Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1844579 vezes)

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9180 em: 2015-07-28 21:55:36 »
Ora bem, isto são coisa absolutamente chocantes, e são culpa exclusiva das autoridades gregas. O país é um dos mais ricos do mundo, mesmo após a contracção de 25% do PIB. Há rendimentos muito elevados, muito espalhados pela população. E estes rendimentos não são só os dos capitalistas, como uma certa esquerda gosta de dizer. O governo já podia ter feito as transfrências internas necessárias para resolver esta miséria.

tens alguma ideia de como fazer essas tranferências?
primeiro há que haver o que transferir.
onde está e o que é o rendimento transferível? só para começar.

L

Se o país tem um PIB per capita duplo ou triplo de outros países da Europa, será possível transferir. O PIB per capita é praticamente idêntico aos rendimentos das pessoas per capita. Parte vai para o Estado, mas este redistribui. Portanto o rendimento médio de um grego é duplo ou triplo do de um búlgaro ou romeno. Ora se estes graves problemas de miséria não existem na Bulgária e Roménia -- ou pelo menos são mais raros do que na Grécia -- há-de haver forma de resolver isto com transferências. Nem que implique impostos extraordinários, ou reduções de salários elevados em grande escala.

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9181 em: 2015-07-28 22:09:39 »
Ora bem, isto são coisa absolutamente chocantes, e são culpa exclusiva das autoridades gregas. O país é um dos mais ricos do mundo, mesmo após a contracção de 25% do PIB. Há rendimentos muito elevados, muito espalhados pela população. E estes rendimentos não são só os dos capitalistas, como uma certa esquerda gosta de dizer. O governo já podia ter feito as transfrências internas necessárias para resolver esta miséria.

tens alguma ideia de como fazer essas tranferências?
primeiro há que haver o que transferir.
onde está e o que é o rendimento transferível? só para começar.

L

Se o país tem um PIB per capita duplo ou triplo de outros países da Europa, será possível transferir. O PIB per capita é praticamente idêntico aos rendimentos das pessoas per capita. Parte vai para o Estado, mas este redistribui. Portanto o rendimento médio de um grego é duplo ou triplo do de um búlgaro ou romeno. Ora se estes graves problemas de miséria não existem na Bulgária e Roménia -- ou pelo menos são mais raros do que na Grécia -- há-de haver forma de resolver isto com transferências. Nem que implique impostos extraordinários, ou reduções de salários elevados em grande escala.

não me deste uma resposta.
o estado para redistribuir, tem que ter o que redistribuir.
mais aumentos de impostos? mais depressão? numa economia onde falta é procura, que gera lucros, que geram empregos?

quanto ao pib per capita: imagina esta situação que não nada difícil de imaginar.

vives em lisboa e tens um bom emprego. o teu produto é 100 (o teu rendimento).
és despedido. ao fim de três anos já não tens nenhum rendimento disponível. vais à sopa dos pobres como os gregos.

outra pessoa vive numa aldeola em trás-os-montes. tem um emprego da treta na câmara a varrer ruas. o seu produto é 10.
a câmara passa dificuldades, despede-o.
ele está três anos no desemprego e no fim, fica sem rendimento disponível.

situações idênticas?

quase de certeza que não: tu tens dívida e o varredor não tem. tu pagas renda de casa ou deves ao banco e o varredor vive na casa que era do pai e do avô.
tu para comeres tens que ir à sopa dos pobres.
o varredor cria galinhas e planta batatas e não passa fome. vende algum excedente e ainda dá para se vestir e calçar.

tu andas todo roto porque não tens nem um cêntimo para comprar comida quanto mais roupa.

no entanto o teu pib à partida era 10x superior.
agora, passados três anos, a tua pobreza é 10x superior à do varredor.

se lá passasses na casinhota velha dele ele ainda te dava uma sopinha e uma côdea de pão.

L
« Última modificação: 2015-07-28 22:12:50 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9182 em: 2015-07-28 22:38:04 »
um país não consegue reestruturar a sua economia para 'baixo' com facilidade.
só mesmo com moeda própria.

a grécia não consegue passar para um patamar mais baixo como o da bulgária porque esse patamar não existe. o patamar imediatamente abaixo é a falência. que é o que está a contecer.

a bulgária tem a sua economia estruturada à volta de um determinado output económico. tem a sua moeda própria.
não tem ou tem pouca dívida porque a própria estrutura económica não lhe permitia tomar dívida. não havia mercado financeiro suficientemente sofisticado para o fazer - pensa crédito à habitação nos anos setenta em portugal vs anos 90 por exemplo.

ainda existe concerteza uma certa ruralidade na bulgária que lhes permite viver da terra. não tem grandes cadeias de distribuição ainda, os preços não estão esmagados, a agricultura emprega muita gente: que resulta num pib baixo é claro. mas vive-se.
como nós vivemos nos anos 50 e 60, em que em lisboa montes de gente criava galinhas no quintal.

quando uma economia se move da agricultura para a indústria e serviços, há coisas que desaparecem. produções, trocas e mercados que desaparecem.
substituídos por estruturas comerciais novas.
se a economia colapsa e as estruturas produtivas comerciais industriais e agrícolas colapsam também, não há rede que lhes valha.
é uma queda para a falência, não para um degrau abaixo na economia. porque esse degrau já não existe. já não se criam galinhas no quintal.

