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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 655515 vezes)

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2280 em: 2014-09-01 14:00:11 »
É possível que também tenham existido clientes influenciados pela lua, como se vê pelo trabalho do Rui Vaz aqui no fórum.

É de meter a lua em tribunal, também?

Tu não achas que o Carlos Costa devia ter estado em relação a este processo se não tinha certeza do que se estava a passar?

Ninguém fora do banco podia ter a certeza exacta do que se estava a passar, mas isso em todo o caso é altamente irrelevante porque os motivos que te levam a comprar ou vender algo não levantam depois o direito de ires pedir de volta as perdas a outra pessoa.

É um absurdo, compreensível porque essa é a reacção natural das pessoas - a culpa é sempre de uma entidade externa - mas não deixa de ser um absurdo.

O Thorn já respondeu por mim.

Ps - Eu pessoalmente não me sinto prejudicado. Estou apenas a avaliar o trabalho do Carlos Costa.

Apesar de ter falhas, o trabalho não é muito mau. Para já o BES teve um impacto menor que o BPN sendo um banco muito maior.

Em todo o caso o assunto que é absurdo aqui é as pessoas quererem de alguma forma recuperar as perdas culpando o Costa ou outro qualquer pelas suas próprias decisões.
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secret

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2281 em: 2014-09-01 14:02:42 »
É possível que também tenham existido clientes influenciados pela lua, como se vê pelo trabalho do Rui Vaz aqui no fórum.

É de meter a lua em tribunal, também?

Tu não achas que o Carlos Costa devia ter estado em relação a este processo se não tinha certeza do que se estava a passar?

Ninguém fora do banco podia ter a certeza exacta do que se estava a passar, mas isso em todo o caso é altamente irrelevante porque os motivos que te levam a comprar ou vender algo não levantam depois o direito de ires pedir de volta as perdas a outra pessoa.

É um absurdo, compreensível porque essa é a reacção natural das pessoas - a culpa é sempre de uma entidade externa - mas não deixa de ser um absurdo.

O Thorn já respondeu por mim.

Ps - Eu pessoalmente não me sinto prejudicado. Estou apenas a avaliar o trabalho do Carlos Costa.

Apesar de ter falhas, o trabalho não é muito mau. Para já o BES teve um impacto menor que o BPN sendo um banco muito maior.

Em todo o caso o assunto que é absurdo aqui é as pessoas quererem de alguma forma recuperar as perdas culpando o Costa ou outro qualquer pelas suas próprias decisões.

Eu acho que ele perdeu algumas boas oportunidades para estar calado.

Se ele se referia aos depositantes e obrigacionistas então devia ter falado não na almofada do banco mas sim na almofada do estado.
« Última modificação: 2014-09-01 14:03:04 por secret »

Thorn Gilts

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2282 em: 2014-09-01 14:07:27 »
A Lua não tem dois dedos de testa, já um banqueiro central com dois dedos de testa deve ter o mínimo cuidado para o que diz não venha a ser usado contra ele.


ps. Não segui o palavrório que ele disse, pois não considero ter a inteligência suficiente para investir em bancos.

Mostra lá uma afirmação do banqueiro central, então, que diga que investir em acções da coisa é seguro. E nota que mesmo que tal afirmação existisse, AINDA assim quem comprasse acções não tinha direito nenhum sobre o banqueiro central.

O banqueiro central quando diz que um banco é seguro ou sólido, refere-se à solidez para os depositantes. E nisso o homem esteve até ao momento correcto.

Basta aquela afirmação onde dizia que o banco tinha almofada financeira suficiente para absorver eventuais perdas que ocorressem no pior cenário.

E depois, isso era para depositantes. A "almofada financeira" a que ele se referia eram accionistas e obrigacionistas !!! Ou seja, essa afirmação devia ser a última que um accionista referiria que lhe dava confiança, pois estavam a chamar-lhe "almofada para suportar perdas".

E o Costa pode estar errado como outra pessoa qualquer - que isso não cria o direito de devolução sobre decisões de outros.

É um absurdo.

Não foi isso que ele disse. O que ele disse é que a almofada FINANCEIRA existente era suficiente para acomodar as eventuais perdas NO PIOR CENÁRIO.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2283 em: 2014-09-01 14:11:57 »
A Lua não tem dois dedos de testa, já um banqueiro central com dois dedos de testa deve ter o mínimo cuidado para o que diz não venha a ser usado contra ele.


ps. Não segui o palavrório que ele disse, pois não considero ter a inteligência suficiente para investir em bancos.

