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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 654981 vezes)

kitano

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #500 em: 2014-07-12 09:23:35 »
O passos coelho até agora tem gerido bem a situação...para desagrado do tote.

Ó caro Kitano, já está a cantar de galo?! Tenha lá calma que a procissão ainda vai no adro  :D

"Até agora" é cantar de galo?

"Como seria viver a vida que realmente quero?"

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #501 em: 2014-07-12 12:27:48 »
O pior pode ser depois do «agora»...!

tote

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #502 em: 2014-07-12 13:16:49 »
O passos coelho até agora tem gerido bem a situação...para desagrado do tote.

Ó caro Kitano, já está a cantar de galo?! Tenha lá calma que a procissão ainda vai no adro  :D

"Até agora" é cantar de galo?

O "até agora" é muito relativo, pois vc sabe APENAS o que a comunicação social lhe diz. No futuro saberemos mais histórias sobre o que realmente se passou até agora.

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JoaoAP

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #504 em: 2014-07-13 17:54:10 »
Certo, mas eu referia-me ao fundo de garantia de depósitos:

Citar
Estão abrangidos todos os tipos de depósitos: depósitos à ordem, com pré-aviso, a prazo, a prazo não mobilizáveis antecipadamente, em regime especial, poupança-habitação, poupança-emigrante, poupança-reforma, poupança-condomínio ou depósitos representados por certificados de depósito. Estão também abrangidas as disponibilidades monetárias que resultem de situações transitórias decorrentes de operações bancárias normais.
...
Atenção:
não confundir estas "poupança-reforma" com PPR.
Nada têm a ver uma com a outra para estes efeitos.

É óbvio, depois de mais umas pesquisas, que os PPR, como pensei na primeira vez, não são garantidos pelo Fundo.
Agora a questão é: .... está escrito, na maioria dos PPR's do BES que têm o valor garantido, não garantem é a rentabilidade...
mas se o BES-Vida for à "Vida"...

E o BES-Vida é "controlado" pelo ISP e não pela CMVM.
O ISP... não controla nada.... eles têm é o fundo de garantia automóvel, resto... "nicles".
« Última modificação: 2014-07-13 17:56:20 por JoaoAP »

Luisa Fernandes

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #505 em: 2014-07-13 19:20:20 »
Somos tao competitivos e empreendedores   :D

;,,,,,,,,,,,,

Angola e Dinheiro: o problema do BES




ANGOLA E DINHEIRO (2ª edição), de Rui Verde




(... ) «Os efeitos de uma transição em Angola, ainda que mais ou menos controlada e pacífica, não têm sido analisados na perspectiva das consequências de uma nova atitude dos órgãos de soberania angolanos. O que aconteceria às participações financeiras de altas individualidades angolanas, por exemplo em Portugal, se a justiça daquele país africano recuperasse as dúvidas públicas sobre a forma como foi obtido o dinheiro para as pagar? Ou até, simplesmente, as colocassem sob escrutínio? De facto, se o Estado angolano abrisse um processo de averiguações em relação a eventuais desfalques de dinheiros públicos, eventualmente para enriquecimento de particulares ou empresas, o imediato terramoto financeiro na Bolsa portuguesa seria inevitável. E é preciso não esquecer o outro lado da medalha, pois o mesmo poderia acontecer se outras investigações fossem levadas por diante, relativamente a outros grandes interesses portugueses em Angola». (...)
 (Págs. 43 e 44)
Quem não Offshora não mama...

Johny

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #506 em: 2014-07-13 19:51:27 »
Certo, mas eu referia-me ao fundo de garantia de depósitos:

Citar
Estão abrangidos todos os tipos de depósitos: depósitos à ordem, com pré-aviso, a prazo, a prazo não mobilizáveis antecipadamente, em regime especial, poupança-habitação, poupança-emigrante, poupança-reforma, poupança-condomínio ou depósitos representados por certificados de depósito. Estão também abrangidas as disponibilidades monetárias que resultem de situações transitórias decorrentes de operações bancárias normais.
...
Atenção:
não confundir estas "poupança-reforma" com PPR.
Nada têm a ver uma com a outra para estes efeitos.

