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Geral => Comunidade de Traders => Tópico iniciado por: Nbo em 2018-01-24 12:11:25

Título: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Nbo em 2018-01-24 12:11:25
Viva,

Alguém me consegue indicar algum artigo que aborde a temática, ou até mesmo tickers de Empresas em que o foco de atividade seja o desenvolvimento da IA?

Com os melhores cumprimentos.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-01-24 14:02:25
Lê sobre "machine learning" e "neural networks". Mas a AI actual ainda não é bem inteligência artificial, embora consiga desempenhar muito bem em muitas tarefas diferentes.

Empresas somente dedicadas a AI e que sejam de alguma forma líderes na área não estou a ver. Muitas empresas ganham com o desenvolvimento. Por exemplo, a Google será talvez a que na prática lidera na sua aplicação. A NVidia tem ganho com a utilização de GPUs para o efeito, embora estes devam ser ultrapassados por soluções ainda mais dedicadas. A Nuance também usa neural networks em reconhecimento e síntese de voz, mas a Google está a ultrapassá-la, etc.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Nbo em 2018-01-24 17:17:41
Obrigado Incognitus,

A Google e a NVidia já tinha ouvido falar que estavam na linha da frente em IA, vou ler sobre a Nuance.

Acham que a IA vai ter muito em breve a capacidade de mudar o mundo, como o fez a massificação da Internet em 2000? Menos, mais?

Com os melhores cumprimentos.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: D. Antunes em 2018-01-24 17:31:39
Acho que mesmo muito mais.  Não sei se vai sobrar muito trabalho intelectual para os humanos. Será algo para as próximas décadas.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-01-24 17:37:19
Em termos de trabalho intelectual:
* Tenderá a ser mais uma ferramenta de apoio.
* A própria criação de IAs úteis é trabalho intelectual.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: muze em 2018-01-24 17:41:38
A nvidia não sei, o Chamath Palihapitiya tem uma teoria que Nvidia pode não conseguir esse mercado como o mercado está a achar que vão conseguir...além de que eles andam a vender gráficas para minerar cryptos e a mineração pode passar para Proof of stake

https://youtu.be/5zyRpq2ODrE?t=27m56s

Preferia apostar em big data tipo Google, Facebook, empresas que tenham acesso ao comportamento dos seres humanos em larga escala, se é para replicar e escalar o trabalho dos humanos ainda temos de aprender muito sobre nós mesmos
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: D. Antunes em 2018-01-24 17:44:58
Penso que nos próximos anos será isso.
Nas próximas décadas será diferente.
Atualmente já existem computadores a escrever sinfonias. E podem imitar o estilo de qualquer compositor. Até os conhecedores não distinguem a obra do computador de novas obras do músico (geralmente dizem que a do computador é que é do música).
Tarefas rotineiras: ganhará o computador. Investir na bolsa: será imbatível. Escrever best-sellers: daqui a algumas décadas.
Não estou muito optimista quanto a esse futuro...
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-01-24 17:46:42
Penso que nos próximos anos será isso.
Nas próximas décadas será diferente.
Atualmente já existem computadores a escrever sinfonias. E podem imitar o estilo de qualquer compositor. Até os conhecedores não distinguem a obra do computador de novas obras do músico (geralmente dizem que a do computador é que é do música).
Tarefas rotineiras: ganhará o computador. Investir na bolsa: será imbatível. Escrever best-sellers: daqui a algumas décadas.
Não estou muito optimista quanto a esse futuro...

Os computadores escrevem sinfonias mas não decidem escrevê-las. E isso não se alterará com as técnicas que existem hoje, pelo que não se trata bem de inteligência artificial. Portanto, é preciso muito trabalho intelectual E dados, para meter o computador a escrever sinfonias.

Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Zel em 2018-01-24 19:55:30
vejo o IA como um suporte ao trabalho criativo actual dos humanos, um IA nao sabe se a musica eh boa ou ma e nao sabe fazer nada original ate porque nao sente o prazer da musica
o IA vai ser uma especie de insecto altamente especializado
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-01-24 22:52:45
Para que um dispositivo de cálculo, programado pelo homem, desatasse a ser mais perigoso que o próprio homem - enquanto pessoa colectiva racional - seria necessário que a programação nele embutida tivesse a probabilidade aleatória de se volver contra a ordem humana que o programou. Ora se tal acontecesse, a capacidade de sabotagem de tal dispositivo seria temível e não se percebe que utilidade tal mecanismo pudesse ter... A não ser claro, em termos de guerra, de combate de alguma entidade política estadual contra inimigos seus. Mas isso faria surgir uma guerra de computadores contra computadores e a perplexidade de um tal conflito é tão absoluta que é quase inimaginável. A não ser que esse tipo de contendores comece já a inspirar-se e a treinar-se nas vigarices das bitcoins e outras criptcoins de uns a roubarem outros... até que uma debacle estrondosa remeta tudo à estaca zero...
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-01-25 11:33:18
Para que um dispositivo de cálculo, programado pelo homem, desatasse a ser mais perigoso que o próprio homem - enquanto pessoa colectiva racional - seria necessário que a programação nele embutida tivesse a probabilidade aleatória de se volver contra a ordem humana que o programou. Ora se tal acontecesse, a capacidade de sabotagem de tal dispositivo seria temível e não se percebe que utilidade tal mecanismo pudesse ter... A não ser claro, em termos de guerra, de combate de alguma entidade política estadual contra inimigos seus. Mas isso faria surgir uma guerra de computadores contra computadores e a perplexidade de um tal conflito é tão absoluta que é quase inimaginável. A não ser que esse tipo de contendores comece já a inspirar-se e a treinar-se nas vigarices das bitcoins e outras criptcoins de uns a roubarem outros... até que uma debacle estrondosa remeta tudo à estaca zero...

Atenção que no método de "inteligência artificial" mais usado correntemente, embora exista programação para o contruir e treinar de forma efectiva, depois aquilo que o modelo "aprende" não é programado nem é verdadeiramente perceptível para humanos. Não se sabe como é que o modelo vai reagir em todas as situações.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Tridion em 2018-01-25 12:23:19
Para que um dispositivo de cálculo, programado pelo homem, desatasse a ser mais perigoso que o próprio homem - enquanto pessoa colectiva racional - seria necessário que a programação nele embutida tivesse a probabilidade aleatória de se volver contra a ordem humana que o programou. Ora se tal acontecesse, a capacidade de sabotagem de tal dispositivo seria temível e não se percebe que utilidade tal mecanismo pudesse ter... A não ser claro, em termos de guerra, de combate de alguma entidade política estadual contra inimigos seus. Mas isso faria surgir uma guerra de computadores contra computadores e a perplexidade de um tal conflito é tão absoluta que é quase inimaginável. A não ser que esse tipo de contendores comece já a inspirar-se e a treinar-se nas vigarices das bitcoins e outras criptcoins de uns a roubarem outros... até que uma debacle estrondosa remeta tudo à estaca zero...

Atenção que no método de "inteligência artificial" mais usado correntemente, embora exista programação para o contruir e treinar de forma efectiva, depois aquilo que o modelo "aprende" não é programado nem é verdadeiramente perceptível para humanos. Não se sabe como é que o modelo vai reagir em todas as situações.

A AI ao ser programada para "aprender", em cada ciclo, a eliminar o erro ou perigo, pode simplesmente achar que o erro ou o perigo é o ser humano.  :)

Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-01-25 12:35:28
Para que um dispositivo de cálculo, programado pelo homem, desatasse a ser mais perigoso que o próprio homem - enquanto pessoa colectiva racional - seria necessário que a programação nele embutida tivesse a probabilidade aleatória de se volver contra a ordem humana que o programou. Ora se tal acontecesse, a capacidade de sabotagem de tal dispositivo seria temível e não se percebe que utilidade tal mecanismo pudesse ter... A não ser claro, em termos de guerra, de combate de alguma entidade política estadual contra inimigos seus. Mas isso faria surgir uma guerra de computadores contra computadores e a perplexidade de um tal conflito é tão absoluta que é quase inimaginável. A não ser que esse tipo de contendores comece já a inspirar-se e a treinar-se nas vigarices das bitcoins e outras criptcoins de uns a roubarem outros... até que uma debacle estrondosa remeta tudo à estaca zero...

Atenção que no método de "inteligência artificial" mais usado correntemente, embora exista programação para o contruir e treinar de forma efectiva, depois aquilo que o modelo "aprende" não é programado nem é verdadeiramente perceptível para humanos. Não se sabe como é que o modelo vai reagir em todas as situações.

A AI ao ser programada para "aprender", em cada ciclo, a eliminar o erro ou perigo, pode simplesmente achar que o erro ou o perigo é o ser humano.  :)

Eu estou a falar de como as redes neuronais aprendem. Os pesos que depois "funcionam" não possuem uma interpretação nem são programados. As redes são concebidas para objectivos muito específicos -- daí o trabalho intelectual. Se uma rede fosse treinada para alvejar "humanos maus" e evitar fazer isso a "humanos bons" com elevado grau de fiabilidade seria isso que tenderia a fazer. Se deixasse de o fazer com fiabilidade seria desligada.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: D. Antunes em 2018-01-27 20:30:28
A arrasar no jogo Dota-2:

http://ainanas.com/must-see/tecnologia-must-see/como-a-inteligencia-artificial-de-elon-musk-bateu-os-melhores-do-mundo-em-dota-2/ (http://ainanas.com/must-see/tecnologia-must-see/como-a-inteligencia-artificial-de-elon-musk-bateu-os-melhores-do-mundo-em-dota-2/)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Reg em 2018-01-27 20:43:35
Essa Ai vai dar otimos soldados  :-[
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-01-28 04:38:53
Atenção que no método de "inteligência artificial" mais usado correntemente, embora exista programação para o contruir e treinar de forma efectiva, depois aquilo que o modelo "aprende" não é programado nem é verdadeiramente perceptível para humanos. Não se sabe como é que o modelo vai reagir em todas as situações.

Mas é 'aí' que eu vejo, não só que é inconveniente, como deixo de perceber para que serve um dispositivo assim, que passa a ser-nos tão "completamente semelhante", que até erra! Para que serve isso? Vejo interesse sim, num dispositivo que pegue em ideias e sistemas nossos e repare onde erram. Agora, se ele próprio se põe a ser imaginativo a ponto de inibir o controlo dos seus próprios erros, julgo que não serve para nada. E ainda por cima, não se me afigura, que não sendo tal artefacto tão completamente «contíguo» como nós somos com o real sensível, não antecipo que consiga sequer uma imaginação tão 'inimaginável' quanto a que pode ocorrer nas mentes humanas[inconformistas]! -:)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-01-28 21:40:20
A arrasar no jogo Dota-2:

[url]http://ainanas.com/must-see/tecnologia-must-see/como-a-inteligencia-artificial-de-elon-musk-bateu-os-melhores-do-mundo-em-dota-2/[/url] ([url]http://ainanas.com/must-see/tecnologia-must-see/como-a-inteligencia-artificial-de-elon-musk-bateu-os-melhores-do-mundo-em-dota-2/[/url])


Isso não foi assim tão simples. Foi num jogo limitado, num cenário limitado, com acesso a info que o jogador não tem da mesma forma, e contra outros humanos foi logo derrotada assim que exploraram as suas fraquezas.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2018-02-01 10:12:08
Penso que nos próximos anos será isso.
Nas próximas décadas será diferente.
Atualmente já existem computadores a escrever sinfonias. E podem imitar o estilo de qualquer compositor. Até os conhecedores não distinguem a obra do computador de novas obras do músico (geralmente dizem que a do computador é que é do música).
Tarefas rotineiras: ganhará o computador. Investir na bolsa: será imbatível. Escrever best-sellers: daqui a algumas décadas.
Não estou muito optimista quanto a esse futuro...

Os computadores escrevem sinfonias mas não decidem escrevê-las. E isso não se alterará com as técnicas que existem hoje, pelo que não se trata bem de inteligência artificial. Portanto, é preciso muito trabalho intelectual E dados, para meter o computador a escrever sinfonias.


vejo o IA como um suporte ao trabalho criativo actual dos humanos, um IA nao sabe se a musica eh boa ou ma e nao sabe fazer nada original ate porque nao sente o prazer da musica
o IA vai ser uma especie de insecto altamente especializado


Tocaram no ponto:

A Actividade Criativa,
O Acto De Criar,
Do Nada, Do Vazio.

Escrever sinfonias imitando os compositores é uma coisa...
Criar do nada, do vazio, novas sinfonias é outra coisa muito diferente.

Os géneros musicais que o homem Criou ao longo do tempo são reflexo da sua existência, da sua actividade intelectual.
Também da sua interacção com o mundo que o rodeia, da socialização natural e antropológica.

Os movimentos artísticos idem.
Os movimentos artísticos nascem da capacidade do homem de julgar, ajuizar, pensar, reflectir, filosofar.

A literatura também é uma actividade criativa.

As Artes distinguem-se das outras actividades humanas essencialmente pela sua componente Criativa.

Já viram a evolução da industria automóvel desde os anos 90 quando perceberam que tinham de introduzir departamentos de design na produção?
As categorias de veículos que foram criadas?
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2018-02-01 10:42:56
Neste video:

Geordie Rose - Quantum Computing: Artificial Intelligence Is Here
! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=PqN_2jDVbOU#)

A partir dos 17:48 min Geordie Rose anuncia 3 previsões com muita convicção:

1ª - Uma previsão de uma grande descoberta para 2018 feita por um Quantum Computer da NASA.
2ª - Uma previsão para 2023 na área da física feita por um Quantum Computer.
3ª - Uma previsão para 2028, a mais importante de todas.

A 3ª previsão será revolucionária (segundo Geordie Rose) ou então... altamente disruptiva, na minha opinião.
Parece que o futuro vai acontecer a um ritmo superior à aquele que nós cidadãos temos para nos adaptarmos.

A ver vamos...

Esta palestra parece ter acontecido em 2013 e o video publicado em 2015 no YouTube.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-01 21:29:11
Tocaram no ponto:

A Actividade Criativa,
O Acto De Criar,
Do Nada, Do Vazio.

Escrever sinfonias imitando os compositores é uma coisa...
Criar do nada, do vazio, novas sinfonias é outra coisa muito diferente.

Os géneros musicais que o homem Criou ao longo do tempo são reflexo da sua existência, da sua actividade intelectual.
Também da sua interacção com o mundo que o rodeia, da socialização natural e antropológica.

