eu acredito que daqui a 15 anos (tvz mais, dependendo da nossa justiça), o estado/Banco de Portugal, vá ter de indemnizar os accionistas do BES pela divisão arbitrária que fez. esta nacionalização do BES (que não o é devido às implicações que teria para o déficit e credibilidade de Portugal no estrangeiro) é tudo menos legal e aceitável num estado de direito. Escolher de modo semi-aleatório o que é pago, o que vai para cada um dos bancos, quem é reembolsado e quem tem direito às suas contas é claramente inconstitucional (em quase todas as constituições do mundo, e ainda bem que o é).
O que me faz confusão é pensar que o novobanco vá valer mais do dobro do valor atual do BCP+BPI. E pensar que os bancos nacionais serão capazes de pagar a diferença entre os 4.9B e o valor da venda. Até porque eu duvido que o novobanco é, sem os empréstimos aos GES, seja viável (basta olhar para a taxa de incumprimento dos empréstimos à habitação e de consumo para duvidar que um banco com o perfil do BES seja viável a médio prazo sem uma recuperação extraordinária da economia nacional).
Mas eu sou muito confuso. E por isso devo estar errado. Não liguem ao que eu digo...