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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 655674 vezes)

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2740 em: 2014-12-19 09:53:46 »
Tal como no BPN, a determinado momento já devia ser muita gente diferente a roubar. Tornou-se uma cultura.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2741 em: 2014-12-20 00:28:06 »
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Comissão de Inquérito ao caso Espírito Santo - Todos acusam Salgado, ninguém o defende

Na Comissão Parlamentar de Inquérito, toda a gente fala de Ricardo Salgado. Responsabilizando-o. Isolando-o.
 
Pedro Santos Guerreiro |
 
O centro disto tudo Ricardo Salgado é o nome de quem todos os outros nomes falam

"Não venho cá colocar-me na posição de vítima", Ricardo Salgado

 É bem verdade que Álvaro Sobrinho não vinha para achincalhar e que José Manuel Espírito Santo não quis ser árbitro, preferindo que fossem os deputados a fazer o julgamento - político - do caso. Mas as primeiras semanas da Comissão Parlamentar de Inquérito convergiram todas para uma espécie de "culpado disto tudo": Ricardo Salgado


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/todos-acusam-salgado-ninguem-o-defende=f903529#ixzz3MORJ4P5v

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2742 em: 2014-12-20 22:03:28 »
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Duas entidades do GES/BES mexeram com milhões sem que se saiba porquê
   
Texto integral:

http://www.publico.pt/economia/noticia/as-duas-entidades-que-mexeram-com-milhoes-e-que-a-comissao-de-inquerito-ao-besges-ainda-nao-percebeu-para-que-1680017?page=-1

Os mistérios chamam-se BESA Actif e a ES Enterprise.
« Última modificação: 2014-12-20 22:03:45 por Batman »

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2743 em: 2014-12-24 08:54:09 »
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Quando a família Espírito Santo quis mudar Salgado - e depois recuou

Chama-se "protocolo", foi assinado em outubro de 2013 por seis líderes da família para depor Ricardo Salgado mas acabou guardado num cofre até que o Expresso o revelou em novembro. Leia aqui o documento na íntegra.

http://expresso.sapo.pt/especiais/BES/DOC121.pdf

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/quando-a-familia-espirito-santo-quis-mudar-salgado-e-depois-recuou=f903872#ixzz3Mnt7kOiQ

Raposo Tavares

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'Não existe empreendimento mais custoso do que querer precipitar o curso calculado do tempo. Evitemos portanto dever-lhe juros.'
in: Aforismos sobre a Sabedoria de Vida, Arthur Schopenhauer

"Se um homem tiver realmente muita fé, pode dar-se ao luxo de ser céptico."
in: Citações e Pensamentos, Friedrich Nietzsche

"O ar quando não é poluído, é condicionado."
in: Jô Soares (conhecido humorista brasileiro)

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2745 em: 2014-12-30 00:47:44 »
Tendo presente a capitalização bolsista do BCP e do BPI está a ficar mais difícil um bom preço para o Novo Banco....

Market Cap
BCP          3.7B€
BPI           1.4B€
NOVO BANCO = (aprox) ao BCP e 2xBPI, logo:
NOVO BANCO = 3.7B€ e 2.8B€, logo terá valor de 3.25B€, com desconto de 25%, chegamos a 2.4B€

Estimo preço de compra entre 2.1 e 2.7B€.

JoaoAP

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2746 em: 2014-12-30 14:04:35 »
Acho que o Paulo Morais identificou pelo menos duas saídas de dinheiro... isto é, para onde foram determinados valores...mas não encontro agora o texto.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2748 em: 2015-01-05 10:18:19 »
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Audições na Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão do BES e do GES 

6 a 13 de janeiro 

A Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão do BES e do Grupo Espírito Santo realiza as seguintes audições:

Dia 6

     9h – José Manuel Macedo Pereira, ROC e auditor do GES

   15h – João Rodrigues Pena, CEO da Rioforte

 Dia 7

    16h – José Carlos Cardoso Castella, controller financeiro do GES


 

Dia 8

    16h – Machado da Cruz, contabilista do BES /comissaire aux compte da ESI e EUROFIN

 


Dia 13
      9h -- Isabel Almeida por ter exercido funções de direção no BES

 

           
Aceda às gravações das audições em  http://www.canal.parlamento.pt/arq/XII/SL4/arq_com.html#cipbes
 

gaia

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2749 em: 2015-01-05 15:33:46 »

itg00022289

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2750 em: 2015-01-06 13:00:35 »
Mais uma pérola ...

http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=2139


O homem é tão bom q até dá pena ter sido multado...