L
« Última modificação: 2015-07-28 22:39:22 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9183 em: 2015-07-28 23:14:52 »
Ora bem, isto são coisa absolutamente chocantes, e são culpa exclusiva das autoridades gregas. O país é um dos mais ricos do mundo, mesmo após a contracção de 25% do PIB. Há rendimentos muito elevados, muito espalhados pela população. E estes rendimentos não são só os dos capitalistas, como uma certa esquerda gosta de dizer. O governo já podia ter feito as transfrências internas necessárias para resolver esta miséria.

tens alguma ideia de como fazer essas tranferências?
primeiro há que haver o que transferir.
onde está e o que é o rendimento transferível? só para começar.

L

Se o país tem um PIB per capita duplo ou triplo de outros países da Europa, será possível transferir. O PIB per capita é praticamente idêntico aos rendimentos das pessoas per capita. Parte vai para o Estado, mas este redistribui. Portanto o rendimento médio de um grego é duplo ou triplo do de um búlgaro ou romeno. Ora se estes graves problemas de miséria não existem na Bulgária e Roménia -- ou pelo menos são mais raros do que na Grécia -- há-de haver forma de resolver isto com transferências. Nem que implique impostos extraordinários, ou reduções de salários elevados em grande escala.

não me deste uma resposta.
o estado para redistribuir, tem que ter o que redistribuir.
mais aumentos de impostos? mais depressão? numa economia onde falta é procura, que gera lucros, que geram empregos?

quanto ao pib per capita: imagina esta situação que não nada difícil de imaginar.

vives em lisboa e tens um bom emprego. o teu produto é 100 (o teu rendimento).
és despedido. ao fim de três anos já não tens nenhum rendimento disponível. vais à sopa dos pobres como os gregos.

outra pessoa vive numa aldeola em trás-os-montes. tem um emprego da treta na câmara a varrer ruas. o seu produto é 10.
a câmara passa dificuldades, despede-o.
ele está três anos no desemprego e no fim, fica sem rendimento disponível.

situações idênticas?

quase de certeza que não: tu tens dívida e o varredor não tem. tu pagas renda de casa ou deves ao banco e o varredor vive na casa que era do pai e do avô.
tu para comeres tens que ir à sopa dos pobres.
o varredor cria galinhas e planta batatas e não passa fome. vende algum excedente e ainda dá para se vestir e calçar.

tu andas todo roto porque não tens nem um cêntimo para comprar comida quanto mais roupa.

no entanto o teu pib à partida era 10x superior.
agora, passados três anos, a tua pobreza é 10x superior à do varredor.

se lá passasses na casinhota velha dele ele ainda te dava uma sopinha e uma côdea de pão.

L

Reduzir a pobreza sem aumentar impostos:
Mantendo os gastos, pode, por exemplo, reduzir as reformas mais altas e aumentar as mais baixas.
Ou reduzir os salários mais altos da FP e aumentar o abono de família.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5259
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9184 em: 2015-07-28 23:20:18 »
Citar
La Grèce s’enfonce dans la misère

CriseLe gouvernement a dû émettre des tickets d’approvisionnement alors que l’Eglise et les ONG amplifient leurs efforts.

«En Grèce, les enfants et les familles connaissent l’horreur de la faim et du dénuement», a alerté cette semaine Julien Lauprêtre, président du Secours populaire français, en lançant un appel à la générosité. La situation, qui n’a cessé de se dégrader ces derniers mois, devient en effet dramatique.

Le gouvernement a ainsi décidé de mettre en circulation des cartes alimentaires prépayées, utilisables dans 5000 magasins d’alimentation. Elles sont destinées à près de 150'000 personnes: familles nombreuses, monoparentales, avec enfants handicapés, ou chômeurs de longue durée. Cette mesure a été prise en urgence, car le filet social existant ne suffit plus.

Le rapport 2014 des œuvres sociales de l’Eglise orthodoxe faisait pourtant déjà état de plus de 500'000 personnes secourues par 280 soupes populaires et plus de 75'000 Grecs aidés dans 150 «magasins sociaux», pour un coût total de 120 millions d’euros. Les mairies sont aussi impliquées, dont celle d’Athènes qui a vu la demande en aliments, médicaments et habits exploser ces dernières semaines.

Des associations offrent également des douches et des générateurs à ceux qui n’ont plus d’eau ou d’électricité. Avec l’aide de nombreux bénévoles, souvent démunis eux-mêmes. Mais pour eux, aider les autres est le seul antidépresseur qu’il leur reste.

Les entreprises s’y mettent à leur tour. Venetis, une chaîne boulangère de 80 magasins, distribue ainsi gratuitement plus de 100'000 pains par jour, le tiers de sa production. Car pour Panagiotis Monembasiotis, son directeur général, «avec ce 3e plan de rigueur qui commence, il n’y aura bientôt plus de consommateurs en Grèce, il ne restera que des mendiants».