Os movimentos artísticos idem.
Os movimentos artísticos nascem da capacidade do homem de julgar, ajuizar, pensar, reflectir, filosofar.

A literatura também é uma actividade criativa.

As Artes distinguem-se das outras actividades humanas essencialmente pela sua componente Criativa.

Já viram a evolução da industria automóvel desde os anos 90 quando perceberam que tinham de introduzir departamentos de design na produção?
As categorias de veículos que foram criadas?


Eu noto, neste tema, o 'tropismo' defensivo de dizer:
- a arte continua reservada ao génio criativo dos humanos.

Parece-me uma opinião muito deficitária, pouco intelectual,
e assaz inverídica. Deixa de fora a ciência! Que absurdo!

O que é que as pessoas focalizadas nas artes, com a 'mania'
que são criativas, julgam que a ciência é!? Um olhar para as coisas?

Que parvoíce. A ciência forma-se em diálogo intenso com a realidade
e as ideias dos demais cientistas. Se há produto humano altamente
criativo é a explicação coerente do que o mundo é, e do que nele acontece!
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Zenith em 2018-02-01 22:20:53
Neste video:

Geordie Rose - Quantum Computing: Artificial Intelligence Is Here
! No longer available ([url]http://www.youtube.com/watch?v=PqN_2jDVbOU#[/url])

A partir dos 17:48 min Geordie Rose anuncia 3 previsões com muita convicção:

1ª - Uma previsão de uma grande descoberta para 2018 feita por um Quantum Computer da NASA.
2ª - Uma previsão para 2023 na área da física feita por um Quantum Computer.
3ª - Uma previsão para 2028, a mais importante de todas.

A 3ª previsão será revolucionária (segundo Geordie Rose) ou então... altamente disruptiva, na minha opinião.
Parece que o futuro vai acontecer a um ritmo superior à aquele que nós cidadãos temos para nos adaptarmos.

A ver vamos...

Esta palestra parece ter acontecido em 2013 e o video publicado em 2015 no YouTube.


O Artur C. Clarke costumava dizer que sobrestimamos a tecnologia no curto prazo e subestimemos no logo.

Em 1950 Turing que um computador passaria o teste de Turing (não o conseguir distinguir de uma pessoa) no ano 2000. Em 1957, um dos pioneiros da AI que previu dentro de 10 anos um computador venceria o campeão do mundo de xadrez.
Por outro lado ninguém conseguiu nos anos 50, 60 ou 70 antecipar a internet ( mais perto disso é o conto do J. L. Borges o Aleph).
Geralmente essas previsões são sempre antropomórficas. Toma-se o homem como mediada padrão e  imagina-se uma máquina idêntica mas com capacidades 10 vezes ou 100 vezes superiores.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2018-02-02 19:21:12
Tocaram no ponto:

A Actividade Criativa,
O Acto De Criar,
Do Nada, Do Vazio.

Escrever sinfonias imitando os compositores é uma coisa...
Criar do nada, do vazio, novas sinfonias é outra coisa muito diferente.

Os géneros musicais que o homem Criou ao longo do tempo são reflexo da sua existência, da sua actividade intelectual.
Também da sua interacção com o mundo que o rodeia, da socialização natural e antropológica.

Os movimentos artísticos idem.
Os movimentos artísticos nascem da capacidade do homem de julgar, ajuizar, pensar, reflectir, filosofar.

A literatura também é uma actividade criativa.

As Artes distinguem-se das outras actividades humanas essencialmente pela sua componente Criativa.

Já viram a evolução da industria automóvel desde os anos 90 quando perceberam que tinham de introduzir departamentos de design na produção?
As categorias de veículos que foram criadas?


Eu noto, neste tema, o 'tropismo' defensivo de dizer:
- a arte continua reservada ao génio criativo dos humanos.

Parece-me uma opinião muito deficitária, pouco intelectual,
e assaz inverídica. Deixa de fora a ciência! Que absurdo!

O que é que as pessoas focalizadas nas artes, com a 'mania'
que são criativas, julgam que a ciência é!? Um olhar para as coisas?

Que parvoíce. A ciência forma-se em diálogo intenso com a realidade
e as ideias dos demais cientistas. Se há produto humano altamente
criativo é a explicação coerente do que o mundo é, e do que nele acontece!


A ciência descobre, não cria.
Descobre o que ainda não foi descoberto
Mas que sempre esteve lá.

A partir da ciência, como base de apoio, a tecnologia é que cria,
Segundo a vontade e necessidade do homem.

A tecnologia é assim fruto da criação, do criar do homem, porque o homem assim o quis.
Mesmo na tecnologia existe o engenho criativo, artístico, do técnico ou do "cientista".

Não: o "Criar" não é exclusivo dos artistas.
Um inventor, que pode não ser artista, também cria do nada, do vazio.
Porque simplesmente tem capacidade criativa, técnica, para o invento que criou.
Tal como os "designers" da industria automóvel que também criam, porque talento criativo e artístico possuem.

Todas as pessoas têm capacidade criativa e artística.
Mas em diferentes graus, conforme a desenvolveram mais ou não.


   :)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-02 23:35:05
Sem desprimor para os inventores nem prós que hábeis, tecnologizam o saber,
digo-te que 'estás a milhas' de perceber o que é a ciência e qual o trabalho
que julgas ser o dos cientistas: «descobrir o que ainda não foi descoberto
e sempre esteve lá» LOOL, Lolinho!

Isso não tem nada a ver com a ciência, são histórias da carochinha,
como a maçã a cair na cabeça do  Newton, o Arquimedes a tomar banho,
e outras habilidades semelhantes.

Ciência é perceber como as coisas se relacionam umas com as outras,
entender o que as explica, conseguir uma ideia justa do que o mundo é,
e o que nele acontece. No fundo, inteligir o que é com aquilo que .

E nada há mais criativo, complexo e intelectual do que isso mesmo.
Muito mais criativo e difícil do que qualquer obra de arte.

E como diria Espinosa, «todas as coisas notáveis são tão difíceis como raras.»

(O que não sucede com a quase totalidade das habilidades técnicas,
tão comuns quanto banais, e com parcelar ciência embutida!)

Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2018-02-03 20:30:30
Eu noto, neste tema, o 'tropismo' defensivo de dizer:
- a arte continua reservada ao génio criativo dos humanos.

Notas mal. Muito mal mesmo: a arte não tem o monopólio do génio criativo dos humanos.
Nem defendi tal teoria. A propósito: não sou artista nem estou ligado às artes.


Parece-me uma opinião muito deficitária, pouco intelectual,
e assaz inverídica. Deixa de fora a ciência! Que absurdo!

Parece-te? Só isso? Se tal teoria fosse verdade eu não hesitaria em qualifica-la de "deficitária, pouco intelectual e inverídica".
Ah... mas isso sou eu. Não há uma pessoa 100% igual a outra, nem mesmo os gémeos. É uma coisa cientifica: esta da 'igualdade' entre pessoas.


O que é que as pessoas focalizadas nas artes, com a 'mania'
que são criativas, julgam que a ciência é!? Um olhar para as coisas?

Confesso que não sei. Nunca lhes perguntei. Até porque as artes também usam saber cientifico.
Mas talvez os artistas tenham 'a mania' que são as únicas almas criativas, que a ciência seja algo parecido com a charlatanice ou 'banha da cobra'.
Os 'artistas' que assim pensam são idiotas. Espero que não exista um, pois acredito que tenham bom senso.
"Acredito"... porque é uma 'crença' minha. Pode até ser que esteja errado acerca deles... esses malditos artistas claro.


Que parvoíce. A ciência forma-se em diálogo intenso com a realidade
e as ideias dos demais cientistas. Se há produto humano altamente
criativo é a explicação coerente do que o mundo é, e do que nele acontece!

A leitura deste parágrafo levou-me a escrever os seguintes três:


A ciência descobre, não cria.
Descobre o que ainda não foi descoberto
Mas que sempre esteve lá.

A partir da ciência, como base de apoio, a tecnologia é que cria,
Segundo a vontade e necessidade do homem.

A tecnologia é assim fruto da criação, do criar do homem, porque o homem assim o quis.
Mesmo na tecnologia existe o engenho criativo, artístico, do técnico ou do "cientista".

Vou explicar-me melhor:

Eu separo 'o caminho' ou 'o processo' para se chegar à 'descoberta cientifica' da 'descoberta' em si.

O 'caminho' ou o 'processo' inclui o método cientifico e tudo o que gira à volta dele: recursos humanos com saber cientifico e recursos tecnológicos que se entendem necessários pelos recursos humanos (excluo outros recursos que não são essenciais para esta explicação, como os recursos financeiros, etc...)

O 'processo cientifico' tem de criativo e imaginativo, ninguém o refuta, porque é feito por recursos humanos com um propósito no 'processo'.

A 'descoberta cientifica' em si mesmo (que passa necessariamente a 'facto cientifico' ou não...) não tem nada de criativo, sempre esteve lá, sempre existiu na realidade, mas "apenas" foi 'descoberta' pelo homem (ou pela Ciência) em um 'processo' ou 'caminho', este sim, com boa dose de criatividade, imaginação, racionalidade...

Claro que a Ciência é tudo isso, pode-se considerar tudo no mesmo 'saco': o 'processo ou caminho' e a 'descoberta' em si.

Nota: passar a 'facto cientifico' normalmente acontece depois de muitos outros cientistas procurarem refutar a 'descoberta' através do mesmo método cientifico (um paradoxo) e se assim não conseguirem, a 'descoberta' passa a "facto cientifico". Dito ao contrário: os demais cientistas procuram confirmar de modo inequívoco, irrefutável, pelo método cientifico, a 'descoberta'. Trata-se de uma validação cientifica, que usa o método cientifico.

Um exemplo recente para me explicar ainda melhor:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_gravitacional (https://pt.wikipedia.org/wiki/Onda_gravitacional)
http://www.bbc.com/portuguese/geral-41428372 (http://www.bbc.com/portuguese/geral-41428372)

As ondas gravitacionais que Albert Einstein anunciou na sua Teoria Geral da Relatividade em 1916 só foram 'descobertas' (detectadas) em 2015.
Noventa e nove anos depois...

Assim sendo:

a) O trabalho cientifico, técnico, o método cientifico (o 'processo' da descoberta) ao longo de muitos anos, teve de criativo, imaginativo, racional...
b) A 'descoberta' (ou o facto descoberto) em si mesmo, nada teve de criativo porque sempre esteve lá, sempre foi realidade, antes até do homem existir (as ondas gravitacionais já existiam antes do homem aparecer na Terra).

É como a distância da Terra à Lua: a distância está lá. O 'processo' de determinação da distância (descoberta) é que possui criatividade por parte do homem (trabalho intelectual) de criar algo (dispositivo) que meça com rigor milimétrico essa distância segundo os preceitos científicos de modo que se possa afirmar essa distância medida (segundo um sistema de medições convencionado) como irrefutável, inequívoca, ou facto cientifico. E ninguém pode afirmar outra distância como sendo "facto cientifico" porque isso seria falso.

Lá em cima falo de 'tecnologia' apenas. Está redutor, de facto.
A tecnologia também é consequente de processos criativos e científicos.
Mas o que eu quero é mais referir-me ao 'processo' cientifico (que tem de criativo) que recorre à tecnologia (que também tem de criativo) para se atingir a 'descoberta' cientifica (que já existia, que sempre esteve lá).
A nova 'descoberta' cientifica vai proporcionar novas tecnologias (que são criadas com apoio da criatividade) e novos conhecimentos científicos cujos 'processos' têm criatividade em jogo. Não sou negacionista da criatividade na tecnologia e no 'processo' de descoberta de 'factos científicos'.


Ciência é perceber como as coisas se relacionam umas com as outras,
entender o que as explica (...)

Muito bem. Dou-te 17 valores.   :)


(...) conseguir uma ideia justa do que o mundo é,
e o que nele acontece. No fundo, inteligir o que é com aquilo que .

"Ideia justa"? Só justa?
Só se for "ideia justa" nas ciências ditas "sociais", como a Sociologia, a Economia, Antropologia... entre outras, por exemplo.
Mas nós não estamos a falar de ciências sociais mas sim de ciências exactas.
As ciências exactas procuram, no mínimo, uma "ideia" exacta, rigorosa, inequívoca, inquestionável, irrefutável (vou deixar passar "ideia").
O que é muito diferente de "justa".

"O que é com aquilo que "... é isso mesmo: "o que é com aquilo que " é o exacto, rigoroso, inequívoco, inquestionável, irrefutável.


E nada há mais criativo, complexo e intelectual do que isso mesmo.
Muito mais criativo e difícil do que qualquer obra de arte.

Não estamos a falar de obras de Arte, mas sim do 'processo' (com criatividade) que desagua na 'obra de arte' e na 'descoberta cientifica'.
A obra de arte cai ao chão e parte-se. Apanha calor e enfola. Água e enruga. É boa para especulação no sistema capitalista.
O 'processo' é o que interessa.

Sem desconsideração pela Ciência, cientistas e 'processo cientifico', sem desconsideração pela Arte, artistas e 'processo artistico', e porque não tenho experiência no trabalho artístico e no trabalho cientifico, não sei, não confirmo nem desminto a tua afirmação.

Presumo sim, que devas ter muita experiência, uma enorme experiência no trabalho cientifico e artístico, para poderes atingir essa conclusão, conclusão irrefutável. Porque se não tens essa 'enorme experiência' isso não passa de senso comum com a falibilidade que lhe é própria, ou paixão cega pela ciência, ou um talento irrepreensível que te levou à criação de um 'criatómetro' (aparelho cientifico que mede e quantifica o nível de criatividade) capaz de te levar a essa conclusão. Mas também pode ser soberba intelectual usada como necessidade de afirmação perante os outros.

No entanto, essa será sempre a tua conclusão: não a dos outros.
Pode haver outros cientistas e artistas que tenham uma conclusão igual à tua ou até diferente da tua.
Cada um terá a sua conclusão.

Eu pessoalmente vou crer (vem de crença e não de ciência) que conseguiste com o teu fantástico talento,
inventar um 'criatómetro' capaz de medir o nível/grau de criatividade de uma qualquer alma humana.

Só me interrogo se não estarás a trabalhar num dispositivo que consegue medir o nível/grau de esforço...
Este sim seria muito útil, pois podia-se comparar esforços entre faixas etárias diferentes e organismos treinados e não treinados.
Seria adequado para introduzir mais uma variável com efeitos na remuneração.

