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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1839860 vezes)

Zenith

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9160 em: 2015-07-28 14:27:45 »
O software era da UE?
Etão devia ser uma coisa muito específica. Não estou a ver a troika a ter um plano de informatização de todos os serviços de finanças gregas substituindo tudo o que existia pre-troika.
O que interpretei é que o controlo do software tinha passado para Bruxelas.

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9161 em: 2015-07-28 14:32:52 »
O software era da UE?
Etão devia ser uma coisa muito específica. Não estou a ver a troika a ter um plano de informatização de todos os serviços de finanças gregas substituindo tudo o que existia pre-troika.
O que interpretei é que o controlo do software tinha passado para Bruxelas.

eu fiquei com a ideia que o sw era da ue mas posso estar enganado.
mas num ou noutro caso - o caso que eu faço é mais especioso - é como descobrir que o computador cá de casa é controlado pela junta de freguesia.

L
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vbm

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9162 em: 2015-07-28 14:38:06 »
[ ] - é como descobrir que o computador cá de casa é controlado pela junta de freguesia.

L

Pela Junta de Freguesia, não direi;
pois, nem sabem sinalizar rotundas!

Mas pela Repartição de Finanças.
mal tentes ganhar um automóvel,
ou quejando benefício, acautela-te!

tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9163 em: 2015-07-28 15:56:55 »
nojento é defender o syriza e o varoufakis que atacaram idosos, doentes e crianças...e agora assobiam para o lado.

nojento é defender ex-ministro-finanças que queriam prender governadores do banco central e implementar uma ditadura.

isso é que é nojento.
« Última modificação: 2015-07-28 15:57:28 por 7passos-atras »

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9164 em: 2015-07-28 17:07:23 »
nojento é defender o syriza e o varoufakis que atacaram idosos, doentes e crianças...e agora assobiam para o lado.

nojento é defender ex-ministro-finanças que queriam prender governadores do banco central e implementar uma ditadura.

isso é que é nojento.

olá tommy, como estás?
sempre imerso nessa bizarria?

L
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tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9165 em: 2015-07-28 17:08:41 »
http://observador.pt/2015/07/28/varoufakis-na-mira-das-autoridades-gregas/

Citar
O Supremo Tribunal de Justiça grego reencaminhou para o Parlamento a queixa de dois cidadãos associada contra Yanis Varoufakis, que é acusado de não ter protegido a solvência da economia grega e que numa conversa gravada admitiu que teve um amigo a fazer intrusão informática (hacking) dos servidores da Autoridade Tributária. Caberá ao Parlamento decidir se levanta a imunidade parlamentar a Varoufakis, que continua como deputado, para que este possa ser investigado. Oposição quer ouvir Varoufakis.

Segundo o eKathimerini, o procurador-geral da República reuniu-se, logo na segunda-feira, com um conjunto de responsáveis judiciais, para decidir o que fazer depois da divulgação da conversa de Varoufakis com investidores da city londrina. Entretanto, dois cidadãos tinham feito chegar ao Supremo Tribunal duas queixas paralelas, responsabilizando Varoufakis pelo colapso na economia do país: Apostolos Gletsos, presidente da câmara de Stylida e líder do partido Teleia, e Panayiotis Giannapoulos, um advogado.

Estes processos foram encaminhados para o Parlamento pelo tribunal, seguindo aquela que já tinha sido a solução vista como mais adequada nessa reunião de segunda-feira no Supremo Tribunal. Há, contudo, questões de privacidade e proteção de dados que poderão levar a que, desde já, sejam investigadas “pessoas não políticas” envolvidas nesta questão, escreveu o jornal grego.

Um grupo de deputados do Nova Democracia, líder da oposição ao Syriza, quer questionar Varoufakis não só sobre o seu papel no colapso da economia mas, também, sobre as revelações do fim de semana. Quatro deputados do Nova Democracia querem que o ex-primeiro-ministro seja convocado imediatamente para uma audição parlamentar.
Varoufakis defende-se no FT. “Há algo de podre no reino do euro”

Varoufakis escreveu, entretanto, mais um artigo a defender-se da chuva de críticas sob a qual ficou após a revelação do hacking que permitiria relançar o dracma na Grécia “num piscar de olhos”. Num artigo de opinião no Financial Times, o ex-ministro grego disse que a “ideia era simplesmente criar um sistema de cancelamento multilateral de pagamentos em atraso entre o Estado e o setor privado usando a plataforma existente”.