Dans les beaux quartiers, les gens vont discrètement le soir chercher leur pain offert. Ailleurs, on n’a plus cette honte. Fotis Pedikas, peintre au chômage, attend chaque jour la dernière heure pour aller au marché en plein air, quand les prix baissent de moitié. Les plus mauvais jours, il ramasse les fruits jetés, ou récupère autour des poubelles les sacs plastiques avec les restes des repas que d’autres laissent exprès. Et dans un grand éclat de rire, il interpelle le premier ministre Alexis Tsipras, qui a signé le fameux accord avec les créanciers du pays afin de rester dans la zone euro: «Pour que la Grèce continue d’appartenir au Club, faut-il que les Grecs meurent?»

(24 heures.ch, Créé: 26.07.2015, 08h14)

Ora bem, isto são coisa absolutamente chocantes, e são culpa exclusiva das autoridades gregas. O país é um dos mais ricos do mundo, mesmo após a contracção de 25% do PIB. Há rendimentos muito elevados, muito espalhados pela população. E estes rendimentos não são só os dos capitalistas, como uma certa esquerda gosta de dizer. O governo já podia ter feito as transfrências internas necessárias para resolver esta miséria.

Provavelmenete a troika ia rejeitar qq solução, argumentando que transferências para situações de calamidade são contraproducentes para alcançar equilibrio orçamental, podem ser desencitivadoras no cumprimento obrigações fiscais etc etc, e que uma solução para fins humanitários deve ser solicitada aos outros paises da UE que possivelmente implementará uma organização de emergência independente  e cujas contas devem ser completamente idependentes do governo para que não haja qq distorção nos resultados das medidas implementadas.

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9185 em: 2015-07-29 01:46:12 »
Why Greece’s Lenders Need to Suffer
JULY 28, 2015

There is definitive proof, for anyone willing to look, that Greece is not solely or even primarily responsible for its own financial crisis. The proof is not especially exciting: It is a single bond, with the identification code GR0133004177. But a consideration of this bond should end, permanently, any discussion of Greece’s crisis as a moral failing on the part of the Greeks.

GR0133004177 is the technical name for a bond the Greek government sold on Nov. 10, 2009, in a public auction. Every business day, governments and companies hold auctions like this; it is how they borrow money. Bond auctions, though, are not at all like the auctions we’re used to seeing in movies, with the fast talkers and the loud hammers. They happen silently, electronically. Investors all over the world type a number on their keyboards and submit it as their bid: the amount of interest they would insist on receiving in exchange for the loan. Just as with mortgages and credit cards, the riskier a loan is, the higher the rate would need to be, compensating the lender for the chance that the borrower in question will fail to pay it back.

We think of stocks as the paradigmatic investment, but bonds are the single most important force in the financial world, determining which companies and economies rise and which collapse. A bond is a form of i.o.u.; when a government or a company issues one, it is actually borrowing money with a precisely defined promise to pay it back after a specified period of time at a set interest rate. Every bond has the same basic criteria: duration, yield and risk. This means that bonds can be easily compared and traded. The typical bond may be resold dozens of times over its lifetime, for a discount or a premium on its issuing price, based on how the market feels the prospects for that issuer have changed. The current price of old bonds is updated constantly, providing a real-time scorecard for the relative riskiness of those issuing bonds, from the government of Kazakhstan to Citibank to your local hospital.

Forget the global fight against terrorism or the Internet and globalization: When historians come to write of our age, the time we are living through now, they may well call it the age of bonds. This age began in 1944, near the end of World War II, when sober men in suits gathered in Bretton Woods, N.H., to prevent future wars. What they wound up creating was the basic architecture of a new global financial system, in which rational economic calculus, not military and political power or ancient prejudices, would determine where money flows.

For decades, this was a much better world. Federal bonds funded the growth of an American highway infrastructure and created a truly national economy; municipal bonds brought the South out of its agrarian doldrums. In Europe, the impact was even greater. European bonds allowed money to flow freely across borders, knitting disparate states that had warred for millenniums into one unified economy. More prosaically, bonds provided objective rigor to the funding of private companies’ activities, helping to break up a cozy, WASPy boys’ club that had determined which enterprises got to borrow money.

On that day in 2009 when GR0133004177 was issued, investors had every reason to assume that this was an especially risky loan. The Greek government wanted 7 billion euros, or $10.5 billion, which would not be paid back in full until 2026. These were all sophisticated investors, who were expected to think very carefully about the number they typed, because that number had to reflect their belief in the Greek government’s ability to continually pay its debts for the next 17 years. I was shocked, looking back, to see the winning number: 5.3 percent. That is a very low interest rate, only a couple of percentage points above the rate at which Germany, Europe’s most creditworthy nation, was borrowing money. This was a rate that expressed a near certainty that Greece would never miss a payment.

In hindsight, of course, we know that the investors should not have lent Greece anything at all, or, if they did, should have demanded something like 100 percent interest. But this is not a case of retrospective genius. At the time, investors had all the information they needed to make a smarter decision. Greece, then as now, was a small, poor, largely agrarian economy, with a spotty track record for adhering to globally recognized financial controls. Just three weeks earlier, a newly elected Greek prime minister revealed that the previous government had scrupulously hidden billions of dollars in debt from the rest of the world. In fact, the new leader revealed, Greece owed considerably more money than the size of its entire annual economy. Within a month of the bond sale, faced with essentially the same information the investors had, Moody’s and the other ratings agencies downgraded the country’s credit rating. In less than six months, Greece was negotiating a bailout package from the International Monetary Fund.