valves1

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2751 em: 2015-01-06 18:16:23 »
 o facto de o  crédito da OAK FINANCE ao BES deveria ser registado no “banco mau” pode ser uma decisao politica contra a GS
, o Banco de Portugal e o governo em Portugal sao exactamente a mesma coisa, tera esta medida sido uma retaliacao contra a G.S que como disse o autor do texto e uma especie de banco de regime dos EUA e que estara por de tras de algumas decisoes recentes penalizadoras da banca portuguesa ?
em todo o caso esta e mais uma decisao lamentavel de um banco de Portugal/governo  ja algo descredibilizados  na comunidade internacional ?
« Última modificação: 2015-01-06 18:18:35 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2752 em: 2015-01-06 22:17:21 »
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Audições na Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão do BES e do GES 

6 a 13 de janeiro 

A Comissão Parlamentar de Inquérito à Gestão do BES e do Grupo Espírito Santo realiza as seguintes audições:

Dia 6

     9h – José Manuel Macedo Pereira, ROC e auditor do GES

   15h – João Rodrigues Pena, CEO da Rioforte

 Dia 7

    16h – José Carlos Cardoso Castella, controller financeiro do GES


 

Dia 8

    16h – Machado da Cruz, contabilista do BES /comissaire aux compte da ESI e EUROFIN

 


Dia 13
      9h -- Isabel Almeida por ter exercido funções de direção no BES

 

           
Aceda às gravações das audições em  http://www.canal.parlamento.pt/arq/XII/SL4/arq_com.html#cipbes
 




....well,well......eh.eh....


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BES: Castella e contabilista vão ser ouvidos à porta fechada

TVI

Alegam motivos de natureza legal para formularem esse requerimento, uma vez que estão envolvidos em processos de natureza criminal. Audições estão marcadas para quarta e quinta-feira

O controller financeiro do GES, José Castella, e o contabilista do grupo, Francisco Machado da Cruz, pediram para ser ouvidos à porta fechada na comissão de inquérito ao BES, na quarta e quinta-feira, respetivamente. O requerimento foi aceite pelos deputados, sublinhando «o caráter excecional» invocado, uma vez que a regra parlamentar é que os inquiridos sejam ouvidos com as portas abertas e a presença da comunicação social.

«Ambos comunicaram que estão envolvidos em processos de natureza criminal tanto em Portugal como no Luxemburgo e m de natureza contraordenacional. Invocam o  facto de terem tido contacto com mandatos de busca em que se definia matérias de natureza criminal, em que estão matérias do segredo de justiça»

A explicação foi dada pelo presidente da comissão de inquérito, o social-democrata Fernando Negrão, que continuou:

«Solicitam que as reuniões sejam feitas à porta fechada, sendo que ambos me deram a garantia de que, sendo à porta fechada, falariam sobre as matérias em causa e responderiam às perguntas formuladas pelos senhores deputados. Não só os próprios continuam vinculados ao segredo de justiça, como o segredo de justiça se estende a todos os que estão presentes na sala».

José Castella, de resto, pediu também «proteção de direito à imagem». A sua audição está marcada para esta quarta-feira, dia 7 de janeiro, às 16:00. Já Machado da Cruz será ouvido na quinta-feira, dia 8, à mesma hora.



jeab

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2753 em: 2015-01-08 18:15:12 »
Isto é que é um empregado escrupuloso e fiel ao patrão ... e nem levou uma indemnizaçãozinha nem nada. Com um curriculum destes de fidelidade e desempregado ... até dá dó  :D

"Ocultar dívida" foi ideia de Salgado Francisco Machado da Cruz, contabilista do BES, está a ser ouvido pelos deputados na comissão de inquérito.

 Francisco Machado da Cruz, o famoso 'comissaire aux comptes' da Espírito Santo International (ESI), garantiu no Parlamento, numa audição que está a decorrer à porta fechada, que Ricardo Salgado foi o responsável pela ocultação das contas da antiga empresa de topo do Grupo Espírito Santo (GES), a ESI. Segundo várias fontes, Machado da Cruz terá dito que não foi ele que teve a ideia de ocultar a dívida da ESI, foi Salgado em 2008. "O que eu fiz e algo de que não me orgulho nada", terá relatado o contabilista do GES aos deputados, adiantando que aceitou colaborar na maquilhagem contabilística "por lealdade" ao grupo e ao ex-banqueiro. Francisco Machado da Cruz voltou a repetir que não está desaparecido e que atualmente vive com a filha, na Suíça, e que está desempregado. O contabilista repetiu também que não recebeu nenhuma indemnização por sair de funções no GES.

