haver almofada acumulada ?). É estranho. Tanto mais que a maioria dos países anda nos 10% do PIB para pensões.
http://www.pordata.pt/Europa/Pens%C3%B5es+despesa+total+em+percentagem+do+PIB-1579


pedferre

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9682 em: 2016-04-27 17:31:16 »
Não sei o que querem dizer com valor para financiamento de pensões (serão as transferencias do OE por não haver almofada acumulada ?). É estranho. Tanto mais que a maioria dos países anda nos 10% do PIB para pensões.
http://www.pordata.pt/Europa/Pens%C3%B5es+despesa+total+em+percentagem+do+PIB-1579

Deve ser uma gaffe do jornalista a escrever o artigo, a média da UE deve ser de 12,5% e não 2,5%, e a da Grécia talvez seja 20% e não 10%.

Kin2010

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9683 em: 2016-04-28 01:27:59 »
Isto da Grécia é déjà vu. Reformas a não serem implementadas na prática. Acordos ou pseudo-acordos a não serem cumpridos. Datas de pagamento "críticas" não são relevantes pois tudo se resume a uma conta corrente que a Grécia tem com a troika. A dívida ser insustentável, também não é bem verdade, pois como não vai ser paga, torna-se sustentável. Toda a gente sabe isso mas toda a gente envolvida quer continuar a brincar ao kicking the can.


D. Antunes

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9684 em: 2016-04-28 11:19:57 »
Não sei o que querem dizer com valor para financiamento de pensões (serão as transferencias do OE por não haver almofada acumulada ?). É estranho. Tanto mais que a maioria dos países anda nos 10% do PIB para pensões.
http://www.pordata.pt/Europa/Pens%C3%B5es+despesa+total+em+percentagem+do+PIB-1579

Deve ser uma gaffe do jornalista a escrever o artigo, a média da UE deve ser de 12,5% e não 2,5%, e a da Grécia talvez seja 20% e não 10%.


Quando li pensei de acordo com a hipótese do Automek: ser o valor com que o estado tem que entrar, por cima das contribuições dos trabalhadores.  Desse modo pareceu-me fazer sentido (quer os 10% gregos, quer os 2,5% de média na UE) e diria não ser um erro.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9685 em: 2016-05-08 16:29:46 »
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Gregos protestam na rua contra medidas de austeridade
Há uma hora

Manifestação coincide com uma greve geral de três dias e com a votação de um pacote de reformas no parlamento que inclui cortes nas pensões e aumento de impostos -- uma imposição da UE e do FMI.

Entre as medidas de austeridade contestadas estão aumentos das contribuições para a segurança social, os impostos dos contribuintes com os rendimentos mais altos e a redução de pensões.

http://observador.pt/2016/05/08/gregos-protestam-na-rua-medidas-austeridade/

Corte nas pensões? Nos ordenados? Aumento das contribuições para a SS resultando num menor rendimento líquido????????

TSIPRAS ONDE ESTÁS??????????

Não pode ser???!!!!!!!!!!! Chamem o bloco para salvar a grécia.



pedferre

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9686 em: 2016-05-08 17:57:48 »
Nada de dizer mal do tsipras que a catarina fica ofendida. No dia em que o viu no parlamento europeu a uns meses atras toda ela imanava felicidade e orgulho por ter estado reunida com o seu heroi. :)

Reg

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9687 em: 2016-05-08 18:41:03 »


A catarina tem novo Heroi o Madurista do podemos
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kitano

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9688 em: 2016-05-08 19:38:15 »
Este pablo deixa-as todas encantadas
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Tridion

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9689 em: 2016-05-08 20:21:49 »
Este pablo deixa-as todas encantadas

Pablo é o homem do povo do livro Por Quem os Sinos Dobram, do Hernest Hemingway.  Homem esse, que quando assumiu o poder chacinou de igual forma as elites que anteriormente tinham o poder e eram useiros dessas práticas.

Pablo é nome de revolucionário, as mulheres gostam de bad boys.



