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Geral => Comunidade de Traders => Tópico iniciado por: Kin2010 em 2014-06-30 01:06:08

Título: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-06-30 01:06:08
A insolvência do Grupo Espírito Santo

por João Rendeiro


A sociedade de controlo do grupo Espírito Santo – Espírito Santo Internacional, onde se congregam os quatro ramos da família Espírito Santo, junto aos herdeiros de Mário Mosqueira do Amaral, está ao que tudo indica insolvente.

Ricardo Salgado, na sua entrevista ao Jornal de Negócios, confessou que esta situação de insolvência terá pelo menos uns três anos. Estaria centrada no fato de o Grupo estar despreparado e insuficientemente organizado em meios técnicos e materiais para, por um lado, enfrentar a forte expansão geográfica e de negócios que teve, e, por outro, absorver o forte impacto na desvalorização de ativos originado na crise financeira de 2008.

É salientado que na diferença entre ativos e passivos de mais de dois milhões de euros não terá havido “desvio de dinheiros” o que não deixa de ser boa notícia nas circunstâncias. Uma questão que fica em aberto é quem são hoje os credores desta volumosa verba, sendo que o papel comercial da ESI colocado nos balcões do BES se tem vindo a reduzir.

Está agora, singelamente, explicado o “milagre” tão profusamente propalado pelos escribas de serviço nos Media sobre a genialidade putativa com que o BES escapou ao apoio do Estado na crise financeira de 2008. Está também explicado porque é que José Maria Ricciardi quis “correr” com Ricardo Salgado da Presidência do BES: Ricardo Salgado teria que assumir sozinho o ónus de toda esta situação e seria o seu “bode expiatório”. Ricardo Salgado reagiu ferozmente – como eu o compreendo.

Ricardo Salgado, por ele, já ditou as sentenças que decorrerão dos processos que serão instaurados: há negligência grave, dolo, pensa que não.

Traduzido em linguagem jurídico-financeira, Ricardo Salgado aceita desde logo e sem contestação condenações contra-ordenacionais, seguramente com coimas de muitas dezenas de milhões de euros, por parte da CMVM e Banco de Portugal, mas tentará, em conjunto com os restantes Administradores da ESI, não ser condenado por dolo.

Processos cíveis ou crime em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente no Luxemburgo, baseados no dolo – a terem vencimento – poderiam dar lugar a indemnizações astronómicas, levando muito possivelmente à insolvência pessoal dos cinco ramos familiares acionistas da ESI – Espírito Santo Internacional.

Em Portugal, eu diria ser impossível que uma questão deste tipo não passasse por um processo-crime e que José Maria Ricciardi e os seus colegas não tivessem que responder a uma eventual acusação do Ministério Público por “falsificação de contas”, infidelidade e burla qualificada. Mas, tal como o grande Presidente Pinto da Costa que viu um porco a andar de bicicleta e não teve nada a ver com o “apito dourado”, devemos aguardar e esperar para ver.

Para além dos valores envolvidos e da impressionante desfaçatez com que se responsabiliza um pobre contabilista por tudo, para mim o mais chocante nesta história foi que os membros mais destacados do GES na área financeira não se coibiram de atacar e denegrir em privado e em público outros banqueiros portugueses nas sequelas da crise financeira de 2008.

Ao mesmo tempo que Administradores comuns da Espírito Santo Internacional e do Banco Espírito Santo incumpriam deveres fiduciários fundamentais, pessoas como José Maria Ricciardi ou José Manuel Espírito Santos nunca se cansaram de criticar severamente outros banqueiros que – se algo de errado fizeram – é “brincadeira de crianças” comparado com o que viemos agora a conhecer.

Mais palavras para quê ?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: SrSniper em 2014-06-30 01:45:04
O grupo vai mesmo fechar portas e acabar tudo na barra dos tribunais ?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-06-30 01:51:01
esta coisa do rio forte tb nao sei se eh como dizem, nao sera possivel que tenham a passado o buraco do banco para o rio forte? ja imagino a rio forte a comprar os assets ao book value, depois mandam aquilo a falencia. isto nao sera possivel?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-06-30 02:07:05
E que interesse teriam? Estas famílias não têm uma participação maior nas holdings do que no banco?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-06-30 02:18:08
E que interesse teriam? Estas famílias não têm uma participação maior nas holdings do que no banco?

podiam emitir divida para pagar os assets ao banco e o interesse seria papar os obrigacionistas e isolar o buraco num so sitio. isto nao eh possivel de ser feito? eh uma pergunta.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-06-30 02:38:11
 Rioforte Investments SA, investment holding for Espirito Santo Group´s
non-financial activities, which covers over 3 bio Euro in Assets in Real Estate, Energy,
Agribusiness, Healthcare and Tourism (Hotel and Travel Trade), located across Africa, South
America and Iberia.

------

a RioForte esta presente na area de private equity e pode comprar activos ao BES
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-06-30 10:15:25

A PT deve ter exigido aval do BES no papel comercial da Rio Forte !!! mesmo com "boa experiência", curto prazo e boas condições quero crer que a PT se segurou.
Quero acreditar que será o mínimo exigível a uma gestão prudente e responsável e já nem considero a concentração (  nem um Banco irresponsável concentra tanta $$$ num seu Cliente por melhor que ele seja )
Faltam e tardam e os esclarecimentos sober esta questão ...

Bons negócios

 

 
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Counter Retail Trader em 2014-06-30 10:46:34
Não é um banco qualquer  e vindo de quem vem  não sei ..... ou sabe muito ou muito pouco
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-06-30 11:01:25
A Rio Forte não pode falir.

É pela Rio Forte que a família toda recebe salários...

Director nesta empresa, administrador naquela, ....
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zenith em 2014-06-30 11:09:16
Basta o Ricardo Salgado dizer que agora que chegou aos 70 anos vai-se dedicar à escrita e pubicar um livro sobre a historia privada do BES no pos 25 de Abril para a coisa ficar mais mansa com diria o nosso amigo Louçã ao nosso amigo Sócrates.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-06-30 11:14:32

Pois , mas há muita massa que se está a esvair-se , muito capital destroçado ...

Há muitos aspectos por esclarecer , por justificar , está muito $$$ em causa
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-06-30 11:53:14

Pois , mas há muita massa que se está a esvair-se , muito capital destroçado ...

Há muitos aspectos por esclarecer , por justificar , está muito $$$ em causa

Isso já está assim, há pelo menos, diria, 5 anos.
Isto não é novidade para ninguém dentro da Rio Forte.
O que é novidade, é ter que gerir isto na praça publica...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-06-30 11:53:30
afinal o que se passou, como eh que a rioforte esta praticamente falida? ha por ai algum bom resumo de toda esta confusao? nas noticias nunca dao a big picture de, eh so informacao solta e pessimo jornalismo
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-06-30 11:56:20
afinal o que se passou, como eh que a rioforte esta praticamente falida? ha por ai algum bom resumo de toda esta confusao? nas noticias nunca dao a big picture de, eh so informacao solta e pessimo jornalismo

Acompanho a Rio Forte há algum tempo... porque andaram a estragar um mercado onde a empresa onde estou, se insere.

Há vários anos que várias empresas do grupo Rio Forte perdem dinheiro.... muito dinheiro.
Sistematicamente foi sendo injectado dinheiro nessas empresas, pelo BES, porque familiares e amigos da família, estão em altos cargos nessas empresas...

Mas o buraco não apareceu agora, nem de um dia para o outro. O buraco foi se acumulando ao longo dos últimos anos....
Empresa gerida por algum familiar, factura 100 milhões... "deu 20 milhões de prejuízo??? não faz mal.... aumenta-se o capital em 25 milhões...siga!"
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Mystery em 2014-06-30 12:02:38
afinal o que se passou, como eh que a rioforte esta praticamente falida? ha por ai algum bom resumo de toda esta confusao? nas noticias nunca dao a big picture de, eh so informacao solta e pessimo jornalismo


http://blogs.wsj.com/moneybeat/2014/05/21/espirito-santo-internationals-in-trouble-heres-the-backstory/?mod=WSJ_qtoverview_wsjlatest (http://blogs.wsj.com/moneybeat/2014/05/21/espirito-santo-internationals-in-trouble-heres-the-backstory/?mod=WSJ_qtoverview_wsjlatest)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-06-30 12:04:54
A Rio Forte é um tema da Família ES , não está cotada , se devem muito ou pouco é um problema deles.

Quero acreditar que o BES está devidamente isolado da Rio Forte e do ES Internacional , o BP anda em cima deles desde que identificou o problema da concentração da dívida em meados do ano passado.

Quanto aos credores da ESI ( problema deles, vão ter de resolver ) mas a PT a financiar a Rio Forte , não lembra ao diabo ... 900 Mio€ , tem rating atribuído ? concentração ? garantias adicionais ?



 
     
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-06-30 12:22:08
A Rio Forte é um tema da Família ES , não está cotada , se devem muito ou pouco é um problema deles.

Quero acreditar que o BES está devidamente isolado da Rio Forte e do ES Internacional , o BP anda em cima deles desde que identificou o problema da concentração da dívida em meados do ano passado.

Quanto aos credores da ESI ( problema deles, vão ter de resolver ) mas a PT a financiar a Rio Forte , não lembra ao diabo ... 900 Mio€ , tem rating atribuído ? concentração ? garantias adicionais ?

 

Luso, desculpa-me, mas não estás a ser coerente.
Pela tua ordem de ideias, se é tudo problema deles, se a PT financia a Rio Forte em 900 milhões.... TAMBÉM é problema deles.

Cheira-me que tens 0 euros no BES, mas tens alguma coisa em PT!

Assim é tudo problema deles, e isto é um "non issue".
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-06-30 12:33:06
Quando é que os 900 milhões vencem? Dá a ideia que a PT vai ficar a arder com 900 milhões.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-06-30 12:35:12
De Melo , creio que se tratam de situações não comparáveis :

A PT é uma empresa listada e está obrigada a um conjunto de exigências legais, de boas práticas de gestão e ao escrutínio dos accionistas.
Quanto à Rio Forte é um tema da Família e dos credores , integralmente alheio  ao comum dos cidadãos.

De resto o problema , ao que se sabe, está sediado na ESI e na "debilidade" da sua situação financeira

Mas tenho PT e aguardo esclarecimentos da PT ( o papel comercial vence-se em Julho e bem espero que tenha aval do BES ) - esse $$$ era para liquidar dívida.

Bons negócios
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-06-30 12:35:21
Quando é que os 900 milhões vencem? Dá a ideia que a PT vai ficar a arder com 900 milhões.

Vencem em Julho!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Happy_TheOne em 2014-06-30 12:35:47
afinal o que se passou, como eh que a rioforte esta praticamente falida? ha por ai algum bom resumo de toda esta confusao? nas noticias nunca dao a big picture de, eh so informacao solta e pessimo jornalismo


[url]http://blogs.wsj.com/moneybeat/2014/05/21/espirito-santo-internationals-in-trouble-heres-the-backstory/?mod=WSJ_qtoverview_wsjlatest[/url] ([url]http://blogs.wsj.com/moneybeat/2014/05/21/espirito-santo-internationals-in-trouble-heres-the-backstory/?mod=WSJ_qtoverview_wsjlatest[/url])


essa noticia e de maio  ;)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-06-30 12:36:43
De Melo , creio que se tratam de situações não comparáveis :

A PT é uma empresa listada e está obrigada a um conjunto de exigências legais, de boas práticas de gestão e ao escrutínio dos accionistas.
Quanto à Rio Forte é um tema da Família e dos credores , integralmente alheio  ao comum dos cidadãos.

De resto o problema , ao que se sabe, está sediado na ESI e na "debilidade" da sua situação financeira

Mas tenho PT e aguardo esclarecimentos da PT ( o papel comercial vence-se em Julho e bem espero que tenha aval do BES ) - esse $$$ era para liquidar dívida.

Bons negócios

Sim, tens razão. Mas estás a comparar PT e Rio Forte.
Se comparares BES e PT, já são os dois listados, e têm os dois que prestar esclarecimentos.

Mas eu entendo o teu argumento.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zenith em 2014-06-30 12:38:14
afinal o que se passou, como eh que a rioforte esta praticamente falida? ha por ai algum bom resumo de toda esta confusao? nas noticias nunca dao a big picture de, eh so informacao solta e pessimo jornalismo

É uma questão contabilistica
Neste momento a RioForte tem uma participção da ESFG que esta avaliada a valores pareciidos com a da entrada em bolsa. Com esses valores RioForte está com capitais proprios positivos. Se no entanto CMVM obrigar RioForte a reportar a valores de mercado fica com capitais proprios negativos. Se houver aumento de capital na RioForte e retirar ESFG da bolsa ja n ha necessidade de reportar a valores de mercado. Mas isso vai levar tempo.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-06-30 12:50:22
afinal o que se passou, como eh que a rioforte esta praticamente falida? ha por ai algum bom resumo de toda esta confusao? nas noticias nunca dao a big picture de, eh so informacao solta e pessimo jornalismo

É uma questão contabilistica
Neste momento a RioForte tem uma participção da ESFG que esta avaliada a valores pareciidos com a da entrada em bolsa. Com esses valores RioForte está com capitais proprios positivos. Se no entanto CMVM obrigar RioForte a reportar a valores de mercado fica com capitais proprios negativos. Se houver aumento de capital na RioForte e retirar ESFG da bolsa ja n ha necessidade de reportar a valores de mercado. Mas isso vai levar tempo.

Não é só uma questão contabilística.

É uma forma de arranjarem 4 mil milhões de activos, para cobrirem dívida que nunca vão pagar.
É dinheiro jogado fora...

A tentativa de "tapar" o buraco é que é meramente contabilística.

Por mim, tudo como dantes no quartel de Abrantes, desde que não obriguem o Estado (o contribuinte) a pagar o quer que seja...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-06-30 13:29:08
se ha realmente um problema com o pagamento da divida entao agora nos futuros rollovers aquilo devia estrangular e falir, nao ? isto assumindo que agora ja nao podem usar esquemas para impingir o lixo. o aumento de capital nao deve ser so contabilistico, pode servir para evitar isso
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-06-30 13:30:12
O primeiro teste vai ser já a 15-17 de Julho com o papel comercial da PT.

É claro que se algo acontecer, vai ser difícil saber.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Thorn Gilts em 2014-06-30 14:02:38
O primeiro teste vai ser já a 15-17 de Julho com o papel comercial da PT.

É claro que se algo acontecer, vai ser difícil saber.

Vão renovar certamente.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-06-30 14:03:56
O primeiro teste vai ser já a 15-17 de Julho com o papel comercial da PT.

É claro que se algo acontecer, vai ser difícil saber.

Vão renovar certamente.

renovar com quem? com a PT?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-06-30 14:04:48
A PT agora está debaixo de fogo. Deve haver uma pressão brutal para não renovar coisa nenhuma.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-06-30 14:10:44
O primeiro teste vai ser já a 15-17 de Julho com o papel comercial da PT.

É claro que se algo acontecer, vai ser difícil saber.

Vão renovar certamente.

renovar com quem? com a PT?

A ideia do Thorn é fazerem o rollover do papel comercial, ou seja, emprestarem de novo.

Se não der para pagar, é o mais provável.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-06-30 14:19:19
portanto vao piramidar a divida a espera duma salvacao ? e que salvacao seria essa, quem vai recapitalizar a rioforte com esta insolvente?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-06-30 14:21:02
O objecto social da PT é telecomunicações não é a actividade bancária .... financiar alguém, a que título ? com que regras ? como, porquê e quanto ?

Será bom que o papel comercial seja liquidado na integra ... 
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-06-30 14:35:06
afinal o que se passou, como eh que a rioforte esta praticamente falida? ha por ai algum bom resumo de toda esta confusao? nas noticias nunca dao a big picture de, eh so informacao solta e pessimo jornalismo

É uma questão contabilistica
Neste momento a RioForte tem uma participção da ESFG que esta avaliada a valores pareciidos com a da entrada em bolsa. Com esses valores RioForte está com capitais proprios positivos. Se no entanto CMVM obrigar RioForte a reportar a valores de mercado fica com capitais proprios negativos. Se houver aumento de capital na RioForte e retirar ESFG da bolsa ja n ha necessidade de reportar a valores de mercado. Mas isso vai levar tempo.

a cmvm nao obriga a rio forte a nada....nao estq sob a sua supervisao.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-06-30 14:54:05
afinal o que se passou, como eh que a rioforte esta praticamente falida? ha por ai algum bom resumo de toda esta confusao? nas noticias nunca dao a big picture de, eh so informacao solta e pessimo jornalismo

É uma questão contabilistica
Neste momento a RioForte tem uma participção da ESFG que esta avaliada a valores pareciidos com a da entrada em bolsa. Com esses valores RioForte está com capitais proprios positivos. Se no entanto CMVM obrigar RioForte a reportar a valores de mercado fica com capitais proprios negativos. Se houver aumento de capital na RioForte e retirar ESFG da bolsa ja n ha necessidade de reportar a valores de mercado. Mas isso vai levar tempo.

Questão contabilística... ))

Diz isso ao Rui Rio,
não à Rio Forte,
que está falida.


A minha curiosidade
continua a concentrar-se
nos 5 mil milhões
desaparecidos
do BES Angola.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Johny em 2014-06-30 18:25:19
E qual é a vossa expectativa para os obrigacionistas do BES? há riscos de incumprimento nos próximos 5 meses? Dizem que o banco está isolado...mas o ruído e a informação/contra informalção é tanta que já não se sabe de nada.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-06-30 18:40:54
Repesco aqui uma notícia de sexta feira. Se o BES teve de emprestar à Rio Forte uns 'míseros' 100M de "emergência" como é que a Rio Forte vai pagar 900M à PT daqui a 15 dias ?

Citar
Banco de Portugal aprovou empréstimo de emergência do BES ao Grupo Espírito Santo

Banco Espírito Santo emprestou, há um mês, 100 milhões de euros à RioForte, uma das holdings do Grupo Espírito Santo. A situação era de emergência e o Banco de Portugal autorizou.

O Banco de Portugal aceitou, há cerca de um mês, que o Banco Espírito Santo emprestasse 100 milhões de euros à RioForte, uma das holdings do Grupo Espírito Santo. A situação era de emergência.

O financamento foi aceite em condições excepcionais e para resolver uma situação de grande urgência, isto é, de iminente default da RioForte por incapacidade de pagar uma parte do seu papel comercial que vencia nessa altura. Para além disso estava em curso o processo de aumento de capital do BES, um processo que as autoridades não queriam que fosse perturbado.

O Banco de Portugal, que tem obrigado o BES a distanciar-se dos riscos existentes no Grupo Espirito Santo, só terá aceite este empréstimo – que foi feito contra garantias – para evitar uma ruptura que poderia ter consequências mais graves. Contactado pelo Observador, o Banco de Portugal respondeu que, “por via das várias ações de supervisão adotadas”, o regulador “tem vindo a promover uma separação efetiva dos riscos entre os ramos financeiro e não financeiro do Grupo Espírito Santo, com vista a assegurar e manter os níveis elevados de resiliência do Banco Espírito Santo”. Em conclusão, em “nenhum momento se verificou qualquer descontinuidade na linha de atuação seguida neste domínio.”

A operação surge no quadro do refinanciamento da ESI, a holding onde uma auditoria detectou um elevado endividamento.

Esta posição de princípio não terá impedido o Banco de Portugal de aprovar a operação. Recorde-se que, na cascata de participações do Grupo Espírito Santo, a RioForte é controlada pela Espírito Santo International (ESI), a holding de topo da família Espírito Santo que tem sede no Luxemburgo. A RioForte controla, por sua vez, a Espírito Santo Financial Group (ESFG).

A operação surge no quadro do refinanciamento da ESI, a holding onde uma auditoria detectou um elevado endividamento, a existência de uma dívida não declarada de 1,3 mil milhões de euros, situação que levou à abertura de uma investigação pelas autoridades luxemburguesas. A ESI tem um “buraco” de 2,5 mil milhões, o que significa que tem capitais próprios negativos. Para esta situação tem contribuído a ausência de distribuição de dividendos por parte do BES.

Uma parte importante da dívida da ESI esteve a ser financiada com base em papel comercial, um tipo de títulos de curto prazo que obriga a uma rotação muito rápida. Muitos desses títulos haviam sido colocados junto de clientes do BES, situação que levou o Banco de Portugal a impor a esse banco provisões no valor de 700 milhões de euros (essas provisões acabariam por ser assumidas pela ESFG.

Não é possível separar deste quadro de grandes dificuldades, o empréstimo de 900 milhões de euros da Portugal Telecom à RioForte, ontem noticiado pelo Expresso diário.

As dificuldades de financiamento da ESI tornaram-se críticas quando as irregularidades nas contas se tornaram públicas: os detentores de papel comercial, que regularmente renovavam os títulos de dívida no final dos prazos, começaram a exigir o reembolso. Uma parte do esforço de financiamento passou então para a RioForte, a holding do grupo que tradicionalmente agrupava as participações não financeiras, mas que recentemente passou a ter também a Espirito Santo Financial Group no seu portfolio. Foi precisamente a RioForte que necessitou, há cerca de um mês, do referido empréstimo do BES para evitar entrar em incumprimento.

É neste quadro de grandes dificuldades para conseguir refinanciar as suas dívidas de curto prazo (sobretudo papel comercial) que se devem enquadrar as notícias dos últimos dias. Primeiro, o esforço de Ricardo Salgado para conseguir um aval do Governo a um empréstimo de 2,5 mil milhões de euros através de um sindicato bancário liderado pela Caixa Geral de Depósitos, esforço que estendeu às autoridades angolanas, não tendo conseguido a anuência dos governantes nem em Lisboa, nem em Luanda.

Também não é possível separar deste enquadramento o empréstimo de 900 milhões de euros da Portugal Telecom à RioForte, ontem noticiado pelo Expresso diário. Como o BES é um accionista de referência da PT, com cerca de 10% do capital, a existência deste empréstimo desencadeou uma investigação da CMVM, o que está previsto na legislação que regula as chamadas transações entre “partes relacionadas” e que visa acautelar situações de conflito de interesses. No fundo, pretende-se saber se não houve, neste empréstimo, favorecimento de um acionista.
[url]http://observador.pt/2014/06/27/banco-de-portugal-aprovou-emprestimo-de-emergencia-bes-ao-grupo-espirito-santo/[/url] ([url]http://observador.pt/2014/06/27/banco-de-portugal-aprovou-emprestimo-de-emergencia-bes-ao-grupo-espirito-santo/[/url])


Fica aqui um link para uma espécie de resumo da situação:
http://observador.pt/explicador/bes/ (http://observador.pt/explicador/bes/)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-06-30 19:30:33

Conclusão , alguma tranquilidade no que ao BES diz respeito.
No que respeita ao papel comercial da Rio Forte detido pela PT ou esta detém garantias crediticias  adicionais ( como o BP exigiu e muito bem no empréstimo do BES )  ou, se não tem, muita intranquilidade e muita leviandade, irresponsabilidade e ausência de profissionalismo de quem autorizou o empréstimo da PT ao Rio Forte.

Desde quando se emprestam 900mio€ sem uma avaliação rigorosa do devedor , a uma Empresa sem rating atribuído , qual a política de gestão de tesouraria da PT , porque foi o risco concentrado num só devedor ? as questões são em catadupa ?
A explicação prestada no comunicado da PT é ridícula ; a de que há boa experiência com o devedor ... fonix para 900mio€ !!!! Ninguém assume responsabilidade ou diz como se resolve ?   






Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-06-30 19:36:36

Conclusão , alguma tranquilidade no que ao BES diz respeito.
No que respeita ao papel comercial da Rio Forte detido pela PT ou esta detém garantias crediticias  adicionais ( como o BP exigiu e muito bem no empréstimo do BES )  ou, se não tem, muita intranquilidade e muita leviandade, irresponsabilidade e ausência de profissionalismo de quem autorizou o empréstimo da PT ao Rio Forte.

Desde quando se emprestam 900mio€ sem uma avaliação rigorosa do devedor , a uma Empresa sem rating atribuído , qual a política de gestão de tesouraria da PT , porque foi o risco concentrado num só devedor ? as questões são em catadupa ?
A explicação prestada no comunicado da PT é ridícula ; a de que há boa experiência com o devedor ... fonix para 900mio€ !!!! Ninguém assume responsabilidade ou diz como se resolve ?

esta-se mesmo a ver que se tratam de pagamentos por favores antigos / futuros entre essa gente, se calhar ate sao todos da opus dei (como o salgado)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-06-30 19:39:46
Fica aqui um link para uma espécie de resumo da situação:
[url]http://observador.pt/explicador/bes/[/url] ([url]http://observador.pt/explicador/bes/[/url])


Excelente, o link que indicaste.
Li-o por alto.

Interrogo-me:

Porquê o grupo não propõe vender o melhor possível
partes do seu património - o imobiliário, p.e. -;
salda os prejuízos dos créditos incobráveis
do banco sobre o grupo pela redução
do capital social e contrai empréstimo
da troika convertível em capital
se não o conseguir reembolsar
no futuro?


A par disso,
os 6*10^9 €
do BES Angola
devem chegar
para algum default fragmentário.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-06-30 19:43:42
E aquilo que se sabe é sempre o melhor cenário possível.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Mystery em 2014-06-30 19:43:59
Relativamente à novela BES só tenho uma coisa a dizer: hoje foi fecho de trimestre  :D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Lusitanian Trader em 2014-06-30 19:49:03

Dia negro para os accionistas do Banco Espírito Santo! (http://lusitaniantrader.blogspot.pt/2014/06/dia-negro-para-os-accionistas-do-banco.html)


(http://4.bp.blogspot.com/-mtfjcVeQhq8/U7GLsyYVoeI/AAAAAAAAAeU/jfiJx5BiKEU/s1600/BES30.bmp)

Dia negro para os accionistas do Banco Espírito Santo! (http://lusitaniantrader.blogspot.pt/2014/06/dia-negro-para-os-accionistas-do-banco.html)

Banco BES fecha o dia com uma desvalorização de 16,5% depois de ter estado a cair quase 19%.

Nas duas últimas horas da sessão de hoje o banco chegou a cair mais de 16%.

Os investidores que não utilizam os mecanismos de protecção do capital (stop loss) estão com perdas superiores a 28%, só nos últimos 3 dias de negociação.

Como podemos verificar no gráfico a última vela de 5 minutos tem uma amplitude superior a 6%, o que dá para ver bem a volatilidade desta cotada.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Happy_TheOne em 2014-06-30 19:52:46

Conclusão , alguma tranquilidade no que ao BES diz respeito.
No que respeita ao papel comercial da Rio Forte detido pela PT ou esta detém garantias crediticias  adicionais ( como o BP exigiu e muito bem no empréstimo do BES )  ou, se não tem, muita intranquilidade e muita leviandade, irresponsabilidade e ausência de profissionalismo de quem autorizou o empréstimo da PT ao Rio Forte.

Desde quando se emprestam 900mio€ sem uma avaliação rigorosa do devedor , a uma Empresa sem rating atribuído , qual a política de gestão de tesouraria da PT , porque foi o risco concentrado num só devedor ? as questões são em catadupa ?
A explicação prestada no comunicado da PT é ridícula ; a de que há boa experiência com o devedor ... fonix para 900mio€ !!!! Ninguém assume responsabilidade ou diz como se resolve ?

esta-se mesmo a ver que se tratam de pagamentos por favores antigos / futuros entre essa gente, se calhar ate sao todos da opus dei (como o salgado)

Não foi o Salgado que mexeu os cordelinhos para a sonae não vencer a OPA a PT  ;) aí está o favor a pagar ..... :-\
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: SrSniper em 2014-06-30 20:20:10
Dia 17...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-06-30 20:32:21
Citar
in Reuters Africa ([url]http://af.reuters.com/article/commoditiesNews/idAFL6N0PB4EW20140630[/url])

LISBON, June 30 (Reuters) - Retail customers of Banco Espirito Santo have 651 million euros ($888 million) of debt issued by companies linked to BES's founding family, down from 2.1 billion euros at the end of December, the bank's chief financial officer Amilcar Pires said on Tuesday.
 
The sale of debt from companies related to the Espirito Santo family to BES retail customers triggered concerns at the Bank of Portugal, which called for the debt's swift repayment. The Espirito Santo family lost control of the bank in a June capital raising and their patriarch has agreed to step down as CEO.
 
On a conference call with investors, BES executive Joaquim Goes said the bank's Angolan subsidiary, which has been the subject of investor concern recently, had a guarantee covering about 70 percent of its 6 billion euros loan book but that it was "not a general guarantee". ($1 = 0.7331 Euros) (Reporting By Laura Noonan and Andrei Khalip, editing by Steve Slater)


Portanto,

O BES Angola
tem uma garantia,
que não é bem uma  garantia,
mas que dá para sentir que não
emprestou sem cuidado nenhum;

mas, Amílcar Pires não diz quem recebeu
os 6*10^9 €, e o que fez com eles,
que não acode à Rio Forte!?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: jeab em 2014-06-30 20:43:00
não deixam um tipo especular à vontade ...  :D

 30 de Junho de 2014

Proibição temporária de vendas a descoberto das ações representativas do capital social do Banco Espírito Santo, S.A. (ISIN: PTBES0AM0007) e do Espírito Santo Financial Group, S.A. (ISIN: LU0011904405), nos termos do artigo 23.º do Regulamento (UE) n.º 236/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de março de 2012, relativo às vendas a descoberto e a certos aspetos dos swaps de risco de incumprimento.

http://www.cmvm.pt/cmvm/comunicados/comunicados/pages/conselhodire20140630d.aspx (http://www.cmvm.pt/cmvm/comunicados/comunicados/pages/conselhodire20140630d.aspx)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zenith em 2014-06-30 21:39:00
Fica aqui um link para uma espécie de resumo da situação:
[url]http://observador.pt/explicador/bes/[/url] ([url]http://observador.pt/explicador/bes/[/url])


Excelente, o link que indicaste.
Li-o por alto.

Interrogo-me:

Porquê o grupo não propõe vender o melhor possível
partes do seu património - o imobiliário, p.e. -;
salda os prejuízos dos créditos incobráveis
do banco sobre o grupo pela redução
do capital social e contrai empréstimo
da troika convertível em capital
se não o conseguir reembolsar
no futuro?


A par disso,
os 6*10^9 €
do BES Angola
devem chegar
para algum default fragmentário.


O link é excelente
O observador é um jornal online feito por pessoas nao profssionais?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-06-30 21:50:02
esse jornal online parece ser melhor que a maioria
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: bezanas em 2014-06-30 23:58:31
meeehhh... dei uma olhadela pelos acionistas....  :-[  dunno ....
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: bezanas em 2014-07-01 00:33:09
Salgado compra 1,5 milhões de ações do BES
http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=4000583&seccao=Dinheiro%20Vivo (http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=4000583&seccao=Dinheiro%20Vivo)

-----------------------------------
este país é rídiculo!   :D  loool  ;D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-01 00:41:27
Quem acha que o banco está blindado é melhor pensar duas vezes. Esta foi publicada há pouco no Económico.

Citar
BES emprestou 980 milhões às ‘holdings’ da família Espírito Santo

Banco Espírito Santo tem financiamentos no valor de 200 milhões de euros à Rioforte e de 980 milhões ao ESFG. Já os clientes do BES têm 2,7 mil milhões em dívida do grupo.

O Banco Espírito Santo (BES) tem em carteira dívida de empresas do Grupo Espírito Santo (GES) no valor de 980 milhões de euros. Este número foi ontem revelado por dois administradores do banco, Amílcar Morais Pires e Joaquim Goes, numa ‘conference call' com analistas e investidores. O valor em causa representa 1,18% dos activos do BES.
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/bes-emprestou-980-milhoes-as-holdings-da-familia-espirito-santo_196631.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/bes-emprestou-980-milhoes-as-holdings-da-familia-espirito-santo_196631.html[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-07-01 01:01:04

Falta perceber o que significa Clientes do BES com 2,7 mil Mio de € em dívida do Grupo  ?
Se significar dívida titulada por Empresas do Grupo tiramos os 900mio da PT e  ficam 1,8mil mio€.
Tem é que ser titulada por essas Empresas ( Rio Forte, ESI ou ESG ) o que pressupõe a sua aceitação prévia pelos Clientes do BES ? Conhecem alguém que tenha tomado papel comercial ou emprestado a algumas dessas Empresas dos ES ? É muito $$$

Ainda falta muita informação
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-01 06:46:04

Falta perceber o que significa Clientes do BES com 2,7 mil Mio de € em dívida do Grupo  ?
Se significar dívida titulada por Empresas do Grupo tiramos os 900mio da PT e  ficam 1,8mil mio€.
Tem é que ser titulada por essas Empresas ( Rio Forte, ESI ou ESG ) o que pressupõe a sua aceitação prévia pelos Clientes do BES ? Conhecem alguém que tenha tomado papel comercial ou emprestado a algumas dessas Empresas dos ES ? É muito $$$

Ainda falta muita informação

Isto antes era feito através do ES Liquidez.... as empresas compravam o fundo para fazer a sua "gestão de liquidez". A partir de determinado momento, a ESAF deixou de poder colocar dívida do Grupo BES no Fundo.... passou a ser investimento direto (é mais difícil de colocar do que diretamente num fundo onde a gestão pertence ao grupo).

Muitas empresas usam Papel Comercial para fazer gestão de liquidez, isso não é novidade.

Os clientes que tinham papel da SLN também viram o seu investimento ir à vida. Acontece.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-07-01 08:23:26

Circunscrito à informação existente, a situação da PT na dívida do BES , faz-me lembrar o Scolari na sua célebre frase ...  e o burro sou eu, sou eu ???

