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Autor Tópico: Os imbecis que destruíram Portugal  (Lida 131283 vezes)

Automek

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #200 em: 2013-10-18 09:21:59 »
Esta Teresa Ricoh é a do Chapitô ?

itg00022289

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #201 em: 2013-10-18 12:19:59 »
Um dos esquemas do Rendeiro:

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O negócio de venda ao Banco Privado Português (BPP) de obras de arte pertencentes a João Rendeiro, quando este era o presidente, com recurso a uma galeria de arte e a offshores, deu origem à abertura de um novo inquérito judicial.

O produto do negócio serviu para Rendeiro participar no aumento de capital da Privado Financeiras (PF) — operação que vai a julgamento e envolve mais dois arguidos, ex-gestores do BPP, Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital — "sem despender" dinheiro seu.

O Ministério Público (MP) já admitiu existir perigo de fuga dos três arguidos, que são banqueiros e conhecem a alta finança internacional, tendo detectado movimentos financeiros envolvendo países sem acordos de extradição com Portugal. As autoridades alertam para as viagens frequentes de Rendeiro a Singapura, Rússia e Dubai. No caso de Paulo Guichard, que declarou insolvência e, tal como Oliveira Costa, se divorciou, o MP encontrou em sua casa "planos escritos" para se casar com uma cidadã cabo-verdiana, planos que substituiu por uma cidadã brasileira. Hoje vive em Ipanema, no Rio de Janeiro, e tem nacionalidade brasileira.

Na segunda-feira, o juiz Carlos Alexandre confirmou a decisão do Ministério Público, que acusa João Rendeiro de burla qualificada em co-autoria com Paulo Guichard e Fezas Vital, por envolvimento "fraudulento" na condução do aumento de capital, de 100 para 200 milhões de euros, da Privado Financeiras (PF), em Março de 2008. Os arguidos terão ocultado dos outros investidores da PF a verdadeira situação da sociedade, criada para investir no BCP. Na altura, o veículo já estava tecnicamente deficitário, com uma dívida de 200 milhões de euros ao JP Morgan e um descoberto no BPP de 50 milhões.

Cinco milhões em prémios
No ponto referente à "concretização do aumento de capital" da PF, formalizado a 2 Abril de 2008, em Bruxelas, a acusação do MP revela o "caminho" usado pelos arguidos para "arrastarem" particulares (a maioria clientes do BPP) para a operação — um esquema que levantou dúvidas aos investigadores e acabou na abertura de um novo inquérito judicial.

No documento lê-se que Rendeiro, Guichard e Fezas Vital investiram a título pessoal no aumento de capital da PF com o objectivo de "não descredibilizar o veículo e obstar a que os restantes investidores interpretassem a sua não-adesão como um sinal de que não seria uma boa opção financeira". Mas, por terem "pleno conhecimento da difícil situação financeira" da PF "e do risco de se perder todo o capital investido", os três ex-gestores optaram por não "despenderem liquidez sua". Assim, na sua qualidade de administradores do BPP, atribuíram-se a si próprios, "antecipadamente [um ano antes do que seria normal] e sem que estivessem reunidas as condições para tal", prémios superiores a cinco milhões de euros, que receberam a poucos meses do banco entrar em colapso.

O MP explica que, no caso de Rendeiro, como o bónus (2,353 milhões de euros) não chegava para completar os três milhões de euros que aceitou subscrever no aumento de capital da PF, angariou a restante verba alienando ao BPP "obras de arte" que lhe pertenciam. Para "ocultar o facto de, nessa venda, figurar como vendedor do adquirente BPP", a que presidia, fez "intervir na transacção, como intermediária", a sociedade Cristina Guerra - Galeria de Arte. Assim, a 25 de Fevereiro de 2008, a galerista adquiriu-lhe (sem pagar de imediato) as obras de arte (1.704.500 euros), que vendeu no dia seguinte ao BPP (mediante ordem de Rendeiro e "acordo" de Fezas Vital) por mais 131 mil euros. Mas o negócio só foi concretizado a 6 de Março, quando o banco pagou à galerista 1.828.246 euros. Só então Cristina Guerra reembolsou Rendeiro, que reenviou a verba (1.704.500 euros) para uma conta do BPP, em Delaware, pertencente a uma sociedade offshore, a Corbes Group, do banqueiro.

No passo seguinte, Rendeiro deu nova ordem, agora transferindo 610 mil euros da conta em Delaware para outra nas ilhas Caimãs, associada a uma outra offshore, a Telesis Holding, que lhe pertence. De acordo com o MP, os três milhões de euros investidos pelo ex-banqueiro foram retirados da conta nas Caimãs.