Vou dar esta conversa perto de terminada, pois o tempo é um recurso escasso para mim.
Este post foi excepcionalmente grande. Saúde.

   :D
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Smog em 2018-02-03 22:05:28
A descoberta em si não é necessariamente um facto irrefutável . Nunca ouviste falar das mudanças de paradigma? ;D
Um exemplo simples:

Newton tem um entendimento da gravidade que é x.
Einstein tem uma perspectiva y.

da Física Clássica para a Quântica houve uma mudança de paradigma.

Bom, diz-se que a ciência é 99% trabalho e 1% de génio- as máquinas vão dar-nos os 99% de trabalho.

Eu já ando a pensar como me hei-de ocupar para uma máquina for dar aulas por mim! 8)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2018-02-03 22:32:14
A descoberta em si não é necessariamente um facto irrefutável . Nunca ouviste falar das mudanças de paradigma? ;D
(...)

É verdade. Não falei nisso...
Parece que deixo sempre alguma coisa de fora...
(é da minha proveta idade...)
 ;D
Ou então explico-me mal...
Mas não sou artista negacionista da criatividade no processo de produção cientifico como julgava vbm.

Para já a ciência diz que não há nada mais veloz que a velocidade da luz...
Até descobrir que afinal há...
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-04 01:03:28
Obrigado, meopeace! Grande trabalho de análise, acordo, refutação.
Não vou pronunciar-me sobre isso, mas estou grato pelo  teu interesse.

No fundo, o conhecimento, ainda que o que se enuncia se pretenda válido
independentemente do próprio enunciado, não deixa de ser um continuum
mente-corpo, intelecto-matéria, res cogitans-res extensa.

Dir-me-ão: independe de quem o enuncia, independe do observador,
há uma realidade objectiva. Eu concordo, .
E nós, pensantes, fazemos parte dela!

Perdemos por isso e com isso, objectividade?
Respondo não. Temos é de ser tão criativos
quanto necessário, até que acertemos,
e as coisas se expliquem, por si! -:)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: D. Antunes em 2018-02-04 20:04:48
Eu separo 'o caminho' ou 'o processo' para se chegar à 'descoberta cientifica' da 'descoberta' em si.

O 'caminho' ou o 'processo' inclui o método cientifico e tudo o que gira à volta dele: recursos humanos com saber cientifico e recursos tecnológicos que se entendem necessários pelos recursos humanos (excluo outros recursos que não são essenciais para esta explicação, como os recursos financeiros, etc...)

O 'processo cientifico' tem de criativo e imaginativo, ninguém o refuta, porque é feito por recursos humanos com um propósito no 'processo'.

A 'descoberta cientifica' em si mesmo (que passa necessariamente a 'facto cientifico' ou não...) não tem nada de criativo, sempre esteve lá, sempre existiu na realidade, mas "apenas" foi 'descoberta' pelo homem (ou pela Ciência) em um 'processo' ou 'caminho', este sim, com boa dose de criatividade, imaginação, racionalidade...

Claro que a Ciência é tudo isso, pode-se considerar tudo no mesmo 'saco': o 'processo ou caminho' e a 'descoberta' em si.

É como a distância da Terra à Lua: a distância está lá. O 'processo' de determinação da distância (descoberta) é que possui criatividade por parte do homem (trabalho intelectual) de criar algo (dispositivo) que meça com rigor milimétrico essa distância segundo os preceitos científicos de modo que se possa afirmar essa distância medida (segundo um sistema de medições convencionado) como irrefutável, inequívoca, ou facto cientifico. E ninguém pode afirmar outra distância como sendo "facto cientifico" porque isso seria falso.


Meopeace, parece-me que a tua explicação é simplista.
Começas por separar o inseparável e confundes o que é diferente. Uma descoberta complexa costuma ter várias etapas, sendo que, muitas vezes, só a partir de umas se consegue avançar para as restantes. Nesse sentido, o próprio processo contem "descobertas" e muitas vezes a descoberta vai aparecendo à medida que o processo avança em vez de aparecer todinha no final do processo.
Por outro lado, a "descoberta" não é igual ao que existe para descobrir. Isso é como confundir conceito com objecto. I. Uma coisa é o conceito de beleza (ou de força), II. outra é a própria beleza (ou as forças) em geral e III. outra ainda uma beldade (ou uma força ou uma distância) individual.

Uma teoria científica poderá ser ou não aceite. Aceite ou não, poderá a qualquer momento ser infirmada.
O conceito de forças gravitacionais é uma teoria que explica uma parte da realidade.  Será aceite até ser infirmada ou até existir uma teoria considerada mais completa e adequada.

E já nem vou entrar em teorias que rejeitam que a realidade esteja lá, que afirmam que é tudo virtual...ou que existem muito mais universos virtuais do que reais (e que portanto é mais provável estarmos num virtual)...ou que existem tantos universos como as possibilidades de acontecimentos quânticos.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: D. Antunes em 2018-02-04 20:08:08

Bom, diz-se que a ciência é 99% trabalho e 1% de génio- as máquinas vão dar-nos os 99% de trabalho.

´

Não vejo nenhum motivo para que não possam dar-nos também o génio.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Smog em 2018-02-04 21:09:40

Bom, diz-se que a ciência é 99% trabalho e 1% de génio- as máquinas vão dar-nos os 99% de trabalho.

´

Não vejo nenhum motivo para que não possam dar-nos também o génio.

https://www.youtube.com/watch?v=0XLXaDvUE-k (https://www.youtube.com/watch?v=0XLXaDvUE-k)

Ouve esta musiquinha e vai discutir o conceito de liberdade de Morpheus. Acho que ainda não apanhaste a coisa... ;D
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Reg em 2018-02-04 21:25:39
so ha maneira descubrir

dizer maquina para ser genio e  esperar sentado pelo resultado..
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-02-05 11:58:03
A ideia de que existe uma realidade de base, e que o único problema é nós conseguir-mo-nos aperceber totalmente da mesma, é uma ideia que está em forte debate. Isto porque a mecânica quântica (que é a teoria para já geralmente aceite como melhor descrevendo a realidade) não suporta essa idea. Pelo contrário, apenas suporta que tudo são probabilidades até ao momento em que medimos algo. Não se trata de o algo já existir e nós não o conhecermos e por isso dele apenas termos uma noção de probabilidade -- o que as experiências parecem indicar é que não existe nada subjacente que não a própria probabilidade.

É algo difícil de interiorizar. E claro, talvez no futuro alguma teoria mais perceptível venha a substituir esta e se venha a descobrir novamente um mecanismo determinista "por debaixo de tudo". Mas isso não é o geralmente aceite hoje em dia. A física que tivémos nas escolas já morreu. Aliás, já tinha morrido ainda nós estávamos nas escolas.



Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: hermes em 2018-02-05 17:01:50
É algo difícil de interiorizar. E claro, talvez no futuro alguma teoria mais perceptível venha a substituir esta e se venha a descobrir novamente um mecanismo determinista "por debaixo de tudo". Mas isso não é o geralmente aceite hoje em dia. A física que tivémos nas escolas já morreu. Aliás, já tinha morrido ainda nós estávamos nas escolas.
A física que tiveste na escola não morreu. Continua a ser útil. Embora não explique toda a realidade, é uma excelente, parsimoniosa, e precisa descrição da quase totalidade do universo macroscópico (à escala humana). Com efeito, quando as massas são elevadas (miligrama, por exemplo) as previsões da mecânica quântica convergem para as da mecânica clássica. À nossa escala, a aproximação é tão boa que regra geral a diferença entre as duas mecânicas está para lá da margem de erro dos instrumentos de medida.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-02-05 17:11:10
É algo difícil de interiorizar. E claro, talvez no futuro alguma teoria mais perceptível venha a substituir esta e se venha a descobrir novamente um mecanismo determinista "por debaixo de tudo". Mas isso não é o geralmente aceite hoje em dia. A física que tivémos nas escolas já morreu. Aliás, já tinha morrido ainda nós estávamos nas escolas.
A física que tiveste na escola não morreu. Continua a ser útil. Embora não explique toda a realidade, é uma excelente, parsimoniosa, e precisa descrição da quase totalidade do universo macroscópico (à escala humana). Com efeito, quando as massas são elevadas (miligrama, por exemplo) as previsões da mecânica quântica convergem para as da mecânica clássica. À nossa escala, a aproximação é tão boa que regra geral a diferença entre as duas mecânicas está para lá da margem de erro dos instrumentos de medida.

Isso é típico de teorias "boas o suficiente". São substituídas por outras ainda melhores mas podem continuar a ser úteis, até para efeitos de cálculo.

Mas a questão aqui é algo diferente: O entendimento da realidade que resulta da física clássica, morre com a física quântica. A física clássica dá-nos uma ideia de que existe uma realidade subjacente e determinista, passível de ser conhecida no mais ínfimo pormenor e em que as incertezas resultam apenas da nossa incapacidade técnica. A física quântica acaba com isso, a incerteza supostamente não resulta da nossa incapacidade técnica, mas sim da própria natureza subjacente.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-05 17:38:59
A ideia de que existe uma realidade de base, e que o único problema é nós conseguir-mo-nos aperceber totalmente da mesma, é uma ideia que está em forte debate. Isto porque a mecânica quântica (que é a teoria para já geralmente aceite como melhor descrevendo a realidade) não suporta essa idea. Pelo contrário, apenas suporta que tudo são probabilidades até ao momento em que medimos algo. Não se trata de o algo já existir e nós não o conhecermos e por isso dele apenas termos uma noção de probabilidade -- o que as experiências parecem indicar é que não existe nada subjacente que não a própria probabilidade.

É algo difícil de interiorizar. E claro, talvez no futuro alguma teoria mais perceptível venha a substituir esta e se venha a descobrir novamente um mecanismo determinista "por debaixo de tudo". Mas isso não é o geralmente aceite hoje em dia. A física que tivémos nas escolas já morreu. Aliás, já tinha morrido ainda nós estávamos nas escolas.

Uma bela, perspectívica, narrativa do que seja a última realidade. Só discordo da formulação, a meu ver infeliz,
do que é dito as experiências indicarem: «que não existe nada subjacente que não a própria probabilidade».

Isto pela razão de a ideia de probabilidade ser algo  do cálculo mental de um certo animal inteligente, homo sapiens, que ele próprio é tão 'des-subjacente' ao que quer que seja, que nada consegue explicar e dificilmente é explicado, antes o que quer que diga ou julgue dizer é tão 'volátil' quanto estar calado! Agora, o que se passa é o seguinte: ele, observador, testemunha certas regularidades, nas quais nota, em certas condições dadas, resultados, uns mais frequentes do que outros! Daí a dizer-se que a 'realidade' são probabilidades! parece-me curto, parvo, em sentido latino. A dita física quântica, presumo, debruça-se sobre um estado da matéria, que não se dirá 'insubstancial', mas energético, de que em certas circunstâncias emergem eventos observáveis, detectáveis, a nível macroscópico, que compõem as regularidades em que privamos e de que somos parte. Daí a serem 'probabilidades', faz deslizar a ciência para um idealismo que me parece 'parvo', por falta de objectividade. Indeterminação pode muito  bem ser o que há antes de algo ser determinado, incerteza tem só a ver com o conhecimento.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-02-05 18:08:50
vbm, o problema é que existem experiências e provas que tentam mostrar que não se trata apenas de estarmos a observar o resultado de algo determinístico para o qual apenas conseguimos calcular uma probablidade. Em vez disso, o que sustentam é que na sua base não há outra coisa que não a probabilidade.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-05 19:06:28
Impossível! Probabilidade é uma ideia. Não tem qualquer objectividade. O que há, mesmo que não o consigamos especificar e observar, é um estado, diria «energético», da matéria perfeitamente real e independente do que quer conheçamos ou ignoremos dele, de que notamos, observamos, resultados cuja variedade e frequência relativa ficamos a conhecer e a que damos o nome de probabilidade. Ou seja, observamos resultados de eventos inobserváveis em si, excepto no que deles emerge no estado em que com eles coexistimos. Un point, c'est tout. O que podemos talvez ainda dizer mais - mas é uma ousadia que um céptico nem se digna acrescentar - é que ninguém, nenhuma existência omnisciente, omnipotente, omnipresente consegue se quer observar, especificar, determinar, que algo cause algo, que um evento específico  a cause o resultado específico  b; nós não conseguimos, e nenhum deus também não. Uma indeterminação absoluta. Por ser um estado físico da existência em que tudo o que há flutua no nada, tudo se anula entre si, retumbando no nada existencial, salvo se algo de tal nada escapa, e isso ocorre sem qualquer precisão específica que a haja causado b. O mais que a ciência formula é a generalidade seguinte: Acontecimentos do tipo A causam acontecimentos do tipo B, salvo quando às tantas notemos que um C, resultou dum A, o que nos leva a dissociar o antigo A em dois sub-A's: um que continua a anteceder B's, outro que é sequenciado por C's, algo distinto, nisto ou naquilo! -:))
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: hermes em 2018-02-05 19:33:48
É algo difícil de interiorizar. E claro, talvez no futuro alguma teoria mais perceptível venha a substituir esta e se venha a descobrir novamente um mecanismo determinista "por debaixo de tudo". Mas isso não é o geralmente aceite hoje em dia. A física que tivémos nas escolas já morreu. Aliás, já tinha morrido ainda nós estávamos nas escolas.

A física que tiveste na escola não morreu. Continua a ser útil. Embora não explique toda a realidade, é uma excelente, parsimoniosa, e precisa descrição da quase totalidade do universo macroscópico (à escala humana). Com efeito, quando as massas são elevadas (miligrama, por exemplo) as previsões da mecânica quântica convergem para as da mecânica clássica. À nossa escala, a aproximação é tão boa que regra geral a diferença entre as duas mecânicas está para lá da margem de erro dos instrumentos de medida.


Isso é típico de teorias "boas o suficiente". São substituídas por outras ainda melhores mas podem continuar a ser úteis, até para efeitos de cálculo.

Mas a questão aqui é algo diferente: O entendimento da realidade que resulta da física clássica, morre com a física quântica. A física clássica dá-nos uma ideia de que existe uma realidade subjacente e determinista, passível de ser conhecida no mais ínfimo pormenor e em que as incertezas resultam apenas da nossa incapacidade técnica. A física quântica acaba com isso, a incerteza supostamente não resulta da nossa incapacidade técnica, mas sim da própria natureza subjacente.