O primeiro-ministro disse que a imprensa estava demasiado concentrada nos “meios pouco ortodoxos” utilizados, garantindo que esses meios se justificam pela “terrível restrição da soberania nacional imposta pela troika aos ministros gregos que veem negado o seu acesso a departamentos importantes dos seus ministérios para aplicar sistemas inovadores”. “Há algo de podre no reino do euro”, diz Varoufakis.
Responsável pela informática diz que notícias são “absolutamente falsas”

Michalis Hatzitheodorou, chefe do Secretariado Geral de Sistemas de Informação do Ministério das Finanças, garante que é “absolutamente falso” que tenha havido qualquer intrusão nos sistemas do Ministério. Nunca existiu nem nunca foi planeada qualquer intervenção nos sistemas da autoridade tributária.

Hatzitheodorou tem sido apontado como sendo, possivelmente, o “amigo de infância” de Varoufakis, formado pela Universidade de Columbia, nos EUA, que colaborou com Varoufakis nestes planos.


Prisão com esse nojento!!  :D
« Última modificação: 2015-07-28 17:09:06 por 7passos-atras »

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9166 em: 2015-07-28 17:14:19 »
propaganda...
estão cá com um medinho das eleições em espanha que estão a ver se crucificam o varoufakis.
o schauble não lhe perdoa o ter dito que queriam fazer da grécia um exemplo para incutir na frança 'the fear of god'.
agora vai ser um bailarico.
e como de costume o tiro vai sair pela culatra.
quando o parlamento grego se aperceber que os sistemas informáticos eram controlados por bruxelas e não pelo ministério das finanças - do qual o varoufakis era ministro - não me parece que fique lá muito satisfeito.

era como eu controlar o computador do tommy remotamente.
havia de ser bonito.
e também havia de ser engraçado...

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tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9167 em: 2015-07-28 17:24:16 »
era como eu controlar o computador do tommy remotamente.
havia de ser bonito.
e também havia de ser engraçado...

.... e ilegal.

gregos são um estado falhado. deviam entregar as finanças ao fmi, e a política a uma espécie de fmi-político. Aquilo não faz sentido nem vale nada.

e precisamente o povo irá sofrer com a tremenda incompetência, totalitarismo e corrupto syriza.
« Última modificação: 2015-07-28 17:25:09 por 7passos-atras »

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9168 em: 2015-07-28 18:05:46 »
era como eu controlar o computador do tommy remotamente.
havia de ser bonito.
e também havia de ser engraçado...

.... e ilegal.

gregos são um estado falhado. deviam entregar as finanças ao fmi, e a política a uma espécie de fmi-político. Aquilo não faz sentido nem vale nada.

e precisamente o povo irá sofrer com a tremenda incompetência, totalitarismo e corrupto syriza.

olha lá, pagam-te para dizeres essas coisas?
é que eu nem que me pagassem....

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9169 em: 2015-07-28 18:08:34 »
Portugal precisa de 20 anos para regressar ao desemprego que tinha antes da crise

O FMI prevê que a Europa cresça “ligeiramente” nos próximos cinco anos.

Se não houver uma retoma com crescimento significativo, Portugal e Itália vão demorar duas décadas a reduzir a taxa de desemprego natural para os níveis pré-crise. Esta é uma das conclusões publicadas nesta segunda-feira no relatório anual sobre a zona euro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

O documento refere-se à taxa natural de desemprego, sem especificar, no entanto, as percentagens envolvidas. Comparativamente a Portugal, Espanha deve demorar metade do tempo a baixar a taxa de desemprego para níveis que registava nos anos anteriores a 2008. Mesmo assim, a taxa de desemprego espanhola vai “continuar acima de 15%”, sendo que precisa de mais 10 anos para voltar à percentagem de pré-crise.

Já a França enfrenta estimativas menos desanimadoras, com a instituição liderada por Christine Lagarde a prever que, em menos de 5 anos, a taxa natural de desemprego recue para valores idênticos aos verificados antes da crise desencadeada pelo colapso do banco norte-americano Lehman Brothers.

A taxa natural de desemprego é equivalente à NAIRU (acrónimo para Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment), um conceito de taxa de desemprego que está associada a uma taxa de inflação estável.