Mostra lá uma afirmação do banqueiro central, então, que diga que investir em acções da coisa é seguro. E nota que mesmo que tal afirmação existisse, AINDA assim quem comprasse acções não tinha direito nenhum sobre o banqueiro central.

O banqueiro central quando diz que um banco é seguro ou sólido, refere-se à solidez para os depositantes. E nisso o homem esteve até ao momento correcto.

Basta aquela afirmação onde dizia que o banco tinha almofada financeira suficiente para absorver eventuais perdas que ocorressem no pior cenário.

E depois, isso era para depositantes. A "almofada financeira" a que ele se referia eram accionistas e obrigacionistas !!! Ou seja, essa afirmação devia ser a última que um accionista referiria que lhe dava confiança, pois estavam a chamar-lhe "almofada para suportar perdas".

E o Costa pode estar errado como outra pessoa qualquer - que isso não cria o direito de devolução sobre decisões de outros.

É um absurdo.

Não foi isso que ele disse. O que ele disse é que a almofada FINANCEIRA existente era suficiente para acomodar as eventuais perdas NO PIOR CENÁRIO.

A almofada financeira de um banco é o seu capital e depois os obrigacionistas - não existe mais NADA além disso. Os accionistas são os primeiros a levar na cabeça, nessa almofada. Só não são chamados a perder se não for absolutamente necessário. E claro, se for possível esperar para lhes pedir mais dinheiro num aumento de capital para repor a almofada.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2284 em: 2014-09-01 14:12:44 »
É possível que também tenham existido clientes influenciados pela lua, como se vê pelo trabalho do Rui Vaz aqui no fórum.

É de meter a lua em tribunal, também?

Tu não achas que o Carlos Costa devia ter estado em relação a este processo se não tinha certeza do que se estava a passar?

Ninguém fora do banco podia ter a certeza exacta do que se estava a passar, mas isso em todo o caso é altamente irrelevante porque os motivos que te levam a comprar ou vender algo não levantam depois o direito de ires pedir de volta as perdas a outra pessoa.

É um absurdo, compreensível porque essa é a reacção natural das pessoas - a culpa é sempre de uma entidade externa - mas não deixa de ser um absurdo.

O Thorn já respondeu por mim.

Ps - Eu pessoalmente não me sinto prejudicado. Estou apenas a avaliar o trabalho do Carlos Costa.

Apesar de ter falhas, o trabalho não é muito mau. Para já o BES teve um impacto menor que o BPN sendo um banco muito maior.

Em todo o caso o assunto que é absurdo aqui é as pessoas quererem de alguma forma recuperar as perdas culpando o Costa ou outro qualquer pelas suas próprias decisões.

Eu acho que ele perdeu algumas boas oportunidades para estar calado.

Se ele se referia aos depositantes e obrigacionistas então devia ter falado não na almofada do banco mas sim na almofada do estado.

Ele quando fala só se refere aos depositantes (e não aos obrigacionistas) - é essa a sua competência.
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vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2285 em: 2014-09-01 15:32:49 »
[ ] Não foi isso que ele disse. O que ele disse é que a almofada FINANCEIRA existente
era suficiente para acomodar as eventuais perdas NO PIOR CENÁRIO.

Mas nisso foi infeliz por inexactidão. No pior cenário,
só um almofadão de 6 mil milhões teria sido  suficiente!

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2286 em: 2014-09-01 15:44:06 »
Gosto de ver o Incognitus, por uma vez assertivo e não relativista.

Distingue nas falências de um banco um sistema de rateio de prejuízos
claramente melhor do que outros, alternativos. E com a anuência
do próprio direito positivo: falências, pagam-nas,

1º, os accionistas;
2º, os avalistas;
3º, os credores de suprimentos;
4º, os credores não pereferenciais;
5º, os credores em geral;
6º, os grandes depositantes;
7º, o Estado, por injecção de capital.