Mais corretamente, é a visão da escola de Copenhaga que acaba com o determinismo da realidade subjacente. Já na interpretação de De Broglie–Bohm, a realidade subjacente é determinista:

* https://pt.wikipedia.org/wiki/Interpreta%C3%A7%C3%A3o_de_Bohm (https://pt.wikipedia.org/wiki/Interpreta%C3%A7%C3%A3o_de_Bohm)
* http://www.pbx-brasil.com/FisQuan/Notas/Area01/semana041/deBroglieBohm.html (http://www.pbx-brasil.com/FisQuan/Notas/Area01/semana041/deBroglieBohm.html)

Ensinaram-me a visão de Copenhaga, mas depois de ver os vídeos das experiências do Perrard com líquidos e gotas macroscópicas a replicar propriedades da mecânica quântica num seminário de física, fez-me lembrar as nuvens negras no horizonte da física clássica nos finais do séc. xix...

Alguns dos vídeos do Perrard podem ser vistos no segundo link.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-06 09:09:20
Que alusão, que questão foi essa d'«as nuvens negras no horizonte da física clássica nos finais do séc. xix...»?
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-06 09:15:48
Nunca gostei da adjectivação de «Incerteza» ao princípio de Heisenberg.

Sempre me inclinei a apodá-la de indeterminação objectiva,
inclusive não só por nós observadores interferirmos
na coisa observada, como sermos nós próprios
algo que tem de ser objecto de observação
e de explicação, e isso é-nos quase
impossível -:)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: hermes em 2018-02-06 12:54:56
Que alusão, que questão foi essa d'«as nuvens negras no horizonte da física clássica nos finais do séc. xix...»?

Vê aqui:

https://institutodepesquisascientificas.wordpress.com/2016/04/17/o-problema-da-radiacao-de-corpo-negro-da-catastrofe-do-ultravioleta-a-teoria-quantica/
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: hermes em 2018-02-06 12:56:44
Nunca gostei da adjectivação de «Incerteza» ao princípio de Heisenberg.

Sempre me inclinei a apodá-la de indeterminação objectiva,
inclusive não só por nós observadores interferirmos
na coisa observada, como sermos nós próprios
algo que tem de ser objecto de observação
e de explicação, e isso é-nos quase
impossível -:)

Quando era novo, também não gostava. Agora, já me habituei a aceitar a natureza tal como ela é.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-06 17:09:04
Não nego que a Natureza seja como é!

Justamente, por ser como é, a distingo
do que dela conhecemos. E no modo
como algo se passa no domínio nuclear,
em que apenas registamos efeitos,
não a 'subjugo' ao entendimento
de probabilidade, esquema de cálculo
de nossas observações, antes assevero
que a natureza aí nesse infinitamente
minúsculo se comporta indeterministicamente,
que é o mesmo que dizer, não sabemos o que 'lá' se passa,
mas não a nego, afirmo, ela está lá, mesmo que ninguém a detecte,
testemunho que dela surtem efeitos de que sou contemporâneo,
e como tal, o universo se revelou: real, existente, objectivo,
não subjugado ao nosso modo de entendimento "probabilidade"! -:)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-06 19:49:32
Li a exposição sobre a solução de Plank ao enigma da radiação não-in-finita do corpo negro aquecido!
Muito clara a exposição. E quão elegantes aquelas exponenciais e integrais!
Sempre admirei a estética da escrita algébrica -:))

Obrigado, Hermes. O artigo é excelente.

O que meditei, lendo-o - há inúmeros textos
sobre a física quântica -, foi a habilidade dos físicos,
ao notarem que o seu sistema de cálculo coerente
de umas 'coisas' com 'outras' dão resultados absurdos,
inverificáveis na objectivdade do mundo, resolvem, presto,
o impasse, delimitando a validade do que calculam e enunciam,
ao campo, ao domínio, em que a realidade não contradiz o seu modelo.

E é mesmo assim que deve proceder-se, até que se alcance
mais explicativa narrativa de o que o mundo é.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Smog em 2018-02-12 17:17:00
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-02-12 17:22:21
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\

Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Smog em 2018-02-12 17:54:04
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\

Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.
pode ser mais estimulante aprender biologia geral agora e depois especializar-se na área certa.
a minha está noutra área de futuro: conservação e restauro - num mundo de cyborgs existirá sempre espaço ( e cada vez mais) para a conservação e restauro de antiguidades. O passado passará a ter um valor simbólico de "mundo perdido" , "pureza original", etc. Não é difícil perceber isso. Restauro de originais com tecnologias de futuro- farta-se de estudar química, física, mineralogia, biologia,...hoje em dia esse trabalho opera-se em Laboratórios.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: hermes em 2018-02-12 18:46:15
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\


Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.

Para isso, ela vai ter de se interessar e ter prazer em compreender como o mundo funciona.

Será mais fácil, se ela se interessar pela matemática e pela física.

Experimenta a oferecer-lhe o "Matemática recreativa" do Perelman, o "Ah, descobri!" do Martin Gardner e resolvam os problemas em conjunto.

Oferece-lhe jogos mecânicos que apelem / treinem a compreensão geométrica do mundo.

Vai levando-a à exposição de física do museu de ciência da politécnica (http://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/exposicao-historica-e-participativa-de-fisica (http://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/exposicao-historica-e-participativa-de-fisica)) para que ela compreenda cinestesicamente o que vai sendo ensinado na sala de aula.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-02-12 18:59:52
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\

Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.
pode ser mais estimulante aprender biologia geral agora e depois especializar-se na área certa.
a minha está noutra área de futuro: conservação e restauro - num mundo de cyborgs existirá sempre espaço ( e cada vez mais) para a conservação e restauro de antiguidades. O passado passará a ter um valor simbólico de "mundo perdido" , "pureza original", etc. Não é difícil perceber isso. Restauro de originais com tecnologias de futuro- farta-se de estudar química, física, mineralogia, biologia,...hoje em dia esse trabalho opera-se em Laboratórios.

Biologia seria um risco.

Biotecnologia, genética ... talvez.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-02-12 19:00:52
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\


Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.

Para isso, ela vai ter de se interessar e ter prazer em compreender como o mundo funciona.

Será mais fácil, se ela se interessar pela matemática e pela física.

Experimenta a oferecer-lhe o "Matemática recreativa" do Perelman, o "Ah, descobri!" do Martin Gardner e resolvam os problemas em conjunto.

Oferece-lhe jogos mecânicos que apelem / treinem a compreensão geométrica do mundo.

Vai levando-a à exposição de física do museu de ciência da politécnica ([url]http://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/exposicao-historica-e-participativa-de-fisica[/url] ([url]http://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/exposicao-historica-e-participativa-de-fisica[/url])) para que ela compreenda cinestesicamente o que vai sendo ensinado na sala de aula.


Museus, física .. .se falo muito disso ainda se atira de um sítio alto ...  :D
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Smog em 2018-02-12 19:38:09
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\

Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.
pode ser mais estimulante aprender biologia geral agora e depois especializar-se na área certa.
a minha está noutra área de futuro: conservação e restauro - num mundo de cyborgs existirá sempre espaço ( e cada vez mais) para a conservação e restauro de antiguidades. O passado passará a ter um valor simbólico de "mundo perdido" , "pureza original", etc. Não é difícil perceber isso. Restauro de originais com tecnologias de futuro- farta-se de estudar química, física, mineralogia, biologia,...hoje em dia esse trabalho opera-se em Laboratórios.

Biologia seria um risco.

Biotecnologia, genética ... talvez.
a base da biotecnologia, genética,... é a biologia!! :P

Repara:
até ao 9º ano - Ciências Naturais
até ao 11º - Biologia-Geologia
12º Biologia ou Geologia.
Faculdade - atualmente já há muito curso derivado/especializado da Biologia Geral ou Biologia Geral com mestrado em... escolher(=especialização) ou Medicina com especialização em investigação em... ou Bioquímica especializada em... etc.

Parece-me mais sólido um curso mais genérico, com sólida formação de base e depois uma especialização numa área mais coisa... :-\ ( é apenas uma opinião).
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: hermes em 2018-02-12 19:39:31
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\


Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.

Para isso, ela vai ter de se interessar e ter prazer em compreender como o mundo funciona.

Será mais fácil, se ela se interessar pela matemática e pela física.

Experimenta a oferecer-lhe o "Matemática recreativa" do Perelman, o "Ah, descobri!" do Martin Gardner e resolvam os problemas em conjunto.

Oferece-lhe jogos mecânicos que apelem / treinem a compreensão geométrica do mundo.

Vai levando-a à exposição de física do museu de ciência da politécnica ([url]http://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/exposicao-historica-e-participativa-de-fisica[/url] ([url]http://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/exposicao-historica-e-participativa-de-fisica[/url])) para que ela compreenda cinestesicamente o que vai sendo ensinado na sala de aula.


Museus, física .. .se falo muito disso ainda se atira de um sítio alto ...  :D


Acredito que sim, mas certamente teria algumas epifanias a ouvir a velocidade do som ou a sentir o momento angular. Aliás, o segundo é uma otima maneira de sentir vetores e começar a ter uma outra visão das grandezas escalares e das grandezas vetoriais.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-12 20:16:39
Quando dois viventes humanos interagem,
fazem-no através dos corpos presentes
um ao outro, e de tudo que sentem
e percepcionam a mente de ambos
retém a vivência partilhada.

Como vai um cyborg, igualar-nos!? Nunca.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Smog em 2018-02-12 22:36:49
Quando dois viventes humanos interagem,
fazem-no através dos corpos presentes
um ao outro, e de tudo que sentem
e percepcionam a mente de ambos
retém a vivência partilhada.

Como vai um cyborg, igualar-nos!? Nunca.

vasco,
um cyborg é uma mistura entre máquinas e humanos. as possibilidades são infinitas.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-02-13 21:17:54
Eu sei. Mas não vejo perfeição possível
na interacção de duas próteses semi-autónomas.
Talvez seja melhor do que nada, mas perfeito não é.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Smog em 2018-02-13 23:42:36
Eu sei. Mas não vejo perfeição possível
na interacção de duas próteses semi-autónomas.
Talvez seja melhor do que nada, mas perfeito não é.

Tu serás sempre um cliente-alvo da minha filhota! ;D
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: D. Antunes em 2018-02-14 17:47:03
Robôs esquiadores competem pelo ouro nos "Jogos" da Coreia do Sul
Robôs esquiam na Coreia do Sul

Robôs participaram numa prova de esqui na Coreia do Sul, a cerca de uma hora de distância de onde decorrem os Jogos Olímpicos de Inverno. Todos tinham de medir mais de 50 cm, ter duas "pernas" e um sistema de energia autónomo.

https://www.jn.pt/mundo/videos/interior/robos-esquiadores-competem-pelo-ouro-nos-jogos-da-coreia-do-sul-9118031.html (https://www.jn.pt/mundo/videos/interior/robos-esquiadores-competem-pelo-ouro-nos-jogos-da-coreia-do-sul-9118031.html)

Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2018-03-14 04:40:02
Penso que nos próximos anos será isso.
Nas próximas décadas será diferente.
Atualmente já existem computadores a escrever sinfonias. E podem imitar o estilo de qualquer compositor. Até os conhecedores não distinguem a obra do computador de novas obras do músico (geralmente dizem que a do computador é que é do música).
Tarefas rotineiras: ganhará o computador. Investir na bolsa: será imbatível. Escrever best-sellers: daqui a algumas décadas.
Não estou muito optimista quanto a esse futuro...


Os computadores escrevem sinfonias mas não decidem escrevê-las. E isso não se alterará com as técnicas que existem hoje, pelo que não se trata bem de inteligência artificial. Portanto, é preciso muito trabalho intelectual E dados, para meter o computador a escrever sinfonias


vejo o IA como um suporte ao trabalho criativo actual dos humanos, um IA nao sabe se a musica eh boa ou ma e nao sabe fazer nada original ate porque nao sente o prazer da musica
o IA vai ser uma especie de insecto altamente especializado


A Actividade Criativa,
O Acto De Criar,
Do Nada, Do Vazio.

Escrever sinfonias imitando os compositores é uma coisa...
Criar do nada, do vazio, novas sinfonias é outra coisa muito diferente.

Os géneros musicais que o homem Criou ao longo do tempo são reflexo da sua existência, da sua actividade intelectual.
Também da sua interacção com o mundo que o rodeia, da socialização natural e antropológica.

(...)




Ping An Technology is leveraging AI music to boost stickiness of its financial products

PUBLISHED : Wednesday, 14 March, 2018, 6:49am
UPDATED : Wednesday, 14 March, 2018, 8:04am


Meng Jing


Is nothing safe from the reach of the machines? After replacing humans at repetitive tasks, beating them at games of skill, artificial intelligence is now making inroads into the arguably the last frontier: the creative arts.

Ping An Technology, a subsidiary of China’s second-largest life insurance company, has developed an award-winning computer algorithm that can generate original melodies after “studying” hundreds of pieces of piano music.

But the company has no intention of stopping there. It is working towards using AI to create virtual singers and write original pop music based on individual tastes with a longer term goal of composing a symphony to potentially rival Beethoven.

“Be it a Chinese version of break-up songs similar to Taylor Swift’s style or a Shanghai accented voice that raps like Justin Bieber, with the upgrade of the AI music system we will be able to create whatever music you like as long as we know the genre and the type of singers you adore,” said Xiao Jing, chief scientist of Ping An Technology.

Founded in 2008 as an in-house provider of information technology services for companies within the Ping An group, Ping An Technology has been betting big on AI, including development of applications such facial recognition and voice recognition.

The new mission of the tech arm is to not only boost the group’s own business but also to export its know-how to other financial institutions, public utilities and manufacturing firms that are adapting to the digital era amid Beijing’s Internet Plus strategy and China’s national push to be a worldwide leader in AI by 2030.

The centrepiece of Ping An Tech’s development plan is the application of AI in music composition because music and songs are seen by the insurance conglomerate’s executives as a powerful weapon to boost “user stickiness” among its 400 million plus clients who mostly turn to the group for occasional financial and insurance-related services.

“Music is something people of all ages enjoy on a daily basis, so our idea is to use AI to easily create thousands of virtual singers in pop music and eventually upgrade the system to make symphonies to rival professional musicians within three years,” said Xiao, who laid out the blueprint for AI-generated music in an interview at Ping An group’s headquarters in Shenzhen.