The original sin of the Greek crisis did not happen in Athens. It happened on those computer terminals, in Frankfurt and London and Shanghai and New York. Yes, the Greeks took the money. But if I offered you €7 billion at 5.3 percent interest, you would probably take the money, too. I would be the one who looked nuts. And if I didn’t even own that money — if I was just watching over it for someone else, as most large investors do — I might even go to jail.

Today, the global bond market is twice the size of the stock market. And while bonds barely move in price compared with stocks, bonds’ slight twitches give far more important information. A slight increase in a bond’s interest rate can serve as a warning that investors no longer trust a company or a government quite so much; a drop in rates can be a reward for hard work accomplished, allowing an institution to raise future funds at a lower long-term cost. But a world of bonds works only when the investors who buy the bonds are extremely nervous and wildly cautious. Bonds, that is, are designed to be safe and boring investments, bought by extremely conservative institutions, like pension funds, insurance companies and central banks. When they are bought by (or on behalf of) private investors, they are supposed to represent the more stable portion of the overall mix. The very nature of stock markets inclines them to collapse every decade or so, and when they do, it can be painful. But a stock-market collapse is not debilitating. If the world bond market were to collapse, our way of life would be over.

On Sept. 17, 2008, in the late afternoon, this almost happened. For a few dramatic days, prominent economists and other financial experts — serious, unemotional people who had never before said anything shocking in their lives — talked privately, if not publicly, about the real possibility of the end of the United States, the end of electricity and industry and democracy. When the bailout money flowed to save the banks, that was just the fastest way to accomplish the real goal: to save the bond market.

And in that moment, the essential nature of the bond market shifted. Previously, the stability of bonds was reinforced by the cautiousness of people who owned and managed them, and vice versa. But the bailout broke this virtuous circle, signaling that the bond market would stay safe even when bond buyers were wildly reckless, pouring billions of dollars, for example, into risky subprime-mortgage bonds. The bailout represented a transfer of wealth from the rest of the economy into the bond market — precisely the opposite of what is supposed to happen. Now, in the moral hand-wringing over Greece and its failure to pay, we see that bondholders expect to be bailed out constantly, even when they were obviously culpable in failing to manage their own risk. The various European Union plans for Greece involve what is essentially a transfer of wealth from poor Greek people to wealthy German bondholding institutions.

The institutions that bought that €7 billion in Greek debt in 2009 made a very bad judgment. Even at the time, it was clearly a foolish gamble — so foolish, in fact, that it can be explained in only one way. They believed that in the event of default, the Germans would bail the Greeks out. And just to be clear: This doesn’t mean they believed that the Germans would be kind to the Greeks. It means they believed that the Germans would be kind to the people who owned Greek bonds, a significant percentage of whom were certain to be German themselves. In lending money to Greece at 5.3 percent interest, they weren’t calculating Greece’s ability to pay. They were calculating the German government’s willingness to help out German banks.

To be fair, the people who owned GR0133004177 did see its value fall by nearly half in 2012, when the Greek government negotiated its second bailout package with the European Union and the I.M.F. But by most estimates, those bondholders should have lost far more, even the full amount of their investment. Instead, the bailout effectively transferred billions of euros from Greek citizens to unwise bond investors.

There is an unsentimental logic to markets. If you make a bad investment, you are supposed to pay the full price — because if you don’t pay the full price, you will keep making bad investments. The only way to get the bond market back to its historic role is to make bondholders feel real fear that they might lose money if they make bad decisions. We need the market to reward bets that are economically wise, instead of those that are politically savvy.

nyt
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9186 em: 2015-07-29 09:26:00 »
http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=4704097&seccao=Jo%E3o%20C%E9sar%20das%20Neves&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco&page=-1
Citar
O fenómeno Varoufakis

por JOÃO CÉSAR DAS NEVES

O mundo da política orçamental é vasto e complexo, incluindo muitos casos estranhos e aberrantes. Mas, até nessa companhia bizarra, o grego Yanis Varoufakis, no cargo de 27 de Janeiro a 6 de Julho, destaca-se como o pior e o mais bem-sucedido ministro das Finanças da história mundial recente. Em menos de seis meses conseguiu transformar uma situação desesperada numa catástrofe, enquanto se promovia da obscuridade ao estrelato.

Antes de mais, foi um ministro das Finanças muito popular, o que é inaudito. A função, nas suas características próprias, impõe incómodos e gera ódios. Quem se encarrega de nos tributar pode ser respeitado, temido, admirado, mas raramente é amado e celebrado. Varoufakis, mais conhecido pelo cachecol do que pelo défice, povoou magazines e revistas de moda.

Além disso era um académico numa função política, situação comum mas sempre ambígua. Recorrentemente tentada, costuma ser um fiasco por razões óbvias: os universitários tendem a ser tecnicamente bons mas politicamente inaptos, produzindo soluções elegantes mas impopulares. Neste caso, porém, a situação foi paradoxalmente inversa.

