Assim que moderarem o discurso o dinheiro aparece. Mas parecem mais preocupados com a imagem (sem gravata e camisas de fora) do que com os resultados (solução equilibrada para os problemas).
Toda a Europa já percebeu que das medidas dos últimos anos, nem todas tiveram o efeito desejado. Mas também entre os países ajudados, os gregos primaram por não cumprir grande parte do acordado e ainda assim ficaram numa situação pior do que os que implementaram a maioria dos programas.
A Europa quer ajudar. Os Gregos precisam de ajuda. Moderem a linguagem e o show off e as soluções aparecerão. Se não aparecerem os principais prejudicados serão os Gregos. E o Tsipras surgirá como o guerreiro do século XXI a lutar contra toda a Europa. Isolado, a defender o seu povo, contra o mundo. Se ganhar será o guerreiro vitorioso. Se perder será o mártir, sacrificado a defender os seus.
Faz-me lembrar um episódio de uma série norte americana: O presidente dos EUA é chantagiado pelo vice-presidente para atacar uma parte de Angola, caso contrário morre a amante do presidente. O presidente cede. No primeiro dia de ataque morrem 30 soldados americanos.
Moral da estória: para salvar os seus interesses pessoais (a sua amante) o presidente não só cede a chantagens, como "troca" "uma vida" pela "vida de dezenas" (ou centenas, ou milhares) de americanos numa suposta guerra. É apenas ficção, mas não consigo deixar de encontrar paralelismo com Tsipras. Enfeitiçado pelo ego de "new kid on the block" poderá causar mais dano do que benefício. Espero que a ficção não se torne realidade.