Cadê os burros ?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-07-01 09:07:53

Pois, o Scolari não tem nada de tolo ...  PT a perder 8% e ninguém se sente responsável por justificar ( como deve de ser e não com tretas como as do comunicado de ontem ) esta história do papel comercial da Rio Forte.



Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-01 09:31:12
esclarecer para que? para cair mais 8% a seguir?

a pt ja investe na rio forte ha muito tempo..... so agora o teve de fazer diretamente..... mas as consequencias seriam as mesmas em caso de falencia da rio forte.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-07-01 09:33:45
o q ha afinal para esclarecer?  :D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-01 09:35:05
Nada. Ninguém vai assumir que foi um brutal favor
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-07-01 09:45:29

Não creio que tamanha irresponsabilidade, incompetência e imprudência na concessão de um empréstimo de 900mio€ possa ser branqueada.

Tem de ser prestados esclarecimentos adicionais e fundamentados .... como, quando, porquê e como !!!





   
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-07-01 09:51:45
Pois ...

Dois administradores não executivos renunciaram aos seus cargos de administradores não executivos da PT, anunciou ao mercado a operadora nacional de telecomunicações.
Segundo esse comunicado, os gestores de saída são Fernando Magalhães Portella e Otávio Marques de Azevedo, representantes da Oi, operadora brasileira que vai integrar a Portugal Telecom (PT), na administração da telecom portuguesa.
O comunicado enviado pela PT à CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários não explica a razão desta dupla renúncia.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-01 09:51:56
pessoalmente acho que explicar duas vezes o "como" é um exagero
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-07-01 10:15:02

Tens razão, é uma explicação ao quadrado, 900mio€ justificam-no , acho eu !!!! 

Os accionistas com fortes perdas e  o Granadeiro vem-nos dizer que "a  PT dá a sua confiança aos investimentos que sempre diz ter feito associado ao BES e GES".   Surreal no mínimo.

 
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-07-01 10:24:47
querias que ele tivesse antes dito "uma mao lava a outra, somos todos socios neste jogo de mamar nas empresas cotadas"
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-07-01 10:34:06

Deve existir uma porta na sede apalaçada da PT ... não sei se tem instruções ... nessa porta já passaram dois brasileiros que não tinham nada a ver com o assunto ... é seguir o mesmo caminho e aguardar as diligências da CMVM, as implicações legais e a reacção dos accionistas.

A alternativa é explicar, fundamentar, fazer desenhos até os accionistas e as autoridades o entenderem...   
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-01 12:18:42
Pois ...

Dois administradores não executivos renunciaram aos seus cargos de administradores não executivos da PT, anunciou ao mercado a operadora nacional de telecomunicações.
Segundo esse comunicado, os gestores de saída são Fernando Magalhães Portella e Otávio Marques de Azevedo, representantes da Oi, operadora brasileira que vai integrar a Portugal Telecom (PT), na administração da telecom portuguesa.
O comunicado enviado pela PT à CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários não explica a razão desta dupla renúncia.


Lolinho
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-02 10:54:30
Citar
Família Espírito Santo equaciona entrada do Estado venezuelano para salvar o grupo
02/07/2014 - 00:09

Ricardo Salgado pode deixar cair intenção de ser presidente do Conselho Estratégico do BES e garantir uma solução para a gestão

O fundo soberano da Venezuela estará em posição de assumir uma posição relevante no Grupo Espírito Santo (GES) por reconversão de dívida em capital e de novos investimentos. Esta terça-feira surgiram na comunicação social informações, dando Amílcar Morais Pires como estando fora da corrida para substituir Ricardo Salgado, e recuperada a possibilidade de o próximo presidente executivo (CEO) do BES poder ser Joaquim Goes.

Nas última semanas, as notícias sobre o GES têm surgido em catadupa, o que acentua o contexto de turbulência à volta da família Espírito Santo e determinou a evolução errática do valor de mercado do BES. Depois do trambolhão das duas sessões anteriores, o banco fechou esta terça-feira a valorizar 13,79% (0,685 euros). Um sinal de que a decisão da CMVM de travar o caminho aos especuladores, proibindo o short-selling sobre as acções, teve efeito. E poderá ter havido igualmente movimentos compradores para sustentar o título.


Já ao início da noite , o Expresso Diário avançava que a proposta de Morais Pires como próximo CEO do BES tinha caído. No “leilão público” de nomes a votar na próxima assembleia geral (AG) do BES, marcada para 31 de Julho, surge de novo o nome de Joaquim Goes, também da equipa de Ricardo Salgado, e que seria do agrado de Carlos Costa (governador do Banco de Portugal).

Em cima da mesa pode estar também o afastamento de Ricardo Salgado na corrida para líder do Conselho Estratégico, uma nova estrutura a criar fora dos órgãos estatutários (sem poder de decisão) e que visa acomodar os accionistas de referência, nomeadamente, a família Espírito Santo, mas também os institucionais - em especial os estrangeiros. O que seria uma forma de responsabilizar o capital pelos actos da gestão.

Mas o PÚBLICO sabe que Carlos Costa só se pronunciará sobre o próximo CEO do BES e sobre o Conselho Estratégico antes da AG se lhe forem apresentadas listas carimbadas por uma larga maioria accionista (a de Morais Pires tinha apenas 25% do capital). Caso contrário, o BdP terá de esperar pela votação em reunião magna.

A agência de rating Standard & Poor’s comunicou que reviu o outlook do BES e do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI) de "estável" para negativo", o que pode encarecer o custo a que as instituições se financiam. Para a S&P, “existem pressões crescentes sobre a situação financeira e sobre o negócio" e “a recente e inesperada demissão do presidente da comissão executiva do BES, bem como de vários dos seus administradores, a par com as alterações propostas ao nível da gestão, no contexto de uma disputa entre os accionistas que controlam o banco, coloca desafios significativos à estabilidade da equipa de gestão e à sua focalização".

Antes, o negócios.pt tinha avançado com a informação de que a Petróleos da Venezuela adquiriu centenas de milhões de euros de papel comercial de curto prazo de sociedades da esfera não bancária do GES. A associação à empresa estatal, que funciona como fundo soberano da Venezuela, e que tem  relações comerciais com o BES (com uma operação bancária em Caracas), abre as portas à entrada da Petróleos da Venezuela na Rioforte ou na Espírito Santo International (dona da Rioforte). Ou por reconversão da dívida em capital ou por novos investimentos que possibilitariam à petrolífera assumir uma participação relevante, ainda que inferior a 50%.

Foi também um dia animado para a Portugal Telecom (PT), que esteve no centro das movimentações ocorridas em Lisboa e em São Paulo (onde a parceira Oi tem a sede), destinadas a reduzir junto dos institucionais o impacto negativo do “apoio financeiro” de 890 milhões de euros que foi concedido pela operadora à Rioforte.

A dimensão da exposição da PT a dívida das holdings problemáticas do GES (emissão de papel comercial a três meses a vencer dentro de duas semanas) reorientou os holofotes do mercado para a empresa liderada por Henrique Granadeiro, que em apenas três sessões viu a sua a cotação cair para 2,42 euros, o valor a que negociava em 1996 (capitalização bolsista de 2286 milhões de euros). 

Admite-se que o apoio da PT à Rioforte tenha sido articulado entre Ricardo Salgado, Henrique Granadeiro e o director financeiro da PT, Luís Pacheco de Melo (ex-BESI). Uma decisão que não agradou à brasileira Oi, em processo de fusão com a PT, como ficou expresso no pedido de renúncia dos seus representantes, Otávio de Azevedo e Fernando Magalhães Portella, do conselho de administração da PT.

[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/familia-espirito-santo-equaciona-entrada-do-estado-venezuelano-para-salvar-o-grupo-1661282[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/familia-espirito-santo-equaciona-entrada-do-estado-venezuelano-para-salvar-o-grupo-1661282[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Local em 2014-07-02 11:09:26
Um banco falido ir buscar dinheiro a um estado falido? Já parece o BANIF.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-02 12:41:50
Um devedor com receitas consignáveis tem sempre algum valor de crédito.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-07-02 14:20:17
Os credit default swaps do BES tem poucos contratos e não tem variação.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-02 15:40:57
A Venezuela já não é assim tão desprezível. Agora já é útil.

Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-07-02 19:37:53
Citar
Conselho superior do grupo Espírito Santo reúne-se de emergência


Em cima da mesa está o processo de sucessão.

Ao que a SIC apurou Amílcar Morais Pires e Ana Rita Barosa não serão aceites pelo Banco de Portugal para a futura administração do BES.

Amílcar Morais Pires, por força do conhecimento que tinha dos problemas do grupo e tambén das investigações onde o seu nome está envolvido.

No caso de Ana Rita Barosa por ter chefiado o departamento de poupanças que concebeu os produtos financeiros vendidos aos balcões do BES, sem que o risco da dívida da holding tenha sido devidamente explicado aos clientes subscritores.

Joaquim Goes é agora uma das hipóteses apontadas e tem apoio do ramo Ricciardi.

A SIC sabe ainda que está a ser um encontro tenso e o primo de Salgado, José Maria Ricciardi não está presente.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-04 12:42:48
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BESA pode passar para o controlo de investidores angolanos

Aumento de capital destinado a superar os problemas de solvabilidade do banco detido pelo Grupo Espírito Santo em Angola pode levar à perda da maioria do capital.

Investidores angolanos deverão assumir o controlo do Banco Espírito Santo Angola (BESA), instituição em que o Grupo Espírito Santo (GES) detém, atualmente, uma posição próxima de 56%. A notícia foi dada pelo Jornal de Negócios, que adianta estar o banco a planear a realização de um aumento de capital em que figuras ligadas ao poder em Luanda, como Hélder Dias Vieira, conhecido como Kopelipa e chefe da Casa Militar do presidente do país, José Eduardo dos Santos, passarão a ter maior peso. O jornal refere não estar excluída a possibilidade de ser o próprio Estado de Angola a tomar as rédeas do BESA.

Na estrutura acionista do banco inclui-se uma participação de 24% que está na posse da Portmill, empresa ligada a Kopelipa, e uma posição que ronda 19%, detida pela Geni, outra sociedade de capitais angolanos. Estes investidores, em conjunto com o BES, aplicaram 500 milhões de dólares no BESA no final de 2013, recorda o jornal, operação que levou o BES a elevar a sua fatia de ações na instituição que, antes da operação, se fixava em 51%,

O BESA é mais uma das unidades do GES que atravessa uma situação financeira delicada, devido ao facto de 70% da respetiva carteira de crédito se encontrar em risco de incumprimento, resultado, em parte, da concessão de empréstimos sem garantias e de operações de financiamento de que se desconhecem os beneficiários. Para precaver problemas graves na instituição, a 31 de Dezembro de 2013 o Estado angolano concedeu à instituição financeira uma garantia soberana, pelo período de 18 meses, no valor de 4,2 mil milhões de euros. Parte desta garantia, revela o Negócios, vai ser executada durante o segundo semestre de 2014.

[url]http://observador.pt/2014/07/04/besa-pode-passar-para-o-controlo-de-investidores-angolanos/[/url] ([url]http://observador.pt/2014/07/04/besa-pode-passar-para-o-controlo-de-investidores-angolanos/[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: PMACS em 2014-07-04 20:48:01
Clientes não conseguem resgatar papel comercial da Espírito Santo International

A Espírito Santo International vai avançar com proposta de reestruturação. Um papel comercial é um título de dívida de muito curto prazo, tipicamente de 60 ou 90 dias.


O Expresso sabe que o papel comercial da Espírito Santo International (ESI), cujo prazo terminava quinta-feira, não foi pago a alguns clientes na Suíça, que reclamaram este dinheiro junto do Banque Privée Espírito Santo. O banco diz que se trata de um atraso.

Vários clientes na Suíça tentaram resgatar este papel comercial e telefonaram para o Expresso a relatar o caso. O Expresso confirmou a situação junto do banco.

"O Banque Privée Espírito Santo informa que está a tomar todas as medidas que estão ao seu alcance, para salvaguardar os interesses dos seus clientes com exposição à Espírito Santo International", lê-se num comunicado.

Recorde-se que o semanário Expresso avançou em primeira mão na semana passada que o Grupo Espírito Santo ia propor uma reestruturação aos seus credores, que passava pela conversão de dívida da ESI em capital ou dívida de longo prazo da RioForte. É esse o plano que está a ser executado. A ESI é uma sociedade insolvente, a RioForte é solvente.   

Em baixo, pode ler na íntegra o comunicado do Banque Privée Espírito Santo.

 

 " O Banque Privée Espírito Santo vem esclarecer

 1. O Banque Privée Espírito Santo (BPES) é uma entidade financeira, sediada na Suíça, e juridicamente separada da Espírito Santo International.

2. O Banque Privée Espírito Santo tem um elevado grau de liquidez e excelentes rácios de solvabilidade.

3. O Banque Privée Espírito Santo é supervisionado pela Finma (Swiss Financial Market Supervisory Authority), a qual impôs limites estritos sobre a sua exposição ao Grupo Espírito Santo.

4. O Grupo Espírito Santo desenvolveu um plano de reorganização que inclui a reestruturação da dívida da Espírito Santo Internacional que se deverá iniciar brevemente.

 O Banque Privée Espírito Santo informa que está a tomar todas as medidas que estão ao seu alcance, para salvaguardar os interesses dos seus clientes com exposição à Espírito Santo International.

 

Suíça, 04 de Julho de 2014" (http://expresso.sapo.pt/clientes-nao-conseguem-resgatar-papel-comercial-da-espirito-santo-international=f879415)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-04 21:13:29
Lembram-se de todos aqueles produtos estruturados cujo risco era uma entidade qualquer dentro do grupo Espírito Santo? Parece-me que há espaço para muitas surpresas ...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-07-05 02:47:24
Clientes não conseguem resgatar papel comercial da Espírito Santo International

A Espírito Santo International vai avançar com proposta de reestruturação. Um papel comercial é um título de dívida de muito curto prazo, tipicamente de 60 ou 90 dias.


O Expresso sabe que o papel comercial da Espírito Santo International (ESI), cujo prazo terminava quinta-feira, não foi pago a alguns clientes na Suíça, que reclamaram este dinheiro junto do Banque Privée Espírito Santo. O banco diz que se trata de um atraso.

Vários clientes na Suíça tentaram resgatar este papel comercial e telefonaram para o Expresso a relatar o caso. O Expresso confirmou a situação junto do banco.

"O Banque Privée Espírito Santo informa que está a tomar todas as medidas que estão ao seu alcance, para salvaguardar os interesses dos seus clientes com exposição à Espírito Santo International", lê-se num comunicado.

Recorde-se que o semanário Expresso avançou em primeira mão na semana passada que o Grupo Espírito Santo ia propor uma reestruturação aos seus credores, que passava pela conversão de dívida da ESI em capital ou dívida de longo prazo da RioForte. É esse o plano que está a ser executado. A ESI é uma sociedade insolvente, a RioForte é solvente.   

Em baixo, pode ler na íntegra o comunicado do Banque Privée Espírito Santo.

 

 " O Banque Privée Espírito Santo vem esclarecer

 1. O Banque Privée Espírito Santo (BPES) é uma entidade financeira, sediada na Suíça, e juridicamente separada da Espírito Santo International.

2. O Banque Privée Espírito Santo tem um elevado grau de liquidez e excelentes rácios de solvabilidade.

3. O Banque Privée Espírito Santo é supervisionado pela Finma (Swiss Financial Market Supervisory Authority), a qual impôs limites estritos sobre a sua exposição ao Grupo Espírito Santo.

4. O Grupo Espírito Santo desenvolveu um plano de reorganização que inclui a reestruturação da dívida da Espírito Santo Internacional que se deverá iniciar brevemente.

 O Banque Privée Espírito Santo informa que está a tomar todas as medidas que estão ao seu alcance, para salvaguardar os interesses dos seus clientes com exposição à Espírito Santo International.

 

Suíça, 04 de Julho de 2014" ([url]http://expresso.sapo.pt/clientes-nao-conseguem-resgatar-papel-comercial-da-espirito-santo-international=f879415[/url])



.....eh,eh......et alors Pedro Caldeira et Pedro Carvalho ?.......Talvez o Nicolas Valterio e o Paulo Abrantes ainda se "safem"......eh,eh.....

(agora acabou a vossa "folga"......pim, pam, pum !)

http://www.espiritosanto.com/ (http://www.espiritosanto.com/)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Ledo em 2014-07-07 19:21:05
Hoje no expresso diário sai uma print screen de um extrato de um cliente na Suíça em que tem lá a descrito no estado da obrigação: default. A Instotuição já reagiu a dizer que é erro informático.  Quem terá razão nesta trapalhada... :-\

http://expresso.sapo.pt/documentos-revelam-default-do-grupo-espirito-santo=f879741 (http://expresso.sapo.pt/documentos-revelam-default-do-grupo-espirito-santo=f879741)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-07 19:33:50
Citar
[ ] todos aqueles produtos estruturados cujo risco [ ]

Expressão, logo em si, obscura!

Produtos estruturados...?
Mas estruturados como, em que sentido, o que é isso?


Antigamente, muito antigamente,
possivelmente à saída da Idade Média,
a única "estruturação" que havia era a do
endosso sucessivo de letras e livranças!

Cadeia de responsáveis solidários
podendo qualquer um responder
pelo total do saque, com direito
de regresso sobre os demais.

Sempre achei interessante
o instrumento de endosso,
e nunca percebi muito
bem porquê caiu
em desuso.


Memória de bons tempos
da cadeira de Direito Comercial,
em que as imaginosas sabatinas
de estudo era "inventar" golpes
que a lei não contemplasse! lol


Agora, «produtos estruturados»,
não percebo o que é, e ao cabo
de seis anos de jornalismo
económico pós-crise,
nenhuma explicação
é dada do que isso
seja!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: kitano em 2014-07-07 19:38:50
http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Estruturado (http://www.thinkfn.com/wikibolsa/Estruturado)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-07 19:39:18
vbm, eram produtos de dívida que supostamente replicavam o risco de outras entidades, ou de índices bolsistas, etc.

Nesses produtos, interessa tanto o índice de referência ou entidade que supostamente replicam, como o emissor. Ora o emissor eram sociedades "Espírito Santo" e é difícil de saber agora se algumas dessas não irão estoirar. Nesse caso, produtos estruturados que pareciam ser de capital garantido, etc, etc, também rebentam inesperadamente.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-07 19:46:19
Com notícias destas bem podem os funcionários do BES dizer que são estão a salvo das dificuldades das outras empresas do grupo.
O cliente normal da agência aquilo que ouve é "Espirito Santo não paga", "Espirito Santo com dificuldades", "Espirito Santo em falência técnica", etc. Não deve ser fácil acalmar os clientes do BES por estes dias.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-07 19:48:37
Obg, kitano e Incognitus.
Vou ler e tentar perceber.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-07 19:49:48

Com notícias destas bem podem os funcionários do BES dizer que são estão a salvo das dificuldades das outras empresas do grupo.
O cliente normal da agência aquilo que ouve é "Espirito Santo não paga", "Espirito Santo com dificuldades", "Espirito Santo em falência técnica", etc. Não deve ser fácil acalmar os clientes do BES por estes dias.


Eu também acho difícil...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-07 19:57:01
Com notícias destas bem podem os funcionários do BES dizer que são estão a salvo das dificuldades das outras empresas do grupo.
O cliente normal da agência aquilo que ouve é "Espirito Santo não paga", "Espirito Santo com dificuldades", "Espirito Santo em falência técnica", etc. Não deve ser fácil acalmar os clientes do BES por estes dias.

E faz sentido que assim seja, pois se estas entidades estoirarem, existirão clientes do BES que irão perder dinheiro, mesmo que o BES não estoire ... não vai ser fácil separar as coisas.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Tridion em 2014-07-07 20:06:15
Com notícias destas bem podem os funcionários do BES dizer que são estão a salvo das dificuldades das outras empresas do grupo.
O cliente normal da agência aquilo que ouve é "Espirito Santo não paga", "Espirito Santo com dificuldades", "Espirito Santo em falência técnica", etc. Não deve ser fácil acalmar os clientes do BES por estes dias.

E faz sentido que assim seja, pois se estas entidades estoirarem, existirão clientes do BES que irão perder dinheiro, mesmo que o BES não estoire ... não vai ser fácil separar as coisas.

E esperemos que os clientes do BES, que tenham optado por instrumentos de investimento seguros, não estejam cheios de dívida da GES enganados por alguns funcionários manhosos...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Happy_TheOne em 2014-07-07 20:10:44
http://expresso.sapo.pt/escandalo-ges-chega-a-suica-ou-quando-os-ricos-ficam-pobres=f879728 (http://expresso.sapo.pt/escandalo-ges-chega-a-suica-ou-quando-os-ricos-ficam-pobres=f879728)

Alguem arranja este artigo completo .....parece muito interessante
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-07 22:13:41
Já há obrigações da ESFG cotadas a 55% do valor nominal. Uma oportunidade de compra excelente para quem acreditar que, tal como nos dizem, os problemas vão ficar circunscritos à Rio Forte e não ao grupo financeiro.

http://www.businessweek.com/news/2014-07-01/espirito-santo-credit-risk-surges-on-governance-failure-concerns (http://www.businessweek.com/news/2014-07-01/espirito-santo-credit-risk-surges-on-governance-failure-concerns)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: gaia em 2014-07-07 23:17:33
Ler ...

http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=1922 (http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=1922)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-08 00:50:46
Não sei se os número do rendeiro são correctos ou não mas ele refere isto que me parece o ponto mais importante a curto prazo:
Citar
Parecendo, a meu ver, evidente que a dívida do GES terá que ter um forte “write-off” – que estimo nos 50%, coloca-se a questão de como fazer isto. A estratégia seguida pela liderança do GES de “business as usual” parece completamente inadequada para este objetivo.

Quem vai comprar hoje papel comercial da RIOFORTE ou da ESI nestas condições de notória insolvência de domínio publico? Mesmo nas unidades de PB como poderão os gestores colocar nas carteiras de clientes a renovação do papel comercial? Como explicar a investidores institucionais e particulares que as aplicações de liquidez de curto prazo que fizeram sofrerão um pesada perda de capital?

Para mim o write off vai acontecer já porque ninguém no seu perfeito juízo vai agora comprar divida de curto prazo do GES. No limite fazem o rollover que é o mesmo (é como aqueles que na bolsa nunca perdem porque 'só se perde quando se vende').

Deve haver muito cliente do private banking preocupado.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: SrSniper em 2014-07-08 00:52:21
Já há obrigações da ESFG cotadas a 55% do valor nominal. Uma oportunidade de compra excelente para quem acreditar que, tal como nos dizem, os problemas vão ficar circunscritos à Rio Forte e não ao grupo financeiro.

[url]http://www.businessweek.com/news/2014-07-01/espirito-santo-credit-risk-surges-on-governance-failure-concerns[/url] ([url]http://www.businessweek.com/news/2014-07-01/espirito-santo-credit-risk-surges-on-governance-failure-concerns[/url])

Excelente, na quinta cotavam a 24% lol
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-08 09:54:11
Não sei se ouvi bem uma das acusações da deputada Ana Gomes na palestra de rádio das 3ªs feiras na Antena 1: - Que Portugal dispensou a última tranche dos empréstimos da Troika - substituída por uma colocação de dívida da Junta do Crédito Público de igual grandeza -para que o Espírito Santo-Saúde não ser auditado!? Terei ouvido bem? Será verdade? Alguém ouviu isso?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Local em 2014-07-08 09:58:17
dispensou a última tranche dos empréstimos da troika porque necessitava de entregar medidas adicionais ao chumbo do Tribunal Constitucional aos cortes nos ordenados e pensões. Não ligues ao que a Ana Gomes verborreia.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-08 10:37:38
Tens razão. É pelo menos mais crível.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-07-08 12:08:06
a ana gomes eh uma vaca louca corrupta

a filha dela entrou directamente para directora-geral, grandes cunhas... e ainda andou pela onu
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: SrSniper em 2014-07-08 14:49:13
a ana gomes eh uma vaca louca corrupta

a filha dela entrou directamente para directora-geral, grandes cunhas... e ainda andou pela onu
Olha que se ela andar por aqui põem te um processo em cima :)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: valves1 em 2014-07-09 13:02:55
Neste momento ( ESI + Rio Forte ) tem ao que tudo indica um passivo global de 7000 milhoes de Euros ( 1,3 M ESFG + 900 M PT + 4,5 M por credores dispersos, (  Vendidos a clientes  do BES ? em que condicoes ?   ) A ESFG esta suficientemente provisionada para fazer face a perdas  de  1,3 M, embora para os restantos accionistas do ESFG esta situacao nao e agradavel; A PT a mesma coisa;
em relacao aos ultimos 4,5 M   serao perdas de quem ? Credores diversos ?  clientes do BES ?   existira alguma necessidade do BES fazer um aumento adicional de capital  ? Que ninguem senao o estado estao em condicoes de subscrever ?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-07-09 13:10:49
não sei se isto acrescenta qualquer coisa.

http://www.talkmarkets.com/content/us-markets/espirito-santo-troubles?post=45584 (http://www.talkmarkets.com/content/us-markets/espirito-santo-troubles?post=45584)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: valves1 em 2014-07-09 13:46:41
Se por causa do "emprestimo"  a PT nao consegue completar a fusao com a OI a  PT tem um problema; so com o mercado internao a PT nao se viabiliza ou pelo menos da forma como costumamos conhecer a PT;
Mas se estamos a falar que a OI e determinante para a sustatibilidade da PT o governo vai ja de seguida intervir para garantir o negocio;
toda esta historia vai seguir depois o seu curso para tribunais etc etc;







Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-09 13:49:31
Se os 900 milhões entrarem em incumprimento, o mais provável é que a fusão com a Oi não aconteça pois fala-se de pedirem o corte do rácio para metade do acordado.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: valves1 em 2014-07-09 13:50:12
Entao para a PT trata-se de um caso grave ...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-09 15:01:06
Estes tipos ligados ao GES descobriram todos, de repente, que estavam na idade de se reformar...

Citar
Patrick Monteiro de Barros sai do ESFG convicto que desafios vão ser ultrapassados


Patrick Monteiro de Barros garantiu esta quarta-feira que deixa o conselho de administração da ESFG, holding que detém 25,1% do BES, por uma questão de disponibilidade, mas que tem uma "forte convicção" de que os desafios no grupo "vão ser ultrapassados".
Depois de ter sido comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que Patrick Monteiro de Barros renunciou ao conselho de administração da ESFG com "efeitos imediatos", o empresário emitiu esta quarta-feira, 9 de Julho, um comunicado "no sentido de evitar qualquer tipo de especulação que daí possa decorrer".
 
"Por razões de saúde, no último ano estive sujeito a tratamentos de grande exigência, que limitaram consideravelmente a minha disponibilidade. Essa fase foi, felizmente, ultrapassada com sucesso, mas entendo que, estando à beira dos 70 anos, este é o momento para me dedicar mais à minha família e me concentrar na atenção que devo dar à gestão das minhas empresas", esclarece o empresário.
 
Patrick Monteiro de Barros diz, no entanto, estar "consciente dos desafios que o Grupo Espírito Santo (GES) enfrenta", querendo, nesta altura, sublinhar "a forte convicção de que os mesmos serão ultrapassados, a bem dos accionistas, dos colaboradores e de todos quantos, ao longo do tempo, contribuíram para construir e fazer crescer um grupo empresarial que não perdeu a razão de existir".
 
Patrick Monteiro de Barros, um dos mais antigos aliados da família Espírito Santo, já tinha abandonado a administração do Espírito Santo International, holding de topo do GES.
 
No dia 24 de Junho, a ESFG revelou que José Maria Ricciardi também renunciou ao cargo de administrador da holding "com efeitos imediatos". No mesmo comunicado a ESFG informava que um outro administrador, Jackson Behr Gilbert, advogado em Miami, se reformou.
 
Monteiro de Barros deverá ser eleito para o conselho estratégico, que será presidido por Ricardo Salgado. Sem poder de decisão, este comité terá como missão assistir o conselho de administração na definição da estratégia societária, tal como o revelado no dia 20 de Junho pelo BES em comunicado.
 
O conselho, que vai dar pareceres não vinculativos, pode ter um máximo de 13 elementos.
[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/patrick_monteiro_de_barros_sai_do_esfg_convicto_que_desafios_vao_ser_ultrapassados.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/patrick_monteiro_de_barros_sai_do_esfg_convicto_que_desafios_vao_ser_ultrapassados.html[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-09 16:16:13

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Moody’s corta "rating" da ESFG para oito níveis abaixo de "lixo"

A notação financeira da "holding" que detém 25% do BES foi revista em três níveis e encontra-se agora numa posição considerada fortemente especulativa. O "rating" de Caa2 está a poucos níveis de "default".
A agência de notação financeira Moody’s cortou o "rating" da Espírito Santo Financial Group em três níveis, de B2 para Caa2, o que traduz um corte de três níveis e deixa a classificação oito níveis abaixo de "lixo".
 
A nova notação financeira que a Moody’s atribuiu à "holding" que detém 25% do Banco Espírito Santo situa-se apenas três níveis acima do "rating" de C, que a agência utiliza para classificar uma situação de incumprimento ("default").
 
Apesar do corte acentuado, a Moody’s mantém o "rating" da holding" em revisão para possível corte adicional.
 
A Moody’s vê "um agravamento do perfil de risco de crédito para a ESFG na sequência do aumento da exposição da ESFG aos seus accionistas indirectos". Os "receios em torno da qualidade de crédito da ESFG são amplificados pela falta de transparência em torno não só da situação financeira do Grupo Espírito Santo, mas também da amplitude das ligações intra-grupo incluindo a exposição directa e indirecta da ESFG à Espírito Santo International".
 
A ESFG, que está cotada em bolsa, é detida em 49,3% pela Rioforte, que por sua vez é controlada em 100% pela Espírito Santo International, a "holding" através da qual a família Espírito Santo controla as empresas do grupo.
 
A Moody’s cita os números revelados recentemente pela ESFG para justificar o corte. A "holding" da família Espírito Santo anunciou a semana passada que no final de Junho tinha uma exposição de 2,35 mil milhões de euros à ESI, acima dos 1,37 mil milhões de euros no final de 2013.
 
A agência teme que esta exposição possa vir a aumentar ainda mais ao longo dos próximos meses, quer através de mais financiamento, quer de eventuais obrigações que venha a assumir em nome de outras empresas do Grupo Espírito Santo.
 
Futuras movimentações no "rating" do ESFG vão depender do plano de reestruturação do GES e as implicações que terão no âmbito do papel de supervisão do Banco de Portugal.
[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/moodys_corta_rating_da_esfg_para_oito_niveis_abaixo_de_lixo.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/moodys_corta_rating_da_esfg_para_oito_niveis_abaixo_de_lixo.html[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: andre.p em 2014-07-09 17:01:52
Total equity não é o capital próprio?

Mesmo se houver o calote se 2500 milhões da ESI e rio forte ainda fica solvente.
Isto se não houver activos inflacionados e contas marteladas.


Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-09 17:16:04
Não, só contam aqueles 1200 milhões que pertencem aos accionistas, o resto vem via consolidação de entidades que não controlam, como o BES.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-07-09 17:18:56
Continuamos sem ter contas da Rio Forte? :-\
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: andre.p em 2014-07-09 17:28:04
Não, só contam aqueles 1200 milhões que pertencem aos accionistas, o resto vem via consolidação de entidades que não controlam, como o BES.

Então mas o BES É um activo que se pode vender, e se por exemplo na hipótese de existir liquidação esse valor também contaria ou não?

Resumindo a minha questão é, se em último caso existisse uma liquidação dos activos, estes seriam suficientes para cobrir os passivos? (Fazendo conta com o que está no balanço e não situações extraordinárias)

Obgd
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-09 17:37:31
Não, só contam aqueles 1200 milhões que pertencem aos accionistas, o resto vem via consolidação de entidades que não controlam, como o BES.

Então mas o BES É um activo que se pode vender, e se por exemplo na hipótese de existir liquidação esse valor também contaria ou não?

Resumindo a minha questão é, se em último caso existisse uma liquidação dos activos, estes seriam suficientes para cobrir os passivos? (Fazendo conta com o que está no balanço e não situações extraordinárias)

Obgd

O BES é um activo que se pode vender, mas esse valor que ali está não contaria. Terias que ter o balanço com o BES lá inserido sem estar tudo consolidado. Em todo o caso o que conta é a situação líquida atribuível aos accionistas da ESFG, aqueles 1200qq milhões. Com os activos ao valor de mercado esse valor já deve ser bem negativo.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-09 17:53:41
Mas então nem devia ter capitalização bolsista, certo ? (penso que ainda tem 250/300M, salvo erro)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-09 17:55:04
Mas então nem devia ter capitalização bolsista, certo ? (penso que ainda tem 250/300M, salvo erro)

Pode sempre ter alguma até falir, é uma espécie de opção, Sabe-se lá o que inventam para sair do buraco.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: jeab em 2014-07-09 18:00:13
Está 8 furos abaixo de cú de cão ...

Moody’s corta "rating" da ESFG para oito níveis abaixo de "lixo"

A notação financeira da "holding" que detém 25% do BES foi revista em três níveis e encontra-se agora numa posição considerada fortemente especulativa. O "rating" de Caa2 está a poucos níveis de "default".

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/moodys_corta_rating_da_esfg_para_oito_niveis_abaixo_de_lixo.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/moodys_corta_rating_da_esfg_para_oito_niveis_abaixo_de_lixo.html)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: andre.p em 2014-07-09 18:11:09
Obrigado Incognitus

Vamos entao acompanhar o denserolar da situação.
Tenho alguma exposição ao ESFG em obrigações que o papel já quase só serve para limpar o c.!