Colapso e falência
O PÚBLICO tentou obter esclarecimentos junto de Fátima Godinho, da Carneiro Pacheco & Associados, que apoia cerca de 20 queixosos que pediram indemnizações aos três arguidos, mas esta alegou estar impedida de comentar processos em julgamento. Os ofendidos estão a reclamar em tribunal uma caução económica de sete milhões de euros, tendo o MP juntado mais 3,5 milhões, em resultado não só da gravidade do crime, mas também pelo facto de Rendeiro, Paulo Guichard e Fezas Vital terem sido banqueiros durante um período "longo de vida" e com conhecimento do meio. Estão referenciados cerca de 40 ofendidos no caso BPP que alegam ter tido um prejuízo global à volta de 50 milhões pela participação no aumento de capital da PF, mas só cerca de metade (apoiados por Fátima Godinho) vieram reclamar compensações em tribunal.

Com 600 accionistas e cerca de três mil clientes, o BPP funcionou desde a constituição, em 1996, até entrar em colapso, em Dezembro de 2008, como gestor de fortunas. Erros de gestão, incumprimento das regras do BdP e da CMVM, e actos, alegadamente, ilícitos ditaram a falência em 2010.

No núcleo central de accionistas de referência do BPP, para além do próprio Rendeiro (com 12%), constavam, entre outros, nomes como os de Francisco Balsemão (Impresa), que presidia ao Conselho Consultivo, de Nuno Vasconcelos (Ongoing), de Diogo Vaz Guedes, de Stefano Saviotti ou de Joaquim Coimbra (também accionista da SLN/BPN). Nos órgãos sociais tinham assento, por exemplo, o actual ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, o advogado José Miguel Júdice (que presidia à Assembleia Geral), António Pinto Barbosa (presidente do Conselho Fiscal), João de Deus Pinheiro, António Nogueira Leite, Álvaro Barreto ou João Cravinho.

http://www.publico.pt/economia/noticia/rendeiro-tem-novo-inquerito-judicial-devido-a-venda-de-quadros-ao-bpp-1609554

jeab

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #202 em: 2013-10-25 17:44:42 »
É estas merdas que me tiram do sério ... andam a mamar desde a década de 70, porque "havia muito trabalho" e claro ficou mais um direito adquirido ... dasss há sempre mais uns iguais que outros e eu a pagar para esta corja ...  >:(


Deputados contrariam Governo e protegem regime próprio dos funcionários parlamentares

O Conselho de Administração da Assembleia da República quer travar a intenção do Governo, protegendo o regime próprio dos funcionários parlamentares.

O Conselho de Administração da Assembleia da República, do qual fazem parte deputados de todos os grupos parlamentares, apresentou uma proposta de alteração à Lei do Orçamento do Estado que na prática impede a eliminação do Estatuto dos Funcionários Parlamentares aí prevista.

 

A informação foi anunciada esta tarde pelo Presidente da Comisão de Orçamento, Eduardo Cabrita, que anunciou que foi essa a primeira proposta de alteração à Lei do Orçamento a dar entrada no Parlamento.

 

O Governo pretendia eliminar este estatuto, o que implicaria que os funcionários parlamentares ficassem sujeitos às regras laborais gerais da Função Pública. Esta não é, aliás, a primeira vez que o tenta fazer. Isso aconteceu já em 2011 e, depois, novamente em 2012. Na primeira vez chegou mesmo a ser anunciado um pré-aviso de greve, que levaria o Governo a recuar. No ano passado foram as Finanças que recuaram, já que estariam em curso negociações no sentido de rever as regras desta carreira especial. Desta vez, segundo adiantou o semanário Sol, a possibilidade de um novo pré-aviso de greve voltou a estar sobre a mesa.

 

 

Os funcionários parlamentares têm algumas especificidades, nomeadamente o facto de além de uma remuneração base, terem também uma remuneração suplementar, à laia de horas extraordinárias. Isto porque, explicou também o Sol, estas regras são muito antigas, foram implementadas no final da década de 70, numa altura em que havia muito trabalho e pagar horas extraordinárias acabava por sair mais caro ao orçamento do Parlamento. Também o número de dias de férias pode chegar aos 28 dias úteis.

 

Com a aprovação da proposta de alteração, que parece ser apoiada por todos os grupos parlamentares, os funcionário do Parlamento ficam a salvo desta revogação, mantendo o seu regime próprio, com os benefícios que lhe são inerentes.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/deputados_contrariam_governo_e_protegem_regime_proprio_dos_funcionarios_parlamentares.html
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Zenith

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #203 em: 2013-10-25 20:04:07 »
Uma greve dos funcionários do parlamento era uma boa maneira dos deputados mostrarem ao povo que fazem alguma coisa, e são capazes de manter um funcionamento eficiente em situações de crise.
Com 230 deputados acho que seria relativamente facil organizarem-se para assegurar todas as funções que viabilizem trabalhos paralamentares.
Seria um bom teste.

Automek

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #204 em: 2013-10-25 20:23:51 »
Sabem lá os deputados como é que se tira uma fotocópia e onde é que estão guardadas as águas.  :D

JoaoAP

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #205 em: 2013-10-26 00:18:35 »
A culpa é de quem vota neles...
As alternativas nas autárquicas ... e algumas bem válidas, como na minha freguesia, ficaram em 3º...
o pessoal continua a votar nos partidos...