Around 600 to 700 of Ping An Technology’s 8,000 employees are working on AI and big data. Without revealing the level of investment in AI, Xiao said more than 50 billion yuan (US$7.9 billion) has been spent on R&D over the past 10 years, producing a range of innovations to increase its business efficiency and cut costs.

In its office building, a landmark 600-metre tower in Shenzhen’s central business district, all employees use face ID to gain entry, a three second process powered by the company’s self-developed facial recognition technology.

AI-enabled solutions have also been applied in its customer service centre, which receives more than one million calls daily. Bots process some of the customer requests and AI-enabled voice recognition can even gauge the emotional state of the caller. A protocol will be triggered if the machine determines that a calling customer is “upset enough”.

Despite being a late mover in the music industry, Xiao said Ping An Technology is not worried about the established music live streaming sites operated by internet giants such as Tencent Holdings and Alibaba Group Holding, owner of the South China Morning Post. While these sites have already made AI-enabled music recommendations the norm in China, they are not yet using AI to compose music.
“Their advantage is based on the large library of copyrighted music they spend big money on. That advantage will diminish when our AI generates good original songs on a large scale,” said the 46-year-old Xiao, who is part of China’s 1,000 Talent Plan, a Chinese government initiative to lure top notch experts to return to China to help ignite the country’s innovation efforts.

Before joining Ping An Group in 2015, Xiao worked as a senior scientist for Microsoft and Epson.

Xiao’s confidence in AI music was boosted by the first place award Ping An Technology won at the International AI Music Composition Competition hosted by Switzerland’s École polytechnique fédérale de Lausanne (EPFL) in January. The event, which drew more than 100 teams from across the world, saw professional human composers judge a variety of AI-created original music ranging from jazz and blues to classical and pop.

Not surprisingly, songwriters are cool to the idea of machines creating music. Peter Li Si-Song, a Singapore songwriter who has produced albums for Asian stars such as Jacky Cheung, Sandy Lam and Stefanie Sun, said there is line between leveraging technology and being lazy.

“In music composition, you still need to use your own emotion and feeling to create something to wow yourself. Relying on new technology is not going to do that,” he said in an earlier interview.

Although an AI system developed by Google’s Deep Mind unit beat the world’s top Go player Ke Jie in a 3-nil victory in 2017, Xiao said that task would be much easier than Ping An Technology’s ultimate goal of having its AI compose a Beethoven-type symphony because it is difficult to “teach” machines good music from bad.

However, Xiao said music composed by AI technology could find wide application in films and television as it could create unique and recognisable soundtracks in a much shorter time frame. However, Xiao believes AI won’t put composers out of a job. “It could provide human composers a broader pool of inspiration from which to draw, but will never replace professionals,” he said.

“Creating music [with AI] still needs to imitate exiting genres. Only humans can create genres we have never heard before.”

http://www.scmp.com/tech/china-tech/article/2137018/ping-technology-leveraging-ai-music-boost-stickiness-its-financial (http://www.scmp.com/tech/china-tech/article/2137018/ping-technology-leveraging-ai-music-boost-stickiness-its-financial)




Encontrei hoje um artigo de opinião sobre AI que vai ao encontro do nosso diálogo em Janeiro. Digam lá que não é interessante.
E parece-me que o artigo não foi criado por alguma IA escritora...

   ;D
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2018-03-14 05:00:06
Here’s why China may regret the Pyrrhic victory of winning the global artificial intelligence race

With the US, Russia and others in the same race for super intelligence, Beijing must compete to win even at the risk of unleashing a power it cannot control

PUBLISHED : Wednesday, 03 January, 2018, 1:53pm
UPDATED : Wednesday, 03 January, 2018, 10:29pm


Craig Addison


After the AlphaGo computer program from Google’s parent Alphabet beat China’s top Go player Ke Jie three for three in May last year, the 19-year-old was in tears, declaring his opponent “God-like”. Chinese authorities had earlier cancelled planned live broadcasts of the deciding matches.

Two months later, China’s State Council announced an ambitious national programme to overtake the United States in artificial intelligence (AI) by 2030.

Coincidence? Perhaps, but it is easy to see how the prospects of losing the AI race to the Americans would scare the wits out of Beijing.

China’s AI pronouncement has since been called a new Sputnik moment for Washington – a wake-up call akin to the 1957 launch of the first space probe by the former Soviet Union, which pushed the Americans to double down on military and aerospace technology, and culminated in the Apollo 11 moon landing in 1969.

Leaders from Russian president Vladimir Putin to Tesla founder Elon Musk have said whoever wins the AI race will “rule the world”. But there are two races – a 400-metre hurdle to develop human-like AI, or artificial general intelligence (AGI), and a 42-kilometre marathon to discover artificial super intelligence that surpasses the best human brains in virtually every field.

In the meantime, the warm-up is “narrow AI”, which has already been developed by Chinese and American companies to do specific tasks, ranging from autonomous driving to teaching children their ABCs.

Until AGI is realised, each country will dominate in the narrow AI fields that play to their strengths. Chinese AI start-ups like Yitu Technology and iFlyTek are at the leading edge of facial and voice recognition, respectively – applications embraced in Communist-ruled China, but resisted by privacy advocates in the US. And as the world’s strongest military power, the US is likely to dominate in AI applications for drones and robots.

AI experts believe the US, led by Alphabet and its London-based DeepMind AI research unit, is ahead in developing AGI, which is the race China is throwing its weight behind now, but may be too far behind to catch up in time.

In terms of investment, US$2.6 billion of capital has flowed into China’s AI sector in the four and a half years to June, only one-seventh of the amount going into the US, according to research by Wuzhen Institute and NetEase.

There is a good chance, however, that China could win the AI marathon given the country’s sheer size (population and economy) and its stamina for playing the long game, a characteristic lacking in the US where policies can change after every presidential election.

Most AI experts believe a breakthrough in super intelligence is decades away at best, if at all, in our lifetimes.

Winning the marathon, however, would be a Pyrrhic victory for China and the ruling Communist Party, which does not tolerate dissent of any kind. Consider why Chinese censors routinely ban supernatural stories from television and movies – because they convey the idea of powerful forces that cannot be controlled by the party.

Last year, an AI-powered chatbot was pulled from a Chinese web platform after it gave inappropriate answers. Question: What is the Chinese dream? Answer: To live in America.

Oops. Better not try that with a superintelligent AI, which would view the smartest humans in the room the same way we view apes today.

Still, knowing that the Americans – not to mention Russians, Israelis and Canadians – are in the same race for super intelligence, Beijing must compete to win even at the risk of unleashing a power it cannot control.

What exactly could a superintelligent AI do that could enable its inventor to rule the world? AI experts agree that its first task will be designing a much smarter version of itself. Then anything is possible.

Invent a new low-cost, clean energy source. Check.

Devise a strategy to disable an opponent’s military superiority. Check.

Improve medical care to extend the life of the country’s leaders. Check

Scary stuff if you do not trust the machine. That is why AI experts talk about the “god-slave” scenario, in which the first to develop artificial super intelligence will keep it “locked up” for fear of losing control – something a totalitarian government is more likely to do than, say, a Google.

Putting aside the question of why such a superior intellect could not escape from human-imposed confines in the first place, such a strategy would limit its capabilities against an equivalent super intelligence from other nations.

If China wins the marathon but embraces the god-slave approach, Beijing will effectively be ceding the race to the runner up.

Who then rules the world? Perhaps the opposing super intelligent entities can compete in a Go match. Winner takes all – literally.


http://www.scmp.com/tech/science-research/article/2126639/heres-why-chinas-leaders-may-regret-winning-global-artificial (http://www.scmp.com/tech/science-research/article/2126639/heres-why-chinas-leaders-may-regret-winning-global-artificial)



Transcrevo mais um artigo de opinião só para registo aqui.
É capaz de valer a pena ler no site para quem está mesmo interessado,
pois existem outros links úteis sobre o tema.

   :)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: D. Antunes em 2018-05-01 17:37:12
“Vai ocorrer uma catástrofe que nos forçará à regulação”
Gerd Leonhard é um futurista que não se esgota na análise tecnológica do futuro. Está aliás mais preocupado com as dimensões éticas da evolução e em limitar aquilo que diz ser o culto da eficiência, que põe em causa a essência da humanidade.

Leonhard era músico, tendo começado cedo a operar a transição para o mundo digital. Foi nesse processo que lançou as bases do seu actual trabalho dedicado ao futuro, dividido entre a consultoria e a divulgação científica, mas sempre preocupado com a dimensão ética da evolução. A obra Tecnologia Versus Humanidade (editora Gradiva) está traduzido em português desde o ano passado e é o resumo do seu pensamento estrutural: que é preciso fazer escolhas no caminho tecnológico que estamos a construir e que as opções são necessárias para que o futuro mantenha uma dimensão humana.


O trabalho que produz vem na sequência do pensamento de outros autores, que têm alertado para a necessidade de preservar o elemento humano na construção da sociedade digital. E é neste conceito que Leonhard está bem acompanhado, graças às declarações que cientistas como Stephen Hawking e empreendedores como Elon Musk têm repetido nos últimos anos. Mas a verdade é que esse discurso surge por contraponto a uma visão libertária que considera que a tecnologia vai superar todas as limitações da humanidade e que a fusão do homem com a máquina é o último passo da evolução da espécie — a chamada singularidade.

Essa possibilidade é real. Aliás, uma das frases mais conhecidas de Gerd Leonhard confirma que o mundo vai mudar mais nos próximos 20 anos do que nos últimos 300, confirmando que o ritmo das mudanças tecnológicas está a acelerar. E apresenta como símbolos maiores dessas mudanças a inteligência artificial e a edição do genoma. Comecemos pelos computadores: “As máquinas estão realmente a aprender, é aquilo a que se chama aprendizagem automática. Em dez anos, aproximadamente, as máquinas vão ter capacidades ilimitadas e vão conseguir fazer tudo o que lhes seja pedido, porque teremos computação quântica, computação 3D, redes móveis muito rápidas (5G) e a Internet das Coisas.” Depois temos a edição do genoma humano: “Após sequenciarmos o genoma de todas as pessoas, teremos aproximadamente cinco milhares de milhões de genomas, o que significa que poderemos investigar a função de cada gene. Ou seja, em dez segundos podemos analisar os problemas de cada pessoa e trabalhar clinicamente para prevenir e curar doenças.”

O culto da eficiência

Este é o lado positivo da evolução tecnológica. O negativo, para o qual Gerd tem alertado da mesma forma, prende-se com o culto absoluto da eficiência, que reduz o valor da humanidade. E isso manifesta-se em opções que eliminam o elemento humano da equação a favor da proclamada eficiência, como se tem visto em algortimos que visam ser mais transparentes mas que confirmam preconceitos e que não são capazes de reconhecer traços de humanidade individuais — casos destes têm-se repetido, por exemplo, no sistema judicial e em mecanismos de avaliação de concessão de benefícios sociais nos Estados Unidos, em que o resultado tem sido o regresso aos modelos originais de intervenção humana. “Eu digo sempre que a eficiência é o oposto da humanidade. A eficiência é algo económico, serve para tornar um processo menos dispendioso e mais rápido — que pode ser eficiente para apanhar lixo mas se torna grave quando estamos a discutir questões relacionadas com o ser humano. Alguém vai  procurar trabalhar na eficiência de uma relação afectiva, reduzindo uma relação de dois anos a uma de duas semanas?”

E é para prevenir estes “excessos” que entra a necessidade de regulação no processo de evolução: “Precisamos de regular o uso da tecnologia para eliminar os aspectos negativos. Recorremos à regulação e às leis para determinar o impacto de todas as indústrias, regulamentando as consequências negativas, mas não o fazemos quanto à tecnologia.” Uma resposta possível ao porquê de não o fazermos prender-se-á com o sucesso de marketing do discurso dos líderes da tecnologia como Mark Zuckerberg, que dissimulam os propósitos financeiros das suas empresas com vacuidades como “aproximar o mundo” ou “dar uma voz a toda a gente.” E é por isso que as redes sociais são um bom exemplo utilizado por Leonhard para se referir à necessidade de regulação e consciência social do que se passa: “Acho que o problema é que o Facebook é uma infra-estrutura, é a única auto-estrada de comunicação. Da mesma forma que é impossível vivermos sem o Google, e é a isto que se chama um cartel. Do meu ponto de vista, o Facebook é um verdadeiro cartel que tomou de assalto o mundo tecnológico, como há uns anos aconteceu com a Microsoft. Quando uma empresa se torna assim tão grande, é preciso desmantelá-la, o que vai acabar por acontecer.

E esta é uma situação que se estende a outros domínios da tecnologia. Os gigantes da inteligência artificial são empresas americanas e chinesas. “São usadas como armas porque esta é uma questão de poder, e precisamos de tratados de não-proliferação porque estas são as armas mais poderosas alguma vez inventadas”. No livro Tecnologia Versus Humanidade, escrito em 2016, o autor comparou a questão da inteligência artificial à das armas nucleares, em que tratados internacionais regulavam a dimensão dos arsenais e impediam que Estados-párias acedessem à tecnologia. Sabemos que o cenário já não é o mesmo, e a inteligência artigical ou a manipulação genética são bastante mais difíceis de controlar — pelo que o risco aqui é que só se regule tarde de mais. Gerd Leonhard acha que isso vai acontecer: “Vamos ter um incidente grave antes de chegar à regulação. Podemos falar sobre isto, mas a realidade é que nada foi feito em relação às armas nucleares até serem usadas, e depois chegámos à conclusão que foi mau e que tínhamos de evitar que voltasse a acontecer — porque podíamos morrer todos. Relativamente à inteligência artificial, ainda temos cerca de dez anos, porque ainda não está a esse nível, mas vamos ter de chegar a um acordo. Vai ocorrer uma catástrofe que nos forçará a regular estas tecnologias, tal como, por exemplo, uma Inteligência Artificial a controlar o tráfego aéreo e 100 mil pessoas morrerem. As pessoas não acreditavam na bomba nuclear até esta explodir.”