Queria ter vendido tudo o que tinha mas a obrigação que tinha no BES não tinha liquidez. Estranho é ter conseguido vender tudo (no mesmo dia) o que tinha no Montepio a valores inimaginaveis hoje.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Umbeluzi em 2014-07-09 18:58:32
Não, só contam aqueles 1200 milhões que pertencem aos accionistas, o resto vem via consolidação de entidades que não controlam, como o BES.

Então mas o BES É um activo que se pode vender, e se por exemplo na hipótese de existir liquidação esse valor também contaria ou não?

Resumindo a minha questão é, se em último caso existisse uma liquidação dos activos, estes seriam suficientes para cobrir os passivos? (Fazendo conta com o que está no balanço e não situações extraordinárias)

Obgd

A acontecer uma execução, apenas 25% do BES é que entra na massa falida. É esta a atual percentagem detida pelo GES no BES de pois do AC. Julgo que é assim.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: jeab em 2014-07-09 19:17:35
Mais uma acha prá fogueira ...

CMVM abre investigação sobre dívida comprada pela PT do GES

O regulador do mercado de capitais decidiu abrir uma investigação formal à compra de dívida do GES por parte da Portugal Telecom, avança o Expresso.

A compra de quase 900 milhões de euros de papel comercial da Rioforte por parte da Portugal Telecom estará a ser alvo de uma investigação formal por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), revela o Expresso. O jornal diz que o regulador não confirma a informação, mas que estará a acompanhar o processo.

 

Já no dia 26 de Junho, altura em que revelou que a PT tinha investido 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, o Expresso já tinha noticiado que a CMVM se preparava para analisar o caso de forma a perceber se tinha havido favorecimento de accionista.

 

A investigação agora aberta quer assim verificar se se tratou de um investimento entre "partes interessadas", uma vez que o Grupo Espírito Santo (GES) é o segundo maior accionista da operadora de telecomunicações, com mais de 10% do capital. Ao mesmo tempo que a PT detém 2% do banco.

 

Esta operação tem gerado muita polémica, numa altura em que os receios de que haja algum incumprimento por parte do GES aumentam. Parte dos cerca de 900 milhões de euros vencem a 15 de Julho, sendo que o Expresso diz que o cenário central assumido pela operadora é de que não será reembolsada na data da maturidade.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luisa Fernandes em 2014-07-09 20:25:48
Muito bem .... agora quero ouvir os "gurus econômicos" sobre os juros da divida e sobre as politicas de austeridade.

Afinal nao foi o TC nem as borboletas que batem as asas em Pequim que provocam o aumento dos juros, mas sim a corrupção (banca, especuladores, políticos corruptos, os grandes grupos) no país.
Nao esquecer tb quem é que vai à TV defender baixa de salários e coisas afins.

Já todos percebemos quem vai pagar.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Happy_TheOne em 2014-07-09 20:34:12
http://expresso.sapo.pt/a-pt-sempre-foi-a-vaca-leiteira-do-bes=f880189 (http://expresso.sapo.pt/a-pt-sempre-foi-a-vaca-leiteira-do-bes=f880189)

Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-09 20:35:04
As políticas de austeridade não são só para manter as taxas de juro baixas, mas também para continuar a existir financiamento.

Aliás, repara, tu és a favor de não se pagar o que já se deve, portanto é absurdo que sejas simultaneamente contra políticas de austeridade, pois se não pagasses não te emprestavam e tinhas que ter déficit 0, por não poderes obter dívida adicional.

É uma das coisas fantásticas, quem é contra as políticas de austeridade é simultaneamente a favor de não se pagar o que já se deve. Pior, só aqueles que berram contra downgrades de rating de crédito e simultaneamente dizem que a dívida é impagável.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Happy_TheOne em 2014-07-09 23:17:35
Mais uma acha prá fogueira ...

CMVM abre investigação sobre dívida comprada pela PT do GES

O regulador do mercado de capitais decidiu abrir uma investigação formal à compra de dívida do GES por parte da Portugal Telecom, avança o Expresso.

A compra de quase 900 milhões de euros de papel comercial da Rioforte por parte da Portugal Telecom estará a ser alvo de uma investigação formal por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), revela o Expresso. O jornal diz que o regulador não confirma a informação, mas que estará a acompanhar o processo.

 

Já no dia 26 de Junho, altura em que revelou que a PT tinha investido 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, o Expresso já tinha noticiado que a CMVM se preparava para analisar o caso de forma a perceber se tinha havido favorecimento de accionista.

 

A investigação agora aberta quer assim verificar se se tratou de um investimento entre "partes interessadas", uma vez que o Grupo Espírito Santo (GES) é o segundo maior accionista da operadora de telecomunicações, com mais de 10% do capital. Ao mesmo tempo que a PT detém 2% do banco.

 

Esta operação tem gerado muita polémica, numa altura em que os receios de que haja algum incumprimento por parte do GES aumentam. Parte dos cerca de 900 milhões de euros vencem a 15 de Julho, sendo que o Expresso diz que o cenário central assumido pela operadora é de que não será reembolsada na data da maturidade.

[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url])


Outro Constâncio FDX são todos a mesma merda depois de uma empresa falir abrem investigação ...e nao sabiam antes do financiamento senão pergunto para que o BP, CMVM ...para colocar cromos com vc preenchidos mas burros e incompetentes dassssssss que estes palhaços todos ja metem nojo que república das bananas se é nao somos pior que isso ..... >:(
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luisa Fernandes em 2014-07-09 23:25:55
Sabes o que é absurdo?
Absurdo é não se ver banqueiros atrás das grades devido ao papel deles em implodir o sistema financeiro ocidental. Isso é que é absurdo.
Absurdo, é ver quem se safa sempre, sao aqueles que continuam a comer lagostas na varanda voltada para o mar e finalmente o total do absurdo é perceber que sao esses que exigem sacrifícios e impõem moralismos bacocos à população. Isso é que é absurdo.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Happy_TheOne em 2014-07-09 23:29:38
Sabes o que é absurdo?
Absurdo é não se ver banqueiros atrás das grades devido ao papel deles em implodir o sistema financeiro ocidental. Isso é que é absurdo.
Absurdo, é ver quem se safa sempre, sao aqueles que continuam a comer lagostas na varanda voltada para o mar e finalmente o total do absurdo é perceber que sao esses que exigem sacrifícios e impõem moralismos bacocos à população. Isso é que é absurdo.

Mas isso nao é problema de tudo o que dizes mas apenas um de justica e nao do capitalismo porque noutros países o capitalismo tem regras e quem as infringe paga e paga bem pelas infrações so ca é que não ....mas isso problema de justica apenas que me revolta tambem
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-09 23:56:09
Sabes o que é absurdo?
Absurdo é não se ver banqueiros atrás das grades devido ao papel deles em implodir o sistema financeiro ocidental. Isso é que é absurdo.
Absurdo, é ver quem se safa sempre, sao aqueles que continuam a comer lagostas na varanda voltada para o mar e finalmente o total do absurdo é perceber que sao esses que exigem sacrifícios e impõem moralismos bacocos à população. Isso é que é absurdo.


É verdade, por isso mesmo é que não se devia usar o Estado para apoiar essas pessoas, com o colectivismo que defendes. Eu escrevi isto hoje, sobre o tema:

http://seekingalpha.com/instablog/1006811-paulo-santos/3050965-the-terrorists-have-already-won (http://seekingalpha.com/instablog/1006811-paulo-santos/3050965-the-terrorists-have-already-won)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-07-10 08:05:40

Absurdo e hilariante é , igualmente, assistir a uma dança de nomes de personagens históricas e com responsabilidades no passado, para os Com. Executivas e para Conselhos Estratégicos deste Grupo ...

Alguns desses nomes deveriam estar concentrados na forma de resolução dos problemas das diversas Empresas do Grupo GES, em reunir capitais próprios para colmatar as insuficiências e na liquidação das suas responsabilidades à hora certa como são obrigadas a fazer a grande maioria das empresas portuguesas. 

Só falta agora ainda nos virem dar lições de como fazer ou aconselhar sobre o futuro. 
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-10 08:52:40
Mais uma acha prá fogueira ...

CMVM abre investigação sobre dívida comprada pela PT do GES

O regulador do mercado de capitais decidiu abrir uma investigação formal à compra de dívida do GES por parte da Portugal Telecom, avança o Expresso.

A compra de quase 900 milhões de euros de papel comercial da Rioforte por parte da Portugal Telecom estará a ser alvo de uma investigação formal por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), revela o Expresso. O jornal diz que o regulador não confirma a informação, mas que estará a acompanhar o processo.

 

Já no dia 26 de Junho, altura em que revelou que a PT tinha investido 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, o Expresso já tinha noticiado que a CMVM se preparava para analisar o caso de forma a perceber se tinha havido favorecimento de accionista.

 

A investigação agora aberta quer assim verificar se se tratou de um investimento entre "partes interessadas", uma vez que o Grupo Espírito Santo (GES) é o segundo maior accionista da operadora de telecomunicações, com mais de 10% do capital. Ao mesmo tempo que a PT detém 2% do banco.

 

Esta operação tem gerado muita polémica, numa altura em que os receios de que haja algum incumprimento por parte do GES aumentam. Parte dos cerca de 900 milhões de euros vencem a 15 de Julho, sendo que o Expresso diz que o cenário central assumido pela operadora é de que não será reembolsada na data da maturidade.

[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url])


Outro Constâncio FDX são todos a mesma merda depois de uma empresa falir abrem investigação ...e nao sabiam antes do financiamento senão pergunto para que o BP, CMVM ...para colocar cromos com vc preenchidos mas burros e incompetentes dassssssss que estes palhaços todos ja metem nojo que república das bananas se é nao somos pior que isso ..... >:(


Diz lá porque é que o BP ou a CMVM deveriam saber das contas da Rio Forte?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Thorn Gilts em 2014-07-10 09:15:51
Mais uma acha prá fogueira ...

CMVM abre investigação sobre dívida comprada pela PT do GES

O regulador do mercado de capitais decidiu abrir uma investigação formal à compra de dívida do GES por parte da Portugal Telecom, avança o Expresso.

A compra de quase 900 milhões de euros de papel comercial da Rioforte por parte da Portugal Telecom estará a ser alvo de uma investigação formal por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), revela o Expresso. O jornal diz que o regulador não confirma a informação, mas que estará a acompanhar o processo.

 

Já no dia 26 de Junho, altura em que revelou que a PT tinha investido 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, o Expresso já tinha noticiado que a CMVM se preparava para analisar o caso de forma a perceber se tinha havido favorecimento de accionista.

 

A investigação agora aberta quer assim verificar se se tratou de um investimento entre "partes interessadas", uma vez que o Grupo Espírito Santo (GES) é o segundo maior accionista da operadora de telecomunicações, com mais de 10% do capital. Ao mesmo tempo que a PT detém 2% do banco.

 

Esta operação tem gerado muita polémica, numa altura em que os receios de que haja algum incumprimento por parte do GES aumentam. Parte dos cerca de 900 milhões de euros vencem a 15 de Julho, sendo que o Expresso diz que o cenário central assumido pela operadora é de que não será reembolsada na data da maturidade.

[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url])


Outro Constâncio FDX são todos a mesma merda depois de uma empresa falir abrem investigação ...e nao sabiam antes do financiamento senão pergunto para que o BP, CMVM ...para colocar cromos com vc preenchidos mas burros e incompetentes dassssssss que estes palhaços todos ja metem nojo que república das bananas se é nao somos pior que isso ..... >:(


Diz lá porque é que o BP ou a CMVM deveriam saber das contas da Rio Forte?


Deviam saber os auditores e colocar uma opinião com reserva com desacordo (ou com limitação no âmbito do exame) ou, pelo menos, uma ênfase sobre a exposição ao risco.

A subscrição de obrigações de uma única entidade num montante materialmente relevante (e que coloca em sério risco o subscritor) é no mínimo inconsistente com uma boa corporate governance, se juntar-mos o facto de essa subscrição ter um valor idêntico a quase metade da capitalização bolsista do subscritor e de se tratarem de obrigações de uma empresa não cotada e sem notação de risco de grandes casas e com as características particulares da Rioforte, pode vir a ser considerada gestão danosa ou, pelo menos, quebra do dever de lealdade (fiduciário) e, pela parte do auditor, negligência ou mesmo cumplicidade.

Mas para já é extemporâneo ter uma opinião mais fundamentada, do que formular meros cenários.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: pvg80713 em 2014-07-10 09:16:20

Diz lá porque é que o BP ou a CMVM deveriam saber das contas da Rio Forte?


http://www.rioforte.pt/index.aspx (http://www.rioforte.pt/index.aspx)

por isto.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: andre.p em 2014-07-10 09:38:52
Acções e obrigações suspensas

http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/bolsa/detalhe/esfg_suspensa_de_bolsa_devido_as_dificuldades_no_seu_principal_accionista.html (http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/bolsa/detalhe/esfg_suspensa_de_bolsa_devido_as_dificuldades_no_seu_principal_accionista.html)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-10 10:24:46

Diz lá porque é que o BP ou a CMVM deveriam saber das contas da Rio Forte?


[url]http://www.rioforte.pt/index.aspx[/url] ([url]http://www.rioforte.pt/index.aspx[/url])

por isto.


Eu ia jurar que a Rio Forte não está sujeita à supervisão da CMVM (nem do BP obviamente).... mas posso estar enganado.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Happy_TheOne em 2014-07-10 10:44:55
Mais uma acha prá fogueira ...

CMVM abre investigação sobre dívida comprada pela PT do GES

O regulador do mercado de capitais decidiu abrir uma investigação formal à compra de dívida do GES por parte da Portugal Telecom, avança o Expresso.

A compra de quase 900 milhões de euros de papel comercial da Rioforte por parte da Portugal Telecom estará a ser alvo de uma investigação formal por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), revela o Expresso. O jornal diz que o regulador não confirma a informação, mas que estará a acompanhar o processo.

 

Já no dia 26 de Junho, altura em que revelou que a PT tinha investido 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, o Expresso já tinha noticiado que a CMVM se preparava para analisar o caso de forma a perceber se tinha havido favorecimento de accionista.

 

A investigação agora aberta quer assim verificar se se tratou de um investimento entre "partes interessadas", uma vez que o Grupo Espírito Santo (GES) é o segundo maior accionista da operadora de telecomunicações, com mais de 10% do capital. Ao mesmo tempo que a PT detém 2% do banco.

 

Esta operação tem gerado muita polémica, numa altura em que os receios de que haja algum incumprimento por parte do GES aumentam. Parte dos cerca de 900 milhões de euros vencem a 15 de Julho, sendo que o Expresso diz que o cenário central assumido pela operadora é de que não será reembolsada na data da maturidade.

[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url])


Outro Constâncio FDX são todos a mesma merda depois de uma empresa falir abrem investigação ...e nao sabiam antes do financiamento senão pergunto para que o BP, CMVM ...para colocar cromos com vc preenchidos mas burros e incompetentes dassssssss que estes palhaços todos ja metem nojo que república das bananas se é nao somos pior que isso ..... >:(


Diz lá porque é que o BP ou a CMVM deveriam saber das contas da Rio Forte?


Os financiamentos em papel comercial pelo menos sim por ir ao mercado faze-lo
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-07-10 10:47:48

Diz lá porque é que o BP ou a CMVM deveriam saber das contas da Rio Forte?


[url]http://www.rioforte.pt/index.aspx[/url] ([url]http://www.rioforte.pt/index.aspx[/url])

por isto.


Funny.... há 1 semana atrás, não tinha nenhum das ultimas 4 noticias do site....

Aliás, não havia contas nenhumas para ver em lado nenhum. Agora já têm "financial statements".... :P
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-10 10:57:28
Mais uma acha prá fogueira ...

CMVM abre investigação sobre dívida comprada pela PT do GES

O regulador do mercado de capitais decidiu abrir uma investigação formal à compra de dívida do GES por parte da Portugal Telecom, avança o Expresso.

A compra de quase 900 milhões de euros de papel comercial da Rioforte por parte da Portugal Telecom estará a ser alvo de uma investigação formal por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), revela o Expresso. O jornal diz que o regulador não confirma a informação, mas que estará a acompanhar o processo.

 

Já no dia 26 de Junho, altura em que revelou que a PT tinha investido 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, o Expresso já tinha noticiado que a CMVM se preparava para analisar o caso de forma a perceber se tinha havido favorecimento de accionista.

 

A investigação agora aberta quer assim verificar se se tratou de um investimento entre "partes interessadas", uma vez que o Grupo Espírito Santo (GES) é o segundo maior accionista da operadora de telecomunicações, com mais de 10% do capital. Ao mesmo tempo que a PT detém 2% do banco.

 

Esta operação tem gerado muita polémica, numa altura em que os receios de que haja algum incumprimento por parte do GES aumentam. Parte dos cerca de 900 milhões de euros vencem a 15 de Julho, sendo que o Expresso diz que o cenário central assumido pela operadora é de que não será reembolsada na data da maturidade.

[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/telecomunicacoes/detalhe/cmvm_abre_investigacao_sobre_divida_comprada_pela_pt_do_ges.html[/url])


Outro Constâncio FDX são todos a mesma merda depois de uma empresa falir abrem investigação ...e nao sabiam antes do financiamento senão pergunto para que o BP, CMVM ...para colocar cromos com vc preenchidos mas burros e incompetentes dassssssss que estes palhaços todos ja metem nojo que república das bananas se é nao somos pior que isso ..... >:(


Diz lá porque é que o BP ou a CMVM deveriam saber das contas da Rio Forte?


Os financiamentos em papel comercial pelo menos sim por ir ao mercado faze-lo


São ofertas particulares.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-07-10 11:30:08
http://o-antonio-maria.blogspot.pt/ (http://o-antonio-maria.blogspot.pt/)



Um maremoto chamado BES


Última hora: Espírito Santo Financial Group suspende negociação das ações em bolsa  - Observador/Lusa, 10-07-2014

“This ensures that in times of crisis mainly owners and creditors will contribute to solving the crisis, and not taxpayers.”
 — Germany OKs plan to make creditors prop up banks, Market Watch, July 9, 2014

 BES arrasta país para o vermelho! E Alemanha avisa que os bancos falidos vão ter que recorrer ao pelo do próprio cão, i.e. aos depositantes e outros credores para satisfazerem as responsabilidade principais das instituições insolventes...

 Entretanto, dadas as relações parasitárias entre a Dona Branca Espírito Santo e empresas estratégicas como a PT, a TAP, Brisa e outras, o efeito dominó sobre as cotadas em Bolsa, sobre o sistema financeiro, sobre a economia e sobre o regime está em curso e é de susto. Era a isto que nos referíamos quando dissemos ironicamente que o BES convocara o último Conselho de Estado, o qual serviu basicamente para nomear a troika laranja que vai tomar conta dos cacos do bankster do regime.

 Não ficará pedra sobre pedra desta teia rentista, incluindo a pedra chamada TAP e a pedra chamada ferrovia de bitola europeia (Lisboa-Madrid, Porto-Galiza, Aveiro-Salamanca) cujos desenvolvimentos estiverem sempre dependentes e foram gravemente distorcidos pelos interesses do Bloco Central da Corrupção, de que a Dona Branca Espírito Santo foi o principal pivot financeiro. Era esta Senhora que dizia ao Álvaro onde e como queria uma nova cidade aeroportuária (em Alcochete), ou que esteve embrulhada profundamente na privatização da EDP (a mesma que já conduziu à irradiação do senhor Cao Guanjing, por nepotismo...), tendo o senhor Ricardo aproveitado para comprar dois milhões de ações durante a operação, e que continua no grupo de assessores financeiros da privatização da insolvente TAP, sendo, como se sabe, um dos bancos que garantiu a operação, que será sem dúvida abortada, de compra de 12 Airbus A350-900.

 Abrindo-se uma cratera neste pivot, o resto só poderá mesmo ruir em dominó.

 A vigilância popular é neste momento decisiva, para impedir que os três mil milhões do buraco da TAP, e os aviões que andam a cair aos bocados (aquisições/alugueres recentes de material de terceira), sigam o seu curso suicida em direção a um estrondo monumental. Esta vigilância cívica e democrática é decisiva para forçar a retoma, de forma racional e previsível, da política ferroviária há muito acordada entre Portugal, Espanha e Bruxelas.

 Quanto aos jornalistas, editores e donos da nossa indigente imprensa pedimos-lhes que façam um crash course gratuito sobre política de transportes e sobre política de energia aqui mesmo, lendo as dezenas de artigos que a nossa equipa pro bono foi tecendo honestamente e sem interesses económicos ou profissionasi envolvidos. Leiam O António Maria!

 ALERTA SOBRE A TAP

 A TAP é uma das vítimas propiciatórias do Bloco Central da Corrupção, da indigência e corrupção partidárias e parlamentares do regime, e dos banksters deste país, a começar, claro, pela Dona Brana Espírito Santo.

 Enquanto o senhor Salgado exigia ao Álvaro um aeroporto em Alcochete para aviões intercontinentais Airbus A380, enquanto a TAP encomendada 12 aviões Airbus A350-900, e alguns adiantados mentais exigiam uma cidade aeroportuária para os aviões Low Cost na Margem Sul —ao mesmo tempo que boicotavam por todos os meios, incluindo o uso e abuso da voz 'soprada' do senhor Miguel de Sousa Tavares, o plano ferroviário de ligação da Península Ibérica ao resto da Europa—, as Low Cost iam tomando paulatinamente conta do mercado do transporte aéreo em Portugal e no resto da Europa, fazendo do turismo, em plena crise aguda da dívida soberana, a principal indústria exportadora indígena. A própria Lufthansa decidiu recentemente apostar nos serviços aéreos Low Cost, não apenas nos voos europeus e de médio curso em geral, como nos próprios voos intercontinentais e de longo curso em geral.

 Em Portugal, sob a batuta dos condottieri Monteiros, todas as decisões foram não só erradas, como potencialmente criminosas. Basta compilar o registo desde 2008 dos incidentes ocorridos com aeronaves da ou ao serviço da TAP, para percebermos a gravidade do que tem vindo a acontecer:
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luisa Fernandes em 2014-07-10 11:39:15
Eu acho que devemos cortar mais no estado social.
O estado social arruína este país.
 ;D


Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rnbc em 2014-07-10 11:40:51
Só uma pequena nota para dizer que a "Gestão Danosa" é um crime que só pode ser praticado quando se trata duma unidade do setor público ou cooperativo. Para unidades do setor privado há outros crimes previstos no código penal.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-10 11:42:40
É offtopic, mas esta parte do texto é uma delícia.
Citar
(...)as Low Cost iam tomando paulatinamente conta do mercado do transporte aéreo em Portugal e no resto da Europa, fazendo do turismo, em plena crise aguda da dívida soberana, a principal indústria exportadora indígena. A própria Lufthansa decidiu recentemente apostar nos serviços aéreos Low Cost, não apenas nos voos europeus e de médio curso em geral, como nos próprios voos intercontinentais e de longo curso em geral.

Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-07-10 11:44:13
Esta um bocado antiga a noticia mas vale a pena ler.

http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=1922 (http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=1922)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: valves1 em 2014-07-10 13:56:10
Enquanto nao se souber a situacao no BES nao se sabe verdadeiramente  a situacao do grupo isso e evidente;
Agora so quem nao conhece Portugal e que podera pensar que empresas como a  PT, a TAP, Brisa podem cair, mais facilmente Portugal faria uma desvalorizao interna ( mudando de moeda ) do que isso acontecer;
As imparidades do BES vao ser cobertas por desalancagem no proprio banco e por dinheiro de fora;
( Troika ) Deixar cair PT;TAP e Brisa era o equivalente a uma queda de regime e isso nunca se faria ...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: MiguLuso em 2014-07-10 15:29:36
(https://pbs.twimg.com/media/BsLue8ICYAAG2gd.jpg)

Encontrei esta imagem no twitter.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-07-10 18:36:42

Um cenário possível (estado de alma ?) , cozinhado com a intervenção activa do BP, do Governo e com a pressão das autoridades europeias :

1 - Banco BES recorre à linha de crédito prevista para o financiamento à Banca ( Coco´s ) - 3.000 milhões de € e um conjunto de exigências mais rigorosas sobre a gestão do Banco, permitirão tranquilizar o mercado.
2 - Acordo tripartido PT, OI, Rio Forte que permita salvar a face a todos os intervenientes. Liquidação parcial, revisão das condições e alargamento do prazo.
3 - Informação ao mercado sobre os termos da reestruturação da ESI e das suas implicações nas diferentes participadas.
4 - Reconhecimento institucional da separação entre o GES e o BES e todas as implicações consequentes.

Numa altura decisiva, possibilitaria uma saída minimamente digna, ajudar a minorar os danos à nossa reputação e não afugentar mais os investidores estrangeiros 

Oxalá 

     
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-07-10 18:39:01
Fora do BES não há razão para acreditar em salvamentos...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-10 18:46:52

Um cenário possível (estado de alma ?) , cozinhado com a intervenção activa do BP, do Governo e com a pressão das autoridades europeias :

1 - Banco BES recorre à linha de crédito prevista para o financiamento à Banca ( Coco´s ) - 3.000 milhões de € e um conjunto de exigências mais rigorosas sobre a gestão do Banco, permitirão tranquilizar o mercado.
2 - Acordo tripartido PT, OI, Rio Forte que permita salvar a face a todos os intervenientes. Liquidação parcial, revisão das condições e alargamento do prazo.
3 - Informação ao mercado sobre os termos da reestruturação da ESI e das suas implicações nas diferentes participadas.
4 - Reconhecimento institucional da separação entre o GES e o BES e todas as implicações consequentes.

Numa altura decisiva, possibilitaria uma saída minimamente digna, ajudar a minorar os danos à nossa reputação e não afugentar mais os investidores estrangeiros 

Oxalá 

   

Mas quanto é o PC emitido pela Rio Forte? Não são só os 900M da PT correto? logo o acordo teria de ser com todos os detentores ou se fosse só com a PT obrigaria a PT a absorver o PC comercial todo da Rio Forte no curto prazo para garantir que não entraria em default, porque parto do pressuposto que nenhum dos outros detentores faria rollover sem garantias idênticas.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rnbc em 2014-07-10 18:47:19
Encontrei esta imagem no twitter.

Parece um bocado desatualizada. O BEST por exemplo é agora 25% do Saxo Bank  e 75% do BES, tendo as restantes participações sido vendidas ao BES. O grupo levou umas mudanças ultimamente por conta das imposições do BP.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: purehawk em 2014-07-10 18:49:46
Eu já estou salvador do BES: estou comprador de 20 milhões de acções do BES ao valor de mercado não suspenso (€0.002 por acção).

     ;D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-07-10 19:50:21
Clientes não conseguem resgatar papel comercial da Espírito Santo International

A Espírito Santo International vai avançar com proposta de reestruturação. Um papel comercial é um título de dívida de muito curto prazo, tipicamente de 60 ou 90 dias.


O Expresso sabe que o papel comercial da Espírito Santo International (ESI), cujo prazo terminava quinta-feira, não foi pago a alguns clientes na Suíça, que reclamaram este dinheiro junto do Banque Privée Espírito Santo. O banco diz que se trata de um atraso.

Vários clientes na Suíça tentaram resgatar este papel comercial e telefonaram para o Expresso a relatar o caso. O Expresso confirmou a situação junto do banco.

"O Banque Privée Espírito Santo informa que está a tomar todas as medidas que estão ao seu alcance, para salvaguardar os interesses dos seus clientes com exposição à Espírito Santo International", lê-se num comunicado.

Recorde-se que o semanário Expresso avançou em primeira mão na semana passada que o Grupo Espírito Santo ia propor uma reestruturação aos seus credores, que passava pela conversão de dívida da ESI em capital ou dívida de longo prazo da RioForte. É esse o plano que está a ser executado. A ESI é uma sociedade insolvente, a RioForte é solvente.   

Em baixo, pode ler na íntegra o comunicado do Banque Privée Espírito Santo.

 

 " O Banque Privée Espírito Santo vem esclarecer

 1. O Banque Privée Espírito Santo (BPES) é uma entidade financeira, sediada na Suíça, e juridicamente separada da Espírito Santo International.

2. O Banque Privée Espírito Santo tem um elevado grau de liquidez e excelentes rácios de solvabilidade.

3. O Banque Privée Espírito Santo é supervisionado pela Finma (Swiss Financial Market Supervisory Authority), a qual impôs limites estritos sobre a sua exposição ao Grupo Espírito Santo.

4. O Grupo Espírito Santo desenvolveu um plano de reorganização que inclui a reestruturação da dívida da Espírito Santo Internacional que se deverá iniciar brevemente.

 O Banque Privée Espírito Santo informa que está a tomar todas as medidas que estão ao seu alcance, para salvaguardar os interesses dos seus clientes com exposição à Espírito Santo International.

 

Suíça, 04 de Julho de 2014" ([url]http://expresso.sapo.pt/clientes-nao-conseguem-resgatar-papel-comercial-da-espirito-santo-international=f879415[/url])



.....eh,eh......et alors P. Caldeira et P. Carvalho ?.......Talvez o N. Valterio e o P. Abrantes ainda se "safem"......eh,eh.....

(agora acabou a vossa "folga"......pim, pam, pum !)

[url]http://www.espiritosanto.com/[/url] ([url]http://www.espiritosanto.com/[/url])



...Oui,oui.....les deux P's (Caldeira & Carvalho)......agora é que são elas.....

Citar
Clientes preparam queixa contra banco de fortunas do GES

Instituição admite atrasos no reembolso de pagamentos

TVI     |   2014-07-09 13:03

Alguns clientes do Banque Privée Espírito Santo, banco de gestão de fortunas que o Grupo Espírito Santo (GES) tem na Suiça, estão a preparar queixas contra a instituição e a Espírito Santo International (ESI), holding do GES.

Esta organização coletiva acontece devido ao facto de terem em atraso o reembolso de investimentos realizados em papel comercial da ESI e de outras sociedades do grupo que, alegam, lhes foram apresentados pelo banco suíço do GES como produtos sem riscos, ainda que agora esteja sob a ameaça de incumprimento, avança o Jornal de Negócios.

Ainda que a criação deste grupo esteja em fase embrionária, o empresário do imobiliário que lidera a ação avançou que já foram contatados outros clientes do banco, entre os quais empresários do setor têxtil do Norte do País, que realizaram aplicações através das sucursais do banco suíço em Lisboa e no Porto.

O objetivo dos clientes passa por ter uma resposta concreta do banco acerca da solução possível para este atraso nos reembolsos das aplicações.

Os queixosos consideram que o primeiro teste à capacidade do GES em fazer face aos seus compromissos será a solução que for encontrada para o investimento de 900 milhões de euros que a PT fez em papel comercial da Rioforte e vence a 15 e 17 de julho.

A questão fulcral, neste caso, é o facto de diariamente vencerem aplicações que, afirmam, o BPES lhes terá vendido como depósitos a prazo e obrigações de capital garantido que não estão a ser reembolsadas dentro dos prazos.

Assim, o argumento que os clientes se preparam para apresentar aos supervisores de vários países é o facto de, supostamente, o investimento em papel comercial da ESI e de outras empresas do GES ter sido considerado como não tendo risco e com a garantia de reembolso até aqui associada ao nome Espírito Santo.

Na listas de supervisores dos vários países a contatar estão a Autoridade Federal de Supervisão dos Mercados Financeiros da Suiça, Finma, Comissão de Supervisão do Setor Financeiro do Luxemburgo, Banco de Portugal e Comissão dos Mercados de Valores Mobiliários.

Fonte oficial do BPES noticiou ao «Jornal de Negócios» que há atrasos no reembolso dos pagamentos de alguns clientes, justificando tal com o facto de estar a ultimar o plano de reestruturação da dívida desta sociedade.

OS gestores de clientes têm informado que a reestruturação pode passar pela conversão de parte da dívida em ações preferenciais.

Uma solução é a conversão de 85% dos fundos investidos em ações preferenciais perpétuas e os restantes 15% em títulos de dívida de longo prazo.



.....se se despacharem....talvez ainda haja lugar para os dois na Brickrell.......(Miami).....eh.eh....
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: kitano em 2014-07-10 20:33:00
Fora do BES não há razão para acreditar em salvamentos...

Caro...em portugal tudo se salva...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Happy_TheOne em 2014-07-10 20:52:23
http://economico.sapo.pt/noticias/investidores-norteamericanos-receiam-que-ges-seja-primeira-peca-do-domino_197370.html (http://economico.sapo.pt/noticias/investidores-norteamericanos-receiam-que-ges-seja-primeira-peca-do-domino_197370.html)

como se isto fosse verdade ....devem estar mesmo preocupadissimos lol
A desinformacao que circula pela net é brutal e fazem acreditar em tudo e mais alguma .... :D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-10 23:01:15
Só uma pequena nota para dizer que a "Gestão Danosa" é um crime que só pode ser praticado quando se trata duma unidade do setor público ou cooperativo. Para unidades do setor privado há outros crimes previstos no código penal.

Porquê? Há casos em que um gestor privado gere prejudicando a empresa para favorecer terceiros aos quais ele está mais ligado. O exemplo do Granadeiro na PT é perfeitamente transparente que foi isso.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: SrSniper em 2014-07-11 01:09:39
É mesmo para falir, os obrigacionistas sénior é para receber zero?
Ou o mais provável é tentarem renegociar e propor tipo um haircut de 70%?
Óbvio que ninguém sabe,mas gostava de saber o que passa na cabeça de outros foristas
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rnbc em 2014-07-11 03:35:19
Só uma pequena nota para dizer que a "Gestão Danosa" é um crime que só pode ser praticado quando se trata duma unidade do setor público ou cooperativo. Para unidades do setor privado há outros crimes previstos no código penal.

Porquê? Há casos em que um gestor privado gere prejudicando a empresa para favorecer terceiros aos quais ele está mais ligado. O exemplo do Granadeiro na PT é perfeitamente transparente que foi isso.