Yanis Varoufakis, doutorado em 1987 em Essex, na Grã-Bretanha, é professor catedrático na Universidade de Atenas desde 2006. Só que, especializado em Teoria dos Jogos, não domina as delicadas questões de finanças públicas e política orçamental. Aliás, não se lhe viu qualquer contributo, original ou outro. Desde o início, porém, revelou uma intensa atitude política, sentindo-se à vontade nas elaborações retóricas e nos debates parlamentares. Parecia um antipolítico-académico. No fim, o que o destruiu não foi qualquer destas duas dimensões, mas uma falha no elementar bom senso.

Tomou posse numa das mais terríveis crises que o mundo desenvolvido assistiu. Se isso impõe brutais sacrifícios, na população tem, ao menos, a vantagem de ser uma doença simples e elementar, com tratamento evidente. Havia alternativas limitadas e o essencial era óbvio para qualquer pessoa medianamente inteligente. Evitar a ruptura financeira, que geraria um colapso bancário e as consequentes derrocada produtiva e calamidade social, ainda piores do que as já verificadas, exigia garantir financiamento exterior. Só assim o país poderia estancar o pânico dos agentes económicos internos e externos, para depois começar o longo caminho de recuperação da confiança.

A tarefa era hercúlea, mas o Syriza tinha também condições únicas para a realizar: forte apoio popular nacional e internacional e os parceiros da União numa posição defensiva, devido à evidente desgraça já infligida à Grécia. Era patente que toda a gente desejava o maior sucesso ao rebelde governo helénico.

Nesta circunstância-limite havia algo a evitar a todo o custo: arrogância, pedantismo e dissipação. Insulto e desafio em condições assim, por muito que apeteça, são atitudes estúpidas. Quando se vai pedir muitos milhares de milhões a outros países, aliás também em crise, convém mostrar solidariedade, empenho, compreensão. Varoufakis fez exactamente o oposto do que devia: desdenhou negociações, iludiu propostas concretas e construtivas, limitando-se a barafustar.

É verdade que ele tinha bastante razão. A Europa cometera erros graves na Grécia, e sabia-o. Ao fim de tantos anos, o horror a que os gregos tinham chegado enfraquecia a posição dos duros, que exigiam a continuação da austeridade. Também para a União a atitude mais inteligente era benevolência, cooperação e apoio. Este ambiente favorável foi totalmente subvertido pela atitude tola, pretensiosa e ridícula do ministro grego, que legitimou os críticos enquanto debilitava os argumentos dos defensores de um alívio. No final, tendo prometido que se demitiria se perdesse o referendo de 5 de Julho, acabou por ser forçado a abdicar apesar de ter ganho.

O balanço do episódio é deplorável. Para o povo grego, o mandato de Varoufakis significou a explosão de uma situação já terrível. Bancos fechados, limites de pagamentos, ausência de crédito e bloqueios nas importações, além de tumulto e vexame logo na abertura da decisiva época turística. O governo do Syriza tem agora a missão impossível de aplicar um acordo pior do que aquele que recebeu mandato para rejeitar. Na Europa, o resultado foi devastador, com ruptura da confiança, acordos ilusórios e falta de perspectivas credíveis de união. Uma só pessoa beneficiou com tudo isto: Yanis Varoufakis, coqueluche mediática global que, agora sem responsabilidades, pontifica como guru da esquerda internacional. Parabéns!

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9187 em: 2015-07-29 11:09:21 »
é lindo ver um tipo do Syriza dizer que não há alternativa à austeridade. o podemos e o bloco de esquerda bem lhe podiam dar uma palavrinha.
Citar
(...)O jornal grego Kathimerini escreve que a Plataforma de Esquerda, liderada pelo ex-ministro da Energia Panayiotis Lafazanis, quer que Alexis Tsipras roa a corda nas negociações que estão a decorrer com a troika em Atenas e que siga um caminho “alternativo”. O Comité Central irá, portanto, nesta quinta-feira, decidir que rumo seguir ou, possivelmente, votar sobre a data em que deve realizar-se o congresso extraordinário. Alexis Tsipras garantiu na terça-feira, contudo, que Atenas não tem alternativa à assinatura de um acordo.(...)
http://observador.pt/2015/07/29/syriza-marca-reuniao-de-emergencia-para-quinta-feira/

itg00022289

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2332
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9188 em: 2015-07-29 12:40:07 »
Uma Venezuela dentro da UE

Citar
Grécia impõe preços máximos para contornar subida do IVA


Produtos como cafés, água, sandes ou refrigerantes vendidos em zonas de transportes, escolas ou hospitais têm os preços limitados para contornar o aumento do IVA

Lusa

Atenas impôs um preço máximo para alguns consumíveis vendidos em locais públicos como aeroportos, estações, 'ferrys', hospitais ou escolas para compensar em parte a subida de 10 pontos percentuais do IVA, imposta pelos credores internacionais.

Segundo a lista publicada hoje pelo Boletim Oficial do Estado grego, os produtos abrangidos pela imposição de um preço máximo nos referidos locais públicos incluem entre outros a água, o café, os refrescos, as tostas ou as sandes.