É óbvio, depois de mais umas pesquisas, que os PPR, como pensei na primeira vez, não são garantidos pelo Fundo.
Agora a questão é: .... está escrito, na maioria dos PPR's do BES que têm o valor garantido, não garantem é a rentabilidade...
mas se o BES-Vida for à "Vida"...

E o BES-Vida é "controlado" pelo ISP e não pela CMVM.
O ISP... não controla nada.... eles têm é o fundo de garantia automóvel, resto... "nicles".

Thanks.  De facto falam em capital garantido...a questão é se o BES Vida está exposto ao GES.... Não percebo porque é que alguns PPR estão protegidos e outros não...se o banco vende o produto como sendo de capital garantido...não têm que responder por essa afirmação? Não me recordo de ler que há o risco de falência da entidade no prospecto. Geralmente são minimamente explícitos quando existe risco de liquidez e outros...

DarkSiege

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #507 em: 2014-07-13 20:43:11 »
É curioso este resumo das casas de investimento face ao BES , não são muito negativas , e pode ser uma excelente oportunidade de compra . Estou comprado depois de umas rotações, a 0.5 , vamos ver .... calma rapaziada , enquanto houver mais malucos que ações elas sobem ,  o BES vai dar um bom retorno , mas pode demorar .... ;)


http://www.zerohedge.com/news/2014-07-11/banco-espirito-santo-all-latest-news


Tu não andas bem...então passaste ao lado dobulll market e agora empatas capital em lixo !!!

O Engº está investido ? Isso é red flag.


Calma mestre , estou com poucos cromos , mas vão dar muito dinheiro .... :D
O mercado americano a puxar , e os loucos da bolsa , vão atacar este " saldo" , pode não ser já , e as perdas do BES poderão não ser tão grandes , calma , um coelho poderá sair da cartola .

Levei porrada indirectamente no BIC tesouraria , e ainda resgatei uma boa   parte a tempo...  ;)

A queda de hoje , foi o fait acompli da baixa do rating SP , há sempre alguém com mais informação ...  mas também há uns malucos de Boston , que compram , será que são tolos ... :D


Boas Gaia,

Podes-me explicar a parte do BIC Tesouraria? É que também tenho esse fundo e nos últimos dias tem descido de forma "significativa" comparativamente aos fundos da mesma categoria, não me digas que está relacionado com o BES?

Obrigado desde já pela tua explicação ;)

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #508 em: 2014-07-13 21:16:55 »
Citar
A História do Banco do Meu Avô





jose maria e filhos

Vamos IMAGINAR coisas…

Vamos imaginar que o meu avô tinha criado um Banco num País retrógrado, a viver debaixo de um regime ditatorial.
 Depois, ocorreu uma revolução.
Foi nomeado um Primeiro-Ministro que, apesar de ser comunista, era filho do dono de uma casa de câmbios. Por esta razão, o dito Primeiro-Ministro demorou muito tempo a decidir a nacionalização da Banca (e, como tal, do Banco do meu avô).
 Durante esse período, que mediou entre a revolução e a nacionalização, a minha família, tal como outras semelhantes, conseguiu retirar uma grande fortuna para a América do Sul (e saímos todos livremente do País, apesar do envolvimento direto no regime ditatorial).

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Após um período de normal conturbação revolucionária, o País entrou num regime democrático estável. Para acalmar os instintos revolucionários do povo, os políticos, em vez de tentarem explicar a realidade às pessoas, preferiram ser eleitoralistas e “torrar dinheiro”.
Assim, endividaram o País até entrar em banca-rota, por duas vezes (na década de 80).
Nessa altura, perante uma enorme dívida pública, os políticos resolveram privatizar uma parte significativa do património que tinha sido nacionalizado.
 Entre este, estava o Banco do meu avô.