Sim, mas juridicamente a figura só existe nos casos que indiquei. No caso de empresas privadas pode ser abuso de confiança, fraude... podem ser "actos ou omissões praticados com preterição dos deveres legais ou contratuais", etc...  mas tanto quanto sei a figura da gestão danosa é bastante precisa e limitada, e apenas aplicável ao setor público e cooperativo. O facto de se tratar duma empresa cotada em bolsa faz com que haja deveres extra da administração em relação à informação que deve ser prestada ao mercado e às regras a aplicar na gestão, mas a violação desses deveres resulta tanto quanto sei em contra-ordenações, não em crimes.

PS: não sou advogado nem formado em direito, portanto posso estar a meter água...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: eagle51 em 2014-07-11 09:04:37
É mesmo para falir, os obrigacionistas sénior é para receber zero?
Ou o mais provável é tentarem renegociar e propor tipo um haircut de 70%?
Óbvio que ninguém sabe,mas gostava de saber o que passa na cabeça de outros foristas

Estou contigo, também gostava de perceber o que se vai passar com as obrigações da ESFG.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: SrSniper em 2014-07-11 09:46:23
É mesmo para falir, os obrigacionistas sénior é para receber zero?
Ou o mais provável é tentarem renegociar e propor tipo um haircut de 70%?
Óbvio que ninguém sabe,mas gostava de saber o que passa na cabeça de outros foristas

Estou contigo, também gostava de perceber o que se vai passar com as obrigações da ESFG.

Alguém com mais experiência nestes assuntos podia dizer algo.
A que valores aceitavam comprar dívida sénior e subordinada?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-11 10:04:35
.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-11 10:05:19
Citar
Our assumptions are:

 Given uncertainties on the solvency/liquidity of the holding companies and Rioforte, we
assume a 100% write down on BES’s direct exposures in our bear case and 50% in a base
case (assuming some level of debt restructuring at these companies).

 We assume that funding extended to operating companies should ultimately prove to be
‘money-good’ as defined by Moody’s. We are somewhat surprised that life-insurer T-Vida
borrowed €277m from BES, but we believe parent Tranquilidade to be solvent based on
public data. Regarding ES Bank Panama, the bank reported $793m total assets, $52m capital
and €18.5m net income at YE2013. However, as we lack information on its assets base, we
take a 50% haircut in our bear case (e.g. the bank would have direct exposure to
ESFG/Rioforte).

EFSG/Rio Forte: Leveraged and illiquid

Société Générale credit research does not cover ESFG or any of the other group holco.
However, an assessment of ESFG’s solvency is relevant in assessing financial risk facing BES.
Were we to think these were both strong companies, we would not be writing down BES
exposures as aggressively in our scenario analysis. Plainly, we see both companies as very
weak.

Although EFSG’s bonds are still being serviced, a debt restructuring seems inevitable to us as
repayment of the first bond maturing (ESF 5.25 15) appears unlikely; on 9 July Moody’s
lowered ESFG’s senior debt rating to Caa2 from B2, keeping its ratings under review,
reflecting the company’s distressed situation and structural subordination to BES. ESFG’s
senior bonds traded below 35% before being suspended.

We estimate that the EFSG group of companies (but excluding BES and its subsidiaries and
the insurance sub-group) have around €2.4bn of debt outstanding: €1.1bn of public bonds,
based on financial statements data and Bloomberg data (see detail in appendix), c.€823m visà-
vis BES as discussed above and based on 3 July ESFG’s press communiqué, which also
mentions €470m of ECP/EMTN drawn at end-June.

In addition to its participations, ESFG’s other assets and liabilities include exposure of
€2.15bn to Rioforte/ESI (excluding BES), €1.5bn net equity, and a €0.7bn provision for
ESI/Rioforte CP sold to retail clients.

Based on currents stock price, ESFG’s stake in BES is worth c. €783m (without any control
premium) compared to c. €2bn investment value. Unfortunately, we lack relevant information
on the value of other investments (book value is €1bn).
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: eagle51 em 2014-07-11 10:51:52
Isso vem de quem ? É a posição esperada / oficial ou mais especulação de analistas ?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-11 11:21:35
Achas que pode haver uma posição oficial de momento? Ainda nem está confirmado nenhum default.

Está identificado no quadro de quem vem.

Os termos "assumptions" e "bear case" ou "base case" deviam ter alertado que se trata de uma análise.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: eagle51 em 2014-07-11 11:24:38
Achas que pode haver uma posição oficial de momento? Ainda nem está confirmado nenhum default.

Está identificado no quadro de quem vem.

Os termos "assumptions" e "bear case" ou "base case" deviam ter alertado que se trata de uma análise.

certo. tens razão. obrigado
a minha pergunta devia ter sido mais clara: é uma análise com elevado nível de credibilidade (por haver outras que apontam no mesmo sentido ; por a instituição ser normalmente boa a analisar / prever ; etc) ?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zenith em 2014-07-11 11:27:56
É uma análise da Soc. Generale mas usando valores do final de 2013.
Neste momento e de acordo com com comunicado de ontem, exposição directa ao GES aumentou para 1.182 M e há ainda o caso dos clientes de retalho que é 853 M e que a analise da Soc. Gen não considera. Se o banco assumir os compromissos com clientes de retalhe que da leitura do comunicado parece ser o caso, entao considerando o cenário base da SG que considera perdas de 50% prejuizos irao para os 1.000 M.
O considerar 50 ou 100% de perdas é uma hipotese da SG.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-11 11:37:53
É uma análise da Soc. Generale mas usando valores do final de 2013.
Neste momento e de acordo com com comunicado de ontem, exposição directa ao GES aumentou para 1.182 M e há ainda o caso dos clientes de retalho que é 853 M e que a analise da Soc. Gen não considera. Se o banco assumir os compromissos com clientes de retalhe que da leitura do comunicado parece ser o caso, entao considerando o cenário base da SG que considera perdas de 50% prejuizos irao para os 1.000 M.
O considerar 50 ou 100% de perdas é uma hipotese da SG.


Que pode fazer um médio depositante,
não convencido por análises de congéneres banqueiros,
e com razões de temer estar a ser (mais uma vez) enganado? 
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-11 12:04:30
É uma análise da Soc. Generale mas usando valores do final de 2013.
Neste momento e de acordo com com comunicado de ontem, exposição directa ao GES aumentou para 1.182 M e há ainda o caso dos clientes de retalho que é 853 M e que a analise da Soc. Gen não considera. Se o banco assumir os compromissos com clientes de retalhe que da leitura do comunicado parece ser o caso, entao considerando o cenário base da SG que considera perdas de 50% prejuizos irao para os 1.000 M.
O considerar 50 ou 100% de perdas é uma hipotese da SG.


Que pode fazer um médio depositante,
não convencido por análises de congéneres banqueiros,
e com razões de temer estar a ser (mais uma vez) enganado?


O depositante medio nao tem 100.000 euros por cabeca.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-11 12:06:56
Um que tenha. Ou mesmo um que não tenha, embora o desejasse. Que vai ele fazer?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-11 12:09:43
Um que tenha. Ou mesmo um que não tenha, embora o desejasse. Que vai ele fazer?

como ja disse noutro topico nao me parece que haja qalquer possibilidade de o bes falir. em ultimo caso ha dinheiro da troika a entrar.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: secret em 2014-07-11 15:42:59
Um que tenha. Ou mesmo um que não tenha, embora o desejasse. Que vai ele fazer?

como ja disse noutro topico nao me parece que haja qalquer possibilidade de o bes falir. em ultimo caso ha dinheiro da troika a entrar.

Muita gente até bem informada ainda não conseguiu distinguir depositantes de acionistas ou obrigacionistas.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: eagle51 em 2014-07-11 15:55:43
pois, e a conversa nos media é sempre sobre os depositantes, esquecendo-se dos accionistas e obrigacionistas...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: secret em 2014-07-11 16:00:51
pois, e a conversa nos media é sempre sobre os depositantes, esquecendo-se dos accionistas e obrigacionistas...

Mas nesses casos é profissão de risco e um gajo tem que assumir a perda. Ter DPs não é profissão de risco.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Tranquilo em 2014-07-11 16:03:41
pois, e a conversa nos media é sempre sobre os depositantes, esquecendo-se dos accionistas e obrigacionistas...

Mas nesses casos é profissão de risco e um gajo tem que assumir a perda. Ter DPs não é profissão de risco.


ai é, é!!! de muito risco...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: eagle51 em 2014-07-11 16:14:37
não é assim tão linear. muita boa gente, sem grandes conhecimentos na matéria, compra obrigações acreditando que estas têm risco reduzido

e como bem sabemos, o risco de reduzido tem pouco

portanto seria útil os media terem em conta estes pequenos investidores
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-11 17:06:52
De notar que:

A Moody's baixou o rating da ESFG para três pontos abaixo de lixo.

A Soc Gen faz uma análise onde assume como provável um haircut de 50% às obrigações da ESFG.

E essas obrigações têm andado a negociar abaixo de 50% do nominal.

Ora a ESFG é a holding *bancária* do grupo. Como é que isto se coaduna com as análises feitas na TV cá desta terrinha à beira mar plantada que izem que o grup bancário está sólido?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: eagle51 em 2014-07-11 17:17:38
De notar que:

A Moody's baixou o rating da ESFG para três pontos abaixo de lixo.

A Soc Gen faz uma análise onde assume como provável um haircut de 50% às obrigações da ESFG.

E essas obrigações têm andado a negociar abaixo de 50% do nominal.

Ora a ESFG é a holding *bancária* do grupo. Como é que isto se coaduna com as análises feitas na TV cá desta terrinha à beira mar plantada que izem que o grup bancário está sólido?

Tanto mais que estas contas, se não estiver a dizer um disparate, significa que comprando estas obrigações ao preço actual de mercado, mesmo com um haircut de 50%, dava para fazer um bom dinheiro. Certo ?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-11 17:27:29
[ ] Ter DPs não é profissão de risco.


... em teoria, e segundo o estado proclama...
mas, há a história, e as "corridas aos bancos"...


bem certo, há também queixas de assaltos de ladrões
ao dinheiro  guardado em casa...

e, desregularam a banca e a bolsa!, pois, pois,...

realmente, o povoléu é parvo, mas é demais!


como dizia o antigo dirigente das associações patronais,
não me lembro do nome, um baixinho, com voz bem colocada
e de fala pausada: «este país é pequeno de  mais para tanta roubalheira!»

Não me lembrava do nome,
mas era este:

Ferraz da Costa!

(http://www.dnescolas.dn.pt/images/reportagem/camp71331078044.jpg)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: PMACS em 2014-07-11 17:46:30
Família Espírito Santo entrega parte do BES para pagar dívida (http://expresso.sapo.pt/familia-espirito-santo-entrega-parte-do-bes-para-pagar-divida=f880695)

Citar
No aumento de capital de há um mês do banco, a família teve um crédito do Nomura, apurou o Expresso, dando como garantia 5% do BES. Mas a descida em Bolsa levou o banco a exigir as ações, que vai agora vender. A família perde parte do seu maior ativo, ficando agora com pouco mais de 20% do BES.

Quando um cliente pede um crédito à habitação, dá como garantia ao banco a própria casa. Quando a família Espírito Santo pediu um crédito para o último aumento de capital do BES, deu como garantia as próprias ações do BES. Nada de estranho. Exceto tratar-se de ainda mais dívida num grupo que já estava atolado em passivo. E exceto as ações do BES terem-se desvalorizado tanto que o banco credor da família exigiu agora as ações, para vendê-las e não correr risco de ficar a arder com o crédito.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-11 17:55:34
Família Espírito Santo entrega parte do BES para pagar dívida ([url]http://expresso.sapo.pt/familia-espirito-santo-entrega-parte-do-bes-para-pagar-divida=f880695[/url])

Citar
No aumento de capital de há um mês do banco, a família teve um crédito do Nomura, apurou o Expresso, dando como garantia 5% do BES. Mas a descida em Bolsa levou o banco a exigir as ações, que vai agora vender. A família perde parte do seu maior ativo, ficando agora com pouco mais de 20% do BES.

Quando um cliente pede um crédito à habitação, dá como garantia ao banco a própria casa. Quando a família Espírito Santo pediu um crédito para o último aumento de capital do BES, deu como garantia as próprias ações do BES. Nada de estranho. Exceto tratar-se de ainda mais dívida num grupo que já estava atolado em passivo. E exceto as ações do BES terem-se desvalorizado tanto que o banco credor da família exigiu agora as ações, para vendê-las e não correr risco de ficar a arder com o crédito.



Excêto
e excêto


Que horror!
Detesto o acordo ortográfico!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-11 20:13:55
.


Citar
New disclosures on GES exposures BES released earlier today an update on the bank’s
exposure to Espirito Santo Group (GES) which partly differ with the numbers we worked off
in our earlier report BES - What next? Scenario analysis gives us comfort. Apparently the
differences with the disclosures made on the 3 July conference call are technical (e.g., fully
consolidated numbers, securities included). However, the breakdown affects some of our
simulations. We have now updated these as shown below.

Higher loss potential: Comments from BES on itts T-Vida exposure tend to support our
analysis that the related recoverability risk is low. However, exposure to ES Bank Panama
and ES Financière (ESFIL) have ballooned since YE 13, which we think may indicate that
these two companies have increased their exposure to ESI/Rioforte. Erring on the side of
caution, we are now making the same haircut to BES’s exposure to ES Bank Panama as
we already did for ESFIL (i.e. 50% in the base case, 100% in the bear case).

Scenario analysis: We update overleaf our scenarios. In our revised base case, BES
solvency would remain above 8% and therefore probably remain acceptable for
regulators/markets. However, in our bear case it would fall closer to uncomfortable levels, a
situation that would make a capital increase more likely and raise the possibility of the
government injecting State aid into the bank, with possible negative ramifications for sub
debt holders, as discussed in yesterday’s note.

Higher risk for sub debt: Our updated analysis does not change what we view as our
reasonable conviction that Senior will not be bailed-in. However, an increase in the
prospect of State intervention raises the risk of burden sharing for subordinated debt
holders and we would advise caution before investing in this space. More generally, higher
potential losses on GES exposures, as well as the ramifications of the current situation and
pressures on the bank’s reputation, prompt us to change our fundamental credit opinion to
Negative (from Stable).
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-12 00:13:01
Com esta carga de trabalho é normal que o homem às tantas já não saiba quem deve a quem. Ainda anda a ler as contas de 2009 ou assim.  :D

Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-12 12:29:41
Com esta carga de trabalho é normal que o homem às tantas já não saiba quem deve a quem. Ainda anda a ler as contas de 2009 ou assim.  :D

De qualquer modo,
é um belo gabinete!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-07-12 16:55:00
http://visao.sapo.pt/danos-colaterais-da-crise-no-ges=f788961 (http://visao.sapo.pt/danos-colaterais-da-crise-no-ges=f788961)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: amsf em 2014-07-12 23:20:01
E como se vê era dedicado...trabalhava pela noite dentro... :D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-12 23:32:04
E como se vê era dedicado...trabalhava pela noite dentro... :D

Quando havia mais sossego! :)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Europeu em 2014-07-13 02:02:29
Tinha piada se o BES não renovasse o tal emprestimo de 60 milhões ao benfica
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-13 14:58:18
Renova se o Benfica se portar bem.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Visitante em 2014-07-13 16:21:22
O GES andou a viver acima das possibilidades...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-13 16:25:52
O GES andou a viver acima das possibilidades...

Sim,... mas dentro da lei.

Isto é, em capitalismo,
não é proibido falir.

O que no regime
se exige é que
propriamente
não se seja
parvo.


E continuo a aguardar
a descoberta do negócio
BES Angola.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Vanilla-Swap em 2014-07-13 16:57:50
As vozes mais perigosas.

http://www.lutapopularonline.org/index.php/pais/104-politica-geral/1062-banco-de-portugal-e-bes-quem-supervisiona-o-supervisor (http://www.lutapopularonline.org/index.php/pais/104-politica-geral/1062-banco-de-portugal-e-bes-quem-supervisiona-o-supervisor)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-15 00:36:17
Infografia: Conheça as relações directas do BES com o GES (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/infografia_conheca_as_relacoes_directas_do_bes_com_o_ges.html)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Ledo em 2014-07-15 00:47:41
Segundo o economico, o grupo ultima pedido de proteçao contra credores

http://economico.sapo.pt/noticias/familia-espirito-santo-pede-proteccao-contra-credores_197610.html (http://economico.sapo.pt/noticias/familia-espirito-santo-pede-proteccao-contra-credores_197610.html)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Happy_TheOne em 2014-07-16 00:28:57
Brilhante  :D qualquer parecença com a realidade e pura ficção  ;D

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Após um período de normal conturbação revolucionária, o País entrou num regime democrático estável. Para acalmar os instintos revolucionários do povo, os políticos, em vez de tentarem explicar a realidade às pessoas, preferiram ser eleitoralistas e “torrar dinheiro”.
Assim, endividaram o País até entrar em banca-rota, por duas vezes (na década de 80).
Nessa altura, perante uma enorme dívida pública, os políticos resolveram privatizar uma parte significativa do património que tinha sido nacionalizado.
Entre este, estava o Banco do meu avô.

E, continuando a IMAGINAR coisas…

A minha família tinha investido o dinheiro que tinha tirado de Portugal em propriedades na América do Sul. Como não acreditávamos nada em Portugal, nenhum de nós quis vender qualquer das propriedades ou empatar qualquer das poupanças da família. Mas, queríamos recomprar o Banco do meu avô.
Então, viemos a Portugal e prometemos aos políticos que estavam no poder e na oposição, que os iríamos recompensar (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) por muitos anos, se eles nos vendessem o Banco do meu avô muito barato.
Assim, conseguimos que eles fizessem um preço de (vamos imaginar uma quantia fácil para fazer contas) 100 milhões, para um Banco que valia 150.
Como não queríamos empatar o “nosso” dinheiro, pedimos (vamos imaginar uma quantia) 100 milhões emprestados aos nossos amigos franceses que já tinham ganho muito dinheiro com o meu avô. Com os 100 milhões emprestados comprámos o Banco (o nosso dinheiro, que tínhamos retirado de Portugal, esse ficou sempre guardado).
E assim ficámos donos do Banco do meu avô. Mas tínhamos uma dívida enorme: os tais 100 milhões. Como os franceses sabiam que o Banco valia 150, compraram 25% do Banco por 30 milhões (que valiam 37,5 milhões) e nós ficámos só a dever 70 milhões (100-30=70). Mesmo assim era uma enorme dívida.

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Tal como combinado, viemos para Portugal e começámos a cumprir o que tínhamos prometido aos políticos (dinheiro para as campanhas eleitorais, ofertas de vária espécie, convites para todo o tipo de eventos, empregos para os familiares e para os próprios nos momentos em que estavam na oposição, etc…).
Como ainda tínhamos uma grande dívida, resolvemos fazer crescer mais o Banco do meu avô.
Assim, fomos falar com uma nova geração de políticos e prometemos todo o tipo de apoios (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) se nos dessem os grandes negócios do Estado.
E eles assim fizeram. E o Banco do meu avô, que tinha sido vendido por 100, quando valia 150, valia agora 200 (por passarem por ele os grandes negócios do Estado).
Mas, mesmo assim, nós ainda devíamos 70 milhões (e tínhamos de pagar, pelo menos uma parte dessa dívida, caso contrário, os franceses ficavam com o Banco do meu avô).

E, continuando a IMAGINAR coisas…

O meu tio, que era presidente do Banco do meu avô, reformou-se. Nessa altura a família estava preparada para nomear um dos meus primos para presidente. Eu queria ser presidente e prometi à família toda um futuro perpétuo de prosperidade se me nomeassem a mim como presidente.
E assim foi. Fui, finalmente, nomeado presidente do Banco do meu avô.
Mas era preciso pagar uma parte da dívida aos franceses. Podíamos vender uma parte do Banco em Bolsa, mas deixávamos de mandar (logo agora que eu era presidente – não podia ser assim).

Então desenhei um plano:
Criei uma empresa, chamada “Grupo do meu avô” (em que a minha família tinha 100% do capital) e passei os nossos 75% do Banco (25% eram dos franceses) para essa nova empresa.
Assim, a família era dona de 100% do “Grupo” que era dono de 75% do Banco.
Falei com os franceses e combinei mudarmos os estatutos do Banco: quem tivesse 25% mandava no Banco (e os franceses não se metiam, a não ser para decidir os dividendos que queriam receber).
Assim, como o Banco agora valia 200, vendemos 50% na Bolsa por 100 (metade dos 200). Com 50 capitalizámos o Banco. Os restantes 50 tirámos para nós (37,5 para a família e 12,5 para os franceses).
Demos também os nossos 37,5 aos franceses e assim ficámos só a dever 32,5 milhões (70-37,5). Ainda era uma grande dívida, mas continuávamos a mandar no Banco do meu avô (apesar da nossa empresa “Grupo do meu avô” só ser dona de 25% - os franceses tinham outros 25% e os restantes 50% estavam dispersos por muitos acionistas).
Ainda tínhamos uma enorme dívida de 32,5 milhões. Mas, a verdade é que continuávamos a mandar no Banco do meu avô e tínhamos transformado uma dívida inicial de 100 em outra de 32,5 (sem termos gasto um tostão da família – o nosso dinheiro continua, ainda hoje, guardado na América do Sul). Convenci-me, nessa altura, que era um génio da finança!

Continuemos a IMAGINAR coisas…

A certa altura, o crédito tornou-se uma coisa muito barata. Eu sabia que tínhamos um limite original de 100 milhões e já só devíamos 32,5 milhões. Assim, a empresa “Grupo do meu avô” voltou a endividar-se: pediu mais 67,5 milhões (voltámos a dever 100 milhões) e desatei a comprar tudo o que fosse possível comprar.
Tornei-me assim, o dono disto tudo (o Banco do meu avô, a Seguradora do meu avô, a Meu avô saúde, a Meu avô hotéis, a Meu avô viagens, a Construtora do meu avô, a Herdade do meu avô onde se brinca aos pobrezinhos, etc…).
Entretanto fui pagando as minhas promessas aos políticos (dinheiro para as campanhas eleitorais, ofertas de vária espécie, convites para todo o tipo de eventos, empregos para os momentos em que estavam na oposição, etc…).

E, continuando a IMAGINAR coisas…

Mas havia agora uma nova geração de políticos. Fui falar com eles e garanti que os apoiaria para o resto da vida (dinheiro, ofertas, empregos, etc…) se eles continuassem a fazer passar os grandes negócios do Estado pelo Banco do meu avô.
Mas, tive azar: houve uma crise financeira internacional.
Deixou de haver crédito. Os juros subiram. Os credores queriam que o Grupo do meu avô pagasse a dívida.
E, além disso tudo, deixou de haver os grandes negócios do Estado.
Mas eu, que me achava um génio da finança e que já estava habituado a ser o dono disto tudo, não queria perder a minha posição de presidente do Banco do meu avô.
Tinha de arranjar uma solução. Fui à procura, e encontrei em África, quem tinha dinheiro sujo e não se importava de investir e deixar-me continuar a mandar e a ser dono disto tudo.

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Resolvi então criar uma nova empresa: a “Rio do meu Avô” que passou a ser dona de 100% do capital da “Grupo do meu avô”, que era dona de 25% do “Banco do meu avô”. E eu que era dono disto tudo passei a ser o presidente disto tudo.
Fiz uns estatutos para o “Grupo do meu avô” que diziam que quem tivesse 25% mandava na empresa. Vendi 20% aos Angolanos e 55% na Bolsa. A “Rio do meu avô” ficou assim dona de 25% do “Grupo do meu avô” (mas mandava como se tivesse 100%). A “Grupo do meu avô”, dona de 25% do “Banco do meu avô” (mandava como se tivesse 100%).
Assim, a minha família já só tinha 5% (25% de 25%) do “Banco do meu avô” (mas eu continuava a mandar como se tivéssemos 100%). Já não havia dúvidas: eu era mesmo um génio da finança.

Com os 75 milhões da venda do “Grupo do meu avô” (aos Angolanos e na Bolsa), paguei uma parte da dívida. Mas, na verdade, ainda tínhamos uma dívida de 25 milhões (e continuávamos a não querer mexer no nosso dinheiro – esse continua bem guardado na América do Sul).

E, continuando a IMAGINAR coisas…

Mas as coisas continuaram a correr mal. Se calhar eu não sou assim tão grande génio da finança. Todos os nossos negócios dão prejuízo (até mesmo o Banco do meu avô). Raio de azar. Ainda por cima, a crise não acaba.

Fiz então o meu último golpe de génio. Convenci todos os bons clientes a comprarem ações do Banco do meu avô, para aumentar o capital sem ter de endividar mais a “Rio do meu avô” (e sem ter de tocar no dinheirinho da família, que continua bem guardado na América do Sul).

Mas os franceses queriam o dinheiro deles. Então, como presidente do Banco do meu avô, emprestei dinheiro deste ao Grupo do meu avô e à Rio do meu avô. Assim pagámos aos franceses. Mas ficámos com um problema: o Banco do meu avô está completamente arruinado.

Tinha de arranjar uma solução!

Fui falar com os novos políticos com uma proposta: reformo-me, dou lugares de Administração a uma série de políticos do partido do Governo e eles que resolvam o problema do Banco do meu avô.

Continuemos a IMAGINAR coisas…

Os políticos aceitaram a minha proposta (aceitam sempre que se fala de lugares de Administração).
Finalmente reformei-me. Ainda somos donos de 5% do Banco do meu avô e de uma série de outros negócios (sustentados pelas dívidas ao Banco do meu avô).
Tudo isto sem termos gasto um tostão (o dinheiro da família continua todo guardado na América do Sul).

E, tomei a última medida antes de me reformar: atribuí a mim próprio uma reforma de um milhão de euros por ano (para as despesas correntes).

E, assim, acabou a história IMAGINADA do Banco do meu avô.

**************

Se alguém teve a paciência de ler este texto até ao fim, deixo uma pergunta: Se esta história em vez de ser IMAGINADA, fosse verdadeira, que fariam ao neto?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-16 00:48:31
Segundo o economico, o grupo ultima pedido de proteçao contra credores

[url]http://economico.sapo.pt/noticias/familia-espirito-santo-pede-proteccao-contra-credores_197610.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/familia-espirito-santo-pede-proteccao-contra-credores_197610.html[/url])


Não é protecção contra credores, é protecção de credores. Esses jornalistas deviam saber.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: secret em 2014-07-16 00:50:27
Segundo o economico, o grupo ultima pedido de proteçao contra credores

[url]http://economico.sapo.pt/noticias/familia-espirito-santo-pede-proteccao-contra-credores_197610.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/familia-espirito-santo-pede-proteccao-contra-credores_197610.html[/url])


Não é protecção contra credores, é protecção de credores. Esses jornalistas deviam saber.


É protecção policial contra possíveis actos dos credores. :)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-16 00:55:41
Não, é a protecção dos próprios credores contra a continuação de actos de gestão na entidade devedora (falida) que façam avolumar as perdas desses mesmos credores.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-07-16 12:19:38
Olha que acho que não.... Diz-se protecção CONTRA credores.
Precisamente para se poderem organizar, avaliar, planear, reformular.... reestruturar.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: purehawk em 2014-07-16 12:29:34
Fiquei na mesma: expliquem lá melhor por miúdos essas coisas dos credores com ou sem protecção...

     :D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-07-16 12:57:37
Numa situação de processo de recuperação da empresa (que pelo meio tem um potencial de insolvência), existem figuras jurídicas para proteger a empresa de pedidos de insolvência, ou de execuções.

Proteger a empresa contra acções de credores. Ou seja, a empresa é que se protege. Ou pede essa protecção. Para poder se organizar, e reestruturar, apresentando um plano de recuperação a todos os credores! Assim, nesse processo, nenhum credor pode tirar partido de uma posição de força.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-16 22:26:29
Olha que acho que não.... Diz-se protecção CONTRA credores.
Precisamente para se poderem organizar, avaliar, planear, reformular.... reestruturar.


Parece-me que temos ambos razão. A expressão "creditor protection" usa-se nos dois sentidos, segundo o que diz aqui:

http://www.wisegeek.com/what-is-creditor-protection.htm#didyouknowout (http://www.wisegeek.com/what-is-creditor-protection.htm#didyouknowout)

Protecção dos credores contra perdas excessivas numa empresa falida, e protecção da empresa em reestruturação contra excessivas exigências dos credores.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-07-16 23:06:56
Fair enough.  :)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Thorn Gilts em 2014-07-17 00:19:33
Olha que acho que não.... Diz-se protecção CONTRA credores.
Precisamente para se poderem organizar, avaliar, planear, reformular.... reestruturar.


Parece-me que temos ambos razão. A expressão "creditor protection" usa-se nos dois sentidos, segundo o que diz aqui:

[url]http://www.wisegeek.com/what-is-creditor-protection.htm#didyouknowout[/url] ([url]http://www.wisegeek.com/what-is-creditor-protection.htm#didyouknowout[/url])

Protecção dos credores contra perdas excessivas numa empresa falida, e protecção da empresa em reestruturação contra excessivas exigências dos credores.


Em ultimo caso é sempre proteger os credores deles proprios...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: pvg80713 em 2014-07-17 12:08:50
10 niveis abaixo de lixo ! é muito baixo nivel.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-17 15:03:31
Abaixo do lixo!
Quererá dizer que o lixo está em cima?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-17 15:08:05
O GES andou a viver acima das possibilidades...

Sim,... mas dentro da lei.

Isto é, em capitalismo,
não é proibido falir.

O que no regime
se exige é que
propriamente
não se seja
parvo.


E continuo a aguardar
a descoberta do negócio
BES Angola.


E já mais ou menos
se ouve dizer que
"angolanos" acorrerão
a aumento de capital
se necessário...

"angolanos"? ?
hum...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-17 15:10:19
O GES andou a viver acima das possibilidades...

... acima das nossas possibilidades.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-17 16:44:08
alguem viu se a garantia so cobre capitak ou tambem cobre juros?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zakk em 2014-07-18 10:05:10
De quem é o BESI?
Tenho um produto estruturado de obrigações de umas empresas de telecomunicações (PT, telecom italia e telefonica) que foram emitidas pelo BESI.

Devo vender isto ou não há problema?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: kitano em 2014-07-18 11:41:37
Se tiver liquidez e não houver grande menos valia...eu nem me iria preocupar em analisar possíveis implicações...vendia e seguia para outra...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-18 12:11:57
Comprei hoje, pela segunda vez na vida, o semanário angolano das sextas-feiras, curioso de ver o que dizia do BES. Notável e expressiva, a cortina de silêncio noticioso sobre o caso! «Água no bico» - direi. Esperemos pelo devir dos acontecimentos.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-07-18 13:37:20
http://expresso.sapo.pt/ges-coloca-ativos-a-venda-no-brasil=f881446 (http://expresso.sapo.pt/ges-coloca-ativos-a-venda-no-brasil=f881446)


....sem falar das "demissões" em cascata de membros da "família" nas holdings familiares.....


http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/presidente_da_rioforte_abandona_holding_de_topo_da_familia_espirito_santo.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/presidente_da_rioforte_abandona_holding_de_topo_da_familia_espirito_santo.html)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Tranquilo em 2014-07-18 13:40:29
Ontem aconteceu uma coisa interessante: contra a corrente dominante da falência do GES e a queda da família ES, veio Eduardo Catroga afirmar que não se pode dar como 'morta' a família e que esta ainda pode renascer...

Não sei como poderá acontecer, não se vê por enquanto, mas também (contra corrente) acredito que a família poderá renascer.

A ver...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-07-18 13:52:20
o tipo que esta a mamar na EDP agora diz que portugal precisa de dinastias empresariais

nao, nao precisamos de nada disso

precisamos eh de um pais que funcione e sem mamoes nem ladroes
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Tranquilo em 2014-07-18 13:55:31
...
nao, nao precisamos de nada disso

precisamos eh de um pais que funcione e sem mamoes nem ladroes

inteiramente de acordo.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-18 15:34:03
o tipo que esta a mamar na EDP agora diz que portugal precisa de dinastias empresariais

nao, nao precisamos de nada disso

precisamos eh de um pais que funcione e sem mamoes nem ladroes

Por muito que se 'dispensem' os 'mamões' e os 'ladrões',
eles por aqui e ali continuarão. É preciso tomar em consideração
que se um indivíduo industriosamente produz bens e utilidades
esse produto é dele e não de outrem. Este é o fundamento
do direito de propriedade. Se abolido, não há sociedade,
apenas uma ditadura sobre os cidadãos.


Ora, todo e qualquer proprietário que não utilize
o bem de que é dono e antes o ceda a outrem
para dele fazer uso, seja enquanto meio
de produção ou bem de consumo,
ou o vende ou o aluga, e

de direito
aufere uma renda de tal empréstimo.


Ou seja, não trabalha, não produz,
'mama', é rentista, quem lhe paga
é quem produz e obtém rendimento,
de que, uma parte, remunera
o proprietário de capital,
poupado, ganho por
produção, roubo,
ou herança.


Todas as formas de arrendamento, de juro, de royalties,
de direitos de autor, de mais-valia de transmissão
de bens por apreciação de good-will, etc.
são rendimentos de capital retirados
do lucro dos produtores.

A expressão pejorativa de 'mamões'
até é bastante adequada se o juro
ou aluguer for bem superior
à da taxa de juro média
do mercado do dinheiro.

Mas, rentistas é o que todos
são, mesmo os que pouco 'mamem'.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Umbeluzi em 2014-07-18 19:09:12
Ontem aconteceu uma coisa interessante: contra a corrente dominante da falência do GES e a queda da família ES, veio Eduardo Catroga afirmar que não se pode dar como 'morta' a família e que esta ainda pode renascer...

Não sei como poderá acontecer, não se vê por enquanto, mas também (contra corrente) acredito que a família poderá renascer.

A ver...