Concordo. Há coisas preferíveis a outras.
E objectivamente. <Os ricos que paguem a crise.>

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2287 em: 2014-09-01 15:47:13 »
É a regra existente à priori, não é algo inventado agora arbitrariamente. O erro do BdP está no inventar arbitrariamente como no papel comercial, não em usar a almofada ...
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vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2288 em: 2014-09-01 16:11:18 »
No papel comercial, receou que os clientes fugissem todos do banco borboleta,
e de resto, julgo que ainda antes de intervir no Bes, exigiu que o banco
assegurasse com garantia adequada os empréstimos que angariou
dos seus próprios clientes atraídos por um juro favorável,
clientes confiantes e dependentes do próprio
banco e suas agências, seus credores!

Mas posso estar a 'soletrar' mal o que se passou,
apenas julgo que foi assim, ou assim o percebi.

Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2289 em: 2014-09-01 21:13:12 »
Já referi aqui que o BdP enganou os investidores e depositantes por omissão.
A informação que vinha no prospecto era relativa ao 1ºT. Pelo que se veio a saber o BdP torceu o nariz a essas contas e exigiu constituição de provisões, ou seja considerava que a informação no relatório do 1ºT não espelhava de maneira fiel a situação do banco (noutras declarações o BdP até se gaba de conhecer a situação á 1 ano), em privado exigiu alguma acção, mas quando houve um AC não colocou reservas nenhuma, ou seja enganou por omissão.
E se pensarmos que no caso de uma empresa não bancária isso seja da responsabilidade da CMVM, no caso de bancos o BdP tem de ter um papel por 2 razões:
1) BdP é membro do conselho de supervisores que tem como função coordenar as acções dos vários supervisores do sector finnaceiro, portanto tinha de transmistir as suas reservas á CMVM que depois tinha de exigir alguma adenda ao relatório do 1ºT.
2) Mesmo que o BdP se livrasse de qq responsabilidade relativamente a investidores (dizendo que é do âmbito da CmVM), continua a ter a responsabilidade de garnatir que informação prestada pelos bancos é correcta e completa para com os depositantes.  Até ao momento (porque casos com bancos são todos recentes) não deve ser muito comum depoistantes andarem a consultar relatórios de contas para decidir qual o banco onde vão depositar o dinheiro, mas o facto é que estando os depositos garantidos até 100.000 Eur (e se alguém for consultar os valores existentes no fundo de garantia rapidamente verifica que ou estado entra ou aquilo só dá para cobrir os depositos de um banco muito pequenino), e a partir de 2016 os depositantes podem ser chamados a participar na resestruturação do banco, um depositante mais consciencioso a única coisa que tem para comparar solidez dos bancos é relatório de contas (não me admirava nada que daqui a uns anos algum racios (o cire tier capiatla) já sejam do conhecimento de depositantes, mesmo que os não percebam completamente ficam a saber que racio elevado é melhor que racio baixo). Por isso independentemente do mercado de capitais, o BdP tem de garantir que relatórios de contas dos bancos espelham fielmente a sua situação.
O BdP falhou nisso e se como tudo parece tinha conhecimento de situações que exigiam provisões enganou por omissão.

johnpotato

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2290 em: 2014-09-01 22:40:34 »
A informação que vinha no prospecto era relativa ao 1ºT. Pelo que se veio a saber o BdP torceu o nariz a essas contas e exigiu constituição de provisões, ou seja considerava que a informação no relatório do 1ºT não espelhava de maneira fiel a situação do banco (noutras declarações o BdP até se gaba de conhecer a situação á 1 ano), em privado exigiu alguma acção, mas quando houve um AC não colocou reservas nenhuma, ou seja enganou por omissão.

1 - Que torcer foi essa às contas do primeiro trimestre?

2 - Há um ano o problema foram as irregularidades nas contas da ESI não era com o BES.

gaia

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2291 em: 2014-09-01 23:25:09 »
É possível que também tenham existido clientes influenciados pela lua, como se vê pelo trabalho do Rui Vaz aqui no fórum.

É de meter a lua em tribunal, também?

Tu não achas que o Carlos Costa devia ter estado em relação a este processo se não tinha certeza do que se estava a passar?

Ninguém fora do banco podia ter a certeza exacta do que se estava a passar, mas isso em todo o caso é altamente irrelevante porque os motivos que te levam a comprar ou vender algo não levantam depois o direito de ires pedir de volta as perdas a outra pessoa.

É um absurdo, compreensível porque essa é a reacção natural das pessoas - a culpa é sempre de uma entidade externa - mas não deixa de ser um absurdo.

O Thorn já respondeu por mim.