Estas limitações serão de caráter obrigatório apenas em refeitórios, cafés, bares, restaurantes e outras lojas que operam em áreas específicas, como portos, barcos, aeroportos, estações de caminho-de-ferro e autocarros, estádios, hospitais, escolas e universidades.

De acordo com o decreto, os estabelecimentos que não adotarem os limites de preços impostos estarão sujeitos a multas que podem atingir até 1.500 euros, consoante a falta cometida.

Em 20 de julho último entrou em vigor o novo regime do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), poucos dias depois de o Parlamento grego o ter aprovado, como um dos requisitos prévios impostos pelos credores para iniciar negociações com Atenas para a obtenção de um terceiro resgate, que se prevê que seja de até 86 mil milhões de euros e a três anos e cujas condições o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, espera melhorar.

No caso da restauração e da venda de alimentos com embalagens de vidro, o novo regime estabelece a aplicação de uma taxa de IVA de 23%, mais 10 pontos percentuais do que a vigente até agora (13%).

A taxa de IVA reduzida, de 6%, só será aplicada aos medicamentos, livros e teatro.

Os alimentos básicos e a energia passaram a estar sujeitas a uma taxa de IVA de 13%, tendo o IVA de todos os os outros bens passado para 23%.

http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-07-29-Grecia-impoe-precos-maximos-para-contornar-subida-do-IVA

itg00022289

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2332
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9189 em: 2015-07-29 14:54:06 »
As loucuras das grandes competições desportivas

http://www.ojogo.pt/multimedia/fotografias.aspx?content_id=4704566

Castelbranco

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 929
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9190 em: 2015-07-29 18:26:10 »
FMI continua a dizer que é preciso uma restruturação da divida Grega,,, como é que vai ser? se todos os países já disseram não.

artista

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 167
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9191 em: 2015-07-29 18:48:10 »
As loucuras das grandes competições desportivas

http://www.ojogo.pt/multimedia/fotografias.aspx?content_id=4704566


Incrível!! Em Portugal também temos uns "elefantes" do Euro2004... é engraçado que os dois países em pior situação na UE organizaram grandes eventos no mesmo ano, foi um ano muito azarado!  :D

Por isso é que os grandes eventos estão cada vez mais a deslocar-se para oriente, com ou sem subornos... ainda estou para ver se o Mundial de 2022 se vai mesmo disputar no Qatar?!

Castelbranco

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 929
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9192 em: 2015-07-29 19:39:11 »
Barclays vai desinvestir na europa do sul com receios de um Grexit
Fonte: DE


Após afastar Antony Jenkins do lugar de CEO e assumir o lugar deste, acumulando com o de ‘chairman', John McFarlane decidiu acelerar a reestruturação dos negócios do Barclays no sul da Europa. Na apresentação dos resultados, em Londres, nesta quarta-feira, o responsável do banco inglês indicou a pretensão de reduzir o volume de activos "não estratégicos" da entidade de 80 para 28 mil milhões de euros até final de 2017.

O presidente da instituição explicou que a necessidade de antecipar o abandono dos países do sul do continente se deve ao temor de que se acentue a instabilidade na economia grega e a tensão entre o Governo de Atenas e os credores.

No relatório semestral, o Barclays explica que "os riscos na zona euro suavizaram ligeiramente após o recente acordo para um resgate da Grécia. Mas se o acordo fracassar, a possibilidade de um não pagamento da Grécia e a sua posterior saída do euro voltará a emergir, o que afectaria os mercados de capital e os mercados locais, e teria um impacto adverso nas operações do Barclays onde tem amplas posições de activos e financiamentos, como Itália e Portugal".

Estes dois países, que tinham sido colocados entre os activos não ‘core', ao lado da Espanha - ali, as operações já foram vendidas, ao CaixaBank - estão assim a ser alvo da pressa de McFarlane em proceder à venda ou liquidação das operações locais.

Tal como a Reuters avançou na última semana, os espanhóis do Bankinter estão já a negociar a operação portuguesa, a qual, segundo o Expansion, dispõe de uma carteira de hipotecas de 3.700 milhões de euros.

Os resultados líquidos apresentados pelo Barclays entre Janeiro e Junho cresceram 22%, para 2.155 milhões de libras, mais de 3.000 milhões de euros. A melhoria na banca de investimento compensou o volume de pagamentos a clientes a quem o banco vendeu produtos de forma irregular, explica o Expansion.

No final da sessão na bolsa de Londres, o Barclays, que chegou a ser durante o dia o banco com maior apreciação entre os 600 maiores da Europa, fechou a ganhar 1,8% para 284,6 libras, um máximo desde início de 2014.

artista

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 167
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9193 em: 2015-07-29 22:01:28 »

Os resultados líquidos apresentados pelo Barclays entre Janeiro e Junho cresceram 22%, para 2.155 milhões de libras, mais de 3.000 milhões de euros. A melhoria na banca de investimento compensou o volume de pagamentos a clientes a quem o banco vendeu produtos de forma irregular, explica o Expansion.

No final da sessão na bolsa de Londres, o Barclays, que chegou a ser durante o dia o banco com maior apreciação entre os 600 maiores da Europa, fechou a ganhar 1,8% para 284,6 libras, um máximo desde início de 2014.