Ora, tem de partir das bases os independentes para depois chegar à AR...
força.... vamos começar por baixo ...
façam publicidade... candidatem-se ... etc...

Mystery

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #206 em: 2013-12-13 13:31:50 »
as "reformas estruturais" são exactamente o quê?
A fool with a tool is still a fool.

Incognitus

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #207 em: 2013-12-13 13:34:15 »
as "reformas estruturais" são exactamente o quê?

São "cortar nos outros".  :D
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

valves1

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #208 em: 2013-12-13 19:36:10 »
A U.E vai permitir que nao seja necessario fazer a reforma do estado nem sequer aplicar os cortes legislados pelo governo atualmente em aprovacao pelo T.C.
Nao vao haver reformas estruturais nenhumas ...
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

itg00022289

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #209 em: 2013-12-16 10:46:17 »
Um caso que tem potencialidades para mandar algumas pessoas ao charco.

também mostra bem a importância do networking

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Agostinho Branquinho ganhou concurso para o programa de Relvas que está a ser investigado pelo MP

JOSÉ ANTÓNIO CEREJO 16/12/2013 - 07:25
Actual secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social assegurou promoção do Foral ao vencer concurso marcado por excepções e surpresas. Caderno de encargos foi violado por Branquinho. Aguiar Branco esteve ligado à NTM durante anos.



 A campanha de comunicação do programa Foral, no valor de quase 450 mil euros, foi adjudicada em 2002 a uma empresa de publicidade detida exclusivamente por Agostinho Branquinho, antigo deputado do PSD e actual secretário de Estado da Segurança Social. José Pedro Aguiar-Branco, agora ministro da Defesa, tornou-se presidente da assembleia geral pouco depois da adjudicação.

O Foral, que tinha sido criado com fundos europeus para promover a formação profissional dos funcionários das autarquias, era gerido por Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local de Durão Barroso.

O grosso do negócio da formação financiado pelo Foral entre 2002 e 2004, tal como o PÚBLICO revelou no final do ano passado, foi parar às mãos da Tecnoforma, uma empresa que chegou a ter Passos Coelho como administrador e está a ser investigada pelo Ministério Público (DCIAP e DIAP de Coimbra) e pelo gabinete de luta antifraude da Comissão Europeia.

A adjudicação da campanha de divulgação do Foral foi feita na sequência de um concurso público internacional lançado por iniciativa de Miguel Relvas, de acordo com uma metodologia excepcional que nunca tinha sido usada até então e que nunca mais voltou a ser posta em prática.

Preço mais alto e fraca capacidade técnica
A concurso compareceram nove empresas de publicidade, parte das quais se encontravam entre as maiores do país. Seis foram imediatamente excluídas — sem as suas propostas serem sequer apreciadas —, sendo que quatro delas foram afastadas por falta de capacidade financeira, uma por falta de capacidade financeira e técnica e outra por falta de capacidade técnica.

Entre as cinco excluídas por insuficiência financeira encontrava-se a subsidiária de um gigante internacional que ocupava o terceiro lugar na lista das 30 maiores empresas de publicidade do mercado português, a McCann Erickson Portugal (52 milhões de euros facturados em 2001) e a Caixa Alta então em 16º lugar no mesmo ranking da Associação Portuguesa de Agências de Publicidade e Comunicação (13,6 milhões nesse ano).

Concluída a fase de selecção prévia das propostas, sobraram a NTM de Agostinho Branquinho, que não constava sequer daquele ranking e somou uma facturação de 3,7 milhões de euros em 2001, a WOP e a Spirituc. A NTM foi a que apresentou o preço mais elevado — 375 mil euros mais IVA, contra os 266 mil da WOP (a segunda classificada no final do concurso) e os 348 mil da Spirituc (a que ficou em último lugar).

A NTM, por outro lado, era a que, na avaliação do júri, tinha a mais baixa capacidade técnica entre as três concorrentes admitidas, mas foi a que ficou à frente na análise da qualidade das propostas, sendo que este critério contava com 70% para a classificação final e o preço apenas com 30%.

Feita a análise das três propostas apenas com base em critérios subjectivos, o júri propôs a adjudicação do serviço à NTM por 447 mil euros (375 mil mais IVA) em Dezembro de 2002 — decisão essa que foi homologada por Relvas dias depois. Como sucede habitualmente neste género de concursos, nenhuma das empresas excluídas, nem as que foram classificadas em segundo e terceiro lugar, recorreram da decisão final.

Contactado pelo PÚBLICO no sentido de esclarecer as numerosas questões suscitadas pela adjudicação deste negócio à NTM, Agostinho Branquinho pediu que as perguntas lhe fossem dirigidas por escrito. As respostas, porém, ignoram a maior parte das perguntas. Em todo o caso, o actual secretário de Estado nega que a NTM fosse uma empresa de segunda linha no mercado da publicidade, garantindo que ela “estava no topo da liderança, em termos de facturação, das empresas do sector com capitais exclusivamente nacionais”.