De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego em Portugal estava nos 13,7% no primeiro trimestre do ano quando em idêntico período de 2008 se tinha fixado em 7,6%. Apesar do regresso ao crescimento da economia portuguesa, o FMI estima que o desemprego se mantenha acima dos 10% até pelo menos 2020. O pico foi atingido nos primeiros três meses de 2013, quando chegou aos 17,5%.

“Olhando para alguns países chave da zona euro”, o fundo aponta também para a probabilidade de as taxas naturais de desemprego se manterem elevadas “durante algum tempo”. É o caso de Itália e da França.

No conjunto da zona euro, o cenário não é mais animador quando se olha para os indicadores do desemprego jovem e do desemprego de longa duração, que permanecem altos. O documento indica que tais previsões fazem com que se agrave o risco do chamado efeito de “histerese”, que significa que depois de uma recessão profunda a economia sai da crise, mas com uma taxa de crescimento mais baixa do que acontecia no passado.

O FMI nota que a percentagem de desempregados de longa duração continua a subir na Europa a 19, aumentando o risco de erosão de mão-de-obra qualificada e do enraizamento do desemprego. Igualmente preocupante é possibilidade de criação de uma “geração perdida”, resultado da “deterioração de potencial capital humano” causada pela permanentemente elevada taxa de desemprego jovem.

Na parte em que analisa o legado da crise que teve início em 2008 e traça projecções de futuro, o FMI aponta para a necessidade de maior investimento em “políticas que encorajem o mercado de trabalho”, especialmente quando destinadas ao aumento do emprego jovem.

Como consequência da conjugação destes indicadores, a instituição sedeada em Washington prevê que o crescimento da zona euro seja limitado, estimando que “cresça ligeiramente”. Entre os anos 2008 e 2014, o grupo de países da moeda única cresceu em média 0,7%, sendo que o relatório aponta para um crescimento 1,1% entre 2015 e 2020. O fundo lembra que, mesmo assim, esta taxa de crescimento é “significativamente mais baixa” que a registada no período 1999-2007, de 1,9%.   

Num plano mais próximo, o FMI avalia que a recuperação económica da zona euro está a ser alavancada pelo aumento da procura doméstica, pela baixa dos preços do petróleo e por uma moeda mais fraca, bem como pelo programa de compra de títulos de dívida do Banco Central Europeu. A instituição defende que Portugal deve aproveitar a descida de juros desencadeada por este programa para pagar dívida pública.

No relatório, a previsão de crescimento do produto interno bruto da zona euro sobe de 1,5% em 2015 para 1,7% em 2016, mas apresenta o abrandamento do crescimento económico das economias emergentes, as tensões geopolíticas, a volatilidade dos mercados e um eventual contágio da situação na Grécia como factores que colocam estas estimativas em risco.

publico
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karnuss

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9170 em: 2015-07-28 18:28:09 »
era como eu controlar o computador do tommy remotamente.
havia de ser bonito.
e também havia de ser engraçado...


.... e ilegal.

gregos são um estado falhado. deviam entregar as finanças ao fmi, e a política a uma espécie de fmi-político. Aquilo não faz sentido nem vale nada.

e precisamente o povo irá sofrer com a tremenda incompetência, totalitarismo e corrupto syriza.


Tommy, o siryza está lá há 7 meses, se formos a ver com imparcialidade o PASOK e a ND têm MUITO mais culpas no cartório. Como bem se descreve neste artigo:

Citar
Demagogue Days

Back in the good old days of 2,500 years ago, the Greeks blamed the gods for their self-induced disasters. In modern times the Brits were to blame and then the Americans. Now it’s the Germans. Modern Greeks are not renowned for introspection. Others are always responsible. We brag about inventing democracy—however selective—and also about inventing tragedy, as in Aeschlyus and Euripides, but don’t dwell at all on another word we invented: demagoguery. Demagoguery is what brought Alexis Tsipras and his motley crew of corner-café pseudo-philosophers to power, and demagoguery continues to dominate Greek political discussions even today as we await our fate from Europe’s unelected elite. But let’s not forget comedy, yet another Greek invention. Last Sunday’s referendum was truly Greek, a tragicomedy of errors, a yes-or-no question drafted in cryptic, technocratic gobbledygook, worthy of the best Brussels newspeak. But let’s start at the beginning.

