eu já disse claramente o que é que sou.
liberal um pouco encostado à via da esquerda.
defendo a economia de mercado, e a regulação do mercado para garantir um leveled playing-field a todos os intervenientes.
defendo a intervenção do estado até certo nível para garantir os direitos cívicos - se fores informar-te sobre Selma, o que acabou por acontecer foi que o estado federal enviou o exército americano para garantir que a marcha de Selma para Montgomery se poderia efectuar. Se necessário o exército dispararia contra a polícia do estado do Alabama. Isto é um tipo de intervenção estatal que subscrevo. Para defender os direitos individuais e cívicos dos cidadãos.
sou um social-liberal, basicamente. Se quiseres saber o que é, está aqui.
centrismo um pouco à esquerda.
a opinião supostamente dominante neste forum é que é tão, mas tão, à direita, que acaba por rotular um social-liberal de centro-esquerda como perigoso comunista.
um bem conhecido esquema libertário....(para não dizer fascista). quem não é por nós é contra nós!
H
Sei pouco de política.
Ou melhor dizendo, não estou
actualizado nas nuances da contemporaneidade.
Mas suscita-me curiosidade esse possível pensamento "social-liberal"!
Lerei os endereços que indicas.
Discordo da abolição da propriedade privada
quer da terra, quer do capital-dinheiro, quer do aforro
de cada um, - economizado do rendimento ou herdado da família -,
quer da propriedade imobiliária, quer da detenção de partes de capital
de empresas ou de suprimentos e créditos sobre empresas e particulares.
Ou seja, admito o
rendimento sem trabalho actual, no fundo
o que o direito de propriedade visa proporcionar e garantir
(se as condições da economia o permitirem, obviamente).
Não acho mal a ideia qua acima expões de regular «o mercado para
garantir um
leveled playing-field a todos os intervenientes.»
Suponho, porém, que com a actual redistribuição de rendimento
do Estado Social, a liberdade de compra e venda de propriedades,
a mobilidade vertical proporcionada pela instrução pública,
o próprio mercado de capitais com o ganhar e perder
das múltiplas transacções, o jogo, a tributação
progressiva, e a imposição sobre o capital,
imobiliário e outro, haja ou não
rendimento, a rigidificação
das classes possidentes
versus as dependentes
de trabalhar tende
a esbater-se
ao contrário do que supõe e sustenta
Thomas Picketty, que está muito
sugestionado com a episódica
acumulação de fortunas
de grandes magnatas
de mero capital-acções
inflacionadas em bolhas
de dinheiro fácil.