Sim, à partida é de acreditar que alguém com capacidade empresarial renasça pela segunda vez.

No entanto, os motivos são diferentes, o que poderá tornar mais lento e mais difícil. Da 1ª vez foram motivos exteriores e que a família não controlava (questões políticas, nacionalizações, prisões, etc). Isso permitiu-lhes a ajuda de nomes influentes da finança internacional.

Desta vez, o problema resulta de actos de gestão dos próprios, que pela sua dimensão (e não sabemos ainda o resultados das auditorias) poderão ter afetado imenso a credibilidade.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: eagle51 em 2014-07-18 19:56:29
O BESI pediu gestão controlada no Luxemburgo. Na prática, o que se pode esperar disto ?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: rs_trader em 2014-07-18 20:21:04
O BESI pediu gestão controlada no Luxemburgo. Na prática, o que se pode esperar disto ?

caramba nao é BESI. Foi a ESI. sao coisas completamente diferentes
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: eagle51 em 2014-07-18 22:22:56
O BESI pediu gestão controlada no Luxemburgo. Na prática, o que se pode esperar disto ?

caramba nao é BESI. Foi a ESI. sao coisas completamente diferentes

limitei-me a escrever o que ouvi nas noticias
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-18 23:00:44
Ontem aconteceu uma coisa interessante: contra a corrente dominante da falência do GES e a queda da família ES, veio Eduardo Catroga afirmar que não se pode dar como 'morta' a família e que esta ainda pode renascer...

Não sei como poderá acontecer, não se vê por enquanto, mas também (contra corrente) acredito que a família poderá renascer.

A ver...

E essa hipótese lançada por Catroga está bem fundamentada. Fala quem está por dentro e sabe. O grande património da família ES não se mede em euros, não fica afectado por insolvências financeiras, pela realidade contabilística-financeira-económica. O grande património que eles têm é a rede de influências altamente colocadas: podemos chamar-lhe compadrios, tráficos de influências, favorecimentos, redes de amigos altamente colocados. Em Lisboa, Cascais, Paris, São Paulo, Miami, Nova Iorque, Luxemburgo -- pelo menos nestes locais. Essa rede de influências é suficiente para produzir o que eu chamaria o Efeito Fénix (não sei se já alguém inventou esta expressão) ou a capacidade para recomeçar do zero e ter grande sucesso mesmo depois de uma falência.

A  forma de produzir uma efeito fénix assim, a forma técnica de o fazer, não é assim tão difícil. Supõe que, depois da falência, a família fica com zero (claro que não fica, mas isto é só para ajudar à discussão). Se depois pedir um empréstimo de 100, e comprar um activo sub-avaliado com esses 100 (e esses "milagres" de comprar coisas sub-avaliadas conseguem-se com os amigos certos nos locais certos a manipularem bens públicos), e se esse activo passados uns anos, em parte devido à sub-avaliação anterior, e em parte devido a alguma melhoria no mercado, passar a valer 300, a empresa vende 1/3 desse activo e paga os 100 que deve, e fica com 200 limpos e sem dívida.

No fundo a saga Espírito Santo no pós 25 de Abril teve exactamente este formato. E a saga Champalimaud e a saga Mello idem idem aspas aspas. Foram a reprivatizações completamente cozinhadas e falseadas para eles comprarem o que cada um preferia sem concorrência a baratinho. Os Credit Agricoles e companhia emprestaram o necessário.



Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-07-19 01:29:33
Citar
No fundo a saga Espírito Santo no pós 25 de Abril teve exactamente este formato. E a saga Champalimaud e a saga Mello idem idem aspas aspas. Foram a reprivatizações completamente cozinhadas e falseadas para eles comprarem o que cada um preferia sem concorrência a baratinho. Os Credit Agricoles e companhia emprestaram o necessário


....subscrevo por inteiro......eh,..eh...


Citar
O grande património que eles têm é a rede de influências altamente colocadas: podemos chamar-lhe compadrios, tráficos de influências, favorecimentos, redes de amigos altamente colocados. Em Lisboa, Cascais, Paris, São Paulo, Miami, Nova Iorque, Luxemburgo -- pelo menos nestes locais. Essa rede de influências é suficiente para produzir o que eu chamaria o Efeito Fénix (não sei se já alguém inventou esta expressão) ou a capacidade para recomeçar do zero e ter grande sucesso mesmo depois de uma falência.


.....Geneva, Lausanne, Zurich, London, Brussels, Dubai, Singapore, Luanda, Maputo, Cape Town, Dakar, Warsaw, Moscow, Prague, Hongkong, etc, etc....
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Local em 2014-07-19 12:26:12
Em 74 foram roubados, não foram à falência
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: J_D em 2014-07-19 14:11:49
Em 74 foram roubados, não foram à falência

Roubados?? Não digas isso que ainda alguém pensa que és um ES infiltrado.

Os senhores até foram beneficiados porque o processo de reprivatização foi uma fantochada.
Isso das nacionalizações não passa de um equivoco da malta de direita.


Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Visitante em 2014-07-19 21:41:58
As famílas podem dar o calote e depois renascer, os estados é que têm de pagar com austeridade as dívidas.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-20 02:23:57
Em 74 foram roubados, não foram à falência

Talvez. Mas o que se sabe hoje da actuação dos ES, dos Champalimauds, dos Mellos, e de vários outros só neste período do pós-74 tem tantas fraudes à mistura que é lícito desconfiar que tiveram actuações semelhantes antes de 74, provavelmente desde muitas décadas ou até séculos antes. Logo, as fortunas que tinham em 74 eram oriundas de processos corruptos. Logo, poder-se-ia argumentar que as nacionalizações não foram mais do que um ladrão roubar a outro...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Local em 2014-07-21 10:16:37
Talvez???

Sobre fazer conjeturas como era antes de 74, paralelizando com os actuais governantes, também acho abusivo. Mas é típico em Portugal achar-se que quem ganha dinheiro só o consegue fazer através da corrupção e processos ilícitos.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-07-21 15:22:10
Talvez???

Sobre fazer conjeturas como era antes de 74, paralelizando com os actuais governantes, também acho abusivo. Mas é típico em Portugal achar-se que quem ganha dinheiro só o consegue fazer através da corrupção e processos ilícitos.

Sim, é típico. E não será justificado? Não será que essa desconfiança popular em relação à riqueza exprime a sabedoria popular, que observou que as fortunas cá se fazem quase todas com corrupção?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Local em 2014-07-21 15:39:35
penso que exprime mais aquela história em que um grupo de pessoas, estando no poço, não permitem que outro consiga sair do mesmo, fazendo tudo para os manter no fundo.
Não fazem por sair do poço e tentam impedir os outros de sair.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zenith em 2014-07-21 15:48:05
Postei isto num topico de politica quando se discutia o 25 de abril, mas aplica-se também aqui nas realções entre governo e poder económico no antes 25 de Abril

Citar
No forum antigo o Reality (acho que agora é o Vanilla) postou o pdf de um livro do M. Caetano (pos 25 de Abril). Li-o e fiquei com uma ideia diferente dele.
Era alguém que tinha um afecto genuíno pelo povo (e por isso ficou tão magoado pelas manifestações de ódio no 25 de Abril que nunca quiz voltar a Portugal), e um desprezo pela burguesia e classe empresarial que ele adjectivava de egoísta, preguiçosa e incapaz de qualquer iniciativa que não fosse apoiada na muleta do estado
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: jeab em 2014-07-21 15:52:36
É típico dos comunas fazer de tudo para derrotar o capital, pois o seu objetivo é substituí-lo por eles próprios. Acenam aos trabalhadores com tudo que estes gostam de ouvir, mais dinheiro e menos trabalho. Só que se esquecem que é o capital que dá de comer a todos. Quem viveu o PREC, sabe bem do que estou a falar.
No dia que eu vir um sindicalista desempregado a pedir insolvência,como infelizmente muitos trabalhadores tiveram que o fazer devido aos sindicatos terem ajudado a fechar empresas, aí começo a acreditar que algo vai mudar neste País .
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-07-21 15:58:01
Fui ler a primeira mensagem deste assunto: não é muito antiga! É um artigo de João Rendeiro (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,3052.0.html). No qual, Ricardo Salgado se desculpa por tudo se ter tornado muito complexo no Grupo internacional que dirigia e se recusa ser bode expiatório da crise em que o grupo mergulhou, como o primo pretendeu acusá-lo. João Rendeiro, compreende-o e aceita-o.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: andre.p em 2014-07-21 23:38:21
A Esfg já lá vão duas semanas que esta suspensa.
Por isso questionei me.... Quem está curto, se a acção nunca mais negociar o que acontece ? Fica a pagar juros sobre a posição eternamente ?

Cumps
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-07-30 16:34:58
http://visao.sapo.pt/o-misterio-suico-do-espirito-santo=f790816 (http://visao.sapo.pt/o-misterio-suico-do-espirito-santo=f790816)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-07-30 17:11:07
Porra, que ligações...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: J_D em 2014-07-30 21:13:24
Estes tipos nem a ser investigados, conseguem ser discretos.

Momento Revista Cor de Rosa
Administrador da ESCON casa filha este fim‑de‑semana e gasta mais de 100.000€ em garrafas de champagne Cristal.
 
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-08-14 14:17:02
Citar
Salgado propõe-se lutar pela honra

RTP, 14 Ago, 2014, 13:32 / atualizado em 14 Ago, 2014, 13:32

Ricardo Salgado garante que vai lutar pela honra e pela dignidade - suas e da família. Um mês depois de ter deixado a presidência do Banco Espírito Santo, falou com o Diário Económico. Remeteu declarações sobre o BES para depois de serem conhecidas as conclusões da auditoria forense. Mas deu a entender que não se considera responsável pela queda da instituição.

Video:
[url]http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=759854&tm=8&layout=122&visual=61[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=759854&tm=8&layout=122&visual=61[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: pvg80713 em 2014-08-14 14:52:31
Estes tipos nem a ser investigados, conseguem ser discretos.

Momento Revista Cor de Rosa
Administrador da ESCON casa filha este fim‑de‑semana e gasta mais de 100.000€ em garrafas de champagne Cristal.

o que é a ESCON ? eu nunca ouvi falar ???????????????

não puseste link ....................

inventaste a noticia ?




Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Counter Retail Trader em 2014-08-14 15:47:46
Aprenderam como se faz ?  se houver registos em Portugal as vezes é facil de juntar as peças...

Os casos sao tantos tantos tantos , uns mais conhecidos outros menos.

Perfil de um testa de ferro. Pessoa humilde , normalmente sem grandes estudos  podera ser ou nao casado , muitos sao solteiros quando nao o sao utilizam tambem o conjuge ou familiares . Tem cargos de administração ou direção e nao fazem nada nem sabem o que fazer .

Bons exemplos podem ser consultados a empresas sediadas na Madeira , em centros empresariais . Pessoas com cargos admnistrativos em 10 empresas ou mais e que nao sabem nada de nada da vida, so dao o nome
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: kitano em 2014-08-14 17:50:44
Estes tipos nem a ser investigados, conseguem ser discretos.

Momento Revista Cor de Rosa
Administrador da ESCON casa filha este fim‑de‑semana e gasta mais de 100.000€ em garrafas de champagne Cristal.

o que é a ESCON ? eu nunca ouvi falar ???????????????

não puseste link ....................

inventaste a noticia ?

Não seria ESCOM? Vendida aos angolanos...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-09-08 13:13:43
.....ontem no ultimo vôo da Tap vindo de Genebra.....quase metade era do "clã Melo"......

....curiosa tão grande "ida" à Suíça, onde muitos deles, já viveram, e alguns ainda vivem....

....sem casamento/outro evento conhecido....


http://www.josedemello.pt/gjm_home_00.asp?flash=1 (http://www.josedemello.pt/gjm_home_00.asp?flash=1)


....o Vasco...vinha quase sempre afastado e fugidio do resto da família.....

....quase "preocupado"......diria......

....os irmãos mais relax.......

...lembrei-me da "história" do clã rival......e pensei......

....será que aqui, também algo se "cozinha" ?.....eh.eh....
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Tranquilo em 2014-09-08 14:22:59
É bem possível que se cozinhe algo...
No ar andam a EFACEC (não me parece que seja por aí) e a ESSaúde (que querem comprar e até faz algum sentido, o problema poderá ser a falta de dinheiro...).
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-09-08 15:14:20
Para essa dimensão, normalmente é a Suiça que vem cá.... e não a malta ir à Suiça...  8)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Tranquilo em 2014-09-08 15:32:07
pois...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: gaia em 2014-09-08 15:32:48
Não sei se a família Mello , estará melhor que a dos espiritos , também estão  empilhados em dívida , se os negócios começam a derrapar ..... 8)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Tranquilo em 2014-09-08 15:46:54
já derraparam, por isso os tiraram da bolsa, para não ficarem sem eles.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-09-08 15:53:52
:)

Quem me avisa,
meu amigo é!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: gaia em 2014-09-08 23:03:04
A crise do BES ainda vai no adro , hoje soube que a nova gerência do Banco Novo , já estão a esganar o crédito , e vamos ter o vaga de falências , e em catadupa , a curto , médio prazo, pelo efeito dominó  ...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Mystery em 2014-09-08 23:59:00
CMVM a trabalhar no duro

http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=4114299&seccao=M%FAsica (http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=4114299&seccao=M%FAsica)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: darkmoon em 2014-09-09 00:30:42
Grupo Mello :)

de 2009 a 2013:

Vol.Negócios : 862,000,000 €   >> 1,721,000,000 €      
Res.operacionais :    16,000,000 € > 227,000,000 € (com altos e baixos : 507,000,000 € somando os 5 anos)
Res.financeiros    -40,000,000 €    >> -272,000,000 € (com altos e baixos : -606,000,000 € somando os 5 anos)
resultado   : -31,000,000 € >> -104,000,000 € (com altos e baixos : -221,000,000 € somando os 5 anos)
Ativo    : 3,720,000,000 €   >> 7,661,000,000 €    (quase sempre a subir)
Cap.próprio : 347,000,000 € >> 495,000,000 € (máx. 655,000,000 € em 2012 e mínimo 347,000,000 € em 2009)

Não descasquei as contas, isto é a foto dos relatórios que estão no site
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Mystery em 2014-09-09 00:45:48
.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-09-09 10:37:36
Um pateta.

Aplica-se-lhe bem o teu lema:
- «A fool with a tool is still a fool.»
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-09-09 10:44:01
Grupo Mello :)

de 2009 a 2013:

Vol.Negócios : 862,000,000 €   >> 1,721,000,000 €      
Res.operacionais :    16,000,000 € > 227,000,000 € (com altos e baixos : 507,000,000 € somando os 5 anos)
Res.financeiros    -40,000,000 €    >> -272,000,000 € (com altos e baixos : -606,000,000 € somando os 5 anos)
resultado   : -31,000,000 € >> -104,000,000 € (com altos e baixos : -221,000,000 € somando os 5 anos)
Ativo    : 3,720,000,000 €   >> 7,661,000,000 €    (quase sempre a subir)
Cap.próprio : 347,000,000 € >> 495,000,000 € (máx. 655,000,000 € em 2012 e mínimo 347,000,000 € em 2009)

Não descasquei as contas, isto é a foto dos relatórios que estão no site

Examinar os números desta estática comparada
de um quinquénio, deveria permitir conclusões
incontroversas sobre a actividade desenvolvida
o valor do património e o risco pendente
na evolução futura do negócio.

No entanto, não há juízos senão probabilísticos.
Seria interessante confrontar opiniões do fórum
sobre "acontecimentos a acontecer" mas,
ainda "não acontecidos"! :)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: gaia em 2014-09-09 10:52:57
CMVM a trabalhar no duro

[url]http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=4114299&seccao=M%FAsica[/url] ([url]http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=4114299&seccao=M%FAsica[/url])


Enquanto este senhor , se diverte à grande , muitos acionistas, e obrigacionistas do BES , choram .... :'(
Este país , está aos poucos à beira do abismo , estas elites pagas a peso de ouro , não entendem que tudo está a mudar , e o mais grave não tem o mínimo de cuidado com a imagem .... Só quero que nos processos que vão aparecer espremam bem estes foliões .... :D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: gaia em 2014-09-09 11:04:52
Mas a alavancagem do grupo mello tem vindo a crescer nos últimos anos ....


2013  --»   5.922
2014  --»   6.542


Estes números fazem lembrar os espíritos ....  ;D








Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Tranquilo em 2014-09-09 11:09:21
Mas a alavancagem do grupo mello tem vindo a crescer nos últimos anos ....

Sim, mas convinha perceber qual o passivo da holding (que não está individualizado nessas contas), é que muita dessa dívida é das participadas (BRISA, EDP,...).
A ideia que tenho é que estão (muito?!) endividados, agora o quanto é que era importante perceber...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-09-09 13:12:13
Um bom golpe dos Mellos,
foi o da exigência de receber dinheiro
do BCP pela venda do Banco Mello,
que tinha uma opção condicional
qualquer que o Jardim Gonçalves
contava não fosse activada e
o Vasco Mello exigiu-a.

Eu não segui a coisa na altura,
mas tenho a ideia que assim se passou
e acho muito bem o que foi feito
ao Jardim Gonçalves na altura.

Mas interessante é agora ver para futuro
o que se passa com o Grupo do Vasco Mello.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: darkmoon em 2014-09-09 23:23:16
(http://imagizer.imageshack.us/v2/280x200q90/908/Hl1aCx.jpg) (http://imageshack.com/f/p8Hl1aCxj)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: gaia em 2014-09-09 23:28:34
Os resultados continuam para bingo espiritual ... ;)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-09-10 04:27:20
Os resultados continuam para bingo espiritual ... ;)

Acho que não seria surpreendente que o que se passou no GES se passe em mais grupos portugueses. Afinal é a mesma cultura. E o GES até tinha fama de ser bem gerido e de ter forte influência política. Se, com essas armas, se afundou, por que não acontecer isso a outros?

Além disso o tipo de economia em que estamos -- zona euro, uma moeda feita à medida do Deutschemark, em que a Alemanha tem horror a imprimir em quantidade -- cria uma tendência para que as nossas crises estejam associadas a desvalorização de activos e deflacção, em vez de inflacção. E esses processos aumentam os riscos de falência de grupos alavancados e muito metidos no imobiliário, como é o caso dos grupos portugueses.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-09-10 09:42:50
Acho que não seria surpreendente que o que se passou no GES se passe em mais grupos portugueses. Afinal é a mesma cultura. E o GES até tinha fama de ser bem gerido e de ter forte influência política. Se, com essas armas, se afundou, por que não acontecer isso a outros?

Além disso o tipo de economia em que estamos -- zona euro, uma moeda feita à medida do Deutschemark, em que a Alemanha tem horror a imprimir em quantidade -- cria uma tendência para que as nossas crises estejam associadas a desvalorização de activos e deflacção, em vez de inflacção. E esses processos aumentam os riscos de falência de grupos alavancados e muito metidos no imobiliário, como é o caso dos grupos portugueses.

Bem possível.

O euro/ouro (vide Hermes)
implica mais flexibilidade
de salários/preços
na equilibração
comercial da
compra e
venda de
bens e
serviços.

O que irá implicar que os grupos económicos portugueses
e os próprios portugueses vão passar a ter de trabalhar mais
e melhor e a deixar de viver à conta d'outrem.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: hermes em 2014-09-10 10:39:21
Resumindo, o sistema faz as pessoas.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-09-11 10:12:18
.....ontem no ultimo vôo da Tap vindo de Genebra.....quase metade era do "clã Melo"......

....curiosa tão grande "ida" à Suíça, onde muitos deles, já viveram, e alguns ainda vivem....

....sem casamento/outro evento conhecido....


[url]http://www.josedemello.pt/gjm_home_00.asp?flash=1[/url] ([url]http://www.josedemello.pt/gjm_home_00.asp?flash=1[/url])


....o Vasco...vinha quase sempre afastado e fugidio do resto da família.....

....quase "preocupado"......diria......

....os irmãos mais relax.......

...lembrei-me da "história" do clã rival......e pensei......

....será que aqui, também algo se "cozinha" ?.....eh.eh....


Grande INSIDE!
OPA na calha... lol
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-09-11 11:49:48
....qual ?....esta ?....eh,.eh.....



http://economico.sapo.pt/noticias/mello-lanca-opa-sobre-a-es-saude-a-440-por-accao_201257.html (http://economico.sapo.pt/noticias/mello-lanca-opa-sobre-a-es-saude-a-440-por-accao_201257.html)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Thorn Gilts em 2014-09-11 12:25:20
.....ontem no ultimo vôo da Tap vindo de Genebra.....quase metade era do "clã Melo"......

....curiosa tão grande "ida" à Suíça, onde muitos deles, já viveram, e alguns ainda vivem....

....sem casamento/outro evento conhecido....


[url]http://www.josedemello.pt/gjm_home_00.asp?flash=1[/url] ([url]http://www.josedemello.pt/gjm_home_00.asp?flash=1[/url])


....o Vasco...vinha quase sempre afastado e fugidio do resto da família.....

....quase "preocupado"......diria......

....os irmãos mais relax.......

...lembrei-me da "história" do clã rival......e pensei......

....será que aqui, também algo se "cozinha" ?.....eh.eh....


Grande INSIDE!
OPA na calha... lol


Isto não é inside, é de facto espírito de observação e dois dedos de testa para especular correctamente sobre um cenário válido. Parabéns.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: deMelo em 2014-09-11 12:32:53
Sim, claro que o INSIDE era na brincadeira....
Mais porque ele estava dentro do mesmo avião.

Mas que foi bem apanhado, foi!  ;D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-09-11 19:10:12
Sim, claro que o INSIDE era na brincadeira....
Mais porque ele estava dentro do mesmo avião.

Mas que foi bem apanhado, foi!  ;D



.....conheço 2 ou 3 pessoalmente, e desde à muitos anos.....

....claro está, que nada me disseram.....

....nem sequer o Salvador, com quem até troquei algumas palavras....

....pois já não nos encontrávamos à alguns "anitos".......eh.eh....


http://expresso.sapo.pt/criamos-mil-empregos-em-tres-anos-diz-salvador-de-mello=f889109 (http://expresso.sapo.pt/criamos-mil-empregos-em-tres-anos-diz-salvador-de-mello=f889109)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: itg00022289 em 2014-09-18 11:23:17
Parece que a família vai ficar mesmo sem anéis e dedos. Não fica pedra sobre pedra.
Citar
Dubai impõe restrições a unidade do Espírito Santo por estar com "solvência seriamente comprometida"

18 Setembro 2014, 09:18 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

O regulador da banca do Dubai impôs restrições de actividade ao ES Bankers, pertença do ESFG, depois de o suíço Banque Privée da Suíça, também do Grupo Espírito Santo, ter falhado pagamentos. As operações e solvências da unidade estão "seriamente comprometidos". O presidente, Ricardo Salgado, perdeu o estatuto de "adequado" para ser banqueiro.


Impedida de receber e de pagar depósitos e obrigada a manter e preservar os seus activos. É sob estas restrições que, a partir desta quinta-feira 18 de Setembro, se encontra o ES Bankers, a unidade do Grupo Espírito Santo no Dubai. Isto porque o banco está com a solvência "seriamente comprometida".

 

A Autoridade dos Serviços Financeiros do Dubai (DFSA, na sigla inglesa) explica, num comunicado publicado no site oficial, que a "imposição da restrição foi considerada necessária devido à incapacidade do banco do Grupo Espírito Santo sedeado na Suíça, o Banque Privée Espírito Santo, de honrar compromissos contratuais com o ES Bankers Dubai e de reembolsar os depósitos devidos ao ES Bankers Dubai no normal curso dos negócios".

 

De acordo com a mesma fonte, o facto de o banco suíço – que a autoridade do Dubai faz questão de frisar que é presidido por José Manuel Espírito Santo – ter falhado os seus comprometidos "comprometeu seriamente as operações e a solvência do ES Bankers Dubai".

 

O organismo de regulação do Dubai já tinha tomado alguns passos devido "ao rápido desenvolvimento das dificuldades financeiras do Grupo Espírito Santo nos últimos meses". Uma das acções foi a impossibilidade de se transferirem activos do ES Bankers para outras sociedades do grupo, além de ter sido colocado um gestor a actuar em substituição do conselho de administração do banco com efeitos a partir de 11 de Agosto.

 

De acordo com o site do ES Bankers, Ricardo Salgado era o presidente do conselho de administração do banco, sendo que Pasha Bakhtiar era o presidente da comissão executiva (CEO). Contudo, Salgado está suspenso dado que, segundo o regulador do Dubai, "já não é uma pessoa adequada" para ser um administrador de um banco. Não foi possível obter uma reacção do antigo presidente do BES.

 

A unidade do Dubai era uma operação de gestão de patrimónios e de fortunas, sendo detido pelo Espírito Santo Financial Group, a empresa através da qual o grupo tinha posições no Banco Espírito Santo e nos bancos fora da União Europeia (Panamá, Dubai e Suíça). O ESFG tem 95% do seu capital, sendo que o restante 5% está distribuído por "outros accionistas", que não são identificados no site da instituição financeira.

 

O ESFG solicitou para ficar, com base no regime legislativo do Luxemburgo, sob protecção de credores, a chamada "gestion contrôlée". A unidade do Panamá foi alvo de uma intervenção por parte do regulador, havendo notícias de que foi utilizada para financiar empresas do Grupo Espírito Santo, e, na Suíça, o Banque Privée está a ser investigado.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: itg00022289 em 2014-10-20 16:53:10
A 1ª parte de uma crónica bastante extensa da falência do grupo.

Citar
Crónica do fim do império
CRISTINA FERREIRA

http://www.publico.pt/economia/noticia/cronica-do-fim-do-imperio-1673213 (http://www.publico.pt/economia/noticia/cronica-do-fim-do-imperio-1673213)

Durante vários meses, a Revista 2 tentou perceber como se gerou a bola de neve que ninguém conseguiu controlar, mas que acabou por arrasar o segundo maior banco português. Uma actuação imprudente e de suspeita de ilicitudes do seu accionista, o GES, contribuiu para o fim de um grupo com quase 150 anos. A comissão de inquérito parlamentar à falência vai começar nos próximos dias, ouvindo dezenas de pessoas.
 
PUB
A “detenção” para interrogatório neste Verão do ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, considerado, até então, uma das figuras mais influentes da sociedade portuguesa, cabe num filme em que a realidade parece superar a ficção. Neste enredo, há um pouco de tudo: contornos policiais, traições, intrigas e muita desorientação. Um grupo mergulhado em entropias; uma crise económica mais longa do que o expectável; operações ruinosas (por exemplo, negócios que deram prejuízos, investimentos a preços superiores ao valor real dos activos), ou de duvidosa legalidade (veículos que podem ter servido para ocultar prejuízos); exposição descontrolada do BES à filial angolana (o BES Angola, BESA), com dinheiro a escorrer para vários bolsos (5900 milhões de euros que não se sabe onde param). A mistura foi explosiva. E havia ainda um primo, José Maria Ricciardi, que desde cedo se tentou distanciar das irregularidades cometidas no grupo, desafiando a autoridade e a cadeira do chefe do clã que se perdeu no mundo do poder.

A história inclui também um psicodrama: um procurador a reunir os fios das várias meadas; um Banco de Portugal (BdP) hesitante em atacar eficazmente os problemas que iam surgindo; e um governo que para escapar às críticas associadas à nacionalização do BPN se mostrava desinteresasdo em intervir; e um primeiro-ministro e uma ministra das Finanças que, ao não actuarem a tempo com as armas todas — por não perceberem ou por não quererem perceber —, não evitaram a falência de um grupo de expressão internacional ancorado no segundo maior banco privado.

O castelo de cartas desmoronou-se. Mas o que levou ao colapso não foi a guerra entre primos, as falhas de regulação ou a ausência de empenho do executivo. Foram os erros de gestão, as irregularidades, a falta de compreensão, por parte de Ricardo Salgado, hoje com 70 anos, de que o tempo mudara com a crise e já não tinha dinheiro para preservar a influência. Atrás de si arrastou a maior operadora de telecomunicações, com gestores apanhados na rede dos interesses do accionista BES e não nos da empresa. É uma história com diferentes leituras e muitos protagonistas a tentarem fazer passar as suas versões. Que se conta pelos detalhes.

Para perceber como se gerou uma bola de neve que ninguém conseguiu controlar, a Revista 2 ouviu várias personalidades, coligiu muitos dados e consultou múltiplos documentos. E todas as informações deste texto têm por base testemunhos directos e verificáveis recolhidos junto de fontes, que aceitaram identificar-se ou não. Ricardo Salgado declinou falar com a Revista 2 e não respondeu às questões que lhe foram dirigidas por email, por estarem em segredo de justiça. José Maria Ricciardi escusou-se a ser entrevistado. O Banco de Portugal remeteu para declarações públicas onde explica que tudo fez para garantir a sustentabilidade do sistema financeiro.

Final da década de 1990

A economia cresce, o processo de privatizações do sector financeiro chega ao fim, os mercados internacionais revelam dinamismo. Mas o novo século irá colocar grandes desafios: a moeda única europeia estava a rolar, a China já não era um dragão adormecido, o preço do petróleo iniciara uma trajectória de subida imparável. E Portugal estava prestes a ficar anémico.

7 de Junho de 1999. O grupo espanhol Santander anuncia que vai comprar 40% da holding seguradora Mundial Confiança (BPSM/CCP/Totta), dominada por António Champalimaud, sem ter a autorização prévia do Governo que a lei exigia. O ministro das Finanças Sousa Franco acusa o banco espanhol de se ter articulado com o industrial “para enganar o Estado português” e veta a operação.

18 de Junho. O braço-de-ferro entre Sousa Franco e Emilio Botín, presidente do Santander, abre espaço a um ataque do BCP, então liderado por Jorge Jardim Gonçalves, que lança uma OPA sobre o grupo de Champalimaud. Ao bater-se pela partilha do espólio do industrial, o BCP, que já absorvera o Banco Português do Atlântico e o Banco Melo, pretende garantir o primeiro lugar do ranking da banca privada. Conta-se que o presidente do BES, Ricardo Salgado, estava em Lausanne num encontro familiar e, ao ser informado, se sentiu mal. O passo exige-lhe uma acção. E num contacto com Artur Santos Silva, presidente do BPI, abordaram uma fusão.

2000

17 de Janeiro. Na sala do Hotel Ritz para onde entram Ricardo Salgado e Artur Santos Silva, o ambiente não é de festa, apenas cordial. A concentração bancária pode mudar a configuração do sector. Se vingar, o BES e o BPI passarão a deter, respectivamente, 59% e 41% do denominado BES.BPI, que será líder.

Em processos de concentração, a tendência é irresistível: cada uma das partes pensa que pode dominar a outra. O BES confiava que ia amarrar o BPI pois era maior, enquanto o BPI, por se julgar mais profissional, acreditava que ia influenciar e condicionar a sua estratégia. Quando as equipas dos bancos já estavam no terreno a ultimar a fusão, surgiram os primeiros equívocos.

 
Salgado e Santos Silva no dia do encontro no Ritz ADRIANO MIRANDA
6 de Março. Em declarações ao Diário de Notícias, Ricardo Salgado dá a entender que a designação “BPI” é para cair: “A marca BPI é jovem, não tem a notoriedade do BES.” A frase gera mau clima no parceiro. Três dias depois, a 9 de Março, o vice-presidente do BPI, Fernando Ulrich, reage em entrevista ao PÚBLICO: “Não estou disponível para um projecto Espírito Santo. Considero, aliás, que a fusão pode trazer muito mais valor para os dois grupos do que um projecto apenas Espírito Santo.” Mas uma família como a Espírito Santo dificilmente aceitaria acrescentar outro nome ao seu. Então, numa segunda ronda negocial, Salgado e Santos Silva acordam dar mais poder ao BPI, o que não vai ser aceite pelo Grupo Espírito Santo (GES).

26 de Março. Um domingo. A família Espírito Santo foi sempre uma estrutura de aritmética difícil e o seu conselho superior, que reúne os cinco ramos, uma caixa negra. Salgado é adepto da fusão, mas terá o poder absoluto? Com a entrada de investidores, como o Banco Itaú e o La Caixa, no universo do GES, os primos deixavam de ser dominantes. Há outra questão: o estilo de governação teria de mudar. O que, na prática, se traduzirá, entre muitas outras coisas, na alteração do esquema remuneratório generoso (dividendos e salários) que protege os membros Espírito Santo. No dia seguinte, Salgado, indicado para ser o CEO, telefona a Santos Silva (que colocava reticências à concentração), que ficaria chairman, e diz-lhe: o BES não assina o acordo.

Na opinião do ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga, colega de Salgado na Faculdade de Economia do Quelhas, em Lisboa, a aproximação do BES ao BPI “não só visava contrariar o peso crescente do BCP, mas também libertar o banco e os negócios da pressão da família e da dependência dos seus interesses”. Na altura, diz, “já era possível detectar deficiências no modelo de governação, pela escolha dinástica do chairman do GES [António Ricciardi, hoje com 90 anos], que é quem deve representar o equilíbrio do poder”. Por isso, o actual chairman da EDP (Catroga) defende que “não é possível compreender o que se passou sem olhar a dois factores estruturais”: o facto de o GES “ter renascido no estrangeiro” depois do 25 de Abril, “associado à credibilidade do nome”, e ter-se endividado para comprar o BES e a Tranquilidade. Trinta anos depois, o peso da dívida continuará a persegui-los.

Foi a partir de 2000 que Salgado iniciou uma estratégia tentacular junto do poder político e económico? Catroga responde: “Essa visão é redutora. Não passa de um feeling.” Mas a verdade é que esse foi o ano que marcou a ascensão do banqueiro. E também o fim de um grupo com quase 150 anos.