 http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/economia/detalhe/ocultar_divida_foi_ideia_de_salgado.html
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2754 em: 2015-01-08 20:06:51 »
Um vendido, como outros.
Via de regra, desculpam-se com a família.
A causa, porém, é sempre a falta de 'tê-los no sítio'.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2755 em: 2015-01-08 20:08:02 »
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Auditoria da PwC diz que todos apontavam para Salgado na hora de recolher informações

© Fornecido por Jornal i 
 
Num relatório de Junho de 2002 sobre uma auditoria realizada ao BES, a PricewaterhouseCoopers (PwC) dá conta de uma gestão centralizada em Ricardo Salgado. No documento a que o i teve acesso, e que foi enviado à direcção do BES no final do primeiro semestre desse ano, é deixada uma nota importante: ao longo dos anos, "durante o decurso das auditorias, demos conta de, em várias ocasiões, haver quadros médios e superiores [da instituição] que se mostraram relutantes em discutir ou mesmo disponibilizar alguma informação que esperaríamos que tivessem na sua posse e que nos fosse disponibilizada; nessas ocasiões, era-nos indicado falar com o CEO para obter tais informações e explicações".

Ou seja, Ricardo Salgado, que continua a alegar não saber coisa alguma, saberia tudo. O documento da PwC dá ainda conta de mais dificuldades no decorrer dos anos.Recorde-se que a auditora, que há mais de uma década trabalhava para o banco, seria demitida ainda durante esse ano de 2002. Na altura, Salgado alegou estar a seguir "as melhores práticas" para trocar de auditor - seria a KPMG a ganhar a conta -, uma vez que, ao fim de tantos anos, era melhor ter uma nova empresa, para garantir a independência do trabalho.Conta a PwC neste relatório que, para tentar agilizar o processo da disponibilização da informação necessária, implementou uma agenda de reuniões regulares com Salgado "e outros membros da Comissão Executiva do Banco, na expectativa de resolver os problemas experienciados nos anos anteriores com o fluxo de informação". No entanto, continuava a receber "informações e explicações" somente de tempos a tempos.

No mesmo documento, elaborado há mais de dez anos, a auditora já alertava para a elevada exposição do banco às empresas da ESFG e da ESI. "O banco continua significativamente exposto a empresas relacionadas com a ESI, directa e indirectamente, através de companhias do Espírito Santo Financial Group SA (ESFG). A exposição total (activos e transacções fora do balanço) ascendia, em 31 de Dezembro de 2001, a 855,6 milhões de euros, sendo o passivo dessas empresas, à data, de 1,160 milhões", lê-se no documento. A auditora chamava a atenção para o facto de este ser o maior risco de exposição efectiva do grupo BES. Recorde-se que a elevada exposição do banco a empresas do Grupo Espírito Santo foi um dos sinais que chamaram a atenção dos supervisores antes do colapso do grupo. No entanto, antes de 2013, garantia o BES que as suas contas estavam perfeitamente saudáveis e sem quaisquer necessidades de preocupação.

Mas há mais: a PwC apontou também os diversos empréstimos concedidos pelo BES a entidades offshore, num valor total de 673 milhões de euros, que não estariam devidamente registados e aprovisionados. Segundo o documento, muitos destes empréstimos estavam assegurados por garantias pessoais dos donos das próprias empresas que os contraíam. No entanto, "a ausência da documentação" que atestasse tanto a tal garantia como a saúde financeira de quem a dava comportaria "um risco significativo para o banco e para a sua direcção e deve ser eliminado", lê-se no mesmo documento. Na ocasião, a auditora chamou ainda a atenção para a necessidade de serem aumentadas as provisões para fazerem face ao risco de crédito, uma vez que a ausência de documentos que atestavam a segurança dos empréstimos concedidos às empresas offshore aumentavam o risco. O documento refere ainda a elevada exposição do BES à Portugal Telecom e ao risco de mercado da operadora. A PwC aconselhava o banco a "monitorizar totalmente" a exposição do banco à PT, garantindo que comunicaria interna e externamente o nível de exposição à operadora por forma a minimizar os riscos. O presidente da PwC, José Alves, vai ser ouvido pelos deputados na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES no próximo dia 20 de Janeiro.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2756 em: 2015-01-08 20:14:04 »
http://www.tvi24.iol.pt/economia/bes/as-gravacoes-do-ges-v


Um vendido, como outros.
Via de regra, desculpam-se com a família.
A causa, porém, é sempre a falta de 'tê-los no sítio'.



http://economico.sapo.pt/public/uploads/Machado_Cruz_Carta.pdf
« Última modificação: 2015-01-08 20:19:55 por Batman »

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2757 em: 2015-01-08 20:20:32 »
Pois!

