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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1840234 vezes)

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1840 em: 2015-03-11 09:03:52 »

A maioria dos pobres nos países desenvolvidos tem níveis de conforto que nem os reis dos países mais ricos tinham há uma dúzia de gerações atrás. Coisas básicas como: água canalizada, esgotos, casa aquecida, frigorífico, cuidados de saúde... (já para não falar de TV, telefone, telemóveis e outras modernices).

Essa dos reis do antigamente não terem o conforto dos pobres de agora é uma blague gasta e viciosa. Para uma pessoa se aperceber que assim é, basta, por exemplo, ler as "Memórias de Adriano" de Margueritte Yourcenar, para se ficar com uma ideia do que é qualidade de vida.

qualidade de vida na roma antiga baseada num romance? onde eh q o adriano ia ao dentista?
ou estas a pensar nas orgias com as escravas e pederastia?

Não deixas de ter pertinência, com essa do dentista! De dores de mulher, nada sei; mas dores de dentes, doem mesmo! No entanto, é mais em criança, depois menos. Mas sobre isso de dores nos tempos antigos, sei, de ler, duas coisas: uma, que cirurgia ao vivo, sem anestesia, tirar um dente, por exemplo, a dor (deve ser) imensa é relativamente breve e a ferida cicatriza, cura-se, com grande rapidez; outra, não sei se já no  tempo de Aristóteles (também médico), mas na do seu discípulo Avicena, no século 11, - conhecimento também de um romance, Avicena ou o Caminho para Ispahan, de Gilbert Sinoué (recomendo) - as cirurgias faziam-se com administração de ópio e a dor lá  se  ia aguentando. Quanto às  orgias e a pederastia - Margueritte Yourcenar, lésbica, ao  que dizem - foi muito discreta naquelas suas famosas Memórias em que se introspecciona admiravelmente no  pensar e no sentir do Imperador! (os historiadores, esses, nunca apreciaram esse feito da escritora!) Se leres, ou tiveres lido a obra, pode dar-se tê-lo feito no mesmo estado de espírito em que a  li pela  primeira vez: sem a liberdade de não fazer nenhum, tendo sido educado e sempre desejado dedicar-me à ociosidade, constrangido  a ganhar a vida, mas sempre interiormente livre e nunca, realmente, propriamente escravizado, li aquelas Memórias, e revi-me na liberdade do largo espaço e na ociosidade do tempo de lazer, no cuidado dos banhos romanos do corpo, a fome e a saciedade dos repastos, as campanhas em terras estrangeiras a conversação amigável e ociosa, o cuidado confessional na correspondência epistolar ente campanhas... Enfim, tudo depende como se leia. Aliás, numa releitura anos mais tarde, já imerso numa ociosidade ganha, prestei mais atenção aos riscos políticos que por vezes toldaram o seu reinado... :)


« Última modificação: 2015-03-11 09:05:44 por vbm »

Zel

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1841 em: 2015-03-11 09:31:50 »

A maioria dos pobres nos países desenvolvidos tem níveis de conforto que nem os reis dos países mais ricos tinham há uma dúzia de gerações atrás. Coisas básicas como: água canalizada, esgotos, casa aquecida, frigorífico, cuidados de saúde... (já para não falar de TV, telefone, telemóveis e outras modernices).

Essa dos reis do antigamente não terem o conforto dos pobres de agora é uma blague gasta e viciosa. Para uma pessoa se aperceber que assim é, basta, por exemplo, ler as "Memórias de Adriano" de Margueritte Yourcenar, para se ficar com uma ideia do que é qualidade de vida.

qualidade de vida na roma antiga baseada num romance? onde eh q o adriano ia ao dentista?
ou estas a pensar nas orgias com as escravas e pederastia?

Não deixas de ter pertinência, com essa do dentista! De dores de mulher, nada sei; mas dores de dentes, doem mesmo! No entanto, é mais em criança, depois menos. Mas sobre isso de dores nos tempos antigos, sei, de ler, duas coisas: uma, que cirurgia ao vivo, sem anestesia, tirar um dente, por exemplo, a dor (deve ser) imensa é relativamente breve e a ferida cicatriza, cura-se, com grande rapidez; outra, não sei se já no  tempo de Aristóteles (também médico), mas na do seu discípulo Avicena, no século 11, - conhecimento também de um romance, Avicena ou o Caminho para Ispahan, de Gilbert Sinoué (recomendo) - as cirurgias faziam-se com administração de ópio e a dor lá  se  ia aguentando. Quanto às  orgias e a pederastia - Margueritte Yourcenar, lésbica, ao  que dizem - foi muito discreta naquelas suas famosas Memórias em que se introspecciona admiravelmente no  pensar e no sentir do Imperador! (os historiadores, esses, nunca apreciaram esse feito da escritora!) Se leres, ou tiveres lido a obra, pode dar-se tê-lo feito no mesmo estado de espírito em que a  li pela  primeira vez: sem a liberdade de não fazer nenhum, tendo sido educado e sempre desejado dedicar-me à ociosidade, constrangido  a ganhar a vida, mas sempre interiormente livre e nunca, realmente, propriamente escravizado, li aquelas Memórias, e revi-me na liberdade do largo espaço e na ociosidade do tempo de lazer, no cuidado dos banhos romanos do corpo, a fome e a saciedade dos repastos, as campanhas em terras estrangeiras a conversação amigável e ociosa, o cuidado confessional na correspondência epistolar ente campanhas... Enfim, tudo depende como se leia. Aliás, numa releitura anos mais tarde, já imerso numa ociosidade ganha, prestei mais atenção aos riscos políticos que por vezes toldaram o seu reinado... :)


eu tb aprecio a ociosidade e  resolvi o meu problema aprendendo a poupar e a investir

como ganhaste a tua?