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Deus Menor

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9690 em: 2016-05-08 21:08:16 »
Este pablo deixa-as todas encantadas

Pablo é o homem do povo do livro Por Quem os Sinos Dobram, do Hernest Hemingway.  Homem esse, que quando assumiu o poder chacinou de igual forma as elites que anteriormente tinham o poder e eram useiros dessas práticas.

Pablo é nome de revolucionário, as mulheres gostam de bad boys.

O Pablo é um líder com 0 coragem e por isso as catarinas deste mundo gostam,
elas mandam nele...  :D

kitano

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9691 em: 2016-05-08 22:05:41 »
Esta deve ser das únicas fotos onde podemos encontrar as meninas do BE com um ar fofinho.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Kin2010

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9692 em: 2016-05-09 00:20:13 »
E no entanto, contra o que habitualmente se pensa, o Tsipras é provavelmente um vencedor. O braço de ferro do ano passado pode ter dado os seus frutos.

O FMI está a dizer que se retira do bailout se não houver perdão de dívida. Isto é o que o Syriza queria.

A Alemanha está reticente, mas talvez vá ceder: enquanto que o Wolfgang Schauble discorda, já o Sigmar Gabriel concorda. E o Gabriel é ministro da economia e parceiro de coligação fundamental para a Merkel.


Reg

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9693 em: 2016-05-09 01:08:23 »
desde ano 2013...que dizem isto
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/merkel_nao_vai_poder_continuar_a_sua_politica_com_o_spd.html

hoje 2016 o tsipras esta aplicar austuridade ainda maior que portugal

« Última modificação: 2016-05-09 01:09:06 por Reg »
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Thunder

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9694 em: 2016-05-09 12:55:59 »
Pelos vistos entre cortes e mudanças de impostos, promete mais 5400 M euros para o lado do OE ... se vai cumprir ou não, são outros 500 (pelo histórico deve ser para falhar a meta).
Como o PS e o BE alinham estas medidas com a idolatria passada ao Syriza, isso é que já não sei ...

Mas considerando que o PS que idolatrava o Hollande e agora mais parece que ele tem lepra+ebola+chatos+cheira mal+whatever , nada é de espantar.

O que vale é que (em geral) a memória é muito curta.
« Última modificação: 2016-05-09 12:57:10 por Thunder »
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Kin2010

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9695 em: 2016-05-10 01:15:01 »
Neste momento, à saída do Eurogrupo, já está toda a gente a dizer que vai haver nova reestruturação da dívida (embora sem haircut). Os alemães já concordam.

Talvez um sinal que encoraje os nossos Costa e Catarina a gastar à tripa forra... Se os alemães e o BCE cedem assim, está deixado um moral hazard para o futuro.


Kin2010

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9696 em: 2016-05-10 01:19:06 »
Neste momento, à saída do Eurogrupo, já está toda a gente a dizer que vai haver nova reestruturação da dívida (embora sem haircut). Os alemães já concordam.

Talvez um sinal que encoraje os nossos Costa e Catarina a gastar à tripa forra... Se os alemães e o BCE cedem assim, está deixado um moral hazard para o futuro.

Aliás isto altera muita coisa. Neste momento, diz-se que o rácio dívida/PIB da Grécia, de 200%, é insustentável. Ok, mas porquê? Se se assume que a dívida não será paga, que haverá reestruturação algures no futuro, podemos considerá-la sustentável afinal. Se os países puderem todos fazer isso, e os credores concordarem, estão lançadas as bases para que os rácios subam aí para 500% sem haver problemas... Desde que a taxa de juro se desça para 0.5% ou isso...


Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9697 em: 2016-05-10 01:27:47 »
Não era preciso aumentar, podia-se mesmo perdoar. O Inc já defendeu lá para trás e eu concordo, de que todos os países deveriam ter idêntico perdão por uma questão de justiça.

Se queremos perdoar 40% então quem tem 140 passa a 100, quem tem 80 passa para 40, etc.

E isto mantém uma posição relativa melhor a quem foi menos gastador no passado, ao invés de premiar aquele que desbaratou sem se preocupar e que agora vai ter um "prémio".

Reg

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9698 em: 2016-05-10 01:38:40 »
Portugal adiou 15% da dívida

Dívida já foi reestruturada 5 vezes desde 2011


Durante o resgate, a dívida pública nacional foi renegociada três vezes com a troika e outras duas com privados. Analistas admitem um novo prolongamento de prazos, mas não acreditam num perdão de dívida.