O ranking das 30 maiores do sector mostra contudo que, além de ela não integrar esse pelotão, lá se encontravam muitas empresas de capitais exclusivamente nacionais. Era o caso, entre outros, da Caixa Alta, da Opal, do Grupo Barro e da Rasgo, todas elas com vendas, em 2001, duas a cinco vezes superiores às da NTM.

Agostinho Branquinho assegura também que o júri do concurso ganho pela NTM era composto por “várias personalidades, entre as quais os cinco presidentes das comissões de coordenação regionais” — actuais comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR). Na verdade, conforme o comprova o processo do concurso consultado pelo PÚBLICO, nenhum deles fazia parte do júri, cuja nomeação coube à secretaria de Estado de Miguel Relvas. Entre os seus sete membros figuravam dois representantes da secretaria de Estado e um elemento de cada cinco CCDR (Lisboa e Vale do Tejo, Centro, Norte, Alentejo e Algarve), todos eles chefes de divisão e directores de serviços.

Uma solução excepcional
De acordo com vários técnicos e ex-dirigentes das CCDR, entidades que executam no terreno os programas dos fundos europeus, os regulamentos comunitários contemplam normalmente verbas para a divulgação desses programas. A prática que vigorava até então era a de que as respectivas campanhas de comunicação fossem lançadas no âmbito das CCDR, promovendo cada uma delas o seu concurso, assumindo os custos da comparticipação nacional da campanha, e adjudicando o contrato correspondente.

No caso do Foral, Miguel Relvas entendeu lançar um único concurso e escolher uma única empresa para o publicitar a nível nacional — coisa que, independentemente de possíveis vantagens para a divulgação do programa, permitiria ao vencedor ficar com a totalidade do bolo, em vez de se sujeitar a cinco concursos com júris diferentes e ficar com menores probabilidades de facturar a totalidade do negócio. Para isso, Relvas recorreu a uma figura prevista na lei, mas nunca usada até então, a do agrupamento de CCDR, cuja constituição liderou e formalizou através da celebração de um protocolo entre as cinco comissões e a Secretaria de Estado da Administração Local.

Nos termos desse protocolo, assinado no Verão de 2002, a CCDR de Lisboa e Vale do Tejo assumiu a direcção do agrupamento e a secretaria de Estado responsabilizou-se, com recurso às verbas afectas ao gabinete de Relvas, pela contrapartida nacional do custo da campanha, no valor de 37,5% do total — cerca de 128 mil euros. O recurso ao orçamento da secretaria de Estado foi a solução, também ela excepcional, encontrada para que o concurso pudesse avançar de imediato, apesar das limitações orçamentais das CCDR.

O protocolo refere que “a montagem e operacionalização de uma campanha de comunicação que promova a imagem do programa Foral” adquiria um “interesse estratégico”, face à reduzida adesão que o programa motivara até então. O texto especifica que a aquisição dos  serviços da campanha “será precedida de um único concurso e será objecto de um único contrato”.

Na opinião de António Fonseca Ferreira, à época presidente da CCDR-LVT — que não acompanhou os trabalhos do júri do concurso ganho pela NTM, nem a elaboração do caderno de encargos e do programa de concurso —, a ideia do agrupamento não era má. “Do ponto de vista administrativo era um bom caminho porque evitava a realização de cinco concursos diferentes e facilitava a monitorização do contrato, mas era realmente uma solução excepcional”, refere aquele militante socialista. “Pelo que me lembro até houve um bom trabalho da empresa contratada”, acrescentou.

Já este mês, a presidência da CCDR-LVT comunicou ao PÚBLICO, por escrito, que aquela comissão nunca participou em qualquer agrupamento do género, com excepção do que foi constituído para o concurso do Foral.

O papel do gabinete de Relvas
Outros ex-responsáveis de algumas CCDR ouvidos pelo PÚBLICO garantem todavia que neste caso não foi só o recurso ao mecanismo do agrupamento que foi excepcional. Apesar de o concurso ser formalmente da responsabilidade das CCDR, quem assumiu o controlo de todo o processo, salientam, foi Miguel Relvas, através do seu chefe de gabinete Paulo Nunes Coelho e da sua adjunta Susana Viseu.

Já com o actual Governo, Paulo Nunes Coelho — que presidiu uma associação (Construir uma Alternativa) criada em 2008 para organizar a primeira candidatura de Passos Coelho à liderança do PSD — foi chefe de gabinete do secretário de Estado do Ordenamento do Território Pedro Afonso de Paulo, entre 2011 e Fevereiro deste ano, e em Julho foi nomeado adjunto de Marco António Costa, dias antes deste deixar o Governo para se tornar coordenador nacional do PSD e ser substituído por Branquinho.

Susana Viseu é desde 2007 administradora do grupo Fomentinvest, liderado por Ângelo Correia, do qual Passos Coelho também foi administrador, desde o tempo em que trabalhava na Tecnoforma até ir para o Governo.
 