Para que a regulação ocorra, é preciso que o poder legislativo esteja atento. Enquanto elogia o papel da Comissão Europeia pelo esforço no controlo da tecnologia, Leonhard assume que a principal preocupação nos tempos que correm tem a ver com o trabalho. Mas também isso precisa de ser revisto, porque a relação entre a produtividade, o emprego e os salários está a ser revista. “O que a maioria das pessoas não sabe é que nós não precisamos de trabalhar como trabalhamos hoje se tirarmos o melhor proveito das tecnologias. Hoje, as pessoas preocupam-se com os empregos porque não é muito bem-visto estar desempregado. É normalmente aqui que começo por dizer que se não compreendem o que as máquinas conseguem fazer vão acabar por ficar sem trabalho muito rapidamente. E isto vai ter consequências”. A principal das quais é a desigualdade, que graças à globalização se tem reduzido muito entre países mas se tem agravado dentro de cada país. E é aí que se vai sentir a grande mudança: “Em cinco anos não vai haver um único líder de Governo, presidente da câmara, ou alguém com um posto importante que seja eleito sem abordar estes temas.”

A dimensão ética

Um aspecto determinante no livro e no discurso de Gerd Leonhard é a ética da utilização da tecnologia — porque há um discurso moral sobre a tecnologia, mas seria interessante que a discussão se voltasse a centrar no elemento humano. “A tecnologia não é inerentemente boa ou má, ela simplesmente existe, nós é que a criamos. E penso que o futuro vai acontecer independentemente de nós, mas é um facto que nós fazemos o futuro, nós decidimos o futuro. De momento, estamos preocupados com o custo ou com quem controla a tecnologia e em dez anos só vamos perguntar: porquê? Poe que é que o estamos a fazer?”

E este olhar tem consequências também sobre o primado dos valores a transmitir às gerações seguintes. Com a evolução das máquinas, poderemos descurar o ensino das tarefas mecânicas e dar mais espaço aos valores humanos: “Acho que foi Marvin Minsky, especialista em inteligência artificial, que deu origem a este debate, dizendo que a inteligência humana também significa que conseguimos viver não sabendo algo, encontramos outra forma de o fazer. Como é que vamos fazer as crianças entender compaixão, empatia e criatividade? Nada disto se aprende na escola, mas sim a viver. A visão holística é fundamental, e a ciência é apenas uma parte dela. Isto é um grande desafio para a comunidade científica, que tende a pensar que as respostas estão sempre na ciência. E ainda que ache que por vezes é verdade, é preciso ter em conta a visão holística, que será mais preponderante no futuro. Porque a ciência não vai ter limites, vamos poder inventar tudo o que quisermos.”

É aqui que a conversa chega a uma das mais interessantes abordagens do livro, ao repetir que “a evolução é um processo espiritual” e que precisa de um equilíbrio que neste momento não existe. “Acho que é natural para as pessoas procurarem atalhos porque é conveniente. Mas o pior é quando a conveniência se torna o princípio e o fim do raciocínio. Podemos ser mais eficientes e dar à luz numa máquina, mas será que seria humano? Temos a tendência de substituir a consciência pela conveniência. É muito mais importante ser convenientes do que sermos conscientes. E não interessa se são coisas pequenas, como o Google Maps ou assim. Quando analisamos a um nível pessoal, é desumano. O Governo tem de delimitar a fronteira entre as máquinas que elevam a humanidade e as que não — a pergunta essencial que surgiu depois de ter escrito o livro foi se é humanamente sustentável, e essa tem sido a minha preocupação.”

O seu ponto de vista ético é eminentemente humanista, por contraponto ao ideário tecnológico de Silicon Valley. Se voltarmos a colocar o acento na humanidade, se nos concentrarmos no que é bom para o ser humano, deixamos de encarar a maior produtividade e eficiência como fins em si mesmos e passamos a encarar valores mais humanos como primordiais: “Para responder à derradeira questão da tecnologia, se faz o ser humano feliz, se proporciona mais avanços para os humanos, se cria uma sociedade melhor. E se a resposta for não, devíamos pensar em não a utilizar ou em implementar algumas restrições.”
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-05-01 19:24:32
«O [lado] negativo [da evolução tecnológica], [ ],
prende-se com o culto absoluto da eficiência,
que reduz o valor da humanidade.»

__________________________________________________

Parece-me que maximizar a eficiência com dispositivos
de inteligência  artificial não suscitará nenhuma ameaça
especial na valorização da humanidade.

De facto, a eficiência, função variável destinada
justamente, à obtenção de um máximo
rendimento com recursos dados; ou,
alternativamente, minimização
de meios para dado
rendimento,

não vejo em que interfira com a valorização
das aptidões genuinamente humanas,
de entender relacionar o que
nunca o haja sido, de modo
a compreender porquê
e como
há tudo
o que há!

O que um dispositivo de inteligência pesquisadora
artificial nunca conseguirá porque jamais
se 'compreenderá' a si própria,
por muito que se interrogue,
pois entraria forçosa
em looping
infinito;

o que não sucede numa inteligência
racional e natural, dada a contiguidade
biológica, vivencial, que a liga ao mundo!



Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2018-12-10 04:28:03
Vale a pena transcrever esta entrevista sobre IA...

   ???



"A máquina é mais barata do que o Homem para executar as mesmas tarefas.
As pessoas vão viver num limiar de sobrevivência"


ENTREVISTAS VISÃO 18.11.2018 às 13h41  -  RUI ANTUNES

Leia ou releia a entrevista a Luís Moniz Pereira, Especialista em Inteligência Artificial



Luís Moniz Pereira, 70 anos, professor catedrático aposentado, há uma década, da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, dedica-se agora a tempo inteiro à Inteligência Artificial (IA), como investigador no Laboratório de Ciência Computacional e Informática. Neste tempo, consolidou ideias sobre a forma de introduzir conceitos morais e éticos nas máquinas, de modo a prevenir os riscos associados à sua crescente autonomia e que já hoje as habilita, por exemplo, a disparar sem ordem humana. É esse o tema que levará ao Festival de Filosofia de Abrantes, que decorre entre 9 e 18 de novembro.

Em que medida a Inteligência Artificial está a tomar conta das nossas vidas?

Na verdade, a Inteligência Artificial ainda não chegou. Ou chegou apenas uma pequena amostra. A maior parte do que hoje se chama com espetacularidade Inteligência Artificial é aquilo que, em Ciências da Computação, os cientistas mais rigorosos apelidam de Data Science. Essencialmente, é uma tecnologia que reconhece padrões ou imagens. O tradutor do Google ou a Siri, que traduzem frases completas, não percebem absolutamente nada. Limitam-se a recorrer a uma enorme base de dados para encontrarem frases muito parecidas. Isso não deixa de ser útil, mas a IA é muito mais do que isso – significa um todo que envolve imaginar, argumentar, provar teoremas matemáticos, e tudo continua ausente. Portanto, a IA ainda vai tomar conta das nossas vidas de maneiras muito mais sofisticadas.

As máquinas vão pensar?

Claro. Digamos que são mais um utensílio que os humanos vão ter, como em tempos tiveram o arco e a flecha. O desafio é pôr o pensamento fora do cérebro, transpor para outro hardware todas as nossas capacidades cognitivas, criatividade incluída. Da mesma forma que os biólogos pensaram em criar vida num laboratório, outros cientistas pensam em colocar inteligência noutro suporte. Não será num tubo de ensaio, certamente.

Desta amostra de IA, como lhe chama, o que mais o surpreendeu?

Surpreendeu-me muito o Watson, a máquina da IBM que ganhou o concurso [televisivo de cultura geral] Jeopardy. O jogo exige muito conhecimento e algum raciocínio. Houve ali uma combinação de tecnologias e de saberes desenvolvidos pela IA para tornar aquilo possível. Já não é só um programazinho para uma coisa muito específica.

Se faz raciocínios já não é só uma máquina que analisa padrões e imagens.

Justamente. Os robôs autónomos são outra forma da IA que me surpreendeu. Já não é o robô que faz sempre o mesmo, começa a ter autonomia. São os drones, os carros sem condutor, os robôs que vão à mercearia pela rua fora e fazem a entrega das compras. A simbiose homem-máquina vai ser o futuro e, certamente, as máquinas vão tornar-se mais humanas. A autonomia obriga-as a conviver connosco e, para se inserirem na sociedade, vão precisar de regras sociais e morais. Até mesmo na convivência entre elas. Imaginemos uma equipa de robôs a fazer a segurança num centro comercial. Eles terão de se coordenar na reação a um roubo, um incêndio, um ataque, seja o que for.

Esse cenário pressupõe que não exista um humano a supervisionar?

As máquinas podem estar em Marte, no fundo do mar, numa missão de salvamento no topo de uma montanha ou a lidar com uma tragédia qualquer, um terramoto, um tsunâmi... Cada vez haverá mais robôs com esse grau de iniciativa e que não podem estar à espera das instruções de um humano, além de que a máquina que está no terreno tem muito mais informação do que o humano que está longe. É o que já acontece com os drones autónomos, que são capazes de identificar caras e têm autonomia para atacar. Ainda não a usam, ou é-lhes negado que a usem, mas a tecnologia existe e pode começar a ser utilizada de um momento para o outro, até porque o inimigo também a tem.

As grandes potências estão numa corrida para terem o melhor desse tipo de armamento?

Temos o exemplo do projeto da Google com o Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América, que contribui com o seu know how de gestão de imagens para a identificação de caras. Os drones conseguem reconhecer pessoas no meio de uma manifestação, coisa que também já se faz na China. Não se trata de um clima de guerra, mas as autoridades têm uma espécie de ficha em que vão pondo as coisas boas e más das pessoas e em que lhes atribuem pontos que determinam a rapidez do acesso à saúde, ao emprego, a uma casa, etc. Sabem quem contactou com fulanos suspeitos, quem encomendou alguma coisa pela internet, quem andou a ler artigos sobre o fabrico de explosivos – é uma espécie de controlo social através de ferramentas de IA.

Foi um dos 56 cientistas e académicos que apelaram, em abril, ao boicote a uma universidade sul-coreana, devido ao envolvimento num projeto para desenvolver robôs de guerra autónomos. Há um risco demasiado elevado de haver um engano nos algoritmos ou até de serem criados algoritmos com as piores intenções?

Ainda não há técnicas de informática que certifiquem as propriedades morais das máquinas. Estamos muito atrasados na criação de um software de segurança, com padrões internacionais, que também as protejam, por exemplo, de ataques de hackers. E enquanto uma bomba atómica exige tecnologia muito complicada, já os drones estão ao alcance de todos. Hão de aparecer robôs para roubar e matar, ou um drone que entra por uma janela com um explosivo sem ninguém saber quem o enviou. É muito difícil ter a certeza de que as máquinas não fazem nada de errado, e aí entramos no campo da moral.

Tem sido esse o centro das suas investigações. Porque diz que estamos muito atrasados na introdução de uma moral nas máquinas?

Sabemos pouco sobre a nossa moral, e as teorias não se entendem quanto a esta questão. Temos várias religiões no mundo e, entre os seus pares, são todos muitos bonzinhos, mas com os outros já não o são. Porque a moral evoluiu para se criar coesão dentro de determinado grupo, e a Humanidade encontra-se nesta encruzilhada em que ainda não foi capaz de se ver como um único grupo, à escala planetária.

Não existindo uma moral universal, como se poderão minimizar as divergências para impor alguma ordem na autonomia crescente dos robôs?

Não podemos esperar que eles tenham logo uma moral completa que se aplique a todos os casos. Podemos criar uma base moral, com um conjunto de regras gerais, e depois o informático configura o programa de acordo com as regras morais específicas de cada cultura. E também tem de haver a possibilidade de o robô ir revendo a sua moral à medida que as situações se desenrolam. Mas estamos longe de poder produzir esse software, além de também nos encontrarmos atrasados a nível legal. Imagine-se um acidente entre dois carros sem condutor. Quem é o culpado? É o carro? É o Estado? É o fabricante? É o proprietário? Os especialistas de Direito, como não percebem nada de máquinas, estão à espera para ver o que acontece.

Ao nível da introdução de conceitos morais nas máquinas, falamos de um futuro a que distância?

Vai depender do investimento que se faça, mas serão umas boas dezenas de anos, e é por isso digo que estamos atrasados. The Future of Life Institute, que reuniu grandes nomes da ciência e tecnologia, como o Elon Musk e o já falecido Stephen Hawking, é uma instituição privada sem fins lucrativos que levanta o problema da segurança na corrida à IA, por analogia à corrida às armas nucleares. Este ano, escolheu dez projetos para apoiar, entre 200 candidatos, e o meu é um deles. O objetivo é precisamente criar mecanismos que levem as empresas de IA a desenvolverem software que promova a segurança das máquinas.

Qual o ponto de partida para se concretizar um objetivo desses?

Há várias maneiras, por exemplo com incentivos ou penalizações, conforme o grau de colaboração com outras empresas do setor. Cada interveniente quer ser o primeiro a ter determinado produto para ganhar mais dinheiro, mas deixa de receber informação partilhada da concorrência se descurar a segurança, por exemplo. Ou fica sem acesso ao fundo de financiamento para o qual todos contribuíram no início. O projeto passa por mostrar que, definindo-se certas regras de jogo, com diferentes consequências, quanto mais longe se estiver disposto a ir na cooperação com os outros, mais recompensas se terá.

Alinha com a tese de que as máquinas nos vão roubar empregos e criar maior desigualdade social entre pobres e ricos?

É inevitável. O próprio trilho da nossa espécie diz-nos que há sempre uns que beneficiam mais do que outros. E com a amplificação tecnológica, os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Acredito que vamos evoluir para uma sociedade de castas, no sentido em que teremos acima de todos os donos dos robôs, depois os administradores das máquinas, a seguir os seus executivos e, por fim, os explorados. Para uns criarem riqueza vão ter de explorar outros. Isso vai gerar revoltas, e os robôs serão usados para proteger as castas mais elevadas e dominar a população.

Como nos filmes de ficção científica?

Nós já estamos bastante robotizados nas nossas vidas de consumo permanente. As crianças estão tão habituadas ao smartphone que nem sabem lidar com as outras. As pessoas são transformadas em meros objetos de consumo e serão ainda mais mal pagas. Como o software vai ser cada vez mais cognitivo, as máquinas e os robôs vão substituindo os humanos com uma perversidade que é como se estivéssemos a marcar golo na própria baliza. Há centenas de milhares de pessoas a ganhar dinheiro no ensino das máquinas. Estão a trabalhar para ficarem sem emprego.

Já não vamos a tempo de virar o jogo a nosso favor?