Ps - Eu pessoalmente não me sinto prejudicado. Estou apenas a avaliar o trabalho do Carlos Costa.

Apesar de ter falhas, o trabalho não é muito mau. Para já o BES teve um impacto menor que o BPN sendo um banco muito maior.

Em todo o caso o assunto que é absurdo aqui é as pessoas quererem de alguma forma recuperar as perdas culpando o Costa ou outro qualquer pelas suas próprias decisões.

Incg. não está a ver o grande buraco que o BES e o GES abriu, aqui não concordo contigo ....

Enquanto no BPN , as perdas foram para os acionistas , mas eram meia dúzia de empresários , e o resto foi suportada pelos contribuintes .
Mas esta estória , também está muito mal contada , e alguns deputados acusaram , a CGD ter drenado o seu " bad bank " , para o buraco do BPN ... O bode espiatório , era sempre o BPN , embora também a sua gestão tenha criado danos , e em que houve vigarices ....

No BES o buraco é gigantesco , são muitos  biliões , muitas poupanças foram torradas , nas contas da Suiça e Lux , nas ações e obrigações .
O país no seu todo , está  muito mais pobre ...

Vamos ver o impacto , nas PMEs , e no tecido empresarial , e ninguém sabe o que vai acontecer ...

O mais grave , é que nesta telenovela mexicana , da pior qualidade , o povo aprendeu , mais uma lição , os políticos , e o todo o sistema está em causa , a confiança acabou , esta parte é a mais grave .

Hoje , na ETV , um comentador estava a falar da entrevista do CEO do Banco BIG , ao Expresso , em que os 10 milhões que o banco teve de meter no fundo de resolução , ja´ provisionou a 100% .... ???  Estás ver os próximos capitulos ....

Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2292 em: 2014-09-01 23:42:45 »
A informação que vinha no prospecto era relativa ao 1ºT. Pelo que se veio a saber o BdP torceu o nariz a essas contas e exigiu constituição de provisões, ou seja considerava que a informação no relatório do 1ºT não espelhava de maneira fiel a situação do banco (noutras declarações o BdP até se gaba de conhecer a situação á 1 ano), em privado exigiu alguma acção, mas quando houve um AC não colocou reservas nenhuma, ou seja enganou por omissão.

1 - Que torcer foi essa às contas do primeiro trimestre?

2 - Há um ano o problema foram as irregularidades nas contas da ESI não era com o BES.

Na primeira questão já escrevi num post anterior
Citar
Não podemos ter garantias porque as conversações e contactos que terão existido entre BdP e BES não são públicas, mas temos os seguintes factos:

1) O BES submeteu relatório trimestral em que não havia provisões para exposição ao grupo GES, e racios cumpriam folgadamente requisitos do BdP
2) O BES propos AC incluindo esse mesmo relatorio no prospecto e justificando que embora racios actuais fossem folgadamente cumpridos, regulação BaselIII ia impor racios mais exigentes e banco tinha de se preparar para isso.

Veio-se a verificar posteriormente que motivação era de facto cumprir racios existentes pq se fizessem provisoes que se impunham racios vinham cá para baixo. Mas se CMVM não tinha hipotese de verificar isso e aprovou o AC e relatório de contas  na boa fé que informação era completa e verdadeira, accionistas que foram ao AC só se podem queixar da administração.

Mas posteriormente veio-se a saber que
3) BdP exigiu ao BES almofada de 2 mil milhões

Isso esta nos comunicados do BdP o que não sabemos é em que data tal foi exigido.

No entanto se fizermos as contas um AC de 1000 milhões dá precisamente a almofada requerida se nas contas do primeiro trimestre incluirmos provisões de 2000 milhões. Indo ao relatorio do semestre verfica-se então que provisões foram de 4253 milhões, metade das quais referem-se a coisas que já existiam no primeiro trimestre e a outra metade ao aumento do buraco que administração fez no segundo trimestre.

Portanto, tudo indica que BdP torceu nariz as contas do primeiro trimestre, achou que deveriam ser feitas provisões que não estavam la, ou seja que de acordo com informação que BdP tinha relatorio não espelhava correctamente a situação do BES. Se foi assim BdP estava na posse de informação que tornavam a informação do prospecto incompleta e não totalmente verdadeira e deixou andar.

