Alguém sabe quais os pontos concretos em que a Grécia e EU/FMI divergem e os valores?No meio desta discussão toda só se sabe que discordam.
Citação de: camisa em 2015-06-18 12:09:28ai ai lá vem o mito de que o euro não é mais que uma gigantesca conspiração da Alemanha para escoar os seus podutos para os PIGS: as exportações da Alemanha para o conjunto de Portugal, Grécia e Irlanda representam cerca de 3%! Peanuts!Por outro lado dizes que os países do norte impingem aos países do sul coisas que não têm interesse nenhum para nós. Ora se nós compramos é porque têm interesse! Se as estradas estão cheias de BMW e Mercedes não é porque os alemães nos apontam uma pistola à cabeça e nos obrigam a comprar os seus carros!Tens razão. Não se pode esquematizar com simplicismos.No entanto, reflecte que 3% do total de exportaçõespode ser a cereja no bolo, o lucro líquido puroembolsado pelas indústrias exportadorasalemãs no seu conjunto!Quanto ao segundo parágrafo,e exemplificando com o nosso caso,é inaceitável que a frota automóvel do governoseja de carros não montados em Portugal.Os privados que andem como lhes aprouver eo mau gosto imperar.
ai ai lá vem o mito de que o euro não é mais que uma gigantesca conspiração da Alemanha para escoar os seus podutos para os PIGS: as exportações da Alemanha para o conjunto de Portugal, Grécia e Irlanda representam cerca de 3%! Peanuts!Por outro lado dizes que os países do norte impingem aos países do sul coisas que não têm interesse nenhum para nós. Ora se nós compramos é porque têm interesse! Se as estradas estão cheias de BMW e Mercedes não é porque os alemães nos apontam uma pistola à cabeça e nos obrigam a comprar os seus carros!
Grosso modo acho que a UE queria um excel e a Grécia manda words.
Citação de: itg00022289 em 2015-06-18 12:55:47Grosso modo acho que a UE queria um excel e a Grécia manda words.Este é, de longe, o melhor resumo que já li desta longa novela
O duelo de semântica em relação à falta de pagamento da Grécia ao FMI já parece ter começado. Segundo o ministro das Finanças de Itália, Pier Carlo Padoan, se a Grécia falhar o pagamento ao FMI no final do mês, tal será considerado como pagamento em atraso e não como incumprimento.As diferenças não são apenas semânticas, já que se for considerado incumprimento, as implicações legais são vastas, incluindo a Grécia passar a estar em incumprimento com a Europa, o que permite aos fundos de resgate exigirem todo o seu dinheiro de volta de imediato e, nos casos em que for aplicável, que os seguros contra incumprimento (credit default swaps) sejam acionados. As instituições que fizeram estes seguros poderiam ter nas mãos avultados pagamentos para fazer, com consequências imprevisíveis, como se viu quando o banco norte-americano Lehman Brothers faliu em setembro de 2008, apesar de algumas práticas terem sido alteradas.O ministro italiano garante ainda que Itália é sólida, tal como euro.http://observador.pt/2015/06/18/dia-do-tudo-nada-tsipras-telefonou-juncker/
CitarO duelo de semântica em relação à falta de pagamento da Grécia ao FMI já parece ter começado. Segundo o ministro das Finanças de Itália, Pier Carlo Padoan, se a Grécia falhar o pagamento ao FMI no final do mês, tal será considerado como pagamento em atraso e não como incumprimento.As diferenças não são apenas semânticas, já que se for considerado incumprimento, as implicações legais são vastas, incluindo a Grécia passar a estar em incumprimento com a Europa, o que permite aos fundos de resgate exigirem todo o seu dinheiro de volta de imediato e, nos casos em que for aplicável, que os seguros contra incumprimento (credit default swaps) sejam acionados. As instituições que fizeram estes seguros poderiam ter nas mãos avultados pagamentos para fazer, com consequências imprevisíveis, como se viu quando o banco norte-americano Lehman Brothers faliu em setembro de 2008, apesar de algumas práticas terem sido alteradas.O ministro italiano garante ainda que Itália é sólida, tal como euro.http://observador.pt/2015/06/18/dia-do-tudo-nada-tsipras-telefonou-juncker/
O que separa a Grécia dos credores?Ainda há muito por esclarecer, mas alguns pontos já foram tornados públicos, especialmente na feroz troca de acusações entre a Grécia e os credores. Aqui ficam algumas das questões por resolver:1) cortes de dois mil milhões de euros: É um valor redondo, mas é o número apontado nesta altura de cortes que os credores exigem da Grécia. Como chegar a esse valor é a pergunta para prémio.2) cortes nas pensões: Os credores propuseram cortes nas pensões, a Grécia recusa ceder neste ponto, Juncker diz que os cortes não afetariam as pensões mais baixas. Pelo meio, uma proposta terá surgido do lado europeu para substituir os cortes nas pensões por 400 milhões de euros em cortes em despesa militar (a Grécia tem o segundo maior orçamento para a Defesa, em percentagem do PIB, da União Europeia). Os ataques surgiram depois de o FMI rejeitar a proposta. As regras do FMI não permitem que o Fundo exija cortes desta natureza a países sob programa, uma regra criada devido ao envolvimento do Fundo em países em zonas de conflito. A questão continua por resolver.3) o saldo primário: O Governo grego quer evitar ao máximo o impacto recessivo na economia grega, que já caiu cerca de 25% nestes anos de crise, e quer que o saldo primário (ou seja, exclui encargos com juros) do Estado grego se fique pelos 0,75% do PIB, quando no programa atual está nos 3%. A Comissão Europeia já desceu até aos 1% este ano, mas ainda não