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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1844914 vezes)

Zenith

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1080 em: 2015-02-18 14:07:56 »
Ha uma coisa que não entendo na evoluação da divida grega.
A divida agora anda pelos 330-360bilioes. Se tivesse o valor X antes do bailout, sabemos que os dois bailouts totalizaram 240 bilioes e foi feito um haircut de 60% a X, de modo que neste moment (não contando reembolsos e novas emissoes que devem mais ou menos equilibrar) temo 0,4X+240, e X anda entaão pelos 225-300 bilioes.
Que raio de plano fi esse que era suposto reequilibrar as contas conseguinda a proeza de simultaeamente aumentar divida entre 60-a00bilioes e reduzir PIB em 25%?
Para onde foi o dinheiro? Capitalizar bancos?
Ainda vamos ver que bancos franceses e alemaes aceitarem haircut porque tinam outros contratos tipo swap onde foram buscar o resto.

Em Portugal temos a mesmo situação mas menos expressiva e não houve haircut.

Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1081 em: 2015-02-18 14:14:59 »

Bem, o capitalismo na perspectiva financeira de um tommy ou de um Lark não é muito diferente daquele que investe directamente em produção. PARECE diferente, mas o objectivo é o mesmo, investir em activos que produzam retornos. Aqueles que investem directamente em produção agradecem aos que apenas o querem fazer de forma mais cómoda em activos cotados, porque os segundos providenciam aos primeiros liquidez para os seus investimentos, e ainda por cima tendem a pagar múltiplos de resultados muito superiores.

Dito isto, os Gregos estão longe de ser "os menos afortunados". Estão nos 15-20% mais ricos do planeta.E são mais afortunados, por exemplo, do que nós.

(e não, não foram os capitalistas tipo tommy/Lark que provocaram BES e BPNs. Foram pessoas específicas, que fizeram coisas erradas como se faz em todas as actividades mas com maiores consequências numa actividade financeira que adquire muito maior dimensão dada a sua natureza alavancada - que é a mesma razão pela qual essa actividade é sempre sujeita a uma regulação muito mais apertada. E entre as regras até existem coisas subjectivas como a idoneidade dos administradores)

que engraçado. estás a colar-me ao Tommy reclamando que somos os dois capitalistas.
quem nos está a ler sabe bem a diferença.
só te ficam mal essas parte gagas na argumentação sobre este assunto
ainda por cima não és especialmente bom nisso.
és muito melhor a escrever assertivamente do que a tentar sofismar o que os outros dizem. não tens essa preparação filosófica.

Lark

No que toca a investir em coisas, és exactamente igual ao tommy... até nos defeitos que lhe atribuis. Se vês que algo te vai dar um retorno, investes. Não creio que fiques a matutar sobre a moralidade do investimento em questão.

E claro, mais de metade do que disseste sobre o tommy naquela dissertação sobre os capitalistas foram ataques não-substanciados e ad hominem, tipo:

"um capitalista como tu irá mostrar impante e soberbo aos seus amigos o dinheiro que fará com a nova dívida grega.
um capitalista como tu não interessa nem ao menino jesus.
um capitalista como tu deveria estar muito caladinho.
um capitalista como tu mete-me asco."

ou seja, na primeira metade és igual, e a segunda metade é irrelevante - é apenas a tua opinião não-substanciada.
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Re:Investir na Grécia
« Responder #1082 em: 2015-02-18 14:16:57 »
Ha uma coisa que não entendo na evoluação da divida grega.
A divida agora anda pelos 330-360bilioes. Se tivesse o valor X antes do bailout, sabemos que os dois bailouts totalizaram 240 bilioes e foi feito um haircut de 60% a X, de modo que neste moment (não contando reembolsos e novas emissoes que devem mais ou menos equilibrar) temo 0,4X+240, e X anda entaão pelos 225-300 bilioes.
Que raio de plano fi esse que era suposto reequilibrar as contas conseguinda a proeza de simultaeamente aumentar divida entre 60-a00bilioes e reduzir PIB em 25%?
Para onde foi o dinheiro? Capitalizar bancos?
Ainda vamos ver que bancos franceses e alemaes aceitarem haircut porque tinam outros contratos tipo swap onde foram buscar o resto.