De acordo com várias fontes, tanto o caderno de encargos como o programa do concurso foram elaborados no gabinete do secretário de Estado, sendo que aí não havia qualquer técnico com experiência na área da publicidade e da comunicação.

Fonseca Ferreira confirma que este tipo de documentos exige algum know how no ramo, acrescentando que ele poderá ter sido fornecido através de algum tipo de assessoria técnica. “Mas se isso aconteceu foi através do gabinete do secretário de Estado ou do Núcleo de Coordenação Estratégica do Foral”, uma estrutura que dependia do gabinete de Relvas e era dirigida pelo gestor Rui Azevedo. Este especialista na área da formação assegura, todavia, que o núcleo de coordenação “não teve qualquer intervenção” na preparação do concurso. “O processo foi conduzido ao nível do gabinete do secretário de Estado”, afirma.

Algumas fontes que pedem para não ser identificadas não hesitam, todavia, em afirmar que a NTM acompanhou a preparação do concurso e dispôs de informação que lhe terá permitido, nomeadamente, antecipar a preparação da sua candidatura.

Questionado expressamente sobre a qualidade em que colaborou com o gabinete de Relvas na preparação do caderno de encargos e do programa de concurso, que entre outras coisas estabeleceram os critérios de adjudicação do contrato, Agostinho Branquinho nada respondeu.

Certo é que o nível de elaboração e detalhe, bem como a qualidade dos materiais usados na proposta de Agostinho Branquinho, a primeira a ser entregue, ultrapassava claramente todas as outras oito, embora a capacidade técnica da NTM ficasse muito aquém da maior parte destas — como o júri reconheceu.

Couto dos Santos, principal cliente
Entre os nove concorrentes, a NTM ficou na sétima posição quanto à capacidade técnica, tendo atrás dela apenas dois outros concorrentes que foram excluídos por não satisfazerem as exigências mínimas nesse domínio.

Para avaliação deste requisito, entre outras coisas, os concorrentes tiveram de fornecer informações sobre os principais serviços por eles fornecidos nos últimos três anos e sobre a constituição das equipas destacadas para executar a campanha do Foral. No que concerne à NTM constata-se que naqueles três anos as vendas aos seus principais clientes somaram cerca de 5,2 milhões de euros.

Deste total, 63% (3,3 milhões de euros) correspondem a serviços prestados à Associação Empresarial de Portugal (antiga Associação Industrial Portuense) e às suas subsidiárias Exponor e Europarque. Nessa época a AEP era gerida por Couto dos Santos, o actual deputado do PSD e presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República de quem Agostinho Branquinho foi adjunto entre 1986 e 1988, depois de deixar o Parlamento, quando Couto dos Santos era secretário de Estado e ministro da Juventude de Cavaco Silva.

Entre os principais clientes da NTM no triénio anterior ao concurso do Foral destacavam-se ainda as câmaras de Vila Nova de Gaia e de Valongo. A primeira era presidida por Luis Filipe Menezes e a segunda tinha como vice-presidente Marco António Costa, o homem que Branquinho substituiu em Julho como secretário de Estado da Segurança Social.

Quanto à equipa da NTM, a coordenação era assegurada pelo próprio Branquinho e, logo abaixo, por Ana Santana Lopes, irmã de Pedro Santana Lopes, então vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD e presidente da Câmara de Lisboa.

Mas foi a qualidade técnica da própria proposta que, segundo as actas do júri, acabou por dar a vitória à NTM, com uma classificação final, incluindo o factor preço, de 4,56, contra os 4,20 da WOP, uma empresa que tinha à frente Washington Olivetto, um dos mais importantes publicitários brasileiros, e os 3,37 da Spirituc.

Violação do caderno de encargos
De acordo com os elementos recolhidos pelo PÚBLICO, a avaliação técnica das três propostas não contou com a intervenção de qualquer perito externo, sendo certo que nenhum dos sete membros do júri tinha experiência no campo da publicidade e da comunicação. Embora algumas das CCDR tivessem técnicos dessa área nos seus quadros, nenhum deles integrou o júri ou foi chamado a emitir opinião.

Pouco depois de obtido o visto do Tribunal de Contas, o contrato entre as CCDR e a NTM foi assinado no final de Março de 2002. E a 22 de Maio a campanha de comunicação do Foral, desenhada para se desenvolver ao longo de nove meses, foi oficialmente apresentada numa sessão pública realizada em Faro. Intervenientes: Agostinho Branquinho, como director-geral da NTM e Miguel Relvas, como secretário de Estado da Administração Local.

Passado menos de um mês, Agostinho Branquinho, que era o coordenador da campanha, anunciou a venda da NTM a terceiros não identificados. A operação foi feita através do escritório de José Pedro Aguiar-Branco — o actual ministro da Defesa que presidia à Assembleia Geral da empresa — e logo a seguir, a 26 de Junho, Branquinho renunciou à presidência do conselho de administração.