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1842 em: 2015-03-11 13:24:09 »
A minha, de um certo modo, espiritual ou abstracto, sempre existiu, inata, lol.
No entanto, o ponto é que culminará, como tudo, na mais estrita e inevitável inacção.

Kin2010

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1843 em: 2015-03-11 22:09:35 »
Estão a exigir abertamente o pagamento de indeminizações à Alemanha pela II Guerra Mundial, é o próprio Tsipras:

http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/11463568/Greece-demands-Nazi-war-reparations-as-rhetoric-turns-nasty-in-creditor-talks.html


São indeminizações de 160 biliões, muito pesadas. E lá têm os seus argumentos.




Automek

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1844 em: 2015-03-11 22:15:06 »
O melhor é nós também começarmos a fazer as contas da ocupação Filipina  :D

Estes gregos estão mesmo a fazer tudo para levarem um valente chuto no rabo e armarem-se em vitimas.

Zel

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1845 em: 2015-03-11 22:18:54 »
O melhor é nós também começarmos a fazer as contas da ocupação Filipina  :D

Estes gregos estão mesmo a fazer tudo para levarem um valente chuto no rabo e armarem-se em vitimas.

butes pedir a marrocos uns dinheirinhos pela ocupacao berber?
« Última modificação: 2015-03-11 22:19:09 por Neo-Liberal »

Zel

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1846 em: 2015-03-11 22:20:32 »
"The country's justice minister went further, threatening the seizure of German assets in order to compensate the relatives of Nazi war crimes."

Kin2010

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1847 em: 2015-03-11 22:32:28 »
De facto, para eles terem o direito a receber essas indemnizações, meia Europa também o teria, e lá ficava a Alemanha escrava dessa dívida por 1 milénio...

Zel

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1848 em: 2015-03-11 22:34:53 »
De facto, para eles terem o direito a receber essas indemnizações, meia Europa também o teria, e lá ficava a Alemanha escrava dessa dívida por 1 milénio...

foi o erro do tratado de versalhes

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1849 em: 2015-03-11 22:36:10 »
Não deixa de ser uma farpa certeira no coração dos cidadãos alemães.

Tanto quanto julgo  saber do povo alemão do pós-guerra,
a vergonha pelo desvario nazi foi imensa;
 
toda a educação que ministraram
ao povo foi de uma enorme
consternação pelos males
de que foram responsáveis.

Lembrar-lhes que ainda estão em falta para com a Grécia,
deve turvar-lhes as ideias e deixá-los inseguros;
pois sabem que trabalharam muito
para se reerguerem, mas
também foram muito
ajudados.


É interessante ver como se vão resolver as coisas.

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1850 em: 2015-03-11 22:38:05 »
E os gregos não foram? Penso que a dívida deles é de 300 MM€.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Dilath Larath

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1851 em: 2015-03-11 22:39:27 »
De facto, para eles terem o direito a receber essas indemnizações, meia Europa também o teria, e lá ficava a Alemanha escrava dessa dívida por 1 milénio...


Citar
World War II[edit]
Europe[edit]
Further information: German reparations for World War II
After World War II, according to the Potsdam conference held between July 17 and August 2, 1945, Germany was to pay the Allies US$23 billion mainly in machinery and manufacturing plants. Reparations to the Soviet Union stopped in 1953. In addition, in accordance with the agreed-upon policy of de-industrialisation and pastoralization of Germany, large numbers of civilian factories were dismantled for transport to France and the UK, or simply destroyed.[citation needed] Dismantling in the west stopped in 1950.

In the end, war victims in many countries were compensated by the property of Germans that were expelled after World War II. Beginning even before the German surrender and continuing for the next two years, the United States pursued a vigorous program of harvesting all technological and scientific know-how as well as all patents and many leading scientists in Germany (known as Operation Paperclip). Historian John Gimbel, in his book Science Technology and Reparations: Exploitation and Plunder in Postwar Germany, states that the "intellectual reparations" taken by the U.S. and the UK amounted to close to $10 billion.[5] German reparations were partly to be in the form of forced labor. By 1947, approximately 4,000,000 German POWs and civilians were used as forced labor (under various headings, such as "reparations labor" or "enforced labor") in the Soviet Union, France, the UK, Belgium and in Germany in U.S run "Military Labor Service Units".