Em Portugal temos a mesmo situação mas menos expressiva e não houve haircut.

Foi para déficits. E possivelmente (como em Portugal) para dívida escondida que agora apareceu.

Não existe grande surpresa nisso. O ajustamento NÃO é instantâneo, e portanto enquanto dura vai-se criando mais e mais dívida. Por isso é que quem acha que o ajustamento deveria ser mais suave ainda está a cometer um erro ao pensar que seria de alguma forma mais sustentável se o fosse.
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Re:Investir na Grécia
« Responder #1083 em: 2015-02-18 14:23:17 »
O pedido foi adiado para amanhã
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao_europeia/zona_euro/detalhe/atenas_adia_pedido_de_mais_apoio_financeiro_da_europa.html


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Atenas adia pedido de mais apoio financeiro da Europa
18 Fevereiro 2015, 13:29 por Eva Gaspar | egaspar@negocios.pt

Uma fonte oficial do governo grego havia confirmado esta manhã que o pedido de extensão dos empréstimos europeus seguiria hoje para Bruxelas. Pouco depois, uma também fonte oficial refere agora que esse pedido só amanhã deverá sair de Atenas. BCE decide hoje se dá mais liquidez aos bancos.
As informações que chegam da capital grega continuam a ser pouco consistentes. Uma fonte oficial do governo grego havia confirmado esta manhã a informação que Atenas pusera a circular ontem à tarde, segundo a qual o pedido de extensão dos empréstimos europeus seguiria hoje para Bruxelas. Mas, de acordo com uma "fonte anónima oficial" referida pelas agências noticiosas internacionais, afinal esse pedido só amanhã deverá sair de Atenas.
 
O Eurogrupo sinalizou na segunda-feira que está disponível para voltar a reunir-se nesta sexta-feira, se até lá o Governo grego decidir pedir a extensão do programa de assistência financeira que, à partida, expira no fim deste mês. A oferta europeia que está sobre a mesa é a mesma que havia sido feita ao anterior Executivo de Antonis Samara: prolongar o programa por mais seis meses, findos os quais se voltará a analisar a situação grega e a sua capacidade de se financiar de forma autónoma, dispensando o apoio da comunidade internacional que está a financiar o país desde 2010.
 
As informações que chegam de Atenas sugerem que Estado e bancos estarão praticamente sem fundos, o que pode originar atrasos no pagamento de salários aos funcionários públicos e racionamento nos levantamentos de numerário.
 
Entretanto é esperada hoje a decisão do BCE, que deverá voltar a aumentar o limite da linha de emergência para a concessão de liquidez aos bancos do país. O actual tecto está fixado em 65 mil milhões de euros e terá sido praticamente esgotado. Segundo a Bloomberg, a sangria de depósitos disparou nas últimas semanas e os bancos gregos estão a ficar sem liquidez. Só em Janeiro e no princípio de Fevereiro terão desaparecido 15 mil milhões de euros em depósitos do sistema bancário grego, o equivalente a 9,3% do valor dos depósitos no final de 2014.
 
Por outro lado, dados ontem divulgados pelo Banco da Grécia sugerem que os cofres do Estado estarão também já no vermelho. No fim de Janeiro, as contas públicas fecharam com um défice primário (excluindo juros) de 149 milhões de euros, o que compara com um excedente de 812 milhões de euros no mesmo mês de 2014. Muitos gregos não pagam impostos quando há eleições, e essa pode ser uma explicação para o rombo nas contas, já que foram as receitas fiscais que caíram a pique: em Janeiro, entraram 3,13 mil milhões de euros de receitas,  contra 4,46 mil milhões em igual mês do ano passado. Já as despesas do Estado reduziram-se para 3,2 mil milhões de euros, face a 3,6 mil milhões em Janeiro de 2014.
 