Vamos caminhar para uma “uberização” de todas as profissões. Está um arquiteto numa “uber” de arquitetos e recebe uma chamada a solicitar os seus serviços durante três horas, para verificar se uma planta está conforme os regulamentos. “Está livre?” “Sim, estou, vou a caminho.” Vai ser assim.

Olha o futuro com preocupação?

É uma questão ideológica. A Humanidade cria instrumentos que permitem aproveitar recursos da Natureza. Pergunta-se: quem beneficia com isso? Porque há de ser o grande beneficiado o presidente da empresa tal, que a criou com vários contributos da sociedade envolvente, a começar nas universidades? Como a sociedade está cada vez mais globalizada, deve ser o todo a beneficiar da riqueza que produz. Tem de haver uma distribuição muito maior, mas o que se vê é que o hiato está a aumentar e não a diminuir. Em vez de ser posta ao serviço de todos, a IA vai agravar esse problema de uma maneira muito aguda. A máquina é mais barata do que o humano para executar as mesmas tarefas. Cada vez mais, as pessoas vão viver num limiar de sobrevivência e a consumir coisas que não lhes interessam para nada. Seremos como aquelas quintas de galinhas e porcos em que os animais vivem todos ao molho, só a produzir riqueza para outros.

É um cenário catastrófico.

Por isso é que ninguém fala dele. É completamente tabu. Tenho 70 anos e a mim este cenário já não me vai afetar, mas acho que não está muito distante.

É para o século XXI?

É certamente para o século XXI.



http://visao.sapo.pt/atualidade/entrevistas-visao/2018-11-18-A-maquina-e-mais-barata-do-que-o-Homem-para-executar-as-mesmas-tarefas.-As-pessoas-vao-viver-num-limiar-de-sobrevivencia (http://visao.sapo.pt/atualidade/entrevistas-visao/2018-11-18-A-maquina-e-mais-barata-do-que-o-Homem-para-executar-as-mesmas-tarefas.-As-pessoas-vao-viver-num-limiar-de-sobrevivencia)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vifer em 2018-12-10 09:32:11
Citar
Alinha com a tese de que as máquinas nos vão roubar empregos e criar maior desigualdade social entre pobres e ricos?

É inevitável. O próprio trilho da nossa espécie diz-nos que há sempre uns que beneficiam mais do que outros. E com a amplificação tecnológica, os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Acredito que vamos evoluir para uma sociedade de castas, no sentido em que teremos acima de todos os donos dos robôs, depois os administradores das máquinas, a seguir os seus executivos e, por fim, os explorados. Para uns criarem riqueza vão ter de explorar outros. Isso vai gerar revoltas, e os robôs serão usados para proteger as castas mais elevadas e dominar a população.

TRETAS!!!!

No limite os robots fazerem todos os serviços e produzirem todos os bens, os unicos explorados sao os robots que nada reclamam. Explorar os humanos para quê e em quê?

Já sao 70 anos!!! ::)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-12-10 10:25:37
Contudo, o problema é o de excesso demográfico;

grande número da espécie sapiens
vai limitar-se a uma vida
desintelectualizada
com pouco uso

do córtex cerebral.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vifer em 2018-12-10 11:07:29
Contudo, o problema é o de excesso demográfico;

grande número da espécie sapiens
vai limitar-se a uma vida
desintelectualizada
com pouco uso

do córtex cerebral.

Tanta preocupação sem interesse nenhum, preocupante é o numero de gays a crescerem exponencialmente, o caozinho e seus previlegios e outras maluqueiras!!

Quanto á falta de actividade cerebral nada muda, o que muda é o metodo para o exercitar, pelo vistos nem vai ser preciso exercita-lo, basta o velhinho conceito de "upload" :D

Citar
"Chips cerebrais que nos tornam mais inteligentes já são realidade
Startup espera que cérebros humanos acompanhem a evolução da inteligência artificial"
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/inteligencia-artificial/chips-cerebrais-que-nos-tornam-mais-inteligentes-ja-sao-realidade-47n592tcgrou4xiyzxa041d92/ (https://www.gazetadopovo.com.br/economia/inteligencia-artificial/chips-cerebrais-que-nos-tornam-mais-inteligentes-ja-sao-realidade-47n592tcgrou4xiyzxa041d92/)
Copyright © 2018, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

Citar
Chip neuromórfico que se aproxima do cérebro humano é revelado pela Intel

 ???
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-12-10 12:57:34
[ ] Quanto á falta de actividade cerebral nada muda, o que muda é o metodo para o exercitar, pelo vistos nem vai ser preciso exercita-lo, basta o velhinho conceito de "upload" :D


Estás a obliterar o excesso demográfico.

Não há trabalho para todos. Há humanos a mais.
Se não morrerem, não diminuírem, viverão
assistencialmente, e abulicamente.
Isto, para lá dos maricas.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2018-12-10 14:25:33
Contudo, o problema é o de excesso demográfico;

grande número da espécie sapiens
vai limitar-se a uma vida
desintelectualizada
com pouco uso

do córtex cerebral.

Tanta preocupação sem interesse nenhum, preocupante é o numero de gays a crescerem exponencialmente, o caozinho e seus previlegios e outras maluqueiras!!

Quanto á falta de actividade cerebral nada muda, o que muda é o metodo para o exercitar, pelo vistos nem vai ser preciso exercita-lo, basta o velhinho conceito de "upload" :D

Citar
"Chips cerebrais que nos tornam mais inteligentes já são realidade
Startup espera que cérebros humanos acompanhem a evolução da inteligência artificial"
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/inteligencia-artificial/chips-cerebrais-que-nos-tornam-mais-inteligentes-ja-sao-realidade-47n592tcgrou4xiyzxa041d92/ (https://www.gazetadopovo.com.br/economia/inteligencia-artificial/chips-cerebrais-que-nos-tornam-mais-inteligentes-ja-sao-realidade-47n592tcgrou4xiyzxa041d92/)
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Citar
Chip neuromórfico que se aproxima do cérebro humano é revelado pela Intel

 ???

Porque é que para um homem há-de ser preocupante o número de gays, desde que homens ( :D ) a crescer exponencialmente? Desde quando é que a diminuição exponencial da concorrência te parece um negativo? eheh

Aliás, dir-se-ia que é até bom, tanto para gays como para não gays. Para gays, ficam com maior escolha. Para não gays, ficam com menor concorrência. Sabes, vifer, nas sociedades onde há menos homens disponíveis, ou menos interessantes para as mulheres locais, a procura e atenção dirigida aos restantes cresce de forma exponencial, também.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vifer em 2018-12-10 17:38:33

Porque é que para um homem há-de ser preocupante o número de gays, desde que homens ( :D ) a crescer exponencialmente? Desde quando é que a diminuição exponencial da concorrência te parece um negativo? eheh

Aliás, dir-se-ia que é até bom, tanto para gays como para não gays. Para gays, ficam com maior escolha. Para não gays, ficam com menor concorrência. Sabes, vifer, nas sociedades onde há menos homens disponíveis, ou menos interessantes para as mulheres locais, a procura e atenção dirigida aos restantes cresce de forma exponencial, também.

 ;D

O teu raciocinio é valido e concordo com ele, porque colocaste aquela condição!
Quando coloquei o termo "Gays" nao excluia nenhum genero, e, nao me preocupa o movimento desde que nao implementem subsidios ou outros apoios compensatorios  ;D ;D >:(
E por outro lado nao é nada estetico! :o
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vifer em 2018-12-10 17:43:18
[ ] Quanto á falta de actividade cerebral nada muda, o que muda é o metodo para o exercitar, pelo vistos nem vai ser preciso exercita-lo, basta o velhinho conceito de "upload" :D


Estás a obliterar o excesso demográfico.

Não há trabalho para todos. Há humanos a mais.
Se não morrerem, não diminuírem, viverão
assistencialmente, e abulicamente.
Isto, para lá dos maricas.

Tou nada!

NAo havendo problema com a produção ( Os RObots tratam disso) sobra mais tempo para outras coisas.

Filosofia, Poesia, sexo....e a ultima coisa que escrevi!

Falta de espaço tambem nao há, aconselho-te a ver o programa "ultima fronteira" que dá aos Domingos de manha no canal 1 pelas 9:30, e ves que planetas por esse firmamento fora é coisa que nao falta. E VAZIOS!!  ;D ???
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-12-10 20:22:30
Uma data de sapiens, historicamente foram sempre utilizados a produzir sem compreender.
O exército, os militares são exímios a treinar pessoal a fazer coisas sem perceberem para quê.
Ora, se os robôs passarem a fazê-lo, em que se ocuparão os sapiens trabalhadores sem pensar?

Nem penses que se dediquem a poesia e a sexo poético ou criativo. Não compreendem isso
como não compreendiam aquilo em que trabalhavam e as máquinas os substituíram.
Prosseguirão a viver abúlica e socorridos pela assistência social, isto
se não morrerem ou não forem escravizados a trabalho
auxiliar ao robótico.

Quanto a outros planetas, só se conseguirmos
uma forma de atravessar o espaço
sem envelhecer na viagem
e isso ainda não se sabe
como fazer, e para
que planetas
ir!

-:)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vifer em 2018-12-11 10:10:54
Caro Vbm,

Deixa os Robots trabalhar "by your command"  ;D

Quanto ao resto, nao  subestimes a capacidade criativa e abstractiva do tal Sapiens. No limits!!

(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d4/Cellarius_ptolemaic_system_c2.jpg/716px-Cellarius_ptolemaic_system_c2.jpg)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2018-12-11 12:17:15
Claro que não subestimo os sapiens.
Inch'Allah, vivam e prosperem pelos séculos a vir.

Mas, nota bem, a selecção natural aprimora os viventes
que conseguem não sucumbir, e se o mundo moral
exagerar na solidariedade assistencial,
lá se vai a 'selecção natural'
posto que vira artificial…

Já mesmo a medicina ocidental,
os antibióticos, as vacinas, a penicilina,
muito desregularam a mortalidade
infantil, e a demografia
explode a aritmética
dos recursos
planetários.

Os dois lúcidos 'pessimistas'
que fundaram a economia,
Malthus e Ricardo,

mostraram à saciedade,

a procura crescente a delapidar
a riqueza, convertendo os bens livres
em bens escassos, acentuando

o monopolismo rentista absoluto
e diferencial quer na exploração
dos recursos limitados, quer
na desigual produtividade
da sua exploração.

Controle-se a população,
contenha-se a procura,
cesse a inutilidade.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: jeab em 2019-01-24 17:55:33
Homem mais rico do Japão revela em quais setores investe seus bilhões - e por que - InfoMoney


 https://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/7884156/homem-mais-rico-do-japao-revela-em-quais-setores-investe-seus-bilhoes---e-por-que?fbclid=IwAR12kaVesHIPwgMNVlFHt2TGeAEmJkvndf498gwKEa8L2btd4X5xP8BOBzA (https://www.infomoney.com.br/negocios/grandes-empresas/noticia/7884156/homem-mais-rico-do-japao-revela-em-quais-setores-investe-seus-bilhoes---e-por-que?fbclid=IwAR12kaVesHIPwgMNVlFHt2TGeAEmJkvndf498gwKEa8L2btd4X5xP8BOBzA)


Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Ugly bull em 2019-01-25 20:05:24
Bem, a DeepMind já conseguiu por AI a vencer um jogo de estratégia de guerra. A curva de conhecimento, se não é exponencial deve andar lá perto...Os generais que se cuidem.
E se este algoritmo, ou análogo, conseguir ligar-se a algoritmos associados a meios de defesa e desata a utilizar os meios ao seu dispor 'pensando' estar jogando StarCraft? Já estivemos mais longe...

https://www.vox.com/future-perfect/2019/1/24/18196177/ai-artificial-intelligence-google-deepmind-starcraft-game?fbclid=IwAR1MswovxeLYZRkCNKTWkTILoKFwpgOiChBdDTIYiw4yvCPOZxzIUYDCCYs (https://www.vox.com/future-perfect/2019/1/24/18196177/ai-artificial-intelligence-google-deepmind-starcraft-game?fbclid=IwAR1MswovxeLYZRkCNKTWkTILoKFwpgOiChBdDTIYiw4yvCPOZxzIUYDCCYs)

"Nonetheless, the announcers said again and again that in many respects AlphaStar was breathtakingly humanlike. It understood how to feint, how to muster an early attack, how to respond to an ambush, how to navigate the terrain."
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2019-01-25 21:53:26
E como será que um programa de IA se imuniza contra um vírus que o leve e automutilar-se?
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: D. Antunes em 2019-02-12 22:22:55
-
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2019-02-13 08:15:45
Just, fear.
But that is not my question.
Can a robot-programm be imune to a suicide command?

Because, we, humans [as well, as wales!], as a matter of fact, are not!
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: 5555 em 2019-02-18 14:34:27
Citar
A Inteligência Artificial de Elon Musk assusta os próprios criadores

Elon Musk é o principal rosto de muita de tecnologia revolucionária que está a surgir no mundo. Um visionário para muitos, um louco para tantos outros. A Inteligência Artificial é uma das áreas onde tem vindo a investir e uma das empresas relacionadas é a OpenAI.

Agora, investigadores da OpenAI e criadores de um sistema revolucionário de Inteligência Artificial capaz de escrever reportagens e trabalhos de ficção – apelidados de “deepfakes for text” – deram o passo incomum. As suas pesquisas relacionadas com este trabalho não serão divulgadas por medo de um possível uso indevido....

https://pplware.sapo.pt/informacao/inteligencia-artificial-elon-musk-assusta/#.XGq9WqJlBcY.email (https://pplware.sapo.pt/informacao/inteligencia-artificial-elon-musk-assusta/#.XGq9WqJlBcY.email)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2019-02-18 16:19:27
eheh, cuidado com o exagero. Eu vi alguns exemplos de texto e eram assustadores, mas não devido às razões aí implícitas.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Ugly bull em 2019-02-18 17:00:32
Evaluation and accurate diagnoses of pediatric diseases using artificial intelligence

https://www.nature.com/articles/s41591-018-0335-9.epdf?shared_access_token=kYwNzjedscF0OZTd8tHpFNRgN0jAjWel9jnR3ZoTv0Pla3YPVty9c9jzD-Dx5GL9EY6JnNqF6RiJw4RxD297oj5CKE5ZCo-PlNNp34GfH4k093epcFR4w8vzVc7ZB4bVH_rsGsCxKhd5_TLDDxOWyI8-weX1eNdpEigQa5m5BD0%3D (https://www.nature.com/articles/s41591-018-0335-9.epdf?shared_access_token=kYwNzjedscF0OZTd8tHpFNRgN0jAjWel9jnR3ZoTv0Pla3YPVty9c9jzD-Dx5GL9EY6JnNqF6RiJw4RxD297oj5CKE5ZCo-PlNNp34GfH4k093epcFR4w8vzVc7ZB4bVH_rsGsCxKhd5_TLDDxOWyI8-weX1eNdpEigQa5m5BD0%3D)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: 5555 em 2019-02-19 21:51:37
Citar
https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6503618947064086528 (https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6503618947064086528)

GlobalStart Business Innovation Development

 Take a good look at the face in the image below. Is it look real? https://lnkd.in/e7gRW79 (https://lnkd.in/e7gRW79) website uses Artificial Intelligence, Generative Adversarial Networks (GANs) to generate photos of people who do not exist...