The Greek ship of state was cruising on choppy waters under a benign monarchy headed by the 23-year-old King Constantine back in 1967. Greeks are known for their hot tempers, and they were never hotter than during the spring of 1967. MPs regularly came to blows in Parliament as elections loomed. On April 21, 1967, a military coup took place, one that the king was forced to accept in order to avoid bloodshed. After six months the king attempted a countercoup to restore democracy, but he failed, choosing exile instead. The colonels collapsed in the summer of 1974 when Turkey invaded and occupied the northern part of Cyprus. Democracy was restored, and the king was rejected in a plebiscite reminiscent of the kind perfected by South American strongmen. Thus begins Greece’s latest democratic period.

Two men dominate the post-colonel period: Constantine Karamanlis and Andreas Papandreou. Both men started their own political parties, New Democracy for the former, PASOK for the latter. Karamanlis was center-right, Papandreou center-left. Both got very rich in office, and both corrupted the patronage system to the maximum. Then Karamanlis, a man I knew very well, and one who had benefited from my father’s largesse only to turn against him once he was no longer needed, had a brilliant idea. He proposed to the powers of the EEC, as it was then called, to allow Greece to join the then six nations, thus ensuring no ambitious colonel would try to grab power by force of arms. The EEC welcomed us with open arms. European money began to flow into a poor country whose main exports were olives and fruit and whose economy was based on tourism and shipping.

In 1981, the established EU Greek nation decided to swing left. Andreas Papandreou came into office and a real Greek upheaval took place. Papandreou established a core constituency of voters by enriching them for life. The trick was an easy one. Tony Blair tried it years later. Close to 25 percent of Greeks were employed by the state, with pensions worthy of far, far richer nations, and leaders of civil unions enjoying double or triple pensions for retiring at age 50. With 25 percent of the electorate in his pocket for life, Papandreou then proceeded to nationalize industries, milk the EU treasury, and flirt with Middle Eastern dictators. He personally became very rich, and even divorced his American wife for a very generously endowed airline hostess he met while flying to an EU meeting who went by the nickname Mimi Big Tits. He married Mimi, survived all sorts of riots against his corrupt policies, and finally expired, his face buried in Mimi’s bosom. After his demise she became a nonperson, as in Stalinist societies. Both Karamanlis and Papandreou were succeeded by their nephew and son, respectively, becoming prime ministers—which illustrates a certain lack of imagination on the part of a battered electorate. Then came the 2004 Athens Olympics and the crowning of Greece as a rich, modern European nation covered in glory. The Greek state spent like there was no tomorrow. And, as it turned out, there was not.

Throughout the early years of the new millennium, the Karamanlis-Papandreou cliques had a new party trick up their sleeves. They played musical chairs for the premiership and were advised on how to cook the books by Goldman Sachs at 300 million greenbacks a shot. It was worth it. EU funds kept pouring in, while Greeks enjoyed avoiding taxes and going to the beach. But a word about tax avoidance: The omnipotent state created by Karamanlis and Papandreou gave back very little to hardworking Greeks who did not rely on the state for their welfare. Hospitals are poorly run and dirty, city planning almost nonexistent, and garbage collection a hit-or-miss affair. In other words, there is very little in return for paying one’s taxes.

The party ended when the you-know-what hit the fan around 2010. Soaring wages and gold-plated pensions had to end. Eternal austerity was the antidote. This was the EU at its best—worst, actually. It was like taking a middleweight boxer, putting him on a very strict diet, and expecting him to become a heavyweight contender. It was and remains an impossibility. Three successive Greek prime ministers played along with the EU charade of austerity, bankrupting the nation further, until the present bunch of ex–student activists and so-called academics with dubious degrees came along and gave the nation the coup de grace. Which brings me to the present.

What the EU bureaucrats expect of Greece is a contradiction in terms. Austerity cannot grow an economy, even the unelected and unaccountable technocrats living in la-la land should know that. But the EU’s first and only commitment is to keep the union going, with face-saving devices invented as it staggers along. The fact that austerity or face-saving deals will never turn Greece into a Northern European economy is obvious, but is ignored by the bureaucrooks of Brussels who tend to see only the immediate future. Preserving the euro and averting default have now turned into a Brussels-speak mantra. And nothing could be worse for both Europe and Greece.

