A massa não saia cá do burgo e era contabilizada como empréstimo ao BESA , dasss :o
[Sobrinho] Envolveu o crédito documentário num esquema de aparente fraude,
com essa menção de o dinheiro não ter "saído" de Lisboa!
Que eu perceba, um exportador português para Angola,
pode receber em Lisboa o crédito que lhe advém sobre
o importador angolano, justamente por uma abertura
de crédito que este obtenha de um banco angolano.
O BES Angola proporcionava essa abertura
de créditos porque dispunha de uma linha
de financiamento que o BES Lisboa
lhe concedeu.
Assim, na normalidade das operações, o exportador
português (bens ou serviços, de construção civil, por exemplo),
era pago em Lisboa pelo crédito das suas vendas e o angolano
importador teria de pagar a sua dívida ao BES Angola. Tais
obrigações poderiam estar largamente em incumprimento,
mas isso não equivaleria a nenhum desvio de fundos
dos accionistas, seja do BES Lisboa seja do de Angola.
Isso, na normalidade da
pressuposição de a linha
de crédito corresponder de facto a exportações
para Angola, porque poderia simplesmente
ser autorização de transferências
de fundos para offshores
de accionistas.
Dado o que haja de facto sucedido continuar velado,
o Sobrinho não deixou de envenenar a suspeita
de 'nenhum dinheiro ter saído' de Portugal
equivaler a puro esbulho do banco pelos
seus donos / administradores.
Que é o que só pode ter-se por certo,
se e depois de provado.