Em linha com o comportamento da banca portuguesa!  ;D

toc

  • Ordem dos Especialistas
  • Full Member
  • *****
  • Mensagens: 108
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9194 em: 2015-07-29 22:31:03 »
http://www.publico.pt/mundo/noticia/supremo-da-grecia-pede-ao-parlamento-que-avalie-accoes-de-varoufakis-1703547

Agora a grécia a entrar em bom terreno...

Ao confirmar-se e ser levantada a imunidade a este "tipo" já não vejo um grexit...
Primeiro a chuva, depois o arco-íris. Se acostume, a ordem é sempre essa.

Castelbranco

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 929
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9195 em: 2015-07-29 22:32:57 »
calma que o teatro ainda não acabou

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9196 em: 2015-07-29 23:12:49 »
Treason charges: What lurks behind the bizarre allegations
Posted on July 29, 2015 by yanisv

The bizarre attempt to have me indicted me on… treason charges, allegedly for conspiring to push Greece out of the Eurozone, reflects something much broader.

It reflects a determined effort to de-legitimise our five-month long (25th January to 5th July 2015) negotiation with a troika incensed that we had the audacity to dispute the wisdom and efficacy of its failed program for Greece.

The aim of my self-styled persecutors is to characterise our defiant negotiating stance as an aberration, an error or, even better from the perspective of Greece’s troika-friendly oligarchic establishment, as a ‘crime’ against Greece’s national interest.

My dastardly ‘crime’ was that, expressing the collective will of our government, I personified the sins of:

Facing down the Eurogroup’s leaders as an equal that has the right to say ‘NO’ and to present powerful analytical reasons for rebuffing the catastrophic illogicality of huge loans to an insolvent state in condirion of self-defeating austerity

Demonstrating that one can be a committed Europeanist, strive to keep one’s nation in the Eurozone, and, at the very same time, reject Eurogroup policies which damage Europe, deconstruct the euro and, crucially, trap one’s country in austerity-driven debt-bondage

Planning for contingencies that leading Eurogroup colleagues, and high ranking troika officials, were threatening me with in face-to-face discussions

Unveiling how previous Greek governments turned crucial government departments, such as the General Secretariat of Public Revenues and the Hellenic Statistical Office, into departments effectively controlled by the troika and reliably pressed into the service of undermining the elected government.

It is amply clear that the Greek government has a duty to recover national and democratic sovereignty over all departments of state, and in particular those of the Finance Ministry. If it does not, it will continue to forfeit the instruments of policy making that voters expect it to utilise in pursuit of the mandate they bestowed upon it.

In my ministerial endeavours, my team and I devised innovative methods for developing the Finance Ministry’s tools to deal efficiently with the troika-induced liquidity crunch while recouping executive powers previously usurped by the troika with the consent of previous governments.

Instead of indicting, and persecuting, those who, to this day, function within the public sector as the troika’s minions and lieutenants (while receiving their substantial salaries from the long-suffering Greek taxpayers), politicians and parties whom the electorate condemned for their efforts to turn Greece into a protectorate are now persecuting me, aided and abetted by the oligarchs’ media. I wear their accusations as badges of honour.

The proud and honest negotiation that the SYRIZA government conducted from the first day we were elected has already changed Europe’s public debates for the better. The debate about the democratic deficit afflicting the Eurozone is now unstoppable. Alas, the troika’s domestic cheerleaders do not seem able to bear this historic success. Their efforts to criminalise it will crash of the same shoals that wrecked their blatant propaganda campaign against the ‘No’ vote in the 5th July referendum: the great majority of the fearless Greek people.

yv
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9197 em: 2015-07-30 05:07:19 »
The Return of the Ugly German
Joschka Fischer


BERLIN – During the long night of negotiations over Greece on July 12-13, something fundamental to the European Union cracked. Since then, Europeans have been living in a different kind of EU.

What changed that night was the Germany that Europeans have known since the end of World War II. On the surface, the negotiations were about averting a Greek exit from the eurozone (or “Grexit”) and the dire consequences that would follow for Greece and the monetary union. At a deeper level, however, what was at stake was the role in Europe of its most populous and economically most powerful country.

Germany’s resurgence after World War II, and its re-establishment of the world’s trust (culminating in consent to German re-unification four and a half decades later), was built on sturdy domestic and foreign-policy pillars. At home, a stable democracy based on the rule of law quickly emerged.

The economic success of Germany’s welfare state proved a model for Europe. And Germans’ willingness to face up to the Nazis’ crimes, without reservation, sustained a deep-rooted skepticism toward all things military.

In terms of foreign policy, Germany rebuilt trust by embracing Western integration and Europeanization. The power at the center of Europe should never again become a threat to the continent or itself.

Thus, the Western Allies’ aim after 1945 – unlike after World War I – was not to isolate Germany and weaken it economically, but to protect it militarily and firmly embed it politically in the West. Indeed, Germany’s reconciliation with its arch-enemy, France, remains the foundation of today’s European Union, helping to incorporate Germany into the common European market, with a view to the eventual political unification of Europe.

But in today’s Germany, such ideas are considered hopelessly “Euro-romantic”; their time has passed. Where Europe is concerned, from now on Germany will primarily pursue its national interests, just like everybody else.