29 de Março. Para ganhar quota de mercado e esgotada a via da fusão, o banqueiro tem agora pela frente um caminho estreito: o crescimento orgânico. O que exige mudanças nas estruturas de governação do BES, que passam a integrar uma maioria de gestores e directores independentes recrutados fora da família. Data da época a criação de um gabinete de imprensa que vai ser muito útil para a afirmação pessoal do banqueiro. Nos anos seguintes, Salgado conquistará crescentemente uma aura de infalibilidade que o tornará uma figura dominante na sociedade portuguesa. O estilo de exercício do poder ajuda: raramente levanta a voz; os nãos são em regra suaves. E ainda por cima apresentar-se-á com “êxito”.

Verão de 2000. Remonta a Agosto o primeiro grande confronto com Pedro Queiroz Pereira (P.Q.P.), presidente da Semapa. O industrial é accionista do GES e lança uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Cimpor e, em vez de procurar financiamento junto do BESI, foi ter com o Santander. A equipa de Salgado leva a mal e vai ajudar a que a cimenteira fosse antes parar à Teixeira Duarte. Ora, o industrial tem o seu feitio e os insultos aparecem.

A disputa está ao rubro quando Patrick Monteiro de Barros, administrador da Espírito Santo Financial Group (ESFG) (holding da família com a posição directa no BES), oferece uma recepção na Quinta Patino, pertença do GES. Conta quem assistiu: “A certa altura, o Pedro [P.Q.P.] entrou e vendo o ‘Ia’ [como Ricciardi é conhecido entre os amigos] foi falar com ele: ‘Vocês [ES] são inconcebíveis!’” O ainda administrador do BESI argumenta: “Não é altura para discussões.” Mas o industrial teima: “Sim porque vou vender a minha posição no grupo.” Ricciardi rebate: “É pá vende, vende…” O que aquece o diálogo: “Esse … [Salgado] é um…” Não tinha completado a frase, já o outro estava a protestar: “É pá não faço aqui mais nada para não estragar a recepção do Patrick e nunca mais te dirijo a palavra até me pedires desculpa.” Quem presenciou lembra que “o ‘Ia’ abandonou o recinto de cabeça perdida e o Pedro não se calava.” Antes de sair, Ricciardi comenta para um amigo: “Vou-me embora com o estômago a dar voltas.”

Dias depois, Ricciardi janta num restaurante em Cascais, quando entra P.Q.P., que se lhe dirige. Só que o administrador do BESI via ainda em Salgado um mentor e deixa-o de braço estendido. O episódio repete-se outra vez, noutra ocasião. Como os dois são impulsivos e da mesma geração, não fazem cerimónia. Ricciardi volta-se para o industrial e diz: “É pá ainda não percebeste? É que eu não te falo, não te falo mesmo.” Vão passar três anos até que o diferendo fique sanado.

 
José Maria Ricciardi, presidente do BESI MIGUEL MANSO
2 de Novembro. O tenente-coronel Luís Silva vende a participação de 58% na Lusomundo [que possuía o Diário de Notícias, o Jornal de Notícias, a TSF, 170 salas de cinema] à Portugal Telecom (PT). A PT classifica o negócio de estratégico e paga 267 milhões de euros. A venda é assessorada pelo BESI e nela participam Manuel Serzedelo, presidente, e Salgado. Logo aí já se ouve muito sururu, pois o valor de compra é classificado como “absurdo”, dado o interesse reduzido que o activo tinha para a PT.

2001

31 de Dezembro. Através da Espírito Santo Control, onde os ramos da família estão representados, o grupo domina, com recurso a um esquema de cascata de holdings, as duas áreas: financeira (BES e Tranquilidade) e não financeira (Comporta, Portugália, Hotéis Tivoli, propriedades na América Latina). Esta estrutura permite controlar a jóia da coroa (o BES) com uma reduzida posição (5%) face ao efectivo poder que têm no banco. Para aliviar o esforço da família em termos de endividamento, todos os anos são atraídos para as holdings novos accionistas. O BES vai aumentar o capital em 500 milhões.

Pouco depois, Margarida Queiroz Pereira, em guerra com os irmãos, Pedro e Maude Queiroz Pereira, assumiu cerca de 3% da ESFG (dona do BES), parte com crédito do banco e parte com o fruto da venda das suas acções da Semapa a três offshores representadas pelo BES. O episódio foi já revelado pela Revista 2 [22/12/2013]: ao manter segredo sobre a real titularidade das três sociedades, que sempre pertenceram ao GES, Salgado vai alimentar um caldo de desconfiança entre parceiros. E, em 2013, culminará na saída do GES da Semapa e da Semapa da ESFG.

2002

Este é o ano em que o BES cria uma extensão financeira a Angola: o BESA. “A aposta óbvia seria Carlos Silva, mas Salgado optou por entregar a presidência [do BESA] ao Álvaro Sobrinho. Os dois são tecnicamente muito bons, não há dúvida. Mas o Sobrinho e o Salgado tinham as suas agendas que convergiram durante anos”, recorda um ex-colaborador do BESA, onde Sobrinho, Carlos Silva e Ricardo Salgado são accionistas a título individual. O actual vice-presidente do BCP, Carlos Silva, hoje à frente do angolano Banco Privado Atlântico, será considerado, em 2014, pelo Jornal de Negócios o 34.º mais poderoso da economia portuguesa. Já Sobrinho está a braços com problemas na justiça.

27 Março. João Rocha, ex-presidente do Sporting e ex-quadro do BES, anda às turras com Salgado. E escreve uma carta aos accionistas do banco e aos da PT Multimédia (de que era investidor) a chamar a atenção para “operações pouco transparentes” resultantes de financiamentos “mistério” de “7,5 milhões de euros a três companhias nas ilhas Caimão”, com “um capital ridículo de cerca de 30 mil euros”. O BES argumenta que os movimentos decorrem “ao abrigo da supervisão do Banco de Portugal (BdP)”.

Por detrás das disputas, estão sempre interesses. Neste caso, está um empréstimo antigo concedido pelo BES para Rocha comprar um palacete na Rua de São Bernardo à Lapa, em Lisboa. O banco reclama “um crédito de 2,97 milhões de euros”, mas o sportinguista contrapõe com “1,665 milhões de euros”. O desacordo arrasta-se e, a dada altura, Rocha foi ter com Joe Berardo, cliente e accionista do BES: “Podes arbitrar um acordo com o Salgado?” O amigo indaga: “Qual é o teu preço?” De seguida, Berardo procura o banqueiro: “Isto é uma chatice para vocês. Mas, para o Rocha retirar as providências cautelares [sobre o banco], compram-lhe as acções do BES e incluem no negócio a dívida da casa.” Ao PÚBLICO, Berardo confirmou que foi “intermediário”, mas nada mais pode dizer por “estar sujeito a confidencialidade”.

Enquanto o acordo não é assinado, Rocha bombardeia o BdP e a CMVM com informação a queixar-se de que “o BES se recusa a explicar os contornos pouco transparentes do negócio de compra e venda dos prédios do Marquês de Pombal, assinado com a Ibervisão, que se supõe ser do senhor Vítor Santos”, o construtor benfiquista com o petit nom “Bibi”, “sócio” de José Neto, gestor do Banco Internacional de Crédito (BIC), do BES.

215 milhões de euros era quanto os três principais clubes de futebol (Benfica, Sporting e Porto) deviam ao BES em 2013, segundo estimativas de analistas

Sempre houve grande vizinhança entre a indústria de betão e o BES, que chega a ter uma agência no Saldanha dedicada apenas a servir clientes construtores das zonas de Lisboa e de Sintra. A ligação vai acentuar-se nos anos seguintes e revela-se, aliás, com a crise económica, um detonador dos problemas financeiros do grupo. Em 2013, o banco foi obrigado a registar 1,423 milhões de euros de provisões para fazer face às imparidades de crédito (perdas potenciais por financiamentos na área imobiliária).

Esta é uma época de caçadas em herdades alentejanas, como a do construtor José Guilherme, que juntam alguns banqueiros, advogados, políticos, dirigentes de clubes de futebol. Ricardo Salgado participa, pois o seu relacionamento com José Guilherme era de casa. Também vão José Neto, José Manuel Espírito Santo, administrador do BES, ou o sportinguista Sousa Cintra e o benfiquista Luís Filipe Vieira.

6 de Abril. José Manuel Durão Barroso é eleito para chefiar o Governo. O que remete para uma cena ocorrida três anos antes. À hora de almoço, no restaurante Pabe, em Lisboa, coincidiram na mesma sala, por mero acaso, jornalistas do PÚBLICO, da SIC e de O Independente. E ainda donos de duas agências de comunicação. O ex-ministro das Finanças Sousa Franco estava acompanhado do ex-director-geral do Tribunal de Contas José Farinha Tavares e andava irritado com António Guterres que o substituíra por Pina Moura, na sequência do veto à venda do controlo da Mundial Confiança ao Santander.

Sousa Franco era surdo de um ouvido, falava alto e tinha o seu quê de “extrovertido”. Depois de classificar o governo remodelado de Guterres como “o pior desde o de Dona Maria”, considerou com desdém: “Durão Barroso é o homem do BES” de quem recebe “uma avença [e ainda carro e motorista]” e “foi às custas do banco que foi para os EUA tirar o doutoramento que nem concluiu”. O Independente fez manchete da conversa.

10 de Julho. O BES anuncia que investiu dois milhões de euros para patrocinar o Benfica, o Porto e o Sporting. A decisão foi precedida de um debate na comissão executiva do BES à volta do posicionamento no negócio futebolístico que é, por natureza, mediático. O ex-gestor José Manuel Espírito Santo relata a um grupo de amigos: “A área de comunicação do banco quis apostar no futebol, mas estavam todos contra por ser muito caro e porque teriam de patrocinar o Sporting, o Benfica e o Porto.” O director contraria-os: “Os benefícios de imagem vão ultrapassar em muito os custos, quando passarmos a patrocinar a selecção nacional.” Então, Salgado delibera: “Ou apoiamos todos ou nenhum.” E apoiaram todos. Em 2013, os analistas admitiam que a dívida ao BES dos três principais clubes de futebol (Benfica, Sporting e Porto) era de 215 milhões de euros.

Final de 2002. Quando a CMVM começa a investigar o ex-presidente do BESI, Manuel Serzedelo, por participação em negócios paralelos ao banco, Ricciardi, ainda administrador, vê uma aberta para o substituir. Mas Salgado defende Serzedelo. Um ex-quadro do BESI lembra-se que Ricciardi, ainda administrador do BESI, foi pedir “a ajuda de um amigo com pontes na comunicação social”. Versão que este nega. Seja como for, o tema chega às primeiras páginas dos jornais.

2003

17 de Janeiro. Uma sexta-feira. O Independente avança que Serzedelo, que também é administrador da PT e do BES, deu ordens de compra de meio milhão de acções da PT Multimédia. O negócio gera uma mais-valia de cerca de 1,5 milhões de euros ao vendedor, a Companhia de Cervejas Estrela, de que Serzedelo é accionista e também gestor. Na sequência da polémica, Serzedelo anuncia que se afasta de todas as empresas, e José Maria Ricciardi é eleito presidente do BESI.

PATRICIA DE MELO MOREIRA/AFP
2004

Janeiro. O BES estava a tornar-se um pólo de atracção de interesses empresários, financeiros, políticos. E os centros de poder geram conivências e laços de solidariedade. O mandato presidencial de Jorge Sampaio vai concluir-se a 9 de Março de 2006 e nos corredores políticos correm rumores de que Santana Lopes planeia avançar. É tempo de encontrar um candidato. Quem melhor do que o ex-colaborador do banqueiro, Durão Barroso, agora em São Bento, para debater o tema? Então, Salgado convida o ainda primeiro-ministro e a mulher, Margarida Sousa Uva, para um jantar na casa de Cascais, que estende a mais dois casais: Aníbal e Maria Cavaco Silva e Marcelo Rebelo de Sousa e Rita Amaral Cabral, que viria a ser administradora não executiva do BES. Salgado justifica o encontro como “um jantar privado de casais com laços de amizade”.

15 de Janeiro. As multinacionais e as grandes empresas têm uma prática de oferecer viagens aos media, o que gera um ambiente informal favorável a passar mensagens que interessam. Entre Salgado e a comunicação social sempre houve uma empatia recíproca. Salgado gostava de falar através dos jornalistas, os jornalistas viam nele o poder. Se necessitava de enviar recados, o banqueiro promovia encontros em locais inesperados. Um deles decorre em Megève, nos Alpes franceses, onde fala da tentativa de concentração com o BPI: “Não se concretizou devido ao grande peso que o La Caixa (16%) tinha. Não somos ingénuos e percebemos o risco.” Observações reproduzidas na imprensa do dia seguinte.

Ora, Fernando Ulrich, do BPI, não tinha, evidentemente, digerido a reviravolta da fusão com o BES e, de Lisboa, replica: “Foi o BES, e não o BPI, que rompeu as negociações.” “Nem temos nada a aprender com o dr. Ricardo Salgado em matéria de independência da gestão, de apoio a centros de decisão nacional e de obtenção de mais-valias por vendas a estrangeiros.” Salgado e Ulrich vão nos anos seguintes protagonizar fortes embates públicos.

Mas o dado relevante decorreu à margem do encontro com os jornalistas. Três anos depois da zanga, em Lisboa, P.Q.P. está ao telefone com Ricciardi, em Megève. O industrial quer pedir-lhe desculpa pelo episódio ocorrido na Quinta Patino e reatar relações. Dias depois, já em Lisboa, frente a frente, o presidente do BESI intui “uma coisa extraordinária”: “Apesar de o meu primo [Salgado] saber do que levara ao corte, continuou a falar com o Pedro como se nada fosse.”

10 de Fevereiro. Chega a hora de a geração na casa dos 40 anos (entre muitos outros, o ministro da Economia António Pires de Lima, José Maria Ricciardi, Fernando Ulrich) disputar o topo das empresas. Organizam, então, uma iniciativa mediática no Convento do Beato, a que dão o nome Compromisso Portugal. O evento neoliberal marca o início do discurso político que passa a veicular a tese de que o interesse público se esgota no “interesse dos contribuintes”.

Março. Neste mês, o novo presidente do BESI tem o seu primeiro embate com o primo direito, ambos filhos das duas irmãs herdeiras de Ricardo Espírito Santo Silva: Salgado tem 59 anos, Ricciardi 49. O choque dá-se logo que o mais novo aparece a conceder a sua primeira entrevista como sucessor de Serzedelo. À questão colocada pelo PÚBLICO — “como vê o facto de o seu nome ser referido como sucessor de Salgado?” responde em linguagem “futebolística”: “Como gosto muito de futebol, digo que em equipas ganhadoras não se mexe. Temos um grande presidente [Salgado], […] se não mesmo o melhor banqueiro do grupo desde sempre, tendo elevado o BES ao mais alto nível […]. Espero, por isso, que ele se mantenha à frente do grupo durante muitos anos.”

No dia seguinte, Salgado chama-o a sua casa, em Cascais: “É pá, não sei se sabes que o Zé Neto é presidente do BIC, o Zé Manuel é do BES Espanha, e nenhum deles dá entrevistas, apesar de serem presidentes. A única pessoa aqui que concede entrevistas sou eu. Tu não podes começar a dar entrevistas.” Ricciardi contra-ataca: “Podes ter a certeza de que vou continuar a dar entrevistas. E sabes porquê? Porque as pessoas querem saber a minha opinião sobre os problemas do país, não é só sobre o BES ou o BESI.” Ricciardi reclama junto do PÚBLICO por lhe ter sido atribuído, erradamente, 50 anos se tinha 49.

Num contacto com o PÚBLICO, pouco depois, Ricciardi envia ao “chefe” novo recado: “Nesta família sempre houve grande colegialidade e escrutínio, e as pessoas quando chegam a uma certa idade o que querem é que os mais novos os substituam, puxando por eles e motivando-os. E vão fazer aquilo de que mais gostam, o que é visto como um prémio.”

Angola cresce a dois dígitos. Salgado quer apostar no BESA, mas a estratégia gera atritos, pois a parceria histórica do GES é com a Escom, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, onde detém 67% do capital. A empresa presidida por Hélder Bataglia (33%) tem influência e notoriedade e é-lhe concedida a condição de canal diplomático entre Angola e China.

Em 2004, o consultor Miguel Horta e Costa “anda entretido” a estudar o tema das contrapartidas: ajudar os vendedores de equipamento militar a estruturar as ofertas ao Estado português. E foi ter com o irmão, Luís Horta e Costa, gestor da Escom. Para o convencer, diz-lhe: “Há aqui um bom nicho de mercado.”

769 milhões de dólares foi quanto o Estado pagou pelos dois submarinos. O negócio foi assessorado pela Escom, do GES, que cobrou cerca de 3% de comissão

21 de Abril. E mal o ministro da Defesa Paulo Portas valida a compra dos dois submarinos para a Marinha portuguesa à empresa alemã German Submarine Consortium, já a Escom, do GES, aparece a assessorar o consórcio alemão, cobrando cerca de 3% sobre o valor total da venda dos submarinos: 769 milhões de dólares. A comissão será classificada como excessiva, dado o trabalho prestado pela Escom. Há outra iniciativa simultânea de Portas a gerar ruído: o Governo assina um contrato de financiamento (para o Estado pagar os submarinos aos alemães) com um consórcio bancário formado pelo Credit Suisse e pelo BES. O GES está, deste modo, dos dois lados do negócio. Os alemães impõem ainda que o contrato seja carimbado com uma entidade europeia, o que obriga a Escom a criar a Escom UK. Esta transacção vai levar a prisões na Alemanha e, em Lisboa, a uma polémica comissão de inquérito parlamentar, encerrada, em Outubro de 2014, de forma apressada pelos dois partidos do Governo: PSD e PP.

17 de Julho. Durão Barroso é substituído por Santana Lopes como primeiro-ministro, o que vai dar origem a um período de grande turbulência. A partir daqui, o director Amílcar Morais Pires é recrutado para a comissão executiva do BES e assume-se como braço direito de Salgado com o pelouro financeiro. O que deixa para trás o até aí CFO, Manuel Pinho (menos permeável a Salgado), chutado para o BESI, onde já era vice-presidente não executivo. Ora, Pinho reage encostando-se à política e aparece no PS com a proposta do plano tecnológico, o que, à falta de ideias partidárias, depressa se torna a bandeira.

A meio da década, não é no BES, mas no BCP que se concentra o verdadeiro núcleo do poder financeiro e político. O presidente Jardim Gonçalves não gosta do economista António Borges, sentimento partilhado por Ricardo Salgado, a quem Borges lança farpas em público. O episódio que se conta em seguida é a prova de como, muitas vezes, é difícil ir contra a opinião de um banqueiro.

A Caixa Geral de Depósitos é o principal banco português e o poder do seu presidente é grande. Se o Governo deixa e a gestão quer, a CGD pode ser o farol em termos de disciplina e de boas práticas. Um moderador da concorrência. O ministro Álvaro Barreto, em nome de Santana Lopes, convida Borges para presidir à CGD, que responde: “O convite atrai-me profissionalmente.”

Setembro. Borges está em Bruxelas quando Barroso, já presidente da Comissão Europeia, o avisa: “Vai ter uma surpresa assim que chegar a Lisboa, eles [Governo] não vão confirmar o convite para a CGD.” Semanas depois, Borges vai jantar ao BES a pedido de Salgado, que o informa de que os membros da Associação Portuguesa de Bancos se opõem à ida dele para a CGD, incluindo o BES. O banqueiro não precisava de ter dito nada, mas fez questão de mostrar uma posição.

25 de Setembro. Pouco depois de ser eleito secretário-geral do PS, José Sócrates indica Manuel Pinho como porta-voz para a Economia e confia-lhe a elaboração do programa eleitoral. O vice -presidente do BESI comunica a Salgado a intenção de aceitar, mas este diz-lhe: “É melhor não.” Arrepende-se. À noite, o banqueiro liga-lhe de volta e dá-lhe força para avançar. Ao mesmo tempo, no PSD, as funções de porta-voz da Economia tinham sido entregues ao deputado Miguel Frasquilho, do gabinete de estudos ES Research, e subordinado de Pinho. “Os dois trocavam informações nos corredores do BESI”, recorda quem ali trabalha ainda. O grupo sai sempre vencedor.

3 de Outubro, um domingo. Com muitas polémicas a rodear a acção de Santana Lopes, as intervenções de Marcelo Rebelo de Sousa na TVI são de terra-queimada, o que incomoda o chefe do Governo. Marcelo critica a decisão do executivo de dar “tolerância de ponto” aos funcionários públicos, por reflectir “o pior do pior de António Guterres”. Foi a gota de água que entornou o copo de Santana, que pede ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Rui Gomes da Silva, que elabore considerações sobre o comentador.

4 de Outubro. Gomes da Silva declara publicamente estar “revoltado” com um comentador que “tem um problema” e apontou para o facto de sob a capa de comentário político “transmitir sistematicamente um conjunto de mentiras” sobre Santana “com desfaçatez e sem qualquer vergonha.”

5 de Outubro. O comentador “sem vergonha” remete para domingo a resposta ao ministro. Marcelo Rebelo de Sousa e Rita Cabral vão, nesta noite, jantar a casa de Salgado com o presidente do Bradesco, accionista do BES. Quando Marcelo saiu, o banqueiro já sabe que ele se prepara para romper com a TVI. Só desconhecia o timing. Os acontecimentos vão precipitar-se.

As conversas nos bastidores políticos ajudam a compreender como se movem interesses. No dia seguinte, Salgado está em São Bento a debater com Santana Lopes o negócio de venda da Galp, disputado pelo GES. Pelo meio, o banqueiro avisa-o de que Marcelo pode estar de saída da TVI, o que deixa Santana tão nervoso que lhe pede que se torne o facilitador do consenso entre os dois. Mas enquanto decorre a conversa, já Marcelo batera com a porta da TVI. E com estrondo. Santana será acusado de interferência nos media.

22 de Dezembro. Jorge Sampaio convoca eleições legislativas para 20 de Fevereiro. E a 29, a Escom UK recebe o primeiro pagamento de 24 milhões de euros da Man Ferostaal [do consórcio alemão que vendeu os submarinos ao Estado].

Nas vésperas da passagem de ano, ocorre um episódio que se converte numa saga judicial com vários incidentes interligados. A lei exige às entidades bancárias que comuniquem operações suspeitas. Seguindo esta orientação, um gestor de agência do BES participa ao Ministério Público ter detectado 115 depósitos em numerário no valor de pouco mais de um milhão de euros. O cliente que os movimentara era o responsável pelas finanças do CDS-PP, o empresário Abel Pinheiro, que a partir dali fica sob escuta. E contamina um grupo alargado de interlocutores, muitos deles do CDS-PP, como Luís Horta e Costa, da Escom, e o então ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, Nobre Guedes. Os três falam muito e com muita gente.

2005

No início deste ano, o caso das contas-fantasma de Augusto Pinochet abertas no BES Miami e no BES Caimão está na agenda do Senado norte-americano. Washington queixa-se de que o BES coloca dificuldades ao acesso à informação pedida sobre os movimentos do ditador chileno. As queixas incendeiam o discurso da esquerda portuguesa, que reclama transparência na divulgação dos dados.

16 de Fevereiro. O Governo já não está em funções plenas quando um despacho conjunto dos ministros da Agricultura, Pescas e Florestas (Costa Neves), do Ambiente e do Ordenamento do Território e do Turismo (Telmo Correia) reconhece a imprescindível utilidade pública de um empreendimento turístico na Herdade da Vargem Fresca, a executar pela Portucale, do GES. A decisão possibilita à empresa o abate de 2605 sobreiros e potenciar o investimento.

 
Manuel Pinho dá luz verde à TAP para comprar a Portugália, a companhia aérea do GES historicamente deficitária DANIEL ROCHA
24 de Fevereiro. José Sócrates é eleito com maioria absoluta. Manuel Pinho quer ser ministro. De preferência das Finanças. Se há uma parte genuína no desejo, por acreditar que as suas ideias fazem a diferença, há também um entusiasmo de principiante. E depois de Sócrates o sondar para tutelar a Economia, Pinho comunica ao presidente do BES a decisão. Após renunciar ao Governo, Pinho regressa ao BES em 2009 como não executivo e com um ordenado mensal superior a 35 mil euros. Salgado é pragmático: sabe desenvolver uma agenda convergente com o poder político. O Governo vai precisar de financiamento e de apoio para levar por diante os seus projectos e o BES arranja soluções, não coloca problemas. É vida de banqueiro.

10 de Maio. Na sequência da denúncia do gerente do BES, o Ministério Público desencadeia buscas à Escom e tropeça numa minuta do despacho ministerial a caucionar o abate de sobreiros. O documento está em cima da secretária de Luís Horta e Costa e foi-lhe entregue por Abel Pinheiro. O que faz adensar as suspeitas de que a decisão do governo PSD-CDS

PP foi negociada fora do Ministério do Ambiente. Nobre Guedes, Horta e Costa e Abel Pinheiro são constituídos arguidos. Ao rol de dúvidas das autoridades somam-se mais duas: a comissão milionária cobrada pela Escom ao consórcio alemão que vendeu os dois submarinos ao Estado português terá servido para pagar a políticos envolvidos na decisão? Os depósitos em numerário de Abel Pinheiro, tesoureiro do PP — e que desencadearam o processo Portucale —, estão relacionados com esta pista? As investigações vão prosseguir durante os próximos anos e dar ainda muito que falar. Por enquanto, não há conclusões conhecidas.

20 de Maio. O tema Portucale está no centro do debate. O PÚBLICO edita um trabalho onde desenvolve um “retrato do GES”, nas suas várias implicações, políticas, empresariais e financeiras. Um grupo capaz de influenciar os decisores na aprovação de projectos que está a desenvolver, referindo-se ao caso Portucale. E dedica na mesma edição uma página à Escom, com o título: “A empresa instrumental do GES para os negócios que não estão na praça pública”. Sem conhecimento prévio, na mesma edição, o suplemento satírico Inimigo Público [estrutura autónoma do jornal] faz manchete: “Sobreiros foram torturados antes de serem abatidos”. No interior disserta: “Quem sabe sabe. Mas o BES não sabe nada.” “Preveja o seu futuro com o BES Plano Poupança Cadeia.” A equipa de Salgado vê ali uma concertação para ferir o bom nome do grupo e reclama junto da administração do jornal.

5 de Julho. A Escom UK recebe a última tranche, de 1,2 milhões, do bolo de 24 milhões de euros da comissão paga pelo consórcio alemão. Para além dos pagamentos a Bataglia, Pedro Neto, Luís e Miguel Horta e Costa, a Escom transfere cinco milhões para cinco contas pessoais abertas num banco na Suíça.

 
Miguel Horta e Costa quando, em Setembro, foi ouvido pela comissão de inquérito às contrapartidas MIGUEL MANSO
Início de Agosto. No Brasil, investigam-se subornos a deputados. Depois de Miguel Horta e Costa (primo do consultor da Escom), ex-presidente da PT e vice-presidente do BESI, e de António Mexia, na qualidade de ministro das Obras Públicas, chegava a vez de Salgado ser infectado pelo caso Mensalão, o maior escândalo de corrupção do Brasil. O empresário Marcos Valério conta que organizou reuniões com o BES Brasil e a PT para libertar verbas para financiar o Partido dos Trabalhadores (PT) no poder. Os gestores portugueses desmentem, o que não evita esclarecimentos à justiça brasileira, que os ilibará anos depois.

17 de Outubro. Elementos da Direcção Central de Investigação e Combate à Criminalidade Económica e Financeira da Polícia Judiciária e da Inspecção-Geral de Finanças entram em quatro bancos — BES, BPN, BCP e Finibanco — e nas instalações do GES na zona franca da Madeira. Está em curso nova investigação do DCIAP, a que se dá o nome de Operação Furacão — ainda a correr — e que identifica uma fraude fiscal superior a 280 milhões de euros, com 30 arguidos e 70 processos.

Porém, a acção não constitui uma verdadeira surpresa para os quatro bancos. O presidente do BPN, Oliveira Costa, foi avisado antecipadamente e no fim-de-semana anterior convocou quadros para empacotar documentação relacionada com o Banco Insular (ainda desconhecido das autoridades e que servia para o BPN esconder prejuízos) e retirá-la do banco. No contexto do seu julgamento, o inspector tributário Paulo Jorge Silva, testemunha arrolada pelo Ministério Público, considera que a “fuga” de informação atrasa em dois anos a descoberta da megafraude que já lesou o Estado em pelo menos 3000 milhões de euros (a verba pode chegar ultrapassar 5000 milhões).

É aqui que as vidas do procurador Rosário Teixeira e do juiz Carlos Alexandre se vão entrelaçar com a de Ricardo Salgado. Num prédio de Lisboa funciona a Esger, especializada em serviços de consultoria e suspeita de ajudar clientes do BES a ocultarem um esquema de facturas falsas. O circuito atrai pequenas e médias empresas, nomeadamente construtoras, e é apanhado pela rede da Operação Furacão. A Esger pertence ao BES, em parceria com o BIC e dois sócios individuais: Ricardo Salgado e José Manuel Espírito Santo Silva, ambos da comissão executiva do BES. O BdP não vê ali problema.

Portugal vive um quadro de crise, mas não a banca, que tem acesso aberto aos mercados internacionais e “compra” o dinheiro barato. Ter capacidade de emprestar dinheiro é essencial para um banco. E quanto maior é o fôlego, maior a disponibilidade para alargar a esfera de acção, em especial se a economia (empresas e Estado) estiver descapitalizada. Um banqueiro dispõe de um trunfo: apoiar a empresa ou o Estado, ou negar a ajuda e criar obstáculos.

2006

À entrada do ano, o BES já surfava na crista da onda com lucros de 281 milhões a dispararem 85% face ao ano anterior. Salgado tornara-se um banqueiro superstar. Um dia recebe o presidente de uma pequena e média empresa da área da construção, no outro senta-se ao lado de Sócrates a promover os seus projectos ou anuncia um investimento numa grande empresa.

6 Janeiro. O BES apresenta-se como o novo accionista estratégico da EDP. Dois dias antes, Manuel Pinho confirma Mexia (seu colega no BESI) como presidente. O que leva Salgado a avançar com uma estratégia tentacular em sectores onde o Estado tem presença? Para além dos dividendos, impunha o BES como o banco da empresa e o grande intermediário do Governo. A EDP e a PT dão esse poder.

6 de Fevereiro. A Sonae lança a OPA sobre a PT e Salgado opõe-se. E foi procurar peças de xadrez. Dois jovens consultores da Heidrick & Struggles, Nuno Vasconcelos (cunhado de um quadro do BES, Bernardo Espírito Santo) e o espanhol Rafael Mora, sabem bem onde estão os pólos do novo poder e são atraídos para a órbita do GES. A conjugação de vontades vai unir Salgado a Vasconcelos e Mora numa aliança produtiva. A ascensão é meteórica. E de pouca duração.

13 de Abril. Na sequência da guerra accionista no BCP para afastar Jardim Gonçalves e do falhanço da OPA hostil lançada por este banco sobre o BPI, instala-se um grupo de bloqueio no maior grupo financeiro privado português. Destacam-se os nomes de Vasconcelos e de Mora. O então CEO do BCP, Teixeira Pinto, que ambos apoiam, e que se opõe ao fundador, empresta à Ongoing 400 milhões para aumentar a posição na PT. O BES disponibiliza 280 milhões. Houve quem interpretasse a desestabilização no BCP como uma forma de o BES ter poder sobre o seu rival. Hoje, oito anos depois, Filipe Pinhal, então da equipa de Jardim Gonçalves, assiste ao colapso BES com ironia: “Quem tudo fez para afundar o BCP e partilhar os despojos está agora em risco de ver o BCP partilhar os despojos do BES.”

A empresa do GES em Angola era um pequeno estado dentro de um Estado, com interesses em vários domínios: petróleo, diamantes, construção

A meio de 2006, a empresa do GES em Angola era um pequeno estado dentro de um Estado, com interesses em vários domínios: petróleo, diamantes, construção. E os projectos eram financiados pelo BESA, de que Bataglia era administrador. A Revista 2 apurou que, por essa altura, a pedido do presidente do BES, o construtor José Guilherme adquire à Escom, por 7 milhões de dólares, cerca de 30% das 3 Torres de Luanda em fase de construção. Mais tarde, e pouco antes de a Escom começar a comercializar os andares, José Guilherme revende à empresa a sua posição, agora por 34 milhões. O nome de José Guilherme chega ao domínio público quando Salgado divulgou que recebeu do construtor uma comissão presente, o que o levou a três correcções à declaração fiscal de 2011.

31 de Outubro. O Governo, através do ministro Mário Lino (que tutelava a Portugal Telecom e a TAP), aparece a dar luz verde à TAP para comprar por 140 milhões de euros a Portugália, a companhia aérea do GES historicamente deficitária. A transacção é vista pela oposição como tendo também a mão do ministro da Economia, Manuel Pinho, e um sinal do grande entendimento que se estabelecera, entretanto, entre o banqueiro e o primeiro-ministro, José Sócrates.

2 de Novembro. Quando a Guarda Civil espanhola, de coletes fluorescentes, entra nas instalações do BES Espanha, as televisões já lá estavam. O raide visa apurar se proporcionara aos clientes mecanismos financeiros para branqueamento e evasão fiscal: o dinheiro ia para a filial do banco na Madeira e regressava a Espanha, limpo, através de França e do Luxemburgo. Os documentos na posse do juiz Baltazar Garzón apontam para clientes recrutados na sociedade espanhola e a acção policial é mediatizada por o BES ser conhecido pelo relacionamento com a família real.