Tsipras and Yanis Varoufakis, his buffoon of a finance minister who has resigned, have a lot to answer for also. They wasted five months playing liar’s poker and showing up tieless and in leather bike jackets while showing off to the media. During those wasted five months the economy has totally cratered. The no vote means collective economic suicide. As a Greek whose family helped finance the war of independence against the dreaded Turks in 1821, I sincerely hope there will be a compromise, and the ill-advised plebiscite will be ignored by the powers-that-be in the EU. Putting so complex and fateful a question on such short notice is typically shortsighted and ridiculous, as ridiculous as the Greeks showing up in various foreign ministries and capitals dressed in Glastonbury attire. The irony is that both the EU commissioners and the Tsipras gang have one thing very much in common: They both love power more than any love they might have for the common good. Will it end in tragedy? As in everything that has to do with politics, it will end in a compromise. But Greece will be paying the price for at least three generations to come. Welcome to the EU dictatorship.



http://takimag.com/article/demagogue_days_taki/print#ixzz3hCxOF96b
« Última modificação: 2015-07-28 18:30:27 por karnuss »

tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9171 em: 2015-07-28 18:33:49 »
Tommy, o siryza está lá há 7 meses, se formos a ver com imparcialidade o PASOK e a ND têm MUITO mais culpas no cartório. Como bem se descreve neste artigo:

E leste-me a dizer que não eram? ND, pasok e syriza representam precisamente aquilo que defendo: a grecia é um estado falhado. Não funciona. São intrinsecamente corruptos.

O syriza além de ser incompetente e corrupto - como os outros - também é totalitário e favorável a golpes de estado. O que significa que no total são piores que os outros porque são não democráticos.

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9172 em: 2015-07-28 18:41:08 »
postei esta notícia do público principalmente por causa dos 20 anos necessários para voltar à taxa de desemprego natural.

é giro trocar argumentos, debater, com o ocasional insulto etc e tal...

mas o relevante é isto: quem tiver filhos hoje, na faculdade  no terceiro ciclo, no segundo ciclo, no primeiro ciclo, ou na pré-primária vê-los-á penar inútil,  degradante e indignamente por emprego ao chegarem à idade em que entram no mercado de trabalho.

devido a um projecto monetário falhado.

devido a uma crise que começou em 2008 nos EUA e na europa devido à ganância da classe dos banqueiros, que deixou os bancos europeus descalços, para serem regatados pelos periféricos.

Nos US houve o TARP, para safar os bancos. Na UE houve o CARPE.
Disseram aos periféricos: carpe para aí, a ver se eu ligo.

e porque dentro da camisa de forças do euro estamos condenados, nós, os nossos filhos e concerteza am alguns casos, os nosso netos, a uma travessia do deserto de 20 anos 20, expiando os pecados de uma classe sem escrúpulos de grandes destruidores de valor que cá conhecemos pelos nomes e do outro lado do atlântico apelidaram apropriadamente banksters.

as crianças que estarão a entrar para a pré-primária em Setembro, com cinco anitos, só terão perspectivas razoáveis de trabalho quando tiverem feito mestrados e em alguns casos doutoramentos. só aos vinte cinco anos terão alguma hipotese, se tudo correr bem até lá.

as crianças que acabam o primeiro ciclo, têm defronte de si, oito anos de penar, para entrar no mercado de trabalho. só terão um mercado estável aos trinta anos.
as crianças que acabam o segundo ciclo, têm defronte de si, treze anos de penar para entrar no mercado de trabalho. só terão um mercado estável aos trinta e cinco anos.
as crianças que acabam o terceiro ciclo, têm defronte de si,  dezasseis anos de penar para entrar no mercado de trabalho. só terão um mercado estável aos trinta e oito anos.
os jovens licenciados têm defronte de si, VINTE anos de penar para entrar no mercado de trabalho. só terão um mercado estável aos quarenta e dois anos.

as pessoas que lerem isto têm duas hipóteses.
comer e calar, tendo em conta o que lhes vai acontecer a elas e aos  seus filhos e netos e associarem-se ao tommy no projecto UE  lava mais branco.
ou
fazer alguma coisa.

Lark
« Última modificação: 2015-07-28 18:52:09 por Lark »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9173 em: 2015-07-28 18:55:10 »
a paráfrase do poema do Dylan Thomas faz para mim cada vez mais sentido.

Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.

Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.

Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.

Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.

Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.

And you, my father, there on that sad height,
Curse, bless, me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.