E, continuando a IMAGINAR coisas…

A minha família tinha investido o dinheiro que tinha tirado de Portugal em propriedades na América do Sul. Como não acreditávamos nada em Portugal, nenhum de nós quis vender qualquer das propriedades ou empatar qualquer das poupanças da família. Mas, queríamos recomprar o Banco do meu avô.
 Então, viemos a Portugal e prometemos aos políticos que estavam no poder e na oposição, que os iríamos recompensar (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) por muitos anos, se eles nos vendessem o Banco do meu avô muito barato.
 Assim, conseguimos que eles fizessem um preço de (vamos imaginar uma quantia fácil para fazer contas) 100 milhões, para um Banco que valia 150.

Como não queríamos empatar o “nosso” dinheiro, pedimos (vamos imaginar uma quantia) 100 milhões emprestados aos nossos amigos franceses que já tinham ganho muito dinheiro com o meu avô. Com os 100 milhões emprestados comprámos o Banco (o nosso dinheiro, que tínhamos retirado de Portugal, esse ficou sempre guardado).
 E assim ficámos donos do Banco do meu avô. Mas tínhamos uma dívida enorme: os tais 100 milhões. Como os franceses sabiam que o Banco valia 150, compraram 25% do Banco por 30 milhões (que valiam 37,5 milhões) e nós ficámos só a dever 70 milhões (100-30=70). Mesmo assim era uma enorme dívida.

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Tal como combinado, viemos para Portugal e começámos a cumprir o que tínhamos prometido aos políticos (dinheiro para as campanhas eleitorais, ofertas de vária espécie, convites para todo o tipo de eventos, empregos para os familiares e para os próprios nos momentos em que estavam na oposição, etc…).
Como ainda tínhamos uma grande dívida, resolvemos fazer crescer mais o Banco do meu avô.
Assim, fomos falar com uma nova geração de políticos e prometemos todo o tipo de apoios (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) se nos dessem os grandes negócios do Estado.
 E eles assim fizeram. E o Banco do meu avô, que tinha sido vendido por 100, quando valia 150, valia agora 200 (por passarem por ele os grandes negócios do Estado).
Mas, mesmo assim, nós ainda devíamos 70 milhões (e tínhamos de pagar, pelo menos uma parte dessa dívida, caso contrário, os franceses ficavam com o Banco do meu avô).

E, continuando a IMAGINAR coisas…

O meu tio, que era presidente do Banco do meu avô, reformou-se. Nessa altura a família estava preparada para nomear um dos meus primos para presidente. Eu queria ser presidente e prometi à família toda um futuro perpétuo de prosperidade se me nomeassem a mim como presidente.
 E assim foi. Fui, finalmente, nomeado presidente do Banco do meu avô.
Mas era preciso pagar uma parte da dívida aos franceses. Podíamos vender uma parte do Banco em Bolsa, mas deixávamos de mandar (logo agora que eu era presidente – não podia ser assim).

Então desenhei um plano:
Criei uma empresa, chamada “Grupo do meu avô” (em que a minha família tinha 100% do capital) e passei os nossos 75% do Banco (25% eram dos franceses) para essa nova empresa.
 Assim, a família era dona de 100% do “Grupo” que era dono de 75% do Banco.
Falei com os franceses e combinei mudarmos os estatutos do Banco: quem tivesse 25% mandava no Banco (e os franceses não se metiam, a não ser para decidir os dividendos que queriam receber).
 Assim, como o Banco agora valia 200, vendemos 50% na Bolsa por 100 (metade dos 200). Com 50 capitalizámos o Banco. Os restantes 50 tirámos para nós (37,5 para a família e 12,5 para os franceses).
Demos também os nossos 37,5 aos franceses e assim ficámos só a dever 32,5 milhões (70-37,5). Ainda era uma grande dívida, mas continuávamos a mandar no Banco do meu avô (apesar da nossa empresa “Grupo do meu avô” só ser dona de 25% – os franceses tinham outros 25% e os restantes 50% estavam dispersos por muitos acionistas).
 Ainda tínhamos uma enorme dívida de 32,5 milhões. Mas, a verdade é que continuávamos a mandar no Banco do meu avô e tínhamos transformado uma dívida inicial de 100 em outra de 32,5 (sem termos gasto um tostão da família – o nosso dinheiro continua, ainda hoje, guardado na América do Sul). Convenci-me, nessa altura, que era um génio da finança!