Vários responsáveis europeus têm repetidamente frisado não há empréstimos sem condições. O que há é abertura para rever essas condições, de modo a acomodar parte do programa eleitoral do novo governo liderado pelo Syriza. Ontem o Eurogrupo reiterou que existe sempre "alguma flexibilidade" para mexer em metas e medidas dos programas dos países resgatados, que foram várias vezes alteradas em vários países durante a sua vigência, inclusive na Grécia. O ministro Yanis Varoufakis disse ontem não lhe ser possível perceber o que quer dizer "alguma flexibilidade", enquanto os seus colegas se queixavam de não perceber o que, em concreto, este pretende fazer e até querer.
 
O Eurogrupo tem insistido que essas novas medidas não podem ser decididas unilateralmente e têm de ser financiadas por cortes ou mais receitas noutras áreas, embora tenha também mostrado abertura para suavizar a meta orçamental deste ano em função da evolução da economia grega. Ao mesmo tempo, todos os parceiros europeus exigem que as autoridades gregas reiterem o seu "compromisso inequívoco com as obrigações financeiras para todos os seus credores" - ou seja, Atenas tem de manter a ambição de devolver aos países europeus os mais de 220 mil milhões de euros que recebeu de empréstimos desde 2010.
 
Um dos próximos credores que baterá à porta de Atenas será o FMI. Embora ainda tenha previsto transferir 2,8 mil milhões no âmbito do segundo resgate (acordado em 2012), em Março chega a hora de Atenas começar a pagar os empréstimos recebidos no quadro do primeiro resgate (negociado em 2010): 1,4 mil milhões de euro é o valor do primeiro reembolso.
 
 
(notícia em actualização)
« Última modificação: 2015-02-18 14:26:00 por Automek »

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1084 em: 2015-02-18 14:30:32 »
A da TV é boa  :D

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Varoufakis: O grego que está a provocar a ira dos parceiros europeus
HÁ 31 MINUTOS

Radical e inconstante, não apenas diferente: o estilo do ministro das Finanças grego está a frustrar os parceiros e ajudou ao colapso das negociações no Eurogrupo, revelam fontes de Bruxelas.

A distância entre Varoufakis e Schäuble, mas também os outros ministros europeus, parece cada vez maior

Um verdadeiro barril de pólvora prestes a explodir. É este o ambiente que se vive em Bruxelas, numa altura em que as sucessivas reuniões entre os ministros das Finanças europeus falharam o objetivo principal: encontrar uma solução de compromisso entre os gregos e os restantes parceiros. E há quem aponte Yanis Varoufakis como o principal responsável pelo colapso das negociações: demasiado volátil, demasiado radical e demasiado diferente, o ministro das Finanças grego está provocar um “choque cultural” no seio do Eurogrupo, não estabelece pontes e, assim, está a contribuir para o braço-de-ferro que até ao momento se mantém por quebrar.

O estilo e a posição radical e às vezes professoral de Yanis Varoufakis estão a provocar a rutura, garantem fontes oficiais que estiveram nas reuniões em Bruxelas, citadas pela Bloomberg. “São 18 ministros das finanças sentados com um economista-académico radical e funky, que nunca tinha estado num Governo antes”.

Yanis Varoufakis, o “marxista errático” como se descreveu no Festival Subversivo de Zagreb, tem transportado o discurso contra a “repugnante crise europeia” não apenas para o interior das reuniões ministeriais, mas para todas as ocasiões mediáticas, o que lhe tem valido duras críticas, mesmo entre os seus eventuais apoiantes.

Puxão de orelhas de Mario Draghi

Um deles foi Mario Draghi. Depois de Varoufakis ter dito em diversas ocasiões que a Grécia estava “insolvente” e tinha atingido a “bancarrota”, o presidente do Banco Central Europeu avisou-o que esse discurso iria acelerar a fuga de depósitos da Grécia e pediu-lhe para ser mais cuidadoso. “Uma comunicação descuidada não é boa para o sistema financeiro”, terá alertado Draghi, segundo uma fonte que esteve presente nas reuniões, citada pela Bloomberg.