Das parcas explicações dadas ao PÚBLICO pelo então empresário, destaca-se a afirmação de que deixou de ter qualquer actividade na NTM nessa altura, após o início da campanha do Foral — situação que, a ser exacta, corresponde a uma violação do caderno de encargos do concurso. Com efeito, este exigia a manutenção de Branquinho como coordenador da equipa até ao fim do contrato de nove meses.

“O concorrente obriga-se a manter durante toda a execução do trabalho a equipa técnica apresentada ao concurso, incluindo o coordenador”, lê-se no documento.

“A minha participação em relação à proposta do Programa Foral limitou-se, apenas e tão só, a coordenar a equipa multidisciplinar da NTM que definiu a estratégia e as acções de comunicação a desenvolver, a assinar, na qualidade de então presidente do conselho de administração da empresa, os respectivos contratos públicos, e a intervir numa sessão pública de apresentação do referido programa, uma vez que abandonei toda e qualquer actividade naquela empresa no início do segundo semestre de 2003”, afirma Branquinho.

Várias fontes referem, porém, que o empresário continuou a ter uma forte ligação à sociedade, a qual era dirigida por um amigo e pela então mulher quando cessou a actividade, já afundada em dívidas, há cerca de três anos — altura em que Branquinho e a mulher foram viver para o Brasil.

Susana Viseu, a antiga adjunta de Miguel Relvas que era uma das responsáveis pelo Foral na secretaria de Estado e que fez parte do júri do concurso, confirma também que Branquinho participou em várias reuniões na secretaria de Estado após o início da campanha. “Nem sabia que ele tinha vendido a empresa”, afirma.

O agora secretário de Estado não diz a quem é que vendeu as acções da NTM após ganhar o concurso do Foral, nem explica a nomeação do seu amigo Joaquim Teixeira para a presidência da empresa, cinco anos depois. Aguiar-Branco também não.

http://www.publico.pt/portugal/noticia/agostinho-branquinho-ganhou-concurso-para-o-programa-de-relvas-que-esta-a-ser-investigado-pelo-mp-1616252


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NTM foi dissolvida este ano com um milhão de euros de dívidas
JOSÉ ANTÓNIO CEREJO 16/12/2013 - 07:28
Aguiar-Branco era presidente da Assembleia Geral da empresa de Agostinho Branquinho quando entrou para o Governo.

 Agostinho Branquinho ganhou concurso para o programa de Relvas que está a ser investigado pelo MP
 O homem que não sabia o que era a Ongoing
 Nunca fui pressionada, diz ex-adjunta de Relvas
Criada a partir de duas outras sociedades cujas quotas eram detidas exclusivamente por Agostinho Branquinho e pela primeira mulher, a NTM foi transformada em sociedade anónima em 2003.

O registo da transformação foi efectuado no dia 27 de Março desse ano — precisamente no dia seguinte ao da celebração do contrato de adjudicação da campanha do Foral à empresa. Contrato esse que foi vital para a NTM, numa altura em que, segundo várias fontes, se começava a assistir a um recuo do mercado.

Em resultado da transformação em sociedade anónima, Branquinho ficou como presidente do conselho de administração e o advogado José Pedro Aguiar-Branco, agora ministro da Defesa, como presidente da assembleia geral — lugar que ocupava em muitas outras empresas.

Menos de três meses depois, em meados de Junho, quando a campanha do Foral estava a arrancar, Branquinho anunciou a venda da sociedade e a sua saída da administração, dizendo que a empresa tinha sido comprada por um fundo de investimento espanhol e que ele ficara apenas com 100 acções.

A administração passou a ser assegurada por um profissional de publicidade até aí alheio à NTM, mantendo-se Aguiar-Branco na assembleia geral e passando o lugar de vogal da administração a ser ocupado por uma advogada do seu escritório, Maria de Deus Botelho.

A representação dos novos accionistas, que todos os antigos funcionários da empresa com quem o PÚBLICO falou dizem nunca ter visto nem sabido quem eram, passou a ser também assegurada pelo escritório de Aguiar-Branco. “Os assuntos administrativos e jurídicos eram todos tratados nesse escritório”, diz um deles. Agostinho Branquinho, segundo as mesmas fontes, apesar de formalmente afastado, continuou porém a agir como um “facilitador de negócios” e a ter uma forte ligação à empresa.

A cadeira de administradora ocupada por Maria de Deus Botelho transitou aliás, em 2006, para uma jovem brasileira de 28 anos, Bianca Barboza, que Branquinho tinha levado para a empresa em 2001 e com a qual se veio a casar em 2010. A saída de Maria de Deus Botelho não significou, porém, o corte com a sociedade de Aguiar-Branco. Este foi substituído na assembleia geral por um outro advogado do seu escritório, Francisco Pimentel, mas logo no ano seguinte, em 2007, o actual ministro voltou a esse cargo.

Pouco depois, a NTM começou a entrar em grandes dificuldades, passando a sua administração, no final do ano, a ser presidida por Joaquim Teixeira, um empresário ligado aos negócios da saúde e amigo de Branquinho desde os anos 70 — quando ambos eram funcionários administrativos no Hospital de Vila Nova de Gaia. As dívidas acumularam-se entretanto, ultrapassando um milhão de euros quando o tribunal do comércio declarou a empresa insolvente em meados do ano passado, acabando por determinar a sua liquidação em Julho deste ano.