Dylan Thomas
« Última modificação: 2015-07-28 18:56:15 por Lark »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9174 em: 2015-07-28 18:56:03 »
juntarem-se ao tommy no desejo de nos reformarmos, tornando o país mais parecido a holanda, suiça, alemanha, etc.


ou juntarem-se ao lark, atacando idosos, doentes e crianças. jovens a estudar esqueçam, vão emigrar todos naltura de começar a trabalhar. No processo do colapso económico e social, passar a ditadura como defendem os partidos apoiados pelo lark tipo podemos e syriza.

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9175 em: 2015-07-28 18:58:07 »
juntarem-se ao tommy no desejo de nos reformarmos, tornando o país mais parecido a holanda, suiça, alemanha, etc.


ou juntarem-se ao lark, atacando idosos, doentes e crianças. jovens a estudar esqueçam, vão emigrar todos naltura de começar a trabalhar. No processo do colapso económico e social, passar a ditadura como defendem os partidos apoiados pelo lark tipo podemos e syriza.

adeus tommy.
não vou dar-te mais nenhuma vez o prazer de te responder. agora é altura de actos, não de palavras.
ignore.

L
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9176 em: 2015-07-28 19:01:59 »
juntarem-se ao tommy no desejo de nos reformarmos, tornando o país mais parecido a holanda, suiça, alemanha, etc.


ou juntarem-se ao lark, atacando idosos, doentes e crianças. jovens a estudar esqueçam, vão emigrar todos naltura de começar a trabalhar. No processo do colapso económico e social, passar a ditadura como defendem os partidos apoiados pelo lark tipo podemos e syriza.

adeus tommy.
não vou dar-te mais nenhuma vez o prazer de te responder. agora é altura de actos, não de palavras.
ignore.

L

Eu não e se tiver tempo estarei sempre disponível para te por na linha, defendendo a democracia, contra ditadores como tu. Defender idosos, doentes e crianças contra as políticas que tu defendes. Contra a anarquia que tu defendes.

 :D

Kin2010

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9177 em: 2015-07-28 21:15:43 »
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La Grèce s’enfonce dans la misère

CriseLe gouvernement a dû émettre des tickets d’approvisionnement alors que l’Eglise et les ONG amplifient leurs efforts.

«En Grèce, les enfants et les familles connaissent l’horreur de la faim et du dénuement», a alerté cette semaine Julien Lauprêtre, président du Secours populaire français, en lançant un appel à la générosité. La situation, qui n’a cessé de se dégrader ces derniers mois, devient en effet dramatique.

Le gouvernement a ainsi décidé de mettre en circulation des cartes alimentaires prépayées, utilisables dans 5000 magasins d’alimentation. Elles sont destinées à près de 150'000 personnes: familles nombreuses, monoparentales, avec enfants handicapés, ou chômeurs de longue durée. Cette mesure a été prise en urgence, car le filet social existant ne suffit plus.

Le rapport 2014 des œuvres sociales de l’Eglise orthodoxe faisait pourtant déjà état de plus de 500'000 personnes secourues par 280 soupes populaires et plus de 75'000 Grecs aidés dans 150 «magasins sociaux», pour un coût total de 120 millions d’euros. Les mairies sont aussi impliquées, dont celle d’Athènes qui a vu la demande en aliments, médicaments et habits exploser ces dernières semaines.

Des associations offrent également des douches et des générateurs à ceux qui n’ont plus d’eau ou d’électricité. Avec l’aide de nombreux bénévoles, souvent démunis eux-mêmes. Mais pour eux, aider les autres est le seul antidépresseur qu’il leur reste.

Les entreprises s’y mettent à leur tour. Venetis, une chaîne boulangère de 80 magasins, distribue ainsi gratuitement plus de 100'000 pains par jour, le tiers de sa production. Car pour Panagiotis Monembasiotis, son directeur général, «avec ce 3e plan de rigueur qui commence, il n’y aura bientôt plus de consommateurs en Grèce, il ne restera que des mendiants».

Dans les beaux quartiers, les gens vont discrètement le soir chercher leur pain offert. Ailleurs, on n’a plus cette honte. Fotis Pedikas, peintre au chômage, attend chaque jour la dernière heure pour aller au marché en plein air, quand les prix baissent de moitié. Les plus mauvais jours, il ramasse les fruits jetés, ou récupère autour des poubelles les sacs plastiques avec les restes des repas que d’autres laissent exprès. Et dans un grand éclat de rire, il interpelle le premier ministre Alexis Tsipras, qui a signé le fameux accord avec les créanciers du pays afin de rester dans la zone euro: «Pour que la Grèce continue d’appartenir au Club, faut-il que les Grecs meurent?»