há acordo. O think tank Bruegel dá razão à Grécia neste aspeto, e diz que um saldo primário maior não vai ajudar a reduzir a dívida pública, até porque o impacto na economia é maior.4) a reestruturação da dívida pública: Em novembro de 2012, o Eurogrupo emitiu um comunicado anunciando um acordo vasto com a Grécia. Ai, prometia discutir a questão da dívida grega novamente quando a Grécia tivesse um saldo primário positivo, desde que implementasse o programa acordado. O Governo do Syriza exige o cumprimento dessa promessa, já que o saldo primário é positivo este ano. A Europa tem rejeitado mais uma reestruturação, que recairia desta vez sobre os credores oficiais e não nos bolsos dos privados, como aconteceu em 2012. O BCE rejeita liminarmente, tal como FMI. Hoje, o presidente do Eurogrupo diz que a promessa se mantém válida.5) a subida do IVA: o Governo grego diz que os credores exigiram a subida no IVA da eletricidade e dos medicamentos para a taxa mais alta. O presidente da Comissão Europeia diz que não. Caso estranho, já que no caso de Portugal uma das primeiras medidas implementadas pelo Governo foi antecipar um aumento acordado com a troika no IVA da eletricidade e do gás natural de 6% para 23%. Na altura citavam-se padrões europeus para alinhar as taxas de IVA. O FMI também defende eliminar as taxas mais reduzidas como princípio, porque entende que até os mais ricos beneficiam destas taxas reduzidas quando fazem compras, e mais que os mais pobres pois têm mais rendimentos e logo mais gastos, e que o dinheiro que se “perde” aí deve ser aplicado em programas que apoiem diretamente e exclusivamente os mais desfavorecidos.6) uma questão política: depois de meses de negociações, os dois lados querem mostrar vitória. O Syriza quer mostrar que fez o que prometeu quando foi eleito, rejeitar a austeridade dos últimos sete anos, contrariar um programa que consideram errado e a ideologia por trás dos governos que têm feito mais força para que estes programas avancem. Do outro lado, os restantes governos não querem ceder com receio que outros se sigam a exigir mais à União Europeia, que comprometam a narrativa criada com o “sucesso” de Portugal e da Irlanda, e, em alguns casos específicos, que coloquem em causa a sobrevivência dos seus próprios governos que durante o próximo ano enfrentarão eleições e terão de responder perante os seus eleitores porque aplicam medidas difíceis se a Grécia as pode rejeitar. Todos querem ganhar.http://observador.pt/2015/06/18/dia-do-tudo-nada-tsipras-telefonou-juncker/
Governo tenta acalma gregos: Depósitos estão seguros, pensões e salários serão pagosCom a sombra do default a ganhar forma, e uma consequente saída da Grécia da zona euro, o Governo da Grécia tenta acalmar os depositantes passando garantias que não serão impostos controlos de capitais, mesmo após notícias de um avolumar da fuga de depósitos nos últimos dias. O porta-voz do Governo disse à Mega TV que não há qualquer hipótese de virem a ser impostos controlos de capitais e garante que os depósitos dos cidadãos gregos estão “seguros”. Já o ministro adjunto das Finanças, Dimitris Mardas, diz que “as pessoas devem estar calmas”, porque “não há qualquer problema em pagar pensões e salários aos funcionários públicos”.http://observador.pt/2015/06/18/dia-do-tudo-nada-tsipras-telefonou-juncker/
CitarGoverno tenta acalma gregos: Depósitos estão seguros, pensões e salários serão pagosCom a sombra do default a ganhar forma, e uma consequente saída da Grécia da zona euro, o Governo da Grécia tenta acalmar os depositantes passando garantias que não serão impostos controlos de capitais, mesmo após notícias de um avolumar da fuga de depósitos nos últimos dias. O porta-voz do Governo disse à Mega TV que não há qualquer hipótese de virem a ser impostos controlos de capitais e garante que os depósitos dos cidadãos gregos estão “seguros”. Já o ministro adjunto das Finanças, Dimitris Mardas, diz que “as pessoas devem estar calmas”, porque “não há qualquer problema em pagar pensões e salários aos funcionários públicos”.http://observador.pt/2015/06/18/dia-do-tudo-nada-tsipras-telefonou-juncker/Mas ainda há depósitos por lá?!
Mas ainda há depósitos por lá?!
Grecia quiere un acuerdo que no incluya recortes de pensiones, que permita la reestructuración de deuda y que suponga inversiones para que el país vuelva a la recuperación. Pero los socios no parecen dispuestos a hacer mucho más al respecto, después de la última oferta presentada hace unos días. El ministro español de Economía, Luis de Guindos, ha asegurado a su llegada al Eurogrupo que la reestructuración de deuda “es una línea roja para muchos países”, incluida España, que ha prestado a Atenas 26.000 millones de euros.
Mais lenha para a fogueira: Depois de meses a debater a questão das reparações de guerra que a Alemanha alegadamente deve à Grécia (um assunto que parece adormecido, para já), chegou a vez do relatório do Parlamento grego sobre a dívida grega.Segundo os deputados gregos, a dívida pública da Grécia é “ilegal, ilegítima e odiosa”. Além disto, os programas associados aos resgates à Grécia violaram os direitos humanos dos gregos, diz a comissão parlamentar para a verdade sobre a dívida grega.A comissão parlamentar argumenta que a dívida ao FMI é ilegal porque a sua concessão “viola os próprios estatutos do FMI, e violam a Constituição da Grécia, a lei internacional e os tratados nos quais a Grécia é contraparte”.http://observador.pt/2015/06/18/dia-do-tudo-nada-tsipras-telefonou-juncker/