Em Junho de 2011, precisamente no dia em que o actual Governo tomou posse, Aguiar-Branco renunciou ao cargo que desempenhava, comunicando a sua saída ao fiscal único da empresa, o revisor oficial de contas Virgílio Macedo, deputado e presidente da distrital do Porto do PSD.

O PÚBLICO perguntou a Aguiar-Branco quem eram os accionistas da NTM, mas este respondeu que sendo a empresa uma sociedade anónima a pergunta “deverá ser respondida própria sociedade”. Joaquim Teixeira, o seu último presidente, recusou-se a fazer qualquer declaração.

Um dos credores da empresa, José Carvalho, sócio da Gráfica Vilar do Pinheiro, à qual a NTM ficou a dever 53 mil euros por serviços prestados entre 2007 e 2009, disse ao PÚBLICO que nesse período telefonou várias vezes a Agostinho Branquinho para a Assembleia da República, onde este voltara a ser deputado em 2005, pedindo-lhe o dinheiro. “Respondeu-me que tinha nomeado um administrador para a empresa e que já não era ele quem tratava das coisas, mas que ia falar com o administrador. Não me pagaram nada e tive de ir para tribunal.”

http://www.publico.pt/portugal/noticia/ntm-foi-dissolvida-este-ano-com-um-milhao-de-euros-de-dividas-1616257

Luisa Fernandes

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #210 em: 2013-12-16 11:44:04 »
O Novo Polvo


Só falta termos o PM a fazer rábulas acerca da sua integridade pessoal e de todos os seus.

Afinal todas as garantias de transparência e integridade caem pela base.

O Estado está falido? Perguntem-lhes porquê…


ps- não se esqueçam, este é o melhor governo democrático que já tivemos  :D
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #211 em: 2013-12-16 13:40:44 »
O Novo Polvo


Só falta termos o PM a fazer rábulas acerca da sua integridade pessoal e de todos os seus.

Afinal todas as garantias de transparência e integridade caem pela base.

O Estado está falido? Perguntem-lhes porquê…


ps- não se esqueçam, este é o melhor governo democrático que já tivemos  :D

Já estava falido quando lá chegaram, o que esperas que respondam?
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jeab

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #212 em: 2013-12-30 14:59:54 »
The last feed, de Paula Rego

 Este é um quadro da Paula Rego que esteve exposto em Londres na sua última exposição (jan-março 2013) 'The Dame with the Goat's Foot'

 Uma figura de 'palhaço rico' (onde se reconhece perfeitamente o retrato de Aníbal Cavaco Silva) aparece com um pé no pedestal, a mamar nos seios de uma velha decrépita e aperaltada com um chapéu. O palhaço com a mão esquerda 'coça a micose'.  A Velha pode representar a política, ou a nação. O quadro chama-se 'A Última Mamada'  ('the last feed').

 Apesar de ter tido algum eco nas redes sociais não recordo que tenha havido grandes referências à exposição (ou ao quadro) na imprensa escrita.

 Ainda não se sabe se/quando a exposição virá a Portugal e se o quadro fará parte dela.



http://www.marlboroughfineart.com/artist-Paula-Rego-30.html
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #213 em: 2013-12-30 17:03:27 »
O quadro parece traduzir o incómodo que provoca na Paula Rego estar outro a ocupar a mama ...  :D
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Zakk

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #214 em: 2013-12-30 17:25:05 »
Não inc, acho que a senhora é ela propria.  ;D
Deve sentir que está a ser sugada pelo cavaco hehehehe
« Última modificação: 2013-12-30 17:26:41 por heras »

Zel

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #215 em: 2013-12-31 00:54:23 »
a arte e a politica nao combinam

jeab

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #216 em: 2013-12-31 17:32:26 »
Deputado do CDS conduziu com álcool

João Almeida, deputado do CDS-PP e presidente do Belenenses, vai ser julgado por condução sob excesso de álcool. O parlamentar foi apanhado pelas autoridades ao volante, em 17 de Junho de 2010, em estado de embriaguez, tento o teste acusado uma taxa de álcool no sangue superior a 1,2 g/l, um crime punido com pena prisão até um ano, ou com multa até 120 dias.

João Almeida vai a tribunal em breve, pelo que solicitou o levantamento da imunidade parlamentar para prestar declarações no 4º juízo do Tribunal Criminal de Lisboa. A Comissão de Ética, Sociedade e Cultura da AR autorizou o levantamento da imunidade considerando que o crime em causa não tem cariz político. João Almeida, de 34 anos, é deputado do CDS desde 1999. "Não falo sobre a minha vida pessoal", disse ao CM, João Almeida, quando confrontado com a situação.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/politica/deputado-do-cds-conduziu-com-alcool
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #217 em: 2014-01-08 18:37:28 »


Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.