(24 heures.ch, Créé: 26.07.2015, 08h14)

Ora bem, isto são coisa absolutamente chocantes, e são culpa exclusiva das autoridades gregas. O país é um dos mais ricos do mundo, mesmo após a contracção de 25% do PIB. Há rendimentos muito elevados, muito espalhados pela população. E estes rendimentos não são só os dos capitalistas, como uma certa esquerda gosta de dizer. O governo já podia ter feito as transfrências internas necessárias para resolver esta miséria.


Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9178 em: 2015-07-28 21:30:11 »
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La Grèce s’enfonce dans la misère

CriseLe gouvernement a dû émettre des tickets d’approvisionnement alors que l’Eglise et les ONG amplifient leurs efforts.

«En Grèce, les enfants et les familles connaissent l’horreur de la faim et du dénuement», a alerté cette semaine Julien Lauprêtre, président du Secours populaire français, en lançant un appel à la générosité. La situation, qui n’a cessé de se dégrader ces derniers mois, devient en effet dramatique.

Le gouvernement a ainsi décidé de mettre en circulation des cartes alimentaires prépayées, utilisables dans 5000 magasins d’alimentation. Elles sont destinées à près de 150'000 personnes: familles nombreuses, monoparentales, avec enfants handicapés, ou chômeurs de longue durée. Cette mesure a été prise en urgence, car le filet social existant ne suffit plus.

Le rapport 2014 des œuvres sociales de l’Eglise orthodoxe faisait pourtant déjà état de plus de 500'000 personnes secourues par 280 soupes populaires et plus de 75'000 Grecs aidés dans 150 «magasins sociaux», pour un coût total de 120 millions d’euros. Les mairies sont aussi impliquées, dont celle d’Athènes qui a vu la demande en aliments, médicaments et habits exploser ces dernières semaines.

Des associations offrent également des douches et des générateurs à ceux qui n’ont plus d’eau ou d’électricité. Avec l’aide de nombreux bénévoles, souvent démunis eux-mêmes. Mais pour eux, aider les autres est le seul antidépresseur qu’il leur reste.

Les entreprises s’y mettent à leur tour. Venetis, une chaîne boulangère de 80 magasins, distribue ainsi gratuitement plus de 100'000 pains par jour, le tiers de sa production. Car pour Panagiotis Monembasiotis, son directeur général, «avec ce 3e plan de rigueur qui commence, il n’y aura bientôt plus de consommateurs en Grèce, il ne restera que des mendiants».

Dans les beaux quartiers, les gens vont discrètement le soir chercher leur pain offert. Ailleurs, on n’a plus cette honte. Fotis Pedikas, peintre au chômage, attend chaque jour la dernière heure pour aller au marché en plein air, quand les prix baissent de moitié. Les plus mauvais jours, il ramasse les fruits jetés, ou récupère autour des poubelles les sacs plastiques avec les restes des repas que d’autres laissent exprès. Et dans un grand éclat de rire, il interpelle le premier ministre Alexis Tsipras, qui a signé le fameux accord avec les créanciers du pays afin de rester dans la zone euro: «Pour que la Grèce continue d’appartenir au Club, faut-il que les Grecs meurent?»

(24 heures.ch, Créé: 26.07.2015, 08h14)

Ora bem, isto são coisa absolutamente chocantes, e são culpa exclusiva das autoridades gregas. O país é um dos mais ricos do mundo, mesmo após a contracção de 25% do PIB. Há rendimentos muito elevados, muito espalhados pela população. E estes rendimentos não são só os dos capitalistas, como uma certa esquerda gosta de dizer. O governo já podia ter feito as transfrências internas necessárias para resolver esta miséria.

tens alguma ideia de como fazer essas tranferências?
primeiro há que haver o que transferir.
onde está e o que é o rendimento transferível? só para começar.

L
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Kin2010

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9179 em: 2015-07-28 21:46:19 »
Portugal precisa de 20 anos para regressar ao desemprego que tinha antes da crise

O FMI prevê que a Europa cresça “ligeiramente” nos próximos cinco anos.