Na reunião da semana passada em Bruxelas, Pier Carlo Padoan, o ministro das Finanças italiano, terá mesmo implorado a Varoufakis que moderasse a retórica, relatou o Wall Street Journal. “Este não é um exercício sobre o ‘dilema do prisioneiro'”, sublinhou Padoan, referindo-se a um problema da teoria dos jogos, que explica como, numa situação em que dois jogadores procuram apenas obter vantagem sobre o adversário em vez de cooperaram entre si, o resultado acaba por ser pior para ambos.

Aliás, a teoria dos jogos é uma das áreas de estudo de Varoufakis, que a ensinou nas suas aulas de Economia em universidades da Austrália, Estados Unidos e Grécia. E até isso parece separá-lo dos outros ministros das Finanças europeus: esta é a primeira vez que Varoufakis integra um Governo, ao contrário dos restantes que já ocuparam cargos em anteriores Executivos e, por isso, têm experiência de negociações europeias.

A diferença entre Varoufakis e os restantes ministros das Finanças europeus é uma evidência até para o próprio. “Estou a ser tratado como uma ave rara porque falo de macroeconomia. É surpreendente como um discussão quase-sofisticada sobre economia é quase considerada como más maneiras”, revelou o ministro grego numa entrevista.

A própria forma de vestir de Varoufakis é vista com desconfiança aos olhos dos tradicionalmente engravatados e formais representantes europeus. Por muito que o ministro das Finanças grego garanta que as diferenças entre ele e os restantes parceiros não são uma questão de estilo, mas sim de ideologia, a forma como Varoufakis rapidamente se transformou numa estrela mediática está a acentuar a divergência no seio do Eurogrupo.

20 minutos atrasado, e com uma televisão atrás

Um episódio que ilustra bem o desconforto existente foi a forma como entrou na reunião do Eurogrupo de segunda-feira passada. O grego chegou com 20 minutos de atraso, para mais seguido por uma câmara de televisão e entrou na sala com o jornalista atrás numa altura em que discursava Mario Draghi. Segundo fontes oficiais, a reação do ministro das Finanças holandês, que lidera as reuniões do Eurogrupo, foi dura: Jeroen Dijsselbloem interrompeu Draghi e exigiu que o repórter abandonasse imediatamente a sala.

E se a entrada de Varoufakis não ajudou a acalmar os ânimos, o discurso que proferiu a seguir elevou a tensão numa altura em que as negociações já estavam difíceis. De acordo com fontes próximas dos ministros Finanças europeus, sempre citadas pelo Wall Street Journal, o grego não apresentou qualquer proposta concreta e limitou-se a repetir algumas ideias vagas que tinha defendido em discursos anteriores.

A atitude do braço direito de Aléxis Tsipras irritou os outros parceiros, já frustrados com o decorrer das negociações. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble – desde o início, um dos maiores críticos do Governo Syriza – atacou publicamente a posição grega: “Nenhum dos meus colegas percebeu até agora o que a Grécia quer. Nem sequer é claro se a própria Grécia sabe”.

Fugas de informação a meio da reunião

A machadada final num mínimo clima de confiança e cooperação terá acontecido na mesma reunião de segunda-feira do Eurogrupo. Antes dela começar, o ministro das Finanças holandês entregou a Varoufakis um rascunho do comunicado que deveria ser discutido para ser divulgado no final da reunião. No documento, podia ler-se que a Grécia iria aceitar a extensão do programa de assistência financeira e cumprir um conjunto de medidas já acordado.

Descontente com as cláusulas do “contrato”, Varoufakis violou todas as regras de uma negociação. Assim, quando a reunião ainda estava a decorrer e a maioria dos ministros nem sequer sabia o que constava no comunicado, já vários jornalistas começaram a escrever no Twitter que as negociações tinham falhado, a revelar partes do comunicado e a dizer que os gregos rejeitavam as condições do acordo. O sigilo das conversações fora quebrado.