2008

7 de Maio. O ex-executivo da Union des Banques Suisses (UBS) Bradley Birkenfeld declara-se culpado de conspiração para defraudar os Estados Unidos, ajudando clientes do banco a fugir ao fisco. Na sequência, Birkenfeld torna-se informador das autoridades e contribui para desmontar o mega esquema. A acção terá, em breve, impacto em Portugal.

Setembro. A crise de crédito espalha-se. Quem lhe dá importância? Os mercados não se auto-regulam e não funcionam na base da boa vontade e da ética. Nas “cities” fazem-se investimentos imprudentes e há bancos com dificuldades em saldar os compromissos. Com 150 anos, o respeitado Lehman Brother de rating sólido (AAA) é afinal um gigante com pés de barro, pois os gestores manipularam os números para ocultar prejuízos e excesso de dívida. O filme é conhecido: o banco faliu. E em Portugal, entre Novembro e Dezembro, o BPN e o BPP declaram-se insolventes e pedem ajuda ao Estado. Sócrates deixa cair o BPP e nacionaliza o BPN, o que gera ondas de choque na oposição, que faz campanha contra a decisão. A estatização deverá implicar um custo para o Estado superior a 5 mil milhões de euros.

 
No meio da crise global, Ricardo Salgado é apresentado como génio da Finança ENRIC VIVES-RUBIO
2009

A crise financeira globaliza-se e alastra à economia real. Esta é a época em que Salgado é apresentado como um génio da Finança. Aquele que reergueu e recuperou o prestígio de um grupo centenário. A ideia formatara-se na maioria dos cerca de 400 membros da família, o que dá ao chefe grande poder, poder esse que a partir de certa altura pode ter exorbitado. Mas quem liga? Os resultados iam chegando. E os primos dizem: “Ó Ricardo, tu é que sabes.” E brincam: “Ele [Salgado] gosta de trabalhar, não tem passatempos e quando chega a sexta-feira à noite entra em depressão porque vai começar o fim-de-semana.”

O banqueiro está habituado ao convívio social, mas, um ex-colaborador de Ricardo Salgado observa que “chegava ao banco cedo e saía muitas vezes noite dentro, raramente era visto fora do 15.º andar, onde tomava as refeições”. Mas não lhe conhecem grandes distracções. O que não acontece com o primo direito Ricciardi, que também vive em Cascais. No jardim, construiu um lago onde cria carpas e tem gaiolas para procriar canários de competição. Um vício de criança, que diz tirar-lhe o stress, o que o remete para 1977, a viver no Brasil, quando desfilou pela escola de Samba da Portela, entre operários e sapateiros.

A banca portuguesa apostara no financiamento em larga escala aos seus clientes, contando com o fácil acesso aos mercados interbancário e de emissão de dívida, e de baixas taxas de juro. Mas o ciclo terminara. Em 2009, mais de metade da carteira de crédito do sector estava sustentada em dívida contraída junto de credores internacionais. O BES revela o maior desequilíbrio na relação crédito/depósitos (192%), logo a seguir ao Santander Totta (215%). O Banco de Portugal recomenda um rácio não superior a 120%. O tempo esgota-se para o clã Espírito Santo.

Salgado raciocinou sempre numa óptica patrimonial, em que se pode endividar, pois em certo momento vai fazer mais-valias significativas e paga as dívidas

Eduardo Catroga
O BES tem pela frente um período crítico que introduz uma exigência de mudança nos métodos de gestão. Havia outras soluções, mas Salgado escolhe a fuga em frente. “O contágio dos interesses da família ao BES acentuam-se depois de 2007, com a crise financeira, quando deixou de ser possível manter o modelo de financiamento sustentado em dívida que seria paga com a venda de activos”, salienta Catroga, para quem “Salgado raciocinou sempre numa óptica patrimonial, em que o grupo se pode endividar, pois em certo momento vai fazer mais-valias significativas e paga as dívidas. Mas devia ter privilegiado uma perspectiva de rendimento e de libertação de fundos”. Ainda assim, defende que “durante 20 anos teve sucesso e transformou o BES num banco com uma quota de mercado significativa, seguindo até à crise financeira critérios rigorosos de gestão e de solidez do balanço”.

“A parte não financeira do GES fazia uma enorme pressão para continuar a expandir-se e, ainda que Ricardo procurasse pôr travão, não conseguiu”, evidencia agora um quadro do BES que declinou identificar-se. “O Amílcar Morais Pires (então CFO do BES) passou a delfim e deixou-se envolver numa relação promíscua com o GES”, adianta. Onde estava o pecado? “No excesso de dívida que foi sendo acumulada e nas operações ruinosas que engendravam para permitir esconder as dificuldades.” O grupo passa a ser jogador de casino: perde 10, joga mais 10 para recuperar o investido e, depois de perder o que tinha colocado, volta a pôr em cima mais 10… E a certa altura… perde tudo. Parecia ter aderido ao esquema Ponzi (investimentos em pirâmide).

Por esta altura, já os operacionais das holdings do GES, que reportam directamente a Salgado, se tinham dado conta da embrulhada. Há facturas por pagar. As contas da ESI vão ser manipuladas para ocultar a situação descontrolada (a 30 de Setembro de 2013 o passivo era de 5600 milhões). Em entrevista ao Jornal de Negócios (22/5/2014), Salgado remete as culpas para o contabilista Machado da Cruz: “O comissaire aux comptes assumiu a responsabilidade dos erros. Perdeu o pé no meio da situação.”

O Expresso revelará em 2014 uma carta de Machado da Cruz a garantir que Salgado, José Castella (controller financeiro), Manuel Fernando Espírito Santo (Rioforte, holding não financeira) e José Manuel Espírito Santo (BES) sabiam desde 2008 “que parte do passivo (na altura 1300 milhões) não estava nas contas”, ainda que desconhecessem o valor. O recado é claro. E Machado da Cruz foi “recambiado” para o Brasil.

Mas, para fora, o grupo ganha sempre. O que ajuda a mascarar os problemas. Se os prejuízos assustam, activavam-se os veículos não financeiros Eurofins (onde estavam parqueados negócios ruinosos), com sede na Suíça, usados como banco virtual (uma espécie de Banco Insular do BPN). A auditora KPMG considerou, já este ano, que estas sociedades sustentaram “um esquema de financiamento fraudulento entre as empresas do GES”, o que levou o BdP a pedir esclarecimentos às autoridades helvéticas. A suspeita é que, via endividamento da ESI junto de clientes do BES, possam ter sido desviados fundos de 800 milhões de euros para tapar o buraco dos Eurofins. Esta é uma das matérias por esclarecer.

2 de Abril. O New York Times anuncia que os EUA estão a investigar mais de 100 clientes da UBS por fuga ao fisco. O banco chama alguns quadros a quem comunica que deixara de haver condições para se manterem na instituição, mas continuarão a trabalhar na sua esfera. No grupo estão Michel Canals e Nicolas Figueiredo, gestores de conta de Salgado na UBS, com quem Catarina Salgado (administradora do Banque Privée), a filha do banqueiro, trabalhou na Suíça.

Os dois suíços reinventam-se rapidamente e criam uma nova sociedade gestora de fortunas para se focar, nomeadamente, no mercado africano. Nasce a Akoya com vários sócios: Canals (20%), Figueiredo (15%), Hélder Bataglia (22,5%), Álvaro Sobrinho (22,5%), José Pinto (15%) e a advogada Ana Bruno (5%). Como a condução das operações está centrada em Canals e Figueiredo, quer Sobrinho, quer Bataglia, este agraciado em 2007 com a Ordem do Infante Dom Henrique, levam tempo a descobrir que Salgado e Morais Pires são clientes da Akoya. E estes, por seu turno, desconhecem que há outros sócios na gestora para além de Canals e Figueiredo. A ignorância possibilita a todos operarem sem reservas.

Setembro. As escutas desencadeadas em Dezembro de 2004 a Abel Pinheiro continuam a produzir inquéritos. A partir da certidão retirada do processo Portucale, o Ministério Público abre duas novas frentes: uma associada a facturas falsas relacionadas com as contrapartidas dos submarinos; outra para determinar quem são os titulares das cinco contas abertas na Suíça na sequência do negócio.

O BES não é um simples banco. É uma espécie de “caixa de socorro”. Na sua órbita gravitam pequenos grupos familiares que formam uma rede de interajuda.

Ora a pressão para encerrar investigações complexas, que exigem cooperação de praças offshores, pode revelar-se prejudicial se a tarefa é apurar os factos. E vai começar para o Ministério Público uma saga de pedidos às autoridades suíças. Aos quais não são dadas respostas, pois os advogados dos receptores do dinheiro metem recursos sucessivos para travar os esclarecimentos. E instalam-se novas dúvidas: esconderiam pagamentos ilícitos a políticos? Os gabinetes de advocacia envolvidos na complexa transacção receberam comissões e repassaram-nas para terceiros?

O que tem de tão terrível o segredo? As cinco contas abertas na Suíça, para onde a Escom transferiu cinco milhões de euros, da comissão de 24 milhões, que recebeu do vendedor alemão dos submarinos, pertencem aos cinco membros do conselho superior do GES. Só que António Ricciardi, Salgado, Manuel Fernando Espírito Santo, José Maria Espírito Santo e Mário Mosqueira do Amaral resistem a assumir a sua titularidade, algo que só farão, aliás, já no Verão de 2013. Na altura, Salgado reconhece ter havido um “desvio” para uma sexta entidade, fora do universo do grupo, associada ao dossier, mas não divulga o nome. Deixa apenas o sinal.

Outubro. O BES não é um simples banco. É uma espécie de “caixa de socorro”. Na sua órbita gravitam pequenos grupos familiares que formam uma rede de interajuda. E quando o passivo da Ongoing se torna excessivo, 831 milhões, para permitir rolar a dívida, o Montepio Geral empresta 50 milhões e a PT mais 75 milhões. O BES, já se sabe, tinha uma relação privilegiada com a empresa e ajudava quando era preciso.

Vasconcelos e Mora (administrador da PT) não estão dispostos a ficar na fila de trás. E acham que vão dominar o mundo. Criam ficheiros sobre pessoas, onde misturam ficção com realidade. Vêem filmes a mais. “Vou ao 15.º falar com o Salgado”, dizia o presidente da Ongoing (com 2% da ESFG). Um dia, Vasconcelos foi almoçar ao Ritz com um director de uma agência de comunicação e um gestor do Santander, a quem pede reforço de financiamento. O administrador questiona: “Qual é a exposição da Ongoing à banca?” Como não o convence, Vasconcelos observa: “Se você me ajudar, eu deixo-o fazer parte do projecto que tenho para o país.”

Dezembro. Cerca de 30 economistas assinaram um manifesto a aconselhar Sócrates a rever os grandes projectos de investimento. Entre os signatários, está Catroga. O curso de 1969 do ISEG celebra 40 anos com um jantar no Salão Nobre do Quelhas, onde tem lugar uma conversa que ajuda a compreender o que vai na cabeça do banqueiro. Salgado convida Catroga a sentar-se à sua mesa e a meio envolvem-se num debate acalorado. A crise é o tema. Catroga menciona a trajectória galopante do endividamento e defende que Sócrates deve suspender as grandes obras públicas: TGV, novo aeroporto, Parcerias Público-Privadas.

Salgado reage em defesa do Governo socialista: “Lá estás tu com essas teses tecnocráticas e contabilísticas. O Japão tem maior nível de endividamento do que nós.” Catroga conta que argumentou: “Mas o Japão deve aos japoneses, não é dívida externa. E nós corremos o risco de um dia os nossos credores fecharem a torneira e temos aqui um problema de tesouraria.”

2010

8 de Março. Quando responde às perguntas dos jornalistas, Ricardo Salgado acaba as frases com um arrastar da voz: “Tá, tá beeem?” O PÚBLICO arrancava assim com novo trabalho sobre a network de 400 empresas do GES e o seu “poder excessivo”. De Salgado, Joe Berardo dizia: “É um banqueiro que é também um homem de negócio, que compreende muito bem os clientes se lhe dizem que estão apertados [a necessitar de financiamento ou de renegociar a dívida] e percebe que as coisas não correm sempre como se espera.” O que hoje repete ao PÚBLICO: “Tenho grande consideração, até se provar que é culpado. E não há dúvida de que ele ajudou muito a indústria e as empresas.”

 
Joe Berardo, um dos accionistas do BES DANIEL ROCHA
28 de Julho. A PT vende 50% do capital da operadora brasileira Vivo à Telefonica por 7500 milhões. O BES (incluindo dividendos) encaixa 206 milhões de euros e a CGD 151 milhões. Sócrates exige uma solução alternativa à Vivo para garantir um operador luso-brasileiro para o espaço lusófono. Brasília sugere a Oi, com necessidades de consolidar uma estrutura accionista que está muito endividada junto do banco estatal brasileiro.

30 de Setembro. A PT aplica 4500 milhões (do valor que sobra da venda da Vivo à Telefonica depois de fechar o negócio da OI) pelos bancos accionistas: CGD e BES. Ter cash é uma prioridade para qualquer banqueiro, sobretudo se carrega um grupo endividado. E o grosso da tesouraria da PT é canalizado para a esfera do GES: 3118 milhões de euros (50,9% do total). Destes, 250 milhões foram para comprar títulos de dívida na ESI (onde já está nesta altura o buraco que vai rebentar com o grupo). O presidente da PT, Zeinal Bava, contraria assim pela primeira vez a prática das aplicações em depósitos do banco.

2011

Em Portugal as más notícias sucedem-se. Os juros da dívida pública escalam os 7%. A banca está sem recursos para melhorar os capitais próprios e cumprir o rácio de solidez de 9% até final de 2011, que no BES rondava 8,1 % e tornava urgente novo apelo aos accionistas (GES). A família está curta de capital e a venda da Escom avaliada pelo GES em 500 milhões de euros passa a ser uma prioridade.

Salgado comunica a decisão a Hélder Bataglia (presidente e accionista minoritário da Escom), que abre conversações com o Estado angolano. Mas, “como gosta de ter o controlo da informação e de perceber tudo, afastou o Hélder das conversações, apesar de ser ele quem dominava o tema de Angola e com boas relações com o Governo”, explicou uma fonte ligada ao dossier. “A parte angolana [o Estado] nunca foi a Sonangol. O Estado tinha decidido comprar, mas não nomeou o comprador. E Salgado esteve sempre à espera que fosse indicado um nome.” Só que o banqueiro já não pode esperar. Como as dívidas da Escom ao BES já se cifram em mais de 500 milhões, a venda é crucial, pois permite-lhe ir ao BdP dizer que o vínculo à Escom se eliminou. O que terá um efeito: reduzirá as necessidades de capital do BES.

Janeiro. Então, perante o impasse, Salgado vai ter com Álvaro Sobrinho, do BESA, a quem pede ajuda para formalizar o acordo. E anuncia publicamente que a Escom deixou de ter uma relação accionista com o GES, ainda que continue a ser apoiada pelo banco. Não revela nem montantes nem o nome do comprador. Para dar credibilidade, o BES deixa “escapar” que o adquirente é a Sonangol.

O contrato de promessa compra e venda é assinado, no escritório de Lisboa da advogada Ana Bruno (sócia da Akoya), que representa a Newbrook, detida por Sobrinho. Na sala estão Salgado, Bataglia e Manuel Vicente, o actual vice-presidente de Angola, que estava à frente da Sonangol, que não se associa a nenhuma entidade. Semanas depois, saem de uma conta da Newbrook, no BESA (de que Álvaro Sobrinho era presidente e Bataglia administrador), cerca de 85 milhões de euros para sinalizar o negócio da Escom. A partir daqui não foi realizado mais nenhum pagamento. O negócio entrou em agonia e a Escom em banho-maria.E vai criar confusão.

Fevereiro. Não é só com Salgado que Sobrinho se dava. Com o presidente do BESI, cruzava-se no clube de Alvalade. Ricciardi, que leva a sério a paixão pelo Sporting, é uma figura central com influência nos conclaves leoninos. Após nova derrota frente ao Paços de Ferreira, o então presidente do Sporting, José Eduardo Bettencourt, recrutado no núcleo de Ricciardi, demite-se. O vazio vai levar alguns sportinguistas (Ricciardi, Dias Ferreira, Paulo Abreu, Filipe Soares Franco, Miguel Ribeiro Teles) a reunir para encontrar substituto.

Nos clubes de futebol predominam grupos de poder que determinam, muitas vezes, quem vai ser o presidente. Têm força e dinheiro. E quando Godinho Lopes, o engenheiro e dirigente responsável pelas construções do novo estádio e da academia, foi ao BESI dizer que queria ser presidente, Ricciardi acha-o válido para o cargo.

22 de Fevereiro. Ricciardi declara na imprensa desportiva o apoio ao candidato e valoriza o seu perfil e credibilidade junto das instituições financeiras. “Acredito que leve o Sporting a bom porto. […]. É importante que o clube não cometa mais erros, porque já ‘esticou a corda’.” E lança directas a Bettencourt (que o destino pôs agora no Novo Banco, como chefe de gabinete de Stock da Cunha), “pelo mau uso do dinheiro ao seu dispor”.

29 de Março. A entrada da troika está por dias. Em Londres, a propósito de uma operação financeira do BESI, Ricardo Salgado e José Maria Ricciardi participam num almoço com jornalistas onde o presidente do BES presta declarações sobre a situação económica do país, à beira do resgate. Mas é interrompido quando os jornalistas se voltam para Ricciardi e lhe pedem um comentário sobre a vitória de Godinho Lopes, o que remete Salgado para um silêncio incómodo. Quanto mais procurava travar o tsunami de perguntas a Ricciardi, mais este se debruçava com entusiasmo sobre a equipa de Alvalade. Um discurso acompanhado de toques na mesa: “[o Sporting] Tem de ser grande e bater-se de igual com os outros dois grandes rivais.”

Assim que Salgado consegue interromper o tema sportinguista, lança avisos aos políticos a sugerir que avaliem as consequências “que certas decisões têm nos mercados”, pois “ninguém sabe ao certo onde poderemos chegar. Mas, poderemos ganhar tempo até às eleições. E talvez seja possível evitar a intervenção do FMI”. A 6 de Abril, Portugal ajoelha-se e pede ajuda externa.

Nesta fase, Ricciardi começou a olhar para o primo direito como um chefe centralizador que resiste a largar o poder. Ou encontra uma maneira de co-existirem, ou segue o seu caminho. Pensa para si: “Este tipo vai ficar aqui até aos 100.” Um dia, enche-se de coragem e foi falar com ele: “Quero fazer um grupo internacional a partir do BESI, tipo Rothschild de raiz portuguesa, que trabalhe e desenvolva a actividade nas principais praças financeiras e em muitos mercados emergentes.” Remata: “Ou me ajudas ou vou à minha vida…” O chefe anuiu: “Sim, estou de acordo.” Se tem outra opinião, não a terá dado. Esta é apenas a versão de Ricciardi.

31 de Agosto. Ainda mal tinha tomado posse, já o Governo colocara à venda 21,35% da EDP. E contrata, sem concurso público, o que a lei impede, a sociedade norte-americana Perella para prestar a assessoria financeira ao Estado neste negócio. A intenção do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, podia ser a de introduzir um independente no circuito, mas a solução gera controvérsia. Depois de convidar a Perella, o Governo percebe que cometera um erro e dá instruções para ser a CGD a assinar o contrato com os norte-americanos, partilhando o trabalho.

O que Gaspar não imagina é que o afastamento do BESI e a adjudicação directa à Perella está a colocar Ricciardi em órbita, que dispara com queixas, nomeadamente, junto de quem manda: Miguel Relvas, ex-ministro adjunto, e do próprio primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, como dão conta as escutas feitas na altura ao banqueiro. Passos terá dito: “Bom, vou ver o que se passa.”

Dias depois, Jorge Tomé, da CGD (também escutado), dá os “parabéns” a Ricciardi: o BESI está na operação. Tomé estava afinal equivocado, pois a Perella não aceita partilhar com um terceiro os 16 milhões de comissões que o Estado vai pagar aos assessores financeiros. Quando a ex-secretária de Estado, agora ministra, convoca Ricciardi ao ministério na Praça do Comércio, confirma as suspeitas: o BESI não ia auxiliar o Estado na privatização. “Então porquê?”, pergunta Ricciardi. A secretária de Estado terá explicado: o BES é accionista da EDP e há um conflito de interesses. Tese que o interlocutor rejeita: “Se estivéssemos do lado do comprador, até podia haver, pois quem compra quer comprar o mais barato possível, já o vendedor quer fazer subir o preço. E quanto mais alto o Estado vender, melhor é para o BES.” O banqueiro continua: “Concorda que nas privatizações há dois grandes momentos, a venda e a avaliação? Como foi o BESI que avaliou a EDP para ser vendida, como é que nesse caso não houve conflito de interesse e há para assessorar o Estado na venda?”

Excluído dos 16 milhões, havia que encontrar novo cliente. Ricciardi foi à China sondar investidores. No final de 2011, o BESI surge a apoiar a Three Gorges, mas a luta está renhida pois há nota de telefonemas insistentes de Angela Merkel para Passos. Na corrida está a alemã Eon.

Ao contrário dos ocidentais, os chineses, por razões culturais, não estabelecem grandes diálogos, o que deixa os banqueiros inseguros, pois nunca sabem o que pensam. Quem est
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: itg00022289 em 2014-10-21 15:13:02
Não sei se já se deram ao trabalho de ler a crónica em cima escrita por uma jornalista que já há um par de anos andava em cima do BES, a Critina Ferreira do Publico, mas vale bem a pena.

Está bastante boa e parece que estamos a ler um policial (é mais agradável ler no site do Publico).
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-10-21 15:21:21
Não sei se já se deram ao trabalho de ler a crónica em cima escrita por uma jornalista que já há um par de anos andava em cima do BES, a Critina Ferreira do Publico, mas vale bem a pena.

Está bastante boa e parece que estamos a ler um policial (é mais agradável ler no site do Publico).

ja saiu a segunda parte?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: itg00022289 em 2014-10-21 15:22:32
Não sei se já se deram ao trabalho de ler a crónica em cima escrita por uma jornalista que já há um par de anos andava em cima do BES, a Critina Ferreira do Publico, mas vale bem a pena.

Está bastante boa e parece que estamos a ler um policial (é mais agradável ler no site do Publico).

ja saiu a segunda parte?
não
é no próximo Domingo (ou sábado)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: itg00022289 em 2014-10-24 12:21:25
Mais uns pormenores

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BES. Salgado quis usar Barroso para influenciar Cavaco e Passos



Braço-direito de Vítor Bento no Novo Banco negociou com os Espírito Santo ser senior adviser da Rioforte por 150 mil euros por mês. Em Abril, delineou um plano de salvação para o GES, que passava por Durão Barroso. Este deveria falar com Cavaco e Passos e colher apoios no Luxemburgo e na Suíça

Aquele que viria ser o futuro braço-direito de Vítor Bento na administração do Novo Banco negociou em Abril com a família Espírito Santo ser senior adviser da Rioforte a troco de 150 mil euros por mês. José Honório, ex-aliado de Pedro Queiroz Pereira, era à data administrador não executivo dos CTT e preferiu ficar nos bastidores a assumir a presidência da Comissão Executiva da holding. E foi nos bastidores que delineou um plano de salvação para o Grupo Espírito Santo (GES) que tinha no centro uma figura: José Manuel Durão Barroso.

“Ele [José Honório] diz que nesta altura não pode assumir directamente a função de presidente executivo. Não conhece o suficiente a empresa. Proponho que fique como senior adviser [da Rioforte]”
Ricardo Salgado

“As condições de remuneração que impõe são pesadas mas ele diz que são inferiores àquelas que ele tinha na Portucel. 150 mil euros vezes 14 meses”
Ricardo Salgado

“Nenhum de nós ganha isso”
Ricardo Abecassis Espírito Santo

“Estamos quase pobres, mas se é preciso investir em alguém com estas qualificações é este tipo e não há outro. Não conheço outro em Portugal”
Ricardo Salgado

De acordo com documentos a que o i teve acesso, a estratégia passava por usar o presidente da Comissão Europeia como veículo de influência junto do primeiro-ministro, do Presidente da República e até na Comissão Europeia, para travar possíveis problemas no Luxemburgo e na Suíça. Ricardo Salgado ficou de ligar no dia 17 de Abril para Durão Barroso. Como o antigo primeiro-ministro deveria sair de Lisboa no dia seguinte, Salgado disponibilizava-se para ir ao seu encontro em Bruxelas.

Durão Barroso não respondeu às questões enviadas pelo i. O i também tentou contactar José Honório mas sem êxito: o telefone tinha um bloqueio de entrada de chamadas activo e o ex-vice-presidente do Novo Banco também não respondeu a um sms.

O plano de salvação que envolvia responsáveis políticos começou a ser tratado por Ricardo Salgado e José Honório antes de 2 de Abril de 2014. Mas só nessa data passou a ser conhecido pelos restantes elementos da família que tinham assento no Conselho Superior do GES. Salgado trazia más notícias do Banco de Portugal: a família deveria ser afastada dos corpos gerentes. “A única condescendência é que haja uma assembleia geral extraordinária depois do aumento de capital do BES. Depois disso teremos de alterar a governação”, contou. Além disso, a tentativa de recapitalização da Espírito Santo Control estava a falhar, previam-se transferências de dívida para a Rioforte e alguns administradores e membros da comissão executiva da holding tinham pedido a demissão. Era “fundamental” alterar a gestão da principal holding do GES centrada nos activos não financeiros, dizia o então líder do BES.

“Portanto a minha sugestão era: juntar-me a vós na qualidade de senior adviser e trabalhar afincadamente para fazer a consolidação. Assim que ela estivesse concluída estaria perfeitamente disponível para assumir a presidência da comissão executiva da Rioforte. É contactar os mercados, ajudar a vossa reputação, porque não há assim contas muito bonitas para se mostrar”
José Honório

“O salário dele é excepcionalmente generoso. Nós aqui à volta desta mesa, pelo menos eu, nunca tive oportunidade de ganhar alguma coisa similar nem de perto. […] E entretanto pedem dinheiro para
aqui e para ali, para fazer aumentos de capital, e a gente só se prejudica”
Ricardo Abecassis Espírito Santo

“A minha solução é: a fama que esta casa tem no mercado é que tem ajudado muita gente desde sempre. Acho que está na altura de cobrar favores. Fazer uma relação das entidades e das pessoas a quem
podem cobrar valores e o montante que podem cobrar”
José Honório

“Para que isto tudo seja possível tem de haver aqui um grande apoio institucional e o descodificar de uma mensagem que é: o que está em causa não é salvar os accionistas do GES, não é salvar o GES, é fazer um ring fence de Portugal. O que está em causa quanto a mim é muito mais do que esta casa”
José Honório

A esta hora, no 14.º andar do edifício do BES virado para a rua Barata Salgueiro, Salgado já tinha um nome em mente: José Honório, o homem que tinha deixado em Fevereiro a liderança da Portucel e todos os cargos que ocupava na Semapa – grupo de um dos maiores inimigos de Ricardo Salgado, Pedro Queiroz Pereira. E apresentou-o assim: “Tenho vindo a ter conversas com ele e ele está a analisar o dossiê da Rioforte. Acho o tipo brilhantíssimo e com uma capacidade de actuação extraordinária. Seria uma pena nós perdermos este homem.”

Como José Honório não queria assumir de imediato a função de presidente executivo da empresa, Salgado propunha que o gestor ficasse como senior adviser da Rioforte. Por um preço  que angustiou alguns membros da família: 2,1 milhões de euros por ano, divididos por 14 meses, além de seguro, carro e eventuais bónus. “As condições de remuneração que impõe são pesadas mas ele diz que são inferiores àqueles que tinha na Portucel”, disse Salgado, para acrescentar logo de seguida: “Estamos quase pobres mas se é preciso investir em alguém com estas qualificações é este tipo e não é outro. Não conheço outro em Portugal.”

José Maria Ricciardi descreveu-o como “muito bom gestor”  mas anteviu um problema: deveria aparecer e assumir o cargo. A Rioforte, afinal, precisava de um peso institucional. “Estando escondido não tem esse peso.” Pedro Mosqueira do Amaral completou, ressentido pelo salário que estava a ser proposto: “Pelo que vai ganhar devia assumir.”

José Honório já tinha o dossiê da Rioforte nas mãos há uns dias. Salgado pegou no telefone e pediu-lhe para dar um salto à Barata Salgueiro. Honório chegou e de imediato apresentou à família uma leitura sobre os problemas da Rioforte. José Maria Ricciardi e Manuel Fernando Espírito Santo ainda tentaram convencê-lo a assumir um cargo de topo na holding, mas Honório recusou. “A minha sugestão era juntar-me a vós na qualidade de senior adviser do conselho e trabalhar afincadamente para fazer a consolidação. Assim que ela estivesse concluída estaria perfeitamente disponível para assumir a presidência da comissão executiva da Rioforte. É contactar os mercados, ajudar a vossa reputação, porque não há assim contas muito bonitas para se mostrar.”

Se o grupo estivesse interessado em  refutar a imagem de que os profissionais se estavam a ir embora e só ficava a família, Honório sugeriu que saísse uma notícia dando conta de que estava a colaborar na reestruturação do grupo. Mas que acabassem aí as informações “lá para fora”.

Jornais como o “Diário Económico” e o “Público” divulgaram então que o ex-líder da Portucel tinha sido contratado como consultor para ajudar na recuperação do GES. Os detalhes sobre as funções que exerceu antes de ser chamado para administrador do Novo Banco, as condições salariais ou os planos que delineou para o grupo não eram até hoje conhecidos. Nem tão pouco que tinha chamado para a estratégia de recuperação do GES altos responsáveis políticos e feito crer à família que estava na hora de o grupo “cobrar favores”.

O plano de Salvação A estratégia de José Honório viria a ser apresentada 15 dias depois, a 17 de Abril de 2014, numa nova reunião do Conselho Superior do GES.

O ex-líder da Portucel começou por apresentar o maior problema: o universo Espírito Santo International (ESI) e Rioforte tinham à data, e em conjunto, um passivo financeiro de 7,6 mil milhões de euros.

Para salvar a situação, Honório propunha, entre outras coisas, que fosse feita uma OPA em dinheiro à Espírito Santo Finantial Group (ESFG) e que a estratégia de alienação de alguns activos da Rioforte – como os hotéis, por exemplo – fosse alargada ao maior número possível de pessoas. Estava na altura de a família chamar quem o banco tinha ajudado. “A fama que esta casa tem no mercado é que tem ajudado muita gente desde sempre. Acho que está na altura de cobrar favores. Fazer uma relação das entidades e das pessoas a quem podem cobrar valores e o montante que podem cobrar”, sugeriu Honório.

Para levar o plano financeiro avante, os esforços técnicos não bastariam. Era preciso recolher um “grande apoio institucional” – seria preciso “ter activos com dívida de 1%”, “fazer swaps” ou “trocas de operações de crédito” com a CGD ou o BCP para não prejudicar os seus rácios de capital – e passar uma mensagem: “O que está em causa não é salvar os accionistas do GES, não é salvar o GES, é fazer um ring fence de Portugal.” O grupo deveria para isso aproveitar o momento em que Portugal estava a negociar uma saída do resgate financeiro da troika, juntando-lhe alguma dose de dramatismo. “O que é que o país não pode ter? Não pode ter o seu maior grupo e o mais emblemático de repente com um problema que ninguém estava à espera que acontecesse. A leitura dos credores internacionais, das agências de rating e de toda a gente é que se isto acontece com a casa mais emblemática de Portugal então as outras hão-de estar muito pior. O efeito sistémico e de cascata pode ter consequências que não conseguiria prever. Estou convencido que Portugal não escaparia a um segundo resgate.”

O apoio institucional, explicaria José Honório à família, seria útil em duas frentes: “a financeira e a legal”. E não valeria a pena começar por baixo. “O maior apoio institucional que esta casa poderia ter seria ter o presidente da Comissão Europeia a perceber o problema”, explicando a José Manuel Durão Barroso “o problema exactamente como ele” era e dizendo-lhe que o que estava em causa não era “ajudar uma família, um grupo, mas preservar Portugal”. A partir desse momento, conquistado o alvo, Durão Barroso deveria interceder a favor do GES como intermediário em Lisboa, junto do primeiro-ministro e do Presidente da República, mas também na Comissão Europeia, para captar apoios que ajudassem a evitar ou resolver problemas do grupo na Suíça e no Luxemburgo.

“Se o presidente da Comissão Europeia entendesse o problema e estivesse na disposição de o resolver seria o maior apoio que esta casa poderia ter para que ele próprio falasse com o Presidente da República, o primeiro-ministro, o governador do Banco de Portugal. Depois o governador teria também de perceber e querer tomar uma posição junto do governo suíço e do Luxembugo. E provavelmente o próprio José Manuel Durão Barroso teria de conseguir alguns apoios na Comissão Europeia para que não acontecesse nada no Luxemburgo nem na Suíça”, disse Honório aos Espírito Santo.

Havia três argumentos que favoreciam a tentativa de conquista de Durão Barroso: o seu mandato na Comissão Europeia estava a terminar, era português e “amigo da casa”. “Ele está no final do seu mandato. Ele gostaria também de sair do seu mandato com a Europa mais ou menos arrumada e que não houvesse uma perturbação maior. Em cima disso ele é português. Em cima disso, e actualmente o mais importante, é amigo desta casa e esta casa é amiga dele.”

José Maria Ricciardi tentou convencer Honório a que agisse nesse plano como “uma espécie de consultor”. Salgado frisou a importância de ter um intermediário “independente” e “respeitado” que passasse a mensagem de que estavam perante um problema sistémico para o país e não familiar. O pretendido senior adviser disponibilizou-se, mas frisou que não estava a par de todos os activos e números do grupo e tinha apenas relações institucionais com o antigo primeiro-ministro.