Se não houver uma retoma com crescimento significativo, Portugal e Itália vão demorar duas décadas a reduzir a taxa de desemprego natural para os níveis pré-crise. Esta é uma das conclusões publicadas nesta segunda-feira no relatório anual sobre a zona euro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

O documento refere-se à taxa natural de desemprego, sem especificar, no entanto, as percentagens envolvidas. Comparativamente a Portugal, Espanha deve demorar metade do tempo a baixar a taxa de desemprego para níveis que registava nos anos anteriores a 2008. Mesmo assim, a taxa de desemprego espanhola vai “continuar acima de 15%”, sendo que precisa de mais 10 anos para voltar à percentagem de pré-crise.

Já a França enfrenta estimativas menos desanimadoras, com a instituição liderada por Christine Lagarde a prever que, em menos de 5 anos, a taxa natural de desemprego recue para valores idênticos aos verificados antes da crise desencadeada pelo colapso do banco norte-americano Lehman Brothers.

A taxa natural de desemprego é equivalente à NAIRU (acrónimo para Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment), um conceito de taxa de desemprego que está associada a uma taxa de inflação estável.

De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego em Portugal estava nos 13,7% no primeiro trimestre do ano quando em idêntico período de 2008 se tinha fixado em 7,6%. Apesar do regresso ao crescimento da economia portuguesa, o FMI estima que o desemprego se mantenha acima dos 10% até pelo menos 2020. O pico foi atingido nos primeiros três meses de 2013, quando chegou aos 17,5%.

“Olhando para alguns países chave da zona euro”, o fundo aponta também para a probabilidade de as taxas naturais de desemprego se manterem elevadas “durante algum tempo”. É o caso de Itália e da França.

No conjunto da zona euro, o cenário não é mais animador quando se olha para os indicadores do desemprego jovem e do desemprego de longa duração, que permanecem altos. O documento indica que tais previsões fazem com que se agrave o risco do chamado efeito de “histerese”, que significa que depois de uma recessão profunda a economia sai da crise, mas com uma taxa de crescimento mais baixa do que acontecia no passado.

O FMI nota que a percentagem de desempregados de longa duração continua a subir na Europa a 19, aumentando o risco de erosão de mão-de-obra qualificada e do enraizamento do desemprego. Igualmente preocupante é possibilidade de criação de uma “geração perdida”, resultado da “deterioração de potencial capital humano” causada pela permanentemente elevada taxa de desemprego jovem.

Na parte em que analisa o legado da crise que teve início em 2008 e traça projecções de futuro, o FMI aponta para a necessidade de maior investimento em “políticas que encorajem o mercado de trabalho”, especialmente quando destinadas ao aumento do emprego jovem.

Como consequência da conjugação destes indicadores, a instituição sedeada em Washington prevê que o crescimento da zona euro seja limitado, estimando que “cresça ligeiramente”. Entre os anos 2008 e 2014, o grupo de países da moeda única cresceu em média 0,7%, sendo que o relatório aponta para um crescimento 1,1% entre 2015 e 2020. O fundo lembra que, mesmo assim, esta taxa de crescimento é “significativamente mais baixa” que a registada no período 1999-2007, de 1,9%.   

Num plano mais próximo, o FMI avalia que a recuperação económica da zona euro está a ser alavancada pelo aumento da procura doméstica, pela baixa dos preços do petróleo e por uma moeda mais fraca, bem como pelo programa de compra de títulos de dívida do Banco Central Europeu. A instituição defende que Portugal deve aproveitar a descida de juros desencadeada por este programa para pagar dívida pública.

No relatório, a previsão de crescimento do produto interno bruto da zona euro sobe de 1,5% em 2015 para 1,7% em 2016, mas apresenta o abrandamento do crescimento económico das economias emergentes, as tensões geopolíticas, a volatilidade dos mercados e um eventual contágio da situação na Grécia como factores que colocam estas estimativas em risco.

publico


Isto é o FMI a começar a campanha para a re-estruturação da dívida portuguesa também -- e se calhar com haircut. O FMI para já só a defende publicamente para a Grécia, mas de futuro vai estender para mais países. O FMI está profundamente ligado aos interesses americanos, britânicos, e franceses. Por isso antra em conflito com a Alemanha e seus satélites. Isso vê-se aqui também.