A fonte dessa informação? O próprio Governo de Tsipras. Uma atitude que precipitou o fim das negociações, com vários ministros furiosos com o comportamento de Varoufakis. Os próximos tempos serão decisivos para o futuro da Grécia, mas tudo aponta que a distância entre a “ave rara” do Eurogrupo e os parceiros europeus seja, neste momento, aparentemente insuperável.
http://observador.pt/2015/02/18/varoufakis-o-grego-que-esta-provocar-ira-dos-parceiros-europeus/
« Última modificação: 2015-02-18 14:31:17 por Automek »

tommy

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1085 em: 2015-02-18 14:39:37 »
não te preocupes meu caro.
se os mercados virem a dívida que a Grécia vai emitir em dracmas, como apetecível, vão comprá-la de qualquer maneira.

e a dívida vai ser apetecível.

a grécia não vai ter praticamente, dívida - tudo terá sido redenominado em dracmas e muito provavelmente levado um valente haircut.
a grécia já não vai ter deficits. antes terá superavits.
a grécia estará baratíssima para o investimento estrangeiro.
o turismo estará baratíssimo.
a força de trabalho está disponível e baratíssima.
a inflação será superior ao do resto da UE tornando a dívida ainda mais apetecível devido ao excelente yield que proporcionará, num panorama de de yields a tenderem para zero mundialmente.

um capitalista como tu não tem moral e está-se borrifando para o que antes dizia achar justo.
um capitalista como tu vai a correr tomar dívida da Grécia porque vai ver uma oportunidade para encher os bolsos com um belo yield.
um capitalista como tu, quando lhe perguntarem porque é que antes dizia barbaridades e agora compra dívida grega, dirá que o capital não tem moral.
um capitalista como tu irá mostrar impante e soberbo aos seus amigos o dinheiro que fará com a nova dívida grega.
um capitalista como tu não interessa nem ao menino jesus.
um capitalista como tu deveria estar muito caladinho.
um capitalista como tu mete-me asco.

e pronto, toma lá cerejas que te manda o teu amor.

Não não será apetecível.... e se alguém a comprar serão especuladores puros (não investidores sérios institucionais de longo prazo); E tendo em conta que a confiança será zero (0), nem vão a jogo mesmo com boas taxas - ver leilões de dívida da rússia (os mais recentes...nem tocaram em dívida de curto prazo), argentina ou venezuela que nem saem a 8, 10 e 12%;

Estás enganado a meu respeito: 1º não invisto dinheiro em obrigações soberanas "individuais". Só através de fundos, no meu caso especifico etf diversificados. Por principio, mesmo que fosse rico, nunca investiria num país de caloteiros corruptos. Tal como não invisto em dívida portuguesa enquanto a mentalidade geral do povo não mudar;

O turismo chegas tarde, há semanas que eu referi que haveria essa vantagem dos gregos serem caloteiros corruptos de esquerda socialista: vou poder visitá-los e pagar uma ninharia pelos serviços nessa área. É o preço de ter governos socialistas. Não sei porque isso faz de mim má pessoa; se não for visitá-los (não consumindo serviços na área do turismo) já serei melhor pessoa aos teus olhos ?

Quanto à inflação e à dívida, a asneira é tão grande que nem vou comentar, apenas questionar-te se comprarias dívida venezuelana em bolívares? Se sim, és mais imbecil do aquilo que nós já percebemos pelo teu post; Tens que estudar mais um bocadinho se achas que a inflação (imprimir moeda) não afecta dívida nominal não ligada à inflação. E mesmo a que estiver ligada à inflação e/ou crescimento eu não queria para nada, porque já foi testado na Argentina, e o que eles basicamente fizeram foi adulterar as contas sobre o seu crescimento não pagando. Um vigarista quando é vigarista, raramente muda.

A moral já referi que a tenho: não investir em países de esquerda socialista caloteiros como: Venezuela, Argentina, Rússia e em breve...Grécia. No mundo felizmente há mais oportunidades, com menos risco do que nestes países de caloteiros vigaristas. É a minha moral. O que torna tudo o resto que escreveste falso.

O teu posto está recheado de imbecilidades ou "wishful thinking". Devias estudar mais e dedicar-te menos a ataques "ad hominem".