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2758 em: 2015-01-13 13:08:10 »
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Isabel Almeida: garantia de Angola ia cair, só podia haver resolução

Ex-diretora do departamento financeiro do BES faz notar como o valor da resolução que dividiu o banco em dois é o mesmo valor da garantia. E contraria Álvaro Sobrinho sobre os juros que o BESA pagava pelos créditos concedidos

TVI     |   há 22 minutos 

«A garantia era de 4.800 milhões de euros. Reparem que a garantia de Angola é da dimensão da medida de resolução». A chamada de atenção é da ex-diretora do departamento financeiro, de mercados e estudos do BES. Segundo Isabel Almeida, dividir o Banco Espírito Santo em dois – Novo Banco e banco tóxico – foi a única solução possível depois do colapso do Grupo Espírito Santo - precipitado pela ocultação de contas da Espírito Santo Internacional, e que arrastou o BES para o abismo.   

«Se havia informação de que a garantia ia ser revogada, então não havia forma de haver outra solução, mesmo privada, para o BES»
Questionada esta terça-feira, na comissão de inquérito ao BES, Isabel Almeida não explicou de onde, ou de quem vinha essa informação, mas deu a decisão de retirada da garantia como certa.

 Sobre a exposição do BES ao BESA, de cerca de 3,3 mil milhões, destacou que esta começou em 2008, «no apoio dado ao BESA para aquisição de dívida pública angolana», num total de 1,5 mil milhões.

 A ex-diretora do BES adiantou aos deputados que o grande aumento de exposição ocorreu entre 2009 e 2012. «A exposição duplica para fazer face às necessidades e ao modelo de financiamento do BESA e aos desequilíbrios do ponto vista de liquidez», explicou, considerando que o modelo estratégico do BESA se «esgotou» nesse período.

«Já em 2010 o BES começa a pressionar para as alterações estratégicas. Houve já nessa altura muita discussão para se encontrar outro rumo estratégico que permitisse um maior equilíbrio. Isso não aconteceu e houve uma alteração de equipa do BESA», continuou.

 Na vigência desta nova equipa, que entra em 2013, houve ainda um aumento de exposição que «resultou da capitalização de juros».

Nesse momento, invocou o ex-presidente do BESA, Álvaro Sobrinho, que na sua audição garantiu que o banco por si liderado pagava juros «altíssimos» ao BES e que o dinheiro emprestado nunca saiu de Portugal. Isabel Almeida contrariou o seu discurso:

«Desde 2012 que o BESA já não pagava os juros, ao contrário do que foi dito aqui»
Para Isabel Almeida, «as taxas de juro eram perfeitamente normais». «De 2012 até 2014, foi o acumular de juros que fez com que a exposição aumentasse. Só em juros foram mais de 400 milhões», concluiu.

Na sua audição, a ex-responsável do BES fez várias revelações: que  Salgado e Pires decidiram o investimento de 900 milhões de euros da PT na RioForte; e que ambos recusaram explicar o esquema das obrigações à nova administração, na altura de Vítor Bento. 

 Foi de forma explícita que  Isabel Almeida se demarcou do homem a quem reportava tudo, Morais Pires, com quem tinha apenas uma «relação profissional». Confessou, inclusive, ter sido  «surpreendida» com o facto de integrar a lista do ex-administrador financeiro do BES para integrar a nova administração que viria a suceder a Ricardo Salgado - e que o Banco de Portugal não aprovou. 

 Na sua intervenção inicial, Isabel Almeida descreveu-se como uma mera «subordinada». E, tal como outros investidores que ficaram sem nada do que investiram no BES, também ela sentiu isso na pele:  «Perdi tudo», lastimou.
   



http://www.publico.pt/economia/noticia/exdirectora-do-bes-diz-que-decisoes-eram-tomadas-por-morais-pires-e-salgado-1682031
« Última modificação: 2015-01-13 14:36:55 por Batman »

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2759 em: 2015-01-13 14:41:15 »
A novela do BES vai ter muitos capítulos.

Mas pelo menos até agora, não pode dizer-se
que as coisas estejam a correr mal para os depositantes.

Aparentemente, este curso dos eventos estará a dar razão
a Ricardo Salgado que sempre achou que as coisas no banco
não estavam famosas, mas o banco aguentava-se.

O que lhe corria mal era mais o GES;
tudo agravado pelo primo...