See also: Forced labor of Germans in the Soviet Union, POW labor in the Soviet Union and World War II reparations towards Yugoslavia
Germany paid Israel 3 billion DM in Holocaust reparations, and paid 450 million DM to the World Jewish Congress to compensate survivors in other countries. No reparations were paid to the Roma who were killed during the Holocaust. Some of the estimates of homosexual men and women murdered under the Nazi regime range from 2,000-10,000. Little evidence exists of the numbers of actual homosexuals murdered. Though many homosexual survivors applied for reparations, only one received financial compensation; the presence of many homosexuals in Party organizations such as the S. A. is thought to have had a chilling effect on such claims in post-war Germany.[6]


não consta que os gregos tenham recebido pevide...
Só o Von Braun valia 20 (200? 2000?) PIBs gregos.

L
« Última modificação: 2015-03-11 22:39:54 por Dilath Larath »
O meu patrão quer ser Califa no lugar do Califa

Zenith

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1852 em: 2015-03-11 22:43:10 »
Na zona industrial de Stuttgart tem lá um monte formado a a partir dos escombros causados pelos bombardeamentos à cidade.
Pelo que me foi dito, os escombros foram transportados para ali, para as pessoas ao verem aquilo terem uma memória viva dos horrores que pode causar uma guerra.
Imagino que agora muitos habitantes de Stuttgart pensem que é uma colina natural, e quando a memória se esvai a repetição de asneiras torna-se mais provavel.

D. Antunes

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1853 em: 2015-03-11 22:45:16 »
Ao fim de quantos anos é que prescrevem as reparações de guerra?
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Automek

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1854 em: 2015-03-11 22:49:52 »
Os alemães que descontem os fundos que já mandaram para a Grécia desde que ele aderiram à antiga CEE.

Zel

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1855 em: 2015-03-11 22:51:11 »
Os alemães que descontem os fundos que já mandaram para a Grécia desde que ele aderiram à antiga CEE.

em grande medida as contribuicoes dos alemaes na UE podem ser interpretadas como reparos de guerra

Automek

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1856 em: 2015-03-11 23:15:04 »
Vamos recuar quantos séculos a ver quem bateu em quem e quem roubou quem ?
Será que a malta da europa central pode ser responsabilizada pelos bárbaros ?
E os nórdicos pelos vikings ?
E os turcos, se quiserem entrar para a UE, pelos otomanos ?
E os Italianos, esquecendo a II guerra, também podem ir buscar alguma coisa aos alemães pelo Carlos Magno ?
E quem teve escravos nas colónias ? Também paga ?

Zel

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1857 em: 2015-03-11 23:24:34 »
se os gajos do syriza quiserem mesmo sair do euro vao tentar dramatizar a coisa ao maximo, isto pode bem ser apenas o comeco

Zel

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1858 em: 2015-03-11 23:35:08 »
De facto, para eles terem o direito a receber essas indemnizações, meia Europa também o teria, e lá ficava a Alemanha escrava dessa dívida por 1 milénio...


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World War II[edit]
Europe[edit]
Further information: German reparations for World War II
After World War II, according to the Potsdam conference held between July 17 and August 2, 1945, Germany was to pay the Allies US$23 billion mainly in machinery and manufacturing plants. Reparations to the Soviet Union stopped in 1953. In addition, in accordance with the agreed-upon policy of de-industrialisation and pastoralization of Germany, large numbers of civilian factories were dismantled for transport to France and the UK, or simply destroyed.[citation needed] Dismantling in the west stopped in 1950.

In the end, war victims in many countries were compensated by the property of Germans that were expelled after World War II. Beginning even before the German surrender and continuing for the next two years, the United States pursued a vigorous program of harvesting all technological and scientific know-how as well as all patents and many leading scientists in Germany (known as Operation Paperclip). Historian John Gimbel, in his book Science Technology and Reparations: Exploitation and Plunder in Postwar Germany, states that the "intellectual reparations" taken by the U.S. and the UK amounted to close to $10 billion.[5] German reparations were partly to be in the form of forced labor. By 1947, approximately 4,000,000 German POWs and civilians were used as forced labor (under various headings, such as "reparations labor" or "enforced labor") in the Soviet Union, France, the UK, Belgium and in Germany in U.S run "Military Labor Service Units".

See also: Forced labor of Germans in the Soviet Union, POW labor in the Soviet Union and World War II reparations towards Yugoslavia
Germany paid Israel 3 billion DM in Holocaust reparations, and paid 450 million DM to the World Jewish Congress to compensate survivors in other countries. No reparations were paid to the Roma who were killed during the Holocaust. Some of the estimates of homosexual men and women murdered under the Nazi regime range from 2,000-10,000. Little evidence exists of the numbers of actual homosexuals murdered. Though many homosexual survivors applied for reparations, only one received financial compensation; the presence of many homosexuals in Party organizations such as the S. A. is thought to have had a chilling effect on such claims in post-war Germany.[6]


não consta que os gregos tenham recebido pevide...
Só o Von Braun valia 20 (200? 2000?) PIBs gregos.

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Germany maintains it has paid up all of its reparations to Greece in a post-war accord agreed in 1960.

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1859 em: 2015-03-11 23:41:49 »
Os gregos já mostraram que isso dos acordos não são coisas para cumprir