Tempo, juros e corte


A realidade é que tirando a opção de um haircut (pagamento apenas parcial da dívida), o Governo tem recorrido às outras duas. Contas feitas, desde o resgate da troika em 2011, Portugal já fez cinco reestruturações de dívida. Três acordadas com a Comissão Europeia e duas com os investidores privados.


As duas primeiras renegociações foram feitas logo após o início do programa de assistência a Portugal. Em Julho de 2011, Bruxelas aceitou reduzir o juro cobrado nos empréstimos a Lisboa, de 5% para 3%. Anulou a 'taxa de penalização' de dois pontos percentuais, então vigente, e ao mesmo tempo fez o primeiro alargamento dos prazos de pagamento dos seus créditos, de 7,5 para 12,5 anos.

Mais tarde, em 2013, a troika voltava a fazer uma reestruturação: deu mais sete anos para Portugal pagar os 52 mil milhões de euros que deve à Comissão Europeia, alargando o prazo para 20 anos.

Mas as reestruturações de dívida e o alívio das condições não se resumiram aos credores oficiais. Os investidores privados foram também um alvo. Em Outubro de 2012, o Governo fez a sua primeira troca de dívida, adiando o pagamento de 3,7 mil milhões de euros que venciam em Setembro de 2013 para 2015. A operação permitiu fazer o então famoso 'regresso aos mercados'.

No final de 2013, as Finanças repetem a fórmula e adiam por três anos o reembolso de 6,6 mil milhões de euros de duas linhas de crédito que venciam em 2014 e 2015. Só com o alargamento de prazos acordados com a troika e privados desde 2011, Portugal conseguiu adiar o pagamento de 30 mil milhões de euros, cerca de 15% da sua dívida total.

http://sol.sapo.pt/noticia/101458/dívida-já-foi-reestruturada-5-vezes-desde-2011
deve ser algo deste genero gregos vao ter
« Última modificação: 2016-05-10 01:49:33 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9699 em: 2016-05-14 21:17:48 »
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Estou desiludido porque Tsipras mentiu descaradamente ao povo grego e, na realidade, vendeu-o. Nada foi cumprido do acordo anunciado em setembro de 2014", diz ao DN Leonidas Chrysanthopoulos, embaixador grego reformado. Além disso, refere o septuagenário, o chefe do governo "ignorou o resultado do referendo de julho, no qual 60% dos votantes rejeitaram mais medidas [de austeridade]". Declarando-se fortemente afetado pelas sucessivas medidas aprovadas, o diplomata afirma: "Desde 2010 a minha pensão foi cortada em 53%, podendo chegar aos 56% ou 57%. Eu chamo a isto roubo. Eu e mais três milhões de gregos deixámos de pagar impostos por não podermos, por isso duvido que o Estado consiga mais receita com mais impostos. Todos sabem disso. Tanto os credores como o regime grego."
(...)
Os impostos, diretos e indiretos, estão a aumentar de tal forma, que 60% dos nossos salários serão em breve para pagar impostos. E esses não são para a saúde ou a educação, mas para pagar empréstimos". Assessor de imprensa da Metropolitan Community Clinic de Helliniko, uma clínica onde voluntários dão consultas, medicamentos, cuidados médicos grátis a quem não tem dinheiro para se tratar, Sideris afirma que Tsipras "não cumpriu nenhuma das suas promessas e foi contra o povo, assinando, mesmo após o referendo, um memorando pior do que os anteriores. Tornou-se um instrumento da troika".

A Grécia já pediu desde 2010 três resgates financeiros no valor de 300 mil milhões de euros. "O nosso país tornou-se uma colónia da dívida da União Europeia, que ignora a vontade do povo e o senso comum", sublinha ainda Sideris. Sobre um eventual incumprimento diz: "A Grécia já está em incumprimento... para com o seu povo."

http://www.dn.pt/mundo/interior/ultrapassado-pela-austeridade-tsipras-desilude-e-irrita-gregos-5173657.html

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Onde está Tsipras, o conquistador?