Muitos morangos ou a fruta que preferires (como liberal, defendo que possas escolher à tua vontade e em total liberdade),
Tommy.

vbm

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Re: Ena, isto aqui vai animado! :)
« Responder #1086 em: 2015-02-18 18:20:53 »
[ ]
Porém, no que se refere ao "trabalhar para produzir" ou "obter dos outros o fruto do seu trabalho", desde há algum tempo se tem debatido por aqui a importância da automatização crescente (também no setor dos serviços), que já está a modificar o conceito tradicional de trabalho, pelo menos nas sociedades mais avançadas. Ou seja, não estamos a falar do futuro mas do presente... a noção atual de trabalho é diferente!
[ ]

É muito claro que a automação da produção industrial, agrícola, dos serviços, do cálculo, etc. já modificou e continuará a modificar revolucionariamente as formas de trabalho. Mas isso nada tema ver com a dispensabilidade do trabalho das pessoas! Pode dizer-se que o tipo de trabalho mais requerido será diferente, mas não me parece que seja menos árduo... É que pensar não é propriamente estar de férias... :) e depois há muitas coisas que só se projectam ou extrapolam no reino da fantasia, porque a vida na natureza continua a ser dura, e há doenças e fragilidades de toda a ordem inclusive catástrofes geológicas e ecológicas. Parece-me estultícia imaginar-se um futuro civilizacional 'de férias'. Olha só para o trabalhão que tens para descobrir como ganhar dinheiro comas transacções na bolsa! :)

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1087 em: 2015-02-18 18:25:06 »
[ ] não te preocupes meu caro.
se os mercados virem a dívida que a Grécia vai emitir em dracmas, como apetecível, vão comprá-la de qualquer maneira.

e a dívida vai ser apetecível.

a grécia não vai ter praticamente, dívida - tudo terá sido redenominado em dracmas e muito provavelmente levado um valente haircut.
a grécia já não vai ter deficits. antes terá superavits.
a grécia estará baratíssima para o investimento estrangeiro.
o turismo estará baratíssimo.
a força de trabalho está disponível e baratíssima.
a inflação será superior ao do resto da UE tornando a dívida ainda mais apetecível devido ao excelente yield que proporcionará, num panorama de de yields a tenderem para zero mundialmente.

um capitalista como tu não tem moral e está-se borrifando para o que antes dizia achar justo.
um capitalista como tu vai a correr tomar dívida da Grécia porque vai ver uma oportunidade para encher os bolsos com um belo yield.
um capitalista como tu, quando lhe perguntarem porque é que antes dizia barbaridades e agora compra dívida grega, dirá que o capital não tem moral.
um capitalista como tu irá mostrar impante e soberbo aos seus amigos o dinheiro que fará com a nova dívida grega.
um capitalista como tu não interessa nem ao menino jesus.
um capitalista como tu deveria estar muito caladinho.
um capitalista como tu mete-me asco.

e pronto, toma lá cerejas que te manda o teu amor.

cordialmente,
Lark

:))

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1088 em: 2015-02-18 18:30:16 »
[ ], se o programa do Syriza (ou lá como se escreve) for para a frente. [ ]

Syriza = Συριζα

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1089 em: 2015-02-18 18:33:52 »
[ ]
O tipo de economia que produz BPNs e BPPs, BES e PTs. um autêntico saque da economia portuguesa. - se toda a riqueza e capital que se evaporou com estes escândalos estivesse ao serviço da verdadeira economia produtiva, provavelmente nem sequer estariamos em crise.

[ ]
fiz-me compreender?

Lark

É o que Stiglitz não se cansa  de denunciar!

Zel

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1090 em: 2015-02-18 18:43:06 »
o lark tem uma veia de krugman, gosta de se ler e entusiasma-se

Lark

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1091 em: 2015-02-18 18:46:42 »
o lark tem uma veia de krugman, gosta de se ler e entusiasma-se

tenho duas. encomendei-as há uns meses e chegaram anteontem.

L
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
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If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
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So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1092 em: 2015-02-18 18:52:21 »
Citar
Varoufakis: O grego que está a provocar a ira dos parceiros europeus

[ ]
A diferença entre Varoufakis e os restantes ministros das Finanças europeus é uma evidência até para o próprio. “Estou a ser tratado como uma ave rara porque falo de macroeconomia. É surpreendente como um discussão quase-sofisticada sobre economia é quase considerada como más maneiras”, revelou o ministro grego numa entrevista.