But such thinking is based on a false premise. The path that Germany will pursue in the twenty-first century – toward a “European Germany” or a “German Europe” – has been the fundamental, historical question at the heart of German foreign policy for two centuries. And it was answered during that long night in Brussels, with German Europe prevailing over European Germany.

This was a fateful decision for both Germany and Europe. One wonders whether Chancellor Angela Merkel and Finance Minister Wolfgang Schäuble knew what they were doing.

To dismiss the fierce criticism of Germany and its leading players that erupted after the diktat on Greece, as many Germans do, is to don rose-tinted glasses. Certainly, there was nonsensical propaganda about a Fourth Reich and asinine references to the Führer. But, at its core, the criticism articulates an astute awareness of Germany’s break with its entire post-WWII European policy.

For the first time, Germany didn’t want more Europe; it wanted less. Germany’s stance on the night of July 12-13 announced its desire to transform the eurozone from a European project into a kind of sphere of influence. Merkel was forced to choose between Schäuble and France (and Italy).

The issue was fundamental: Her finance minister wanted to compel a eurozone member to leave “voluntarily” by exerting massive pressure. Greece could either exit (in full knowledge of the disastrous consequences for the country and Europe) or accept a program that effectively makes it a European protectorate, without any hope of economic improvement.

Greece is now subject to a cure – further austerity – that has not worked in the past and that was prescribed solely to address Germany’s domestic political needs.
But the massive conflict with France and Italy, the eurozone’s second and third largest economies, is not over, because, for Schäuble, Grexit remains an option.

By claiming that debt relief is “legally” possible only outside the eurozone, he wants to turn the issue into the lever for bringing about a “voluntary” Grexit.
Schäuble’s position has thrown into sharp relief the fundamental question of the relationship between Europe’s south and north, his approach threatens to stretch the eurozone to the breaking point.

The belief that the euro can be used to bring about the economic “re-education” of Europe’s south will prove a dangerous fallacy – and not just in Greece. As the French and Italians well know, such a view jeopardizes the entire European project, which has been built on diversity and solidarity.

Germany has been the big winner of European unification, both economically and politically. Just compare Germany’s history in the first and second halves of the twentieth century. Bismarck’s unification of Germany in the nineteenth century occurred at the high-water mark of European nationalism.

In German thinking, power became inextricably associated with nationalism and militarism. As a result, unlike France, Great Britain, or the United States, which legitimized their foreign policy in terms of a “civilizing mission,” Germany understood its power in terms of raw military force.

The foundation of the second, unified German nation-state in 1989 was based on Germany’s irrevocable Western orientation and Europeanization. And the Europeanization of Germany’s politics filled – and still fills – the civilization gap embodied in German statehood.

To allow this pillar to erode – or, worse, to tear it down – is a folly of the highest order. That is why, in the EU that emerged on the morning of July 13, Germany and Europe both stand to lose.

project syndicate
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9198 em: 2015-07-30 08:17:23 »
grecia a fixar preços. um passo mais perto da venezuela.
e o ditador varoufakis ainda anda por aí à solta.


graças a deus que temos a alemanha para resistir aos avanços da extrema esquerda totalitária.

Pecunia...Olet!

  • Ordem dos Especialistas
  • Full Member
  • *****
  • Mensagens: 189
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9199 em: 2015-07-30 10:07:54 »
Nunca fui adepto do estilo Varoufakis. E sempre acreditei que ele teria feito um favor à Grécia se se tivesse demitido muito mais cedo.

Varoufakis acredita que pode mudar o mundo. E como todos os grandes egos, quando confrontado com as criticas de um dos seus maiores defensores intelectuais (Krugman) sobre a inexistência de plano B, o que fez? O que o seu ego não consegue controlar: Grita ao mundo que afinal havia plano B. Coragem para implementá-los é que não.

Mas mais uma vez as sua necessidade de protagonismo deixa-o numa situação complicada. Desde quando se divulgam medidas ou planos confidenciais deste género? Sobretudo quando desmentiu esses planos durante meses.  Traidor? Não me parece. Mas mentiroso? Não tenho dúvidas.

Para agradar ao Krugman pode agora enfrentar a justiça grega. Ele não pode esquecer que os comentários do Krugman têm consequências bem diversas dos dele. Ele tinha poder executivo. O Krugman tem o poder de emitir opiniões. Inteligentes, sem dúvida. Mas sem consequências para ele, porque não tem que tomar decisões políticas e económicas.

Afinal é mais fácil para o Krugman dizer: "a austeridade não funcionou como eu disse", mas é impossível saber se as medidas que ele defende teriam funcionado. Sim, porque não foram implementadas. Melhor do que ninguém, Krugman sabe que porque a solução implementada não resultou tal não significa que a solução que defendia teria resultado. Em economia, se as coisas fossem assim tão lineares, evitar-se-iam muitos problemas. Mas não são. E nunca é possível saber se as coisas teriam funcionado. Este é um poder que têm os economistas que não têm que tomar decisões e se limitam a opinar sobre as decisões dos outros: é quase sempre impossível saber se as opções alternativas teriam funcionado. Porque é impossível voltar atrás na história e testar essas alternativas.