Continuemos a IMAGINAR coisas…

A certa altura, o crédito tornou-se uma coisa muito barata. Eu sabia que tínhamos um limite original de 100 milhões e já só devíamos 32,5 milhões. Assim, a empresa “Grupo do meu avô” voltou a endividar-se: pediu mais 67,5 milhões (voltámos a dever 100 milhões) e desatei a comprar tudo o que fosse possível comprar.
 Tornei-me assim, o dono disto tudo (o Banco do meu avô, a Seguradora do meu avô, a Meu avô saúde, a Meu avô hotéis, a Meu avô viagens, a Construtora do meu avô, a Herdade do meu avô onde se brinca aos pobrezinhos, etc…).
Entretanto fui pagando as minhas promessas aos políticos (dinheiro para as campanhas eleitorais, ofertas de vária espécie, convites para todo o tipo de eventos, empregos para os momentos em que estavam na oposição, etc…).

E, continuando a IMAGINAR coisas…

Mas havia agora uma nova geração de políticos. Fui falar com eles e garanti que os apoiaria para o resto da vida (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) se eles continuassem a fazer passar os grandes negócios do Estado pelo Banco do meu avô.
 Mas, tive azar: houve uma crise financeira internacional.
Deixou de haver crédito. Os juros subiram. Os credores queriam que o Grupo do meu avô pagasse a dívida.
E, além disso tudo, deixou de haver os grandes negócios do Estado.
 Mas eu, que me achava um génio da finança e que já estava habituado a ser o dono disto tudo, não queria perder a minha posição de presidente do Banco do meu avô.
Tinha de arranjar uma solução. Fui à procura, e encontrei em África, quem tinha dinheiro sujo e não se importava de investir e deixar-me continuar a mandar e a ser dono disto tudo.

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Resolvi então criar uma nova empresa: a “Rio do meu Avô” que passou a ser dona de 100% do capital da “Grupo do meu avô”, que era dona de 25% do “Banco do meu avô”. E eu que era dono disto tudo passei a ser o presidente disto tudo.
 Fiz uns estatutos para o “Grupo do meu avô” que diziam que quem tivesse 25% mandava na empresa. Vendi 20% aos Angolanos e 55% na Bolsa. A “Rio do meu avô” ficou assim dona de 25% do “Grupo do meu avô” (mas mandava como se tivesse 100%). A “Grupo do meu avô”, dona de 25% do “Banco do meu avô” (mandava como se tivesse 100%).
 Assim, a minha família já só tinha 5% (25% de 25%) do “Banco do meu avô” (mas eu continuava a mandar como se tivéssemos 100%). Já não havia dúvidas: eu era mesmo um génio da finança.

Com os 75 milhões da venda do “Grupo do meu avô” (aos Angolanos e na Bolsa), paguei uma parte da dívida. Mas, na verdade, ainda tínhamos uma dívida de 25 milhões (e continuávamos a não querer mexer no nosso dinheiro – esse continua bem guardado na América do Sul).

E, continuando a IMAGINAR coisas…

Mas as coisas continuaram a correr mal. Se calhar eu não sou assim tão grande génio da finança. Todos os nossos negócios dão prejuízo (até mesmo o Banco do meu avô). Raio de azar. Ainda por cima, a crise não acaba.

Fiz então o meu último golpe de génio. Convenci todos os bons clientes a comprarem ações do Banco do meu avô, para aumentar o capital sem ter de endividar mais a “Rio do meu avô” (e sem ter de tocar no dinheirinho da família, que continua bem guardado na América do Sul).

Mas os franceses queriam o dinheiro deles. Então, como presidente do Banco do meu avô, emprestei dinheiro deste ao Grupo do meu avô e à Rio do meu avô. Assim pagámos aos franceses. Mas ficámos com um problema: o Banco do meu avô está completamente arruinado.

Tinha de arranjar uma solução!

Fui falar com os novos políticos com uma proposta: reformo-me, dou lugares de Administração a uma série de políticos do partido do Governo e eles que resolvam o problema do Banco do meu avô.