Bravo!

Citar
A própria forma de vestir de Varoufakis é vista com desconfiança aos olhos dos tradicionalmente engravatados e formais representantes europeus. Por muito que o ministro das Finanças grego garanta que as diferenças entre ele e os restantes parceiros não são uma questão de estilo, mas sim de ideologia, a forma como Varoufakis rapidamente se transformou numa estrela mediática está a acentuar a divergência no seio do Eurogrupo.

Por acaso, gosto de gravata.
Mas também gosto de cachecol (e boina!)

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1093 em: 2015-02-18 19:17:50 »
 Greek central bank requested €10 Billion ELA increase, ECB only agreed to €3 Billion: RTRS
 
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1094 em: 2015-02-18 20:01:44 »
Ha uma coisa que não entendo na evoluação da divida grega.
A divida agora anda pelos 330-360bilioes. Se tivesse o valor X antes do bailout, sabemos que os dois bailouts totalizaram 240 bilioes e foi feito um haircut de 60% a X, de modo que neste moment (não contando reembolsos e novas emissoes que devem mais ou menos equilibrar) temo 0,4X+240, e X anda entaão pelos 225-300 bilioes.
Que raio de plano fi esse que era suposto reequilibrar as contas conseguinda a proeza de simultaeamente aumentar divida entre 60-a00bilioes e reduzir PIB em 25%?
Para onde foi o dinheiro? Capitalizar bancos?
Ainda vamos ver que bancos franceses e alemaes aceitarem haircut porque tinam outros contratos tipo swap onde foram buscar o resto.

Em Portugal temos a mesmo situação mas menos expressiva e não houve haircut.



Foi para déficits. E possivelmente (como em Portugal) para dívida escondida que agora apareceu.

Não existe grande surpresa nisso. O ajustamento NÃO é instantâneo, e portanto enquanto dura vai-se criando mais e mais dívida. Por isso é que quem acha que o ajustamento deveria ser mais suave ainda está a cometer um erro ao pensar que seria de alguma forma mais sustentável se o fosse.

O problema é que em % quase não corrigiu défice nenhum. Por isso não se percebe muito bem que plano teré sido feito para equilibrar as finanças (com metas a 5 anos).

Lark

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1095 em: 2015-02-18 20:12:15 »
The Opinion Pages | EDITORIAL

Give Greece Room to Maneuver
By THE EDITORIAL BOARDFEB. 17, 2015

Greece’s lenders, most notably Germany, insist that they are defending important principles: a country must pay its debts, and the long-term success of the euro depends on everyone abiding by the rules.

That might sound fine in principle, but it rejects reality when the country and the euro are at stake, as they are in the negotiations between Greece and the 18 other eurozone governments, which came to a grinding halt on Monday. The dangerous possibility of a Greek default and a crisis in the euro system have become very real.


The immediate issue is an extension of the 240 billion euro  bailout, about $273 billion, which expires on Feb. 28. Eurozone finance ministers say Greece must agree to an extension on existing terms and must do so by Friday to give all governments time to approve it. An extension would immediately unlock €7 billion, but the newly elected government of Prime Minister Alexis Tsipras, which was represented at the negotiations by the pugnacious finance minister, Yanis Varoufakis, refused to extend the program and instead is seeking a bridge loan while a new and less punishing bailout is negotiated.

The lenders have declared that if Greece signs on to an extension, a new accord can be promptly reached to soften the austerity terms. Mr. Varoufakis has dismissed such pledges as “nebulous.” The existing program, he said, was “part of the problem, not part of the solution,” and his government was elected to challenge it. From the other side, the German finance minister, Wolfgang Schäuble, accused the Greek government of behaving “pretty irresponsibly.”

Whatever the “troika” of the European Commission, the European Central Bank and the International Monetary Fund thinks it has the right to demand, there is no question that the austerity program has proved to be deeply flawed and has effectively made it impossible for the country to pay off its formidable debt.