·        Ano 1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, dá-lhe uma bronca descomunal e até umas reguadas nas mãos e volta tranquilo à aula. Esconde o facto aos pais com medo de apanhar mais. Pronto.

 ·        Ano 2013: É mandado ao departamento de psiquiatria, diagnosticam-no como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra receita  Rivotril. Transforma-se num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz e processam a escola.

 Cenário 2: Luís, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro.

·       Ano 1959: Seu pai tira o cinto e aplica-lhe umas sonoras cinturadas no traseiro. Ao Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra, cresce normalmente, vai à universidade e transforma-se num profissional de sucesso.

  ·        Ano 2013: Prendem o pai do Luís por maus tratos. Condenam-no a 5 anos de prisão e, durante 15 anos deve abster-se de ver seu  filho. Sem o guia de uma  figura paterna, Luís volta-se para a droga, torna-se delinquente e acaba preso numa prisão especial para adolescentes.

  Cenário 3: José cai enquanto corria no recreio da escola, machuca o joelho. Sua professora Maria, encontra-o a chorar e abraça-o para o confortar...

·        Ano 1959: Rapidamente, José sente-se melhor e continua a brincar.

  ·        Ano 2013: A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam a escola por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois processos. Maria renuncia à docência, entra em depressão aguda e suicida-se...

  Cenário 4: Disciplina escolar

·        Ano 1959: Fazíamos barulho na aula... O professor dava-nos dois berros e/ou encaminhava-nos para a direcção; chegados a casa, nosso pai castigava-nos sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.

  ·        Ano 2013: Fazemos barulho na aula. O professor pede-nos desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. O nosso pai vai à escola fazer queixa do professor e para consolar o filhinho compra-lhe uma moto.

  Cenário 5: Horário de Verão.

·        Ano 1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.

  ·        Ano 2013: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A sofremos transtornos de sono, depressão, falta de apetite, nas mulheres aparece até celulite.

  Cenário 6: Fim das férias.

·       Ano 1959: Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fiat, é hora de voltar após 15 dias de sol na praia. No dia seguinte trabalha-se e tudo bem.

  ·        Ano 2013: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e sofremos da síndrome do abandono, "panic attack", seborreia, e ainda precisamos de mais 15 dias de readaptação...

    Cenário 7: Saúde.

·        Ano 1959: Quando ficávamos doentes, íamos ao INS aguardávamos 2 horas para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos.

  ·        Ano 2013: Pagamos uma fortuna por um plano de saúde. Quando fazemos uma distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a 3 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que é cancro, indica-nos um amigo dermatologista que pede uma biópsia, e indica-nos um amigo oftalmologista porque acha que temos uma deficiência visual.  Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais 15 consultas, melhoramos da distensão muscular.
  Cenário 8: Trabalho.

·        Ano 1959: O funcionário não trabalhava. Levava uma descompostura do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.

  ·        Ano 2013: O funcionário não trabalhava é abordado gentilmente pelo chefe que lhe pergunta se ele está passando bem. O funcionário acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que é multada, o funcionário é indemnizado e o chefe é demitido.

  Cenário 9: Assédio.

·        Ano 1959: A colega recebe um piropo de Ricardo. Reclama, faz charminho mas fica envaidecida, saem para jantar, namoram e casam-se.

  ·         Ano 2013: Ricardo admira as pernas da colega quando ela nem está a olhar, ela o processa por assédio sexual, ele é condenado a prestar serviços comunitários. Ela recebe uma indemnização, terapia e proteção paga pelo estado.
« Última modificação: 2014-01-08 18:37:51 por jeab »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

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Luisa Fernandes

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #218 em: 2014-01-11 19:37:45 »
Goldman Sachs vai dar um "posto de luxo" a José Luís Arnaut para o premiar pelas portas que lhe abriu em Portugal, empresa essa que causou muita "destruição" no país.

A GS é hoje a maior acionista dos CTT e José Luís Arnaut "esteve em todas as privatizações, ora do lado do Estado, ora do lado dos privados", além dos correios, o caso da REN ou da EDP.

A Goldman Sachs é "uma das instituições financeiras responsáveis pela crise" que Portugal vive,"vendeu swaps tóxicos a empresas públicas portuguesas e depois o Governo resolveu contratar para assessorar o regresso aos mercados".


"Esta defesa dos interesses das instituições financeiras internacionais contra o país que vemos premiada nesta contratação é a marca de um governo que todos os dias atenta contra quem vive neste pais".
 
Na sexta-feira, o banco norte-americano anunciou que escolheu o ex-ministro-adjunto de Durão Barroso para o conselho consultivo internacional da instituição.

JNeg.
« Última modificação: 2014-01-11 19:47:38 por Luisa Fernandes »
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #219 em: 2014-01-11 19:45:44 »


Isto só vem confirmar o tipo de gente que nos tem governado e a sua natureza ideológica.
 Fiquei a pensar quantos governantes da Grécia, Irlanda e outros países intervencionados, teriam tido o mesmo tipo de discurso que estas criaturas.
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