While visiting the website, you need to "refresh" to see more images...


https://thispersondoesnotexist.com/ (https://thispersondoesnotexist.com/)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2019-02-19 23:25:54
Há inteligência biológica, animal,
humana, algorítmico-probabilística,
e inteligência nula ou meramente
sequencial de determinações
físico-químicas.


Agora, sem dúvida o mundo natural
é surpreendente: os insectos, por exemplo,
a mosca, a instantaneidade da sua movimentação
no espaço, a rapidez da sua percepção visual e olfactiva,
a múltipla capacidade de reprodução são um espanto
de adaptação e interacção com o meio ambiente.
 

 
---------- // ----------

Portanto, distinguimo-nos dos robots,
não por fazermos o mesmo que eles,
i.e., alcançar resultados valiosos,
na sequência de operações
que os determinam
e causam,

mas sim porque sofremos e nos custa muito
alcançar isso e compreendê-lo deveras
e sempre na eminência de
mudarmos de ideias
e passarmos a
 
fazer outra coisa qualquer
!


Ou seja, somos gente e não máquinas.
Mas ainda assim, por muito que isso
nos torne semelhantes a outros
mamíferos sofredores
como nós,

o ponto é que só conhecemos o nosso sofrimento
e não o dos outros! E mesmo, por exemplo,
numa cirurgia, com anestesia,
não sentimos em absoluto
n a d a, por muito
que estejamos

a ser esquartejados!


De resto, já noutras espécies animais,
insectos, peixes, está por saber
se sofrem dores… ou

meramente morrem!
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2019-03-08 17:08:13
ThisPersonDoesNotExist, site usa Inteligência Artificial para criar imagens de rostos
http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2019-02-16-ThisPersonDoesNotExist-site-usa-Inteligencia-Artificial-para-criar-imagens-de-rostos (http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2019-02-16-ThisPersonDoesNotExist-site-usa-Inteligencia-Artificial-para-criar-imagens-de-rostos)


Impressionante e assustador.
O realismo dos rostos criados por AI e ainda por cima não existem...

   :o
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: tatanka em 2019-03-08 17:24:53
ThisPersonDoesNotExist, site usa Inteligência Artificial para criar imagens de rostos
[url]http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2019-02-16-ThisPersonDoesNotExist-site-usa-Inteligencia-Artificial-para-criar-imagens-de-rostos[/url] ([url]http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2019-02-16-ThisPersonDoesNotExist-site-usa-Inteligencia-Artificial-para-criar-imagens-de-rostos[/url])


Impressionante e assustador.
O realismo dos rostos criados por AI e ainda por cima não existem...

   :o


Util para quem quiser criar um perfil fake, para andar descansado no Tinder  :D
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2019-03-08 17:36:36
MIT criou robô eletrónico capaz de dar saltos mortais
http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/ciencia/2019-03-04-MIT-criou-robo-eletronico-capaz-de-dar-saltos-mortais (http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/ciencia/2019-03-04-MIT-criou-robo-eletronico-capaz-de-dar-saltos-mortais)


Este robot é um mimo!
Com uns volumes e uma pele...
P'ra brincar com os gatos e cães...

Os EUA já devem estar a pensar em robots p'ra passear os cães na rua...
E muito mais...


   :)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2019-03-08 18:27:12
lolinho
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: amsf em 2019-03-08 21:18:57
Quem se impressiona com esse brinquedo não deve conhecer os robots da Boston Dynamics 

https://www.google.com/search?q=boston+dynamics&rlz=1C1AOHY_pt-PTPT749PT749&tbm=vid&source=lnt&tbs=qdr:m&sa=X&ved=0ahUKEwjk_aDhu_PgAhUQkxQKHe0VBcwQpwUIIA&biw=1066&bih=678&dpr=0.75 (https://www.google.com/search?q=boston+dynamics&rlz=1C1AOHY_pt-PTPT749PT749&tbm=vid&source=lnt&tbs=qdr:m&sa=X&ved=0ahUKEwjk_aDhu_PgAhUQkxQKHe0VBcwQpwUIIA&biw=1066&bih=678&dpr=0.75)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Automek em 2019-03-08 21:33:30
os tipos têm aquele do parkour que salta obstáculos, desníveis e faz também o backflip. está muito bom. os movimentos dos saltos e equilíbrio já são bastante "humanos".
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: amsf em 2019-03-08 21:50:37
Comparando com a nossa história recente, nomeadamente 25 de abril, quero ver como poderemos enfrentar fisicamente e psicologicamente estes soldados/drones robots. Será que deixarão cair os "regimes" que servirão se lhes pusermos um cravo no cano da arma ou se apelarmos à decência, aos valores humanos, ao sentido de justiça!
O perigo não está nos robots mas nos humanos que os hão-de controlar. Com militares/polícias robots vencerá sempre a razão da força, nem será necessário recorrer à manipulação e propaganda para manter as massas numa escravatura consentida e voluntária.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Beruno em 2019-03-09 18:00:46
Um artigo dum gajo a bater nesta onda da AI

https://scottlocklin.wordpress.com/2019/02/09/ai-is-not-eliminating-jobs/
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2019-03-20 16:22:41
Nvidia AI Turns Doodles Into Realistic Landscapes
https://www.extremetech.com/extreme/288024-nvidia-ai-turns-doodles-into-realistic-landscapes (https://www.extremetech.com/extreme/288024-nvidia-ai-turns-doodles-into-realistic-landscapes)


Esta IA ainda é muito arcaica!

Só quando houver uns cilindros escuros, acabamento vidro, um metro de altura,
distribuídos em cima dos bancos do hemiciclo do Parlamento, ligados em rede,
com uns néons activos, que tomam as decisões certas para o país inteiro...

Aí sim! É que ficarei satisfeito por sermos mesmo muito bem governados...
E nem existirão partidos políticos, pois não servem para nada de bom.


   :)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: meopeace em 2019-03-24 04:44:57
MIT Develops Algorithm to Accelerate Neural Network Evaluation by 200x
By Joel Hruska on March 22, 2019 at 10:02 am

https://www.extremetech.com/computing/288152-mit-develops-algorithm-to-accelerate-neural-networks-by-200x (https://www.extremetech.com/computing/288152-mit-develops-algorithm-to-accelerate-neural-networks-by-200x)


Vale a pena a paciência de 23 minutos e ver o video da conversa com Kasparov

   :)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2019-03-24 07:49:41
Vi. É bom. Mas julgava que iria ouvir
sobre a comparação entre os processos
da mente, a criatividade, a lógica e
a compreensão versus a mera
competência de chegar a resultados
por encadeamento mecânico dos
efeitos de cada ponto de partida
e exploração dos mais ricos de
informação e consequências.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2019-07-29 09:22:26
Sem dúvida, os robots expandem desemprego.

Num primeiro momento analítico, de duração
indeterminada, impostos, contribuições
serão cobradas no IVA de todas
as actividades para subsidiar
o novo desemprego.

E a seguir, como vai ser?
Decresce a população?
Cresce a instrução?
Ganham-se novas
aptidões?

Fomenta-se
o non-sense,
cobrado, tipo
banha-da-cobra?

Ou altera-se o físico
e o psiquismo do Sapiens?
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Incognitus em 2019-07-29 16:34:48
Os robots aumentam a produtividade, que é o que atira para a frente o nível de vida. É claro, com o aumento de produtividade existe uma necessidade constante em diversificar os bens e serviços disponíveis no mercado, de forma a manter o emprego.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2019-07-29 17:01:28
Muito perigoso,
porque estupidificar as massas
pode ser inconveniente; creio,
aliás, o contrário esteja a
implementar a China,
demografia contida,
instrução intensa
dos jovens.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: vbm em 2019-07-29 17:14:12
Marcou-me para sempre
o livro de Carlos Espírito Santo de Mello
O Que os Média Não Dizem («The Media's
Taboo — An Essay on Population Growth»
),
Editora Civilização, Porto, 2000, onde
condena todo o descalabro
demográfico, após
o ano de 1950,
em que a população
bem poderia ter-se
estabilizado, nos
seus 3 500 milhões de pessoas,
e desatou a dobrar e ir a caminho
dos 10 000 milhões, um desmando
a censurar à União Indiana, à América
Católica, à África e à população muçulmana!
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Inrahim em 2019-07-30 11:08:52
Eu espero que você esteja agora sobre aspiradores de pó
(http://www.crn.ru/upload/iblock/b81/xiaomi.jpg) (https://www.deviceranks.com/es/cleaner)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: jeab em 2019-09-06 15:20:15
IBM: Robôs vão roubar 120 milhões de empregos nos próximos três anos
Um estudo da empresa norte-americana mostrou que a inteligência artificial vai ameaçar cerca de 120 milhões de empregos. EUA, China, Japão, Brasil e França são os que vão sofrer mais cortes.

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/ibm-robos-vao-roubar-120-milhoes-de-empregos-nos-proximos-tres-anos?utm_term=IBM%3A+Robos+vao+roubar+120+milhoes+de+empregos+nos+proximos+tres+anos&utm_campaign=Newsletter&utm_source=tecnologia_ativos_2&utm_medium=email&eg_sub=fb06e11558&eg_cam=ddc26859d1530bdb72a7d543cc40ebfc&eg_list=6 (https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/tecnologias/detalhe/ibm-robos-vao-roubar-120-milhoes-de-empregos-nos-proximos-tres-anos?utm_term=IBM%3A+Robos+vao+roubar+120+milhoes+de+empregos+nos+proximos+tres+anos&utm_campaign=Newsletter&utm_source=tecnologia_ativos_2&utm_medium=email&eg_sub=fb06e11558&eg_cam=ddc26859d1530bdb72a7d543cc40ebfc&eg_list=6)
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Ugly bull em 2019-10-03 11:54:27
Citar
France Set to Roll Out Nationwide Facial Recognition ID Program
France is poised to become the first European country to use facial recognition technology to give citizens a secure digital identity -- whether they want it or not.

Saying it wants to make the state more efficient, President Emmanuel Macron’s government is pushing through plans to roll out an ID program, dubbed Alicem, in November, earlier than an initial Christmas target. The country’s data regulator says the program breaches the European rule of consent and a privacy group is challenging it in France’s highest administrative court. It took a hacker just over an hour to break into a “secure” government messaging app this year, raising concerns about the state’s security standards.
“The government wants to funnel people to use Alicem and facial recognition,” said Martin Drago, a lawyer member of the privacy group La Quadrature du Net that filed the suit against the state. “We’re heading into mass usage of facial recognition. (There’s) little interest in the importance of consent and choice.” The case, filed in July, won’t suspend Alicem.
With the move, France will join states around the world rushing to create “digital identities” to give citizens secure access to everything from their taxes and banks to social security and utility bills. Singapore uses facial recognition and has signed an accord to help the U.K. prepare its own ID system. India uses iris scans.
France says the ID system won’t be used to keep tabs on residents. Unlike in China and Singapore, the country won’t be integrating the facial recognition biometric into citizens’ identity databases. In fact, the interior ministry, which developed the Alicem app, says the facial recognition data collected will be deleted when the enrollment process is over. That hasn’t stopped people from worrying about its potential misuse.

Pouco a pouco...Esta tecnologia de controlo de massas é demasiado sedutora para deixar de fora países 'democráticos'.
A batalha que ocorre nas ruas de Hong Kong também tem a ver com esta (tentativa de?) captura das liberdades individuais.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Reg em 2019-10-03 13:29:49
hong kong vai mesmo ser ditadura ate tem data para isso

ja na franca...isso deve servir  espiar tipo policia  ou chantagiar a malta

e ate podem ser pessoas sem ser governo sequer  basta uma pessoa com acesso  a tecnologia um empregado ou

como internet  e hoje   com hacker  por exemplo  ou google para publecidade


vao passar ter tecnologia vai seguir pessoas   na rua onde nao ha VPN!  como na internet
virtual private network extends a private network across a public network, and enables users to send and receive data across shared or public networks as if their computing devices were directly connected to the private network
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Nbo em 2021-09-23 12:47:28
Venho aqui repescar o tópico, para constatar que as empresas mencionadas bateram largamente o mercado nos últimos 3 anos.

Acham que irá continuar assim nos próximos 3?  E empresas? Apostavam nas mesmas (alphabet, Nvidia e NUANCE)?

Abraço.
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: Counter Retail Trader em 2021-09-23 14:05:46
Venho aqui repescar o tópico, para constatar que as empresas mencionadas bateram largamente o mercado nos últimos 3 anos.

Acham que irá continuar assim nos próximos 3?  E empresas? Apostavam nas mesmas (alphabet, Nvidia e NUANCE)?

Abraço.

Citrix

CyberArk Software Ltd

FireEye, Inc

Rapid7, Inc.

Synopsys, Inc

Temenos AG,
Título: Re: Empresas- Inteligência Artificial
Enviado por: D. Antunes em 2021-09-23 23:07:39
hong kong vai mesmo ser ditadura ate tem data para isso

ja na franca...isso deve servir  espiar tipo policia  ou chantagiar a malta

e ate podem ser pessoas sem ser governo sequer  basta uma pessoa com acesso  a tecnologia um empregado ou

como internet  e hoje   com hacker  por exemplo  ou google para publecidade


vao passar ter tecnologia vai seguir pessoas   na rua onde nao ha VPN!  como na internet
virtual private network extends a private network across a public network, and enables users to send and receive data across shared or public networks as if their computing devices were directly connected to the private network

HK, infelizmente confirmou-se