Yes, Mr. Tsipras made some hard-to-keep campaign promises, like increasing the minimum wage, reducing taxes or rehiring public employees, and Mr. Varoufakis’s voluble style is not what Brussels is accustomed to. But the Greek leaders have made clear over the past week that they are prepared to keep much of the existing reform program in place, and they have a mandate to wage a real battle against corruption and tax avoidance.

The ideas Greece has reportedly floated in Brussels — like the bridge loan or keeping the primary budget surplus (a surplus excluding interest payments) at the current rate of about 1.5 percent of G.D.P. — deserve more than the brusque dismissal they were given. And if some deadlines need to be moved and some agreements changed, it would not be the first time this happened in Brussels.

However much the eurozone ministers may find it difficult to make concessions to a nation they perceive as profligate and ungrateful, they must come to grips with the fact that cutting Greece some slack now is the only good choice they have.

nyt
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So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

tommy

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1096 em: 2015-02-18 20:27:23 »
Que crónica mais fraca.

Já andamos a dar espaço de manobra aos caloteiros desde 2010, e depois de chegar a 2015, ainda querem mais espaço?
Conversa de vigarista. Claro está aqui colocada pelo advogado dos caloteiros vigaristas, Lark.

Lark

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1097 em: 2015-02-18 20:37:45 »
Que crónica mais fraca.

Já andamos a dar espaço de manobra aos caloteiros desde 2010, e depois de chegar a 2015, ainda querem mais espaço?
Conversa de vigarista. Claro está aqui colocada pelo advogado dos caloteiros vigaristas, Lark.

sim, é só o editorial do New York Times de hoje.
os teus dotes de crítica literária tb deixam muito a desejar.

L
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Franklin D. Roosevelt

tommy

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1098 em: 2015-02-18 20:42:52 »
Que crónica mais fraca.

Já andamos a dar espaço de manobra aos caloteiros desde 2010, e depois de chegar a 2015, ainda querem mais espaço?
Conversa de vigarista. Claro está aqui colocada pelo advogado dos caloteiros vigaristas, Lark.

sim, é só o editorial do New York Times de hoje.
os teus dotes de crítica literária tb deixam muito a desejar.

L

ó caloteiro, se está no nyt, significa que passa a ser axioma?
não sejas vigarista.

Zenith

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Re:Investir na Grécia
« Responder #1099 em: 2015-02-18 20:43:37 »
The Opinion Pages | EDITORIAL

Give Greece Room to Maneuver
By THE EDITORIAL BOARDFEB. 17, 2015

Greece’s lenders, most notably Germany, insist that they are defending important principles: a country must pay its debts, and the long-term success of the euro depends on everyone abiding by the rules.



nyt


Essa tem piada, quando foi a Alemanha a primeira a infringir as regras

Citar
Germany Undermines the Treaty

In 2002, the German government had other things on its mind than examining Greece's public finances. It was having troubles of its own, with the European Commission threatening to send a warning to Berlin. Germany was expected to borrow more than had been forecast, thereby exceeding the allowed 3 percent of GDP limit for its budget deficit. The result was not, however, an example of German fiscal discipline and exemplary adherence to European rules, but a two-year battle by the Schröder administration against the slap on the wrist from Brussels.

Few within the European Commission openly criticized the loosening of the Maastricht rules. And the Germans, together with the French -- both facing the threat of an excessive debt procedure -- were too busy undermining the Maastricht Treaty. The two countries, determined not to submit to sanctions, managed to secure a majority in the EU's Council of Economic and Finance Ministers to cancel the European Commission's sanction procedure. It was a serious breach of the rules whose consequences would only become apparent later.

The German-French initiative effectively did away with the Stability and Growth Pact, which the Germans had forced their partners to sign. The consequences were fatal. If the two biggest economies in the euro zone weren't abiding by the rules, why should anyone else?


publicado np Der spiegel e não num pasquim dos PIGS :D

A melhor maneira de assegurar o sucesso do Euro (bem depende do conceito de sucesso de cada um) é mostrar que Euro  é moeda da Zona euro e não moeda da Alemanha á qual as outras moedas estão indexadas.
« Última modificação: 2015-02-18 20:44:27 por Zenith »