Quanto ao caso ESI-BES, imagino que quando o BdP diz que situação tinha sido detectada há um ano se refere ao possivel impacto das contas da ESI no BES. Se não tivesse detectado possibilidades de impacto a melhor ou menor saude financeira de um acionista de um banco é irrelevante para o supervisor.

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2293 em: 2014-09-02 12:41:14 »
É possível que também tenham existido clientes influenciados pela lua, como se vê pelo trabalho do Rui Vaz aqui no fórum.

É de meter a lua em tribunal, também?

Tu não achas que o Carlos Costa devia ter estado em relação a este processo se não tinha certeza do que se estava a passar?

Ninguém fora do banco podia ter a certeza exacta do que se estava a passar, mas isso em todo o caso é altamente irrelevante porque os motivos que te levam a comprar ou vender algo não levantam depois o direito de ires pedir de volta as perdas a outra pessoa.

É um absurdo, compreensível porque essa é a reacção natural das pessoas - a culpa é sempre de uma entidade externa - mas não deixa de ser um absurdo.

O Thorn já respondeu por mim.

Ps - Eu pessoalmente não me sinto prejudicado. Estou apenas a avaliar o trabalho do Carlos Costa.

Apesar de ter falhas, o trabalho não é muito mau. Para já o BES teve um impacto menor que o BPN sendo um banco muito maior.

Em todo o caso o assunto que é absurdo aqui é as pessoas quererem de alguma forma recuperar as perdas culpando o Costa ou outro qualquer pelas suas próprias decisões.

Incg. não está a ver o grande buraco que o BES e o GES abriu, aqui não concordo contigo ....

Enquanto no BPN , as perdas foram para os acionistas , mas eram meia dúzia de empresários , e o resto foi suportada pelos contribuintes .
Mas esta estória , também está muito mal contada , e alguns deputados acusaram , a CGD ter drenado o seu " bad bank " , para o buraco do BPN ... O bode espiatório , era sempre o BPN , embora também a sua gestão tenha criado danos , e em que houve vigarices ....

No BES o buraco é gigantesco , são muitos  biliões , muitas poupanças foram torradas , nas contas da Suiça e Lux , nas ações e obrigações .
O país no seu todo , está  muito mais pobre ...

Vamos ver o impacto , nas PMEs , e no tecido empresarial , e ninguém sabe o que vai acontecer ...

O mais grave , é que nesta telenovela mexicana , da pior qualidade , o povo aprendeu , mais uma lição , os políticos , e o todo o sistema está em causa , a confiança acabou , esta parte é a mais grave .

Hoje , na ETV , um comentador estava a falar da entrevista do CEO do Banco BIG , ao Expresso , em que os 10 milhões que o banco teve de meter no fundo de resolução , ja´ provisionou a 100% .... ???  Estás ver os próximos capitulos ....

Isso era inevitável a partir do momento em que o banco falhou (as grandes perdas de accionistas e obrigacionistas). Exactamente como querias evitar isso? Fazendo quem não é accionista e obrigacionista pagar?
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kitano

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2294 em: 2014-09-02 13:11:00 »
Quem devia pagar é o ronaldo, que andou a promover o banco.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2295 em: 2014-09-02 13:18:12 »
Quem devia pagar é o ronaldo, que andou a promover o banco.

Bem visto!  :D
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2296 em: 2014-09-02 13:53:27 »
É covencer o Thorn a avançar com um processo por cumplicidade na angariação de investidores e clientes para um esquema fraudulento :-)

kitano

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2297 em: 2014-09-02 13:56:05 »
Ahh e tal...ele disse que o banco era bom... :D
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Luisa Fernandes

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2298 em: 2014-09-02 14:16:55 »
A Rioforte, uma das holdings do Grupo Espírito Santo, terá detectado um “buraco” nas contas na ordem dos dois mil milhões de euros, cerca de duas semanas antes de entrar com o pedido de gestão controlada.

A notícia é avançada pelo Jornal de Negócios, acrescentando que, após detectar o “buraco”, a administração da Rioforte foi autorizada a fazer um aumento de capital. Isto, menos de duas semanas antes de pedir a protecção de credores.
Quem não Offshora não mama...

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2299 em: 2014-09-02 14:47:58 »

A gestão da Rio Forte tem muito pouca aptidão para engenharia dos solos e fundações.  Tinham várias crateras ao seu lado e nunca repararam.

Ou será que tinham miopia ...