Evitar a austeridade pode ser útil numa grande economia fechada e sem défice externo. Para um pequeno país aberto ao exterior (como Portugal) a austeridade foi o único modo de equilibrar as contas externas. A austeridade diminui a procura interna mas isso foi necessário para equilibrar as contas externas.
Até no gráfico do Lark, a Islândia não ficou melhor em PPP. Claro que teve menos desemprego, mas o tombo nos salários deve ter sido monstro.
Sim, mas é precisamente esse um dos objectivos.
é de longe preferível haver um tombo nos salários do que um tombo no emprego.
na austeridade como a portuguesa e a grega dentro de uma moeda única, isso não acontece porque os salários são sticky.
pensei que isto já estava claro.
Z
Claro que, a curto prazo, com desvalorização há menos desemprego mas maior queda salarial (que era o que o governo português queria atingir com a alteração da TSU que tanta revolta gerou).
O mesmo pode ser obtido sem desvalorização, reduzindo os salários nominais.
O que se pode discutir é se, a longo prazo, é melhor reduzir o poder de compra dos salários ou aumentar o desemprego. Eu tb acredito que é melhor reduzir o poder de compra dos salários (dividir o mal pelas aldeias). Em ambos os casos existe austeridade. Não é desvalorização emvez de austeridade.
De qualquer maneira, estamos a escolher o menor dos males. O melhor é um país não acumular défices (público e externo) e não chegar à situação a que Portugal chegou. Para isso é necessário poupar quando as vacas estão menos magras.
Penso também que é melhor poupar a mais (tipo Alemanha) do que a menos (tipo Portugal antes da troika).