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Os políticos aceitaram a minha proposta (aceitam sempre que se fala de lugares de Administração).
 Finalmente reformei-me. Ainda somos donos de 5% do Banco do meu avô e de uma série de outros negócios (sustentados pelas dívidas ao Banco do meu avô).
Tudo isto sem termos gasto um tostão (o dinheiro da família continua todo guardado na América do Sul).

E, tomei a última medida antes de me reformar: atribuí a mim próprio uma reforma de um milhão de euros por ano (para as despesas correntes).

E, assim, acabou a história IMAGINADA do Banco do meu avô.

**************

Se alguém teve a paciência de ler este texto até ao fim, deixo uma pergunta: Se esta história em vez de ser IMAGINADA, fosse verdadeira, que fariam ao neto?

http://aventar.eu/2014/07/11/a-historia-do-banco-do-meu-avo/
« Última modificação: 2014-07-13 21:18:07 por Batman »

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #509 em: 2014-07-13 22:01:51 »
Hum... Não li,
mas a priori duvido
que hajas acertado
no modus faciendi

kitano

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #510 em: 2014-07-13 22:04:56 »
Vbm,

Curiosa a tua adoração por esta dinastia financeira em oposição ao teu desprezo pelo JJG, o self made man...
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #511 em: 2014-07-13 23:01:10 »
Bem,
de facto não aprecio nada o tal JG.

Quanto ao ES, não li a narrativa do Batman
nem conheço propriamente a história da família.

A questão da desigualdade económica
favorecida pela transmissão hereditária
da propriedade é, na verdade, um facto;
mas, se não houver inteligência nem
competência da prole do fundador,
a riqueza acaba por se esboroar,
poucas gerações decorridas.


O problema  da  tendência à desigualdade crescente
é tema clássico da economia e Thomas Picketty
explana-o muito bem. É bom que se tenha
sempre bem presente que o puro ganho
rentista (juro, renda, aluguer) existe
se os produtores conseguirem
produzir a riqueza que o
pague. Salário e Lucro,
é a distribuição
primária do produto.
Renda, só do Lucro deriva
se lhe for inferior. De modo que,
a classe possidente, é sempre dependente
de quem trabalha, engenha, gere e produz!

Mas esta realidade insofismável
não me move a apreciar um 'self-made-man"
do tipo e género do JJG :)).


gaia

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #512 em: 2014-07-13 23:27:35 »
Darksiege :  O Bic tesouraria está a sofrer , devido à subida das yield , e ao alargamento de spreed  nas obrigações portuguesas . O risco maior está numas obrigações , creio que da  ESFH , mas muito residual . e 500.000 euros em Papel comercial Rio Forte , outro sarilho , mas que a curto prazo ainda não vai afectar o fundo , também um valor residual .

Tem exposição a obrigações BES , mas para já não tem risco .... ;)

rs_trader

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #513 em: 2014-07-13 23:42:17 »
Certo, mas eu referia-me ao fundo de garantia de depósitos:

Citar
Estão abrangidos todos os tipos de depósitos: depósitos à ordem, com pré-aviso, a prazo, a prazo não mobilizáveis antecipadamente, em regime especial, poupança-habitação, poupança-emigrante, poupança-reforma, poupança-condomínio ou depósitos representados por certificados de depósito. Estão também abrangidas as disponibilidades monetárias que resultem de situações transitórias decorrentes de operações bancárias normais.
...
Atenção:
não confundir estas "poupança-reforma" com PPR.
Nada têm a ver uma com a outra para estes efeitos.

É óbvio, depois de mais umas pesquisas, que os PPR, como pensei na primeira vez, não são garantidos pelo Fundo.
Agora a questão é: .... está escrito, na maioria dos PPR's do BES que têm o valor garantido, não garantem é a rentabilidade...
mas se o BES-Vida for à "Vida"...

E o BES-Vida é "controlado" pelo ISP e não pela CMVM.
O ISP... não controla nada.... eles têm é o fundo de garantia automóvel, resto... "nicles".

Thanks.  De facto falam em capital garantido...a questão é se o BES Vida está exposto ao GES.... Não percebo porque é que alguns PPR estão protegidos e outros não...se o banco vende o produto como sendo de capital garantido...não têm que responder por essa afirmação? Não me recordo de ler que há o risco de falência da entidade no prospecto. Geralmente são minimamente explícitos quando existe risco de liquidez e outros...

Caro... qualquer produto tem risco de crédito... não há como fugir dele. A garantia de capital é dada por alguém. se esse alguém falir quem é ia pagar a garantia?
Em memória do grande DeMelo: "PQP... gajo chato fdx."

rs_trader

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #514 em: 2014-07-13 23:45:28 »
Darksiege :  O Bic tesouraria está a sofrer , devido à subida das yield , e ao alargamento de spreed  nas obrigações portuguesas . O risco maior está numas obrigações , creio que da  ESFH , mas muito residual . e 500.000 euros em Papel comercial Rio Forte , outro sarilho , mas que a curto prazo ainda não vai afectar o fundo , também um valor residual .

Tem exposição a obrigações BES , mas para já não tem risco .... ;)

tu é que andas nos spreeds....

Quanto à obrigações do BES atenção que se chegarmos ao ponto de o fundo estatal que existe entrar no BES, existe muita dívida que deixa de pagar rendimentos (subordinadas, perpetuas....), tal como aconteceu na CGD, BANIF e BCP.
Em memória do grande DeMelo: "PQP... gajo chato fdx."

Luisa Fernandes

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #515 em: 2014-07-13 23:52:01 »
Necessidade de investigação judicial ao vórtice do Grupo Espírito Santo 
 (…)
Ler mais:http://doportugalprofundo.blogspot.pt/2014/07/necessidade-de-investigacao-judicial-ao.html
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Johny

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #516 em: 2014-07-14 00:03:03 »
Caro... qualquer produto tem risco de crédito... não há como fugir dele. A garantia de capital é dada por alguém. se esse alguém falir quem é ia pagar a garantia?

Claro que sim, não discuto isso. A minha dúvida era se este produto é elegivel para o fundo de garantia de depósitos ou não (interpretando como sendo produto do BES)...se não é, claro que se a entidade (BES Vida) for à falência o capital não tem garantia.

DarkSiege

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #517 em: 2014-07-14 00:29:01 »
Darksiege :  O Bic tesouraria está a sofrer , devido à subida das yield , e ao alargamento de spreed  nas obrigações portuguesas . O risco maior está numas obrigações , creio que da  ESFH , mas muito residual . e 500.000 euros em Papel comercial Rio Forte , outro sarilho , mas que a curto prazo ainda não vai afectar o fundo , também um valor residual .

Tem exposição a obrigações BES , mas para já não tem risco .... ;)

Obrigado pela explicação. É que pela morningstar só consigo ver as 10 maiores posições, e como tal, não tinha visto nem BES/ESFG, nem sei se dá para ver toda a carteira de um fundo?

PS- Desculpem este offtopic

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #518 em: 2014-07-14 00:36:32 »
A composição dos fundos pode ver-se na CMVM.

bic tesouraria
« Última modificação: 2014-07-14 00:39:08 por Visitante »

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #519 em: 2014-07-14 02:15:16 »
O artigo acima postado pelo Batman é interessante e mostra, aproximadamente, como é que o GES se reconstituiu no pós- 25 de Abril. No entanto, não tenho a certeza de que esteja factualmente tudo certo.

Além disso, o artigo até peca por defeito a descrever os truques usados pelo GES. Por ex, diz que compraram o BES e Tranquilidade por baixo preço, e isso é verdade, mas depois diz que "o que foi comprado por 100 milhões chegou a valer 150". Na realidade, a valorização foi muito superior a essa, como se pode ver pelas cotações.

Por isso, seria fácil ao GES alienar uma pequena parte de todas as suas participações e pagar a dívida que contraíram para ir a essas privatizações. Seria... Até 2008. A sua ruína aconteceu devido à crise de 2008.