Salgado não hesitou: o plano tinha de ser posto em prática. “Para pormos em prática o programa temos de falar com o Durão Barroso. Ele está cá hoje e depois vai para fora. De maneira que vou aí pedir uma chamada.” O então líder do BES sugeriu que a aproximação deveria começar com “uma conversa preliminar”, seguida de um guião que deveria ser partilhado por todos os elementos do Conselho Superior e usado com “Durão Barroso, com o Presidente da República, com o Banco de Portugal, o primeiro-ministro.” E até com o vice-primeiro-ministro, sugeriu Honório, “para ter a segurança de que os partidos que estão no poder percebem a situação”. “Se esta casa conseguir que o Durão Barroso tenha uma conversa privada, sem mais ninguém, com o PR e com o primeiro-ministro  a explicar que está muito preocupado esse é o maior apoio que se pode ter”, encerrou José Honório. Salgado ia tentar passar à acção: “Agora ele está cá só hoje e depois vai para fora, por isso se calhar vamos ter de ir lá a Bruxelas.”

Além de Durão Barroso, o i também contactou Cavaco Silva e Passos Coelho na tentativa de perceber se Ricardo Salgado tinha estabelecido contactos para que interviessem a favor do plano de salvação para o grupo. Até à hora de fecho de edição, não obteve respostas.

http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/bes-salgado-quis-usar-barroso-influenciar-cavaco-passos-0/pag/-1 (http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/bes-salgado-quis-usar-barroso-influenciar-cavaco-passos-0/pag/-1)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-10-24 13:35:27
«Acho que está na altura de cobrar favores.»
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E é isto uma estratégia!?

Só um sénior adviser senil, se lembraria
de um esquema-espantalho destes!

Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-10-24 13:39:21
Gostei da parte do "Estamos quase pobres"
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-11-12 09:32:15
.....uma das ultimas entrevistas do CEO da Rioforte, no final do ano passado:


http://www.rioforte.pt/empresas/Tivoli_Hotels___Resorts/documentos/Entrevista%20a%20Jo%C3%A3o%20Pena,%20Presidente%20executivo%20da%20Rioforte-%20DE%20-%2027%20Set%202013.pdf (http://www.rioforte.pt/empresas/Tivoli_Hotels___Resorts/documentos/Entrevista%20a%20Jo%C3%A3o%20Pena,%20Presidente%20executivo%20da%20Rioforte-%20DE%20-%2027%20Set%202013.pdf)


.....activos de 3.000 milhões de euros.......eh.eh....
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-11-13 13:57:00
http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/ges/2014-11-12-A-ascensao-e-a-queda-dos-Espirito-Santo (http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/ges/2014-11-12-A-ascensao-e-a-queda-dos-Espirito-Santo)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-11-27 11:40:53
Citar
Buscas em casas e escritórios do BES e Grupo Espírito Santo

Cerca de 200 inspetores da Polícia Judiciária estão a efetuar buscas relacionadas com o Grupo e o Banco Espírito Santo. A operação decorre na área da Grande Lisboa, em casas e escritórios, apurou a SIC.

Num total de 60 buscas, em vários edifícios, estão envolvidos cerca de 200 inspetores da Unidade Nacional de Combate ao Crime Económico.

Os investigadores estão na sede do Novo Banco, antigo BES, em Lisboa, desde perto das 10:00. Por lá terá passado também o juiz Carlos Alexandre. Entre os alvos das buscas estarão casas e escritórios de Ricardo Salgado.

A operação está a ser lideradas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

Em causa estarão vários crimes, entre ele burla, falsificação de contabilidade, branqueamento de capitais, abuso de confiança e fraude fiscal qualificada.

Em atualização
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-11-27 21:01:02
Será que alguns ainda vão parar a Évora? ;)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: D. Antunes em 2014-11-28 00:03:34
Será que alguns ainda vão parar a Évora? ;)

Depois, nos dias em que o almoço na cantina for mau, podem telefonar ao Fialho.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2014-11-28 00:23:38
Mas, a esta altura, haverá ainda algum papel comprometedor que não tenha sido triturado ou algum ficheiro que não tenha sido apagado ?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Thorn Gilts em 2014-11-30 17:41:24
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/gestor_de_falencia_do_esfg_considera_ilegal_resolucao_do_bes_e_quer_extincao_do_novo_banco.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/gestor_de_falencia_do_esfg_considera_ilegal_resolucao_do_bes_e_quer_extincao_do_novo_banco.html)

Na exacta linha das accoes levadas acabo pela ATM.

http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/circulares-internas/318-lesados-bes-foram-distribuidas-duas-accoes-populares-contra-o-estado-novo-banco-e-banco-de-portugal-no-dia-27-de-outubro (http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/circulares-internas/318-lesados-bes-foram-distribuidas-duas-accoes-populares-contra-o-estado-novo-banco-e-banco-de-portugal-no-dia-27-de-outubro)

http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/319-lesados-bes-esclarecimento- (http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/319-lesados-bes-esclarecimento-)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-11-30 21:36:41
[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/gestor_de_falencia_do_esfg_considera_ilegal_resolucao_do_bes_e_quer_extincao_do_novo_banco.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/gestor_de_falencia_do_esfg_considera_ilegal_resolucao_do_bes_e_quer_extincao_do_novo_banco.html[/url])

Na exacta linha das accoes levadas acabo pela ATM.

[url]http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/circulares-internas/318-lesados-bes-foram-distribuidas-duas-accoes-populares-contra-o-estado-novo-banco-e-banco-de-portugal-no-dia-27-de-outubro[/url] ([url]http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/circulares-internas/318-lesados-bes-foram-distribuidas-duas-accoes-populares-contra-o-estado-novo-banco-e-banco-de-portugal-no-dia-27-de-outubro[/url])

[url]http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/319-lesados-bes-esclarecimento-[/url] ([url]http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/319-lesados-bes-esclarecimento-[/url])


O gestor da massa falida da ESFG é que está a lançar essa acção. Para ver se os activos do NB ficam associados ao BES e assim os credores da ESFG ainda recebem algum. É uma tentativa de litígio semelhante àquela que levou investores recentes em dívida argentina a pedirem para ser pagos antes dos credores mais recentes.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-12-04 10:20:04
....bla, bla......Alexandre.....qu'est ce que tu racontes ???....eh.eh....


Citar
"Nunca tivemos a fotografia completa do que se passava no Grupo Espírito Santo e no BES"

 
 Texto completo:

[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/nunca-tivemos-a-fotografia-completa-do-que-se-passava-no-grupo-espirito-santo-e-no-bes-1678315[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/nunca-tivemos-a-fotografia-completa-do-que-se-passava-no-grupo-espirito-santo-e-no-bes-1678315[/url])

O presidente do Eurofin, no centro de uma operação polémica com o BES, fala de “situação complexa” no universo Espírito Santo.

CV do Alexandre Cadosch:

Mr. Alexandre Cadosch is the Chairman and Chief Executive Officer of the Eurofin Group, which was founded in December 1999. From July 1990 to December 1999, Mr. Cadosch was Vice President of Gestar SA. Before that, he headed the currencies and precious metals options administrative desk at Tradition Financial Services. Alexandre has over 20 years of experience in the financial industry, during which he developed his expertise in private equity and institutional asset management. In addition to his activities within the Eurofin Group, Mr. Cadosch serves as a Director on the board of several funds and financial companies. He served as the Chairman at Polytech Ventures. He is a graduate of the École Hôtelière de Lausanne and holds a Degree in hospitality management.

[url]http://investing.businessweek.com/research/stocks/private/person.asp?personId=266570675&privcapId=50846674&previousCapId=50846674&previousTitle=Polytech%20Ventures[/url] ([url]http://investing.businessweek.com/research/stocks/private/person.asp?personId=266570675&privcapId=50846674&previousCapId=50846674&previousTitle=Polytech%20Ventures[/url])


Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-12-04 13:17:46

Só pantominices ... um saco azul de 300Mio€ na língua francesa.

 
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-12-04 15:49:33
Dada a 'solidariedade' da "união" europeia,
vai sobrar para o mexilhão!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: mig em 2014-12-05 18:23:18
Tenho um amigo que têm a poupança de uma vida em papel comercial da rio forte e espart. Recentemente recebeu uma carta a dizer que o problema não é com o banco de portugal e passou a ser com a cmvm.
Adquiriu papel comercial depois de 14 de fevereiro e quando o fez não sabia que o papel comercial estava proibido pelo bdp.
Há a possibilidade de ficar arder?
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-12-05 18:28:46
Há até a probabilidade - a única esperança é ter comprado isso aos balcões do BES.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: mig em 2014-12-05 18:48:04
Há até a probabilidade - a única esperança é ter comprado isso aos balcões do BES.

Foi nos balcões do BES. O homem até tinha a poupança em outro banco a gerente fartava-se de lhe ligar a falar nos 2 produtos. a rio forte aplicação mínima era de 100k, segundo a gerente que o convenceu a aplicar o dinheiro era um produto que faziam fila.
Entretanto essa gerente já a mudaram de balcão para outra cidade.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-12-05 19:10:27
Bem, então tem que ver como está o processo de pagarem o papel comercial a algumas pessoas. Eu não faço ideia, mas pelo menos a probabilidade não é zero.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zenith em 2014-12-05 22:00:55
Tenho um amigo que têm a poupança de uma vida em papel comercial da rio forte e espart. Recentemente recebeu uma carta a dizer que o problema não é com o banco de portugal e passou a ser com a cmvm.
Adquiriu papel comercial depois de 14 de fevereiro e quando o fez não sabia que o papel comercial estava proibido pelo bdp.
Há a possibilidade de ficar arder?

Essa da data do 14 de Fevereiro é uma coisa que revela bem a mentalidade deo BdP. Até 14 Fev era legal comercializar papel comercial, mas o BdP que decerto já tinha informações indicando que tal não deveria ser comercializado mas nada fezz, fica com má consciência e obriga banco a pagar pela sua inacção do BdP. Em 14 Fev o BdP envia qq coisa para o banco a dizer que tal não deve ser comercializado, mas nunca torna isso público, nem se dá ao trablaho de verificar se instruções estão a ser cumpridas. Banco continua a vender, o que significa que BdP falha na supervisão, mas BdP diz que nada tem a ver!!!. Um cliente normal não tem nenhum conhecimento de que tal está proibido e está a ser vítima de burla pir parte do banco, burla essa possível pelo falhanco do supervisor em assegurar que instruções estão a ser cumpridas. No entanto o BdP (porque tem má consciencia) responsabiliza-se pelos que adquiriram coisas quando do ponto de vista do BdP estavam legais, e manda à fava aqueles que forma vítimas da burla do banco e da falha de supervisão no BdP.
O mais elementar bom senso mandaria que se houvesse distinção entre os investidores pré e pós 14 Fev, os que deveriam ser protegidos seriam os pos 14 Fev que foram factualmente enganados.
Mas ficamos a saber que BdP acha que sua missão é estar descansadinhos nos gabinetes e enviarem umas circulares!!!
Parece que toda a estrutura do BdP estava habituada a um tipo de trabalho universitário acerca de estudos económicos mas sem a maçada de dar aulas e ainda por cima muito melhor pagos, mas qualquer semelhança entre competência do BdP e supervisão é pura coincidência.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: johnpotato em 2014-12-05 22:53:41
Mas ficamos a saber que BdP acha que sua missão é estar descansadinhos nos gabinetes e enviarem umas circulares!!!
Parece que toda a estrutura do BdP estava habituada a um tipo de trabalho universitário acerca de estudos económicos mas sem a maçada de dar aulas e ainda por cima muito melhor pagos, mas qualquer semelhança entre competência do BdP e supervisão é pura coincidência.

Já diz o ditado (sobre o BdP): quem não te conhece que te compre :D

O caso do BPN é um excelente exemplo da antiga postura do BdP (exemplo: a gente pediu a informação, eles é que não mandaram.) embora ache que mudou um pouco, embora não o suficiente, com o caso do BES. Sinceramente acho que o BdP nunca irá ser capaz de impedir um BES ou BPN.

Quem arrisca a ser expulso de um banco pelo BdP estará sempre mais motivado a fugir ao controlo do BdP do que este estará motivado a exercer controlo. O salário dos funcionários do BdP não depende de evitar desastres enquanto que os outros podem ganhar milhões de euros com qualquer trafulhice.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-12-06 00:04:44

Já diz o ditado [ ]: quem não te conhece que te compre :D

Já não me lembro onde ouvi, ou onde li, isto que achei imensa graça,
talvez num café ou na televisão, não sei:

- «Tu mudaste de nome... mas eu bem te conheço!»

LOL
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-12-08 02:06:50
Estive a ler um livro de F. Fernandes, sobre este caso "As Vítimas do Furacão Espírito Santo".

Deu para perceber que há mais coisas neste caso do que a maioria das pessoas sabe.

O GES estava em situação difícil, mesmo à beira da falência desde 2008, mas isso estava oculto nas contas. Isso começou a saber-se por várias entidades (KPMG, Pedro Queiroz Pereira, BdP) em fins de 2013 apenas.

Mas, até essa altura, a família Espírito Santo NÃO estava a retirar massivamente $$ do grupo ou do banco. Estava a tentar "kick the can down the raod" à espera que o desequilíbrio se corrigisse, com novo crescimento económico, e novos empréstimos.

Mas lá para fins de 2013 e até Fev 2014, o Ricardo Salgado começou a aperceber-se de que o 1º ministro e o BdP provavelmente não o ajudariam e a situação de insolvência viria a ser pública sem que mesmo assim o ajudassem.

Nessa altura, o Salgado escreveu uma carta dramática em que explicitamente fala da possibilidade de "liquidação desordenada do GES". A carta era do género, ou nos ajudam, ou a nossa liquidação desordenada vai ser muito destrutiva para o país.

Mas aí notou que não havia vontade de os ajudarem.

E então SÓ a partir daí, eles eleboraram, em tempo recorde, um plano *massivo* de transferência de $$ do GES e do BES para contas offshore da família. Para isso usaram esquemas de circulação de dívida entre as muitas empresas do grupo (ES Panamá, EUFIN suiça, etc) que fazia recair a dívida sobre clientes bancários do BES e outros bancos do grupo. Aí é que começaram a descarregar papel comercial, e produtos complexos em mais gente, a toda a velocidade.

Isto acelerou a implosão do grupo. Tornou-se uma corrida contra o tempo.

O BES Angola foi importante em todo o processo (como não seria, se se perderam alguns biliões lá?). Uma série de generais angolanos estiveram metidos na jogada e ganharam também (sob a forma de simplesmente não pagarem as suas dívidas empresariais ao BESA).

A PT foi importante, arcou com 900 milhões das perdas no papel comercial Rio Forte + perda total dos 2% que tinha no BES.

Quando se chega a Julho de 2014, o aumento de capital do banco, com as acções a serem vendidas a 0.65 (mesmo assim abaixo da cotação da Bolsa na altura) é uma verdadeira farsa. O importante neste aumento, é que já não havia intenção nenhuma, por parte do Salgado, de salvar o BES. Ele (eles) aí já sabiam que o barco se estava a afundar e já estavam de saída. O aumento servia para ganhar mais algumas semanas de tempo precioso, para os saltos de offshore em offshore. Servia para a Resolução não ser implementada logo.

Finalmente agora percebo uma coisa que me fez confusão na altura. Poucos dias depois do aumento, as acções já a descerem abaixo do preço de subscrição, o Nomura (um dos grandes bancos internacionais enganados) exerceu um direito de compra de mais acções BES, para baixar preço médio, e com isso a família vendeu grande parte da sua participação no BES num instante. Fiquei na altura espantado com a facilidade com que a família se desfazia de BES.

Tudo fica claro agora. Simplesmente a família já sabia que o valor da acção BES estava a semanas de ser zero, e por isso a venda ao Nomura fosse a que valor fosse era simplesmente enganar mais um.

Ou seja, eles vingaram-se do Passos Coelho e do Carlos Costa. Então não nos ajudaram? Pois para castigo tiramos 1 ou 2 biliões para offshores, isto estoura mais depressa que o esperado, e as perdas ficam para accionistas e obrigacionistas BES e GES, e ainda outras para o Novo Banco.



Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-12-08 07:13:14
vao ser apanhados ou fizeram a coisa bem feita?

o que se passou no BES angola tenho a certeza que foi deliberado para se encherem antes de tudo ruir
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Luso11 em 2014-12-08 09:15:18

Todos os esforços da justiça portuguesa deveriam estar centrados na cativação do "guito"escondido algures numas "off shores" por esse mundo fora ... dinheiro à ordem do Estado Português até à conclusão do processo.

Comissões de inquérito , sessões intermináveis de audiências, suspeições, incidentes e  inquirições , acções contestações e recursos por tudo o que é tribunal, são apenas show off sem qualquer substância e, mais grave, sem qualquer resultado prático.

A restauração dos danos à sociedade e o castigo aos vigários concretizar-se-ia com a apreensão do cacau ... isso é que lhes causaria dor , traria justiça e criaria condições para o apuramento da verdade.   
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-12-08 12:16:37
vao ser apanhados ou fizeram a coisa bem feita?

o que se passou no BES angola tenho a certeza que foi deliberado para se encherem antes de tudo ruir

De facto o BESA abre essa possibilidade - são montantes muito elevados e a explicação é uma coisa muito fraca. E foi essencialmente o BES a financiar toda a operação para permitir aquilo acontecer.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-12-08 12:17:01
A dificuldade política e legislativa
de seguir a pista do dinheiro,
como se recomenda em qualquer
policial de Agatha Christie,
é serem apanhados
na rede, os ladrões
e os políticos!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-12-08 12:18:11
vao ser apanhados ou fizeram a coisa bem feita?

o que se passou no BES angola tenho a certeza que foi deliberado para se encherem antes de tudo ruir

De facto o BESA abre essa possibilidade - são montantes muito elevados e a explicação é uma coisa muito fraca. E foi essencialmente o BES a financiar toda a operação para permitir aquilo acontecer.

Demorou tempo!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: kitano em 2014-12-09 12:46:02
O caso do nomura penso que não foi bem assim. O banco tinha um crédito sobre o ges e executou o mesmo e ficou-lhes com as acções.

Depois, como o nomura é um banco a sério, vendeu rapidamente a posição e ficou com o cash.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-12-09 19:30:13
O caso do nomura penso que não foi bem assim. O banco tinha um crédito sobre o ges e executou o mesmo e ficou-lhes com as acções.

Depois, como o nomura é um banco a sério, vendeu rapidamente a posição e ficou com o cash.

Mesmo que o Nomura tenha vendido a tempo, alguém ficou enganado. E o mais importante no meu comentário sobre isso, é que foi visível a facilidade e despreocupação com que a família estava a abrir mão de largas fatias do BES nesse período.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2014-12-09 20:37:07
hoje o salgado foi para o parlamento com o seu ar de importancia encher o ar de mentiras e agora o seu primo ja esta a dizer que eh tudo falso
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: kitano em 2014-12-09 21:02:36
O caso do nomura penso que não foi bem assim. O banco tinha um crédito sobre o ges e executou o mesmo e ficou-lhes com as acções.

Depois, como o nomura é um banco a sério, vendeu rapidamente a posição e ficou com o cash.

Mesmo que o Nomura tenha vendido a tempo, alguém ficou enganado. E o mais importante no meu comentário sobre isso, é que foi visível a facilidade e despreocupação com que a família estava a abrir mão de largas fatias do BES nesse período.

A família não abriu mão com despreocupação. A família tinha um crédito que foi executado. Com todo o grupo (ges) a colapsar, a posição accionista no bes nem seria a maior preocupação.

Estou a gostar muito de ouvir o ze maria.
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Thorn Gilts em 2014-12-10 09:09:47
O Ricciardi esclareceu muita coisa...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: etfmelhor em 2014-12-10 12:41:35
Como dizia o outro: Ricciardi deu "show di bola"... encostou o outro as cordas, e acho que se o advogado de divórcios e amigo não estivesse à sua direita, a sessão de ontem tinha sido histórica...  :D :D ahahaa.. Adoro pessoas com mau feitio. Ninguém pode acusá-las de falta de autenticidade!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2014-12-11 01:01:33
O caso do nomura penso que não foi bem assim. O banco tinha um crédito sobre o ges e executou o mesmo e ficou-lhes com as acções.

Depois, como o nomura é um banco a sério, vendeu rapidamente a posição e ficou com o cash.

Mesmo que o Nomura tenha vendido a tempo, alguém ficou enganado. E o mais importante no meu comentário sobre isso, é que foi visível a facilidade e despreocupação com que a família estava a abrir mão de largas fatias do BES nesse período.

A família não abriu mão com despreocupação. A família tinha um crédito que foi executado. Com todo o grupo (ges) a colapsar, a posição accionista no bes nem seria a maior preocupação.

Estou a gostar muito de ouvir o ze maria.

Mas esse era precisamente o meu ponto. Que eles já sabiam que o colapso era inevitável, já estava em andamento, e que, por isso, celebrarem acordos desses com os tomadores do aumento de capital como o Nomura (acordos que envolviam uma forte probablilidade de o tomador executar e ficar com forte participação em BES) era coisa que já não os preocupava. A única coisa interessante nisto é que é raro o principal accionista de um banco desfazer-se de uma larga fatia do capital (creio que foram 5%) poucos dias depois de um aumento no qual já viu a sua posição diluída. É sinal de falta de interesse em manter a posição. Claro que agora é óbvio por que havia a falta de interesse, mas na altura aquilo ainda conseguiu intrigar-me.

Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-12-11 20:46:19
http://www.espiritosantoinsolvencies.lu/ (http://www.espiritosantoinsolvencies.lu/)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: karnuss em 2014-12-12 09:54:52
Citar
Durante anos, que se prolongaram por décadas, Ricardo Salgado foi uma espécie de imperador absoluto da banca portuguesa, bafejado por uma poderosa lei não-escrita: a lei do silêncio. Chegou a ser o homem mais influente do País, mas sempre atrás do biombo, sem se expor ao desgaste das aparições quotidianas a que se sujeitam os decisores políticos.
Mandava, sem parecer que mandava.
 
Largos milhares de portugueses escutaram-no anteontem pela primeira vez na longa audição que protagonizou na comissão de inquérito ao caso BES na Assembleia da República. Conheciam-no de nome, de fotografia, de imagens fugazes dos ecrãs televisivos. Mas ignoravam quase tudo quanto à capacidade de expressão, ao domínio vocabular e às modulações de voz do homem que foi acumulando uma espiral de dívidas ocultas por detrás da aparente solidez do seu couraçado financeiro, afinal um gigante com pés de barro.
Pudemos escutá-lo durante dez horas graças aos canais televisivos de notícias, que desta vez desempenharam uma verdadeira missão de serviço público, pondo de lado as irrelevâncias do futebol. Mas o que escutámos, ao longo de todo esse tempo, não nos permitiu descortinar o rosto humano oculto sob a máscara que em momento algum Ricardo Salgado desafivelou.
 
Recebido com rara deferência no Parlamento, onde entrou por um acesso inusual, ao abrigo das indiscrições fotográficas, e poupado a perguntas verdadeiramente incómodas pela maioria dos deputados (destaco, como excepções, Mariana Mortágua, Miguel Tiago e Carlos Abreu Amorim), Salgado continuou a comportar-se como Dono Disto Tudo.
Sem nada esclarecer.
 
Terá ele dificuldade em «lidar maravilhosamente com a verdade", para utilizar a saborosa expressão ontem proferida pelo empresário Pedro Queiroz Pereira também na comissão de inquérito?
Alguns indícios apontam nessa direcção.
Afirmou, por exemplo, que o governador do Banco de Portugal nunca lhe terá dito que recusava a sua solução de continuidade para a comissão executiva do BES - e não tardou a ser desmentido pelos correios electrónicos entretanto divulgados por Carlos Costa. Sugeriu que o contabilista do GES estava desaparecido em parte incerta - e afinal Machado da Cruz já contactou o Parlamento, manifestando-se disponível para comparecer perante os deputados. Confessou ignorar que as reuniões do Conselho Superior do GES era gravadas e foi de imediato contraditado pelo primo: ouvido também na comissão de inquérito, José Maria Ricciardi não deixou lugar a dúvidas, afirmando que o gravador se encontrava bem visível na mesa das reuniões.
 
Sem nunca abandonar a pose esfíngica, aquele que - para usar outra expressão de Queiroz Pereira - se encontrava há muito sentado sobre um "castelo de cartas" foi incapaz de desfazer por um instante a expressão de aço para emitir um pedido de desculpa aos pequenos e médios accionistas que nos últimos anos financiaram o grupo com as suas poupanças entretanto desencaminhadas para operações de alto risco cujo destino ainda hoje em parte se desconhece.
Salgado, com gelo ancestral no olhar e na voz, citou pausadamente um velho provérbio chinês: «O leopardo, quando morre, deixa a sua pele. O homem, quando morre, deixa a sua reputação.»
Mas talvez outro provérbio, também chinês, seja mais adequado às circunstâncias que agora enfrenta o antigo rei-sol da banca que viu o seu império ruir: «É difícil agarrar um gato preto num quarto às escuras. Especialmente quando o gato não está lá dentro.»


http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/o-leopardo-o-gelo-e-o-gato-6930151 (http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/o-leopardo-o-gelo-e-o-gato-6930151)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-12-17 18:10:54
Citar
O primo que sabia de menos

Manuel Fernando Moniz Galvão Espirito Santo Silva, ex-chairman da Rioforte, não viu e não sabia o que se passava no grupo. Também não sabia o que se ia passando nas suas empresas. E o que assinou, assinou "à confiança".

RESPONSABILIDADE ZERO Ao longo de quatro horas e meia, Manuel Fernando Moniz Galvão Espirito Santo Silva, o homem que durante uma década esteve no topo da estrutura não-financeira do grupo Espírito Santo, não assumiu qualquer responsabilidade.
 
Eu não sabia", "não me lembro", "eu nunca imaginei", "não sei", "não acompanhei", "nunca supus", "nunca participei", "nunca tive qualquer informação", "não lhe sei dizer", "não estava no meu âmbito", "nunca tratei", "não era da minha competência ou responsabilidade", "não sou um financeiro", "nunca participei", "nunca intervim", "nunca fui membro", "nunca tive funções executivas", "agora não me recordo", "desconheço", "estava a par, mas não com detalhe", "não era do meu pelouro", "eu não estava lá no dia-a-dia", "não faço comentários", "que eu saiba", "não sei", "não tenho aqui os dados", "não sei responder", "não sei dizer neste momento", "eu não me recordo bem", "só me dei conta depois", "ainda não conhecemos", "estamos a investigar o que aconteceu", "desconhecemos", "foi alheio ao meu conhecimento", "não sei exatamente quem", "ficámos surpreendidos", "eu não acompanhei", "eu não era responsável", "acho muito estranho", "não acho normal", "não estive envolvido", "eu não tinha conhecimento", "nunca assisti", "eu não tinha nenhuma relação"...
 
Não, nunca, nada, ninguém... Népia. Nem uma suspeita, nem uma revelação, nem uma novidade para amostra. Ao longo de quatro horas e meia, Manuel Fernando Moniz Galvão Espirito Santo Silva, o homem que durante uma década - e até ao descalabro final - esteve no topo da estrutura não-financeira do grupo Espírito Santo, precisamente o lado pelo qual o império começou a desmoronar-se, não assumiu qualquer responsabilidade e praticamente não trouxe qualquer informação nova aos trabalhos do inquérito parlamentar que investiga o fim do banco e do grupo controlado pela família Espírito Santo.


Ler mais: [url]http://expresso.sapo.pt/o-primo-que-sabia-de-menos=f902938#ixzz3MBDSmxt0[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/o-primo-que-sabia-de-menos=f902938#ixzz3MBDSmxt0[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Pip-Boy em 2014-12-18 10:11:44
Não lhe perguntaram qual o salário ao fim do mês, só fizeram perguntas díficeis...  :D
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2014-12-18 10:25:53
lol
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-12-18 11:52:09
.....não esquecer......eh.eh....


Citar
18 de Dezembro, 16h - Álvaro Sobrinho, ex-BESA



http://expresso.sapo.pt/generais-angolanos-pressionam-sobrinho-a-contar-para-onde-foi-o-dinheiro-no-besa=f903132 (http://expresso.sapo.pt/generais-angolanos-pressionam-sobrinho-a-contar-para-onde-foi-o-dinheiro-no-besa=f903132)

http://www.publico.pt/economia/noticia/derrapagem-do-bes-angola-nao-parou-com-saida-de-alvaro-sobrinho-1679800 (http://www.publico.pt/economia/noticia/derrapagem-do-bes-angola-nao-parou-com-saida-de-alvaro-sobrinho-1679800)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: itg00022289 em 2014-12-18 14:14:35
Uiiii

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Auditoria forense ao BES. Parte do financiamento ao BESA não terá chegado sequer a Angola
No dia em que Álvaro Sobrinho, ex-presidente do BES Angola, vai à comissão parlamentar de inquérito prestar depoimentos sobre o que se passou no banco, a SIC avança que parte do financiamento feito pelo BES ao BESA não terá chegado ao destino

 
Expresso |
10:15 Quinta feira, 18 de dezembro de 2014

A SIC refere que os auditores forenses que analisam as contas do BES têm indícios de que parte dos financiamentos de milhares de milhões de euros para o BESA podem nunca ter chegado aos cofres angolanos.

Em causa estão transferências que passavam como créditos feitos a partir do BES em Portugal que, na prática, eram encaminhados por outros beneficiários através de offshores. O que dificulta a descoberta dos destinatários por parte dos auditores da Deloitte é o segredo bancários das contas em offshores.

A SIC adianta ainda que as suspeitas recaem sobre as próprias holdings do Grupo Espírito Santo, que podem ter sido financiadas por esta via violando as regras de prudência na gestão bancária.



Ler mais: [url]http://expresso.sapo.pt/auditoria-forense-ao-bes-parte-do-financiamento-ao-besa-nao-tera-chegado-sequer-a-angola=f903243#ixzz3MG6cpSND[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/auditoria-forense-ao-bes-parte-do-financiamento-ao-besa-nao-tera-chegado-sequer-a-angola=f903243#ixzz3MG6cpSND[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: bezanas em 2014-12-18 17:13:42
foi tudo pró bacano do contablista ! o malandro!   >:(
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-12-20 20:06:29
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As gravações do GES III

[url]http://www.tvi24.iol.pt/economia/jose-maria-ricciardi/as-gravacoes-do-ges-iii[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/economia/jose-maria-ricciardi/as-gravacoes-do-ges-iii[/url])

Questão da liderança foi levada ao conselho superior do Grupo Espírito Santo
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-12-23 22:10:20
http://www.tvi24.iol.pt/economia/ges/ricardo-salgado-admitiu-estar-a-beira-do-abismo (http://www.tvi24.iol.pt/economia/ges/ricardo-salgado-admitiu-estar-a-beira-do-abismo)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2014-12-29 19:16:00
O Salgado também entalou a Goldman Sachs ...  :D

http://www.wsj.com/articles/goldman-sachs-clients-face-835-million-loss-over-banco-espirito-santo-loan-1419854363 (http://www.wsj.com/articles/goldman-sachs-clients-face-835-million-loss-over-banco-espirito-santo-loan-1419854363)

(infelizmente isto também parece ter consequências negativas para o pessoal das subordinadas ... pelo que se entende do artigo estas vão para trás da Goldman ...)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-12-30 11:51:26
.....e "pagava" uns tostões ao Marocas....eh.eh...

http://jornais.sapo.pt/nacional/4063 (http://jornais.sapo.pt/nacional/4063)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: JoaoAP em 2014-12-30 13:58:48
.....e "pagava" uns tostões ao Marocas....eh.eh...

[url]http://jornais.sapo.pt/nacional/4063[/url] ([url]http://jornais.sapo.pt/nacional/4063[/url])

Pois... os favores de Sócrates ... tinham de ser pagos... e o SóAres... agora bem que bajula o Sócrates na prisa... trocam cartas...obrigado pa... obrigado... agora estou a rua como o Cavaco... a reforma não dá para nada...  :D :D aiai!! Estas fundações ...
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2014-12-31 02:01:17
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GES: a reunião do mês do descalabro

Reunião do conselho superior do Grupo Espírito Santo no dia 2 de junho, o mês do descalabro final

[url]http://www.tvi24.iol.pt/economia/bes/ges-a-reuniao-do-mes-do-descalabro[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/economia/bes/ges-a-reuniao-do-mes-do-descalabro[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2015-01-26 16:08:24
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Repórter TVI de hoje: «Em nome dos Espírito Santo»

Uma grande reportagem de Fernanda Teixeira, com imagem de Bernardo Magalhães, edição de Miguel Freitas e grafismo de Ricardo Rodrigues para ver no Jornal das 8 em duas parte, esta segunda e terça-feira

Video:
[url]http://www.tvi24.iol.pt/economia/bes/reporter-tvi-de-hoje-em-nome-dos-espirito-santo[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/economia/bes/reporter-tvi-de-hoje-em-nome-dos-espirito-santo[/url])
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2015-03-01 20:09:06
Mariana Mortágua e o "amadorismo" de Zeinal Bava (http://www.youtube.com/watch?v=LEFcqGMgS3A#)
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: vbm em 2015-03-01 22:48:25
Grande mulher!
Filha do Camilo Mortágua.

O Bava, a balbuciar a dúvida parva
das percentagens, para finar-se
na conclusão, «era onde
estava investido.»



Vergonha de pau comprado!
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Zel em 2015-03-01 23:07:36
Mariana Mortágua e o "amadorismo" de Zeinal Bava ([url]http://www.youtube.com/watch?v=LEFcqGMgS3A#[/url])


ela fez silencio e o bava borrou-se todo, que cara de medo
Título: Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2015-03-01 23:29:15
A vida é dura. Um gajo tem de fazer figura de idiota para ganhar uns milhõezitos.
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2015-05-21 12:12:21
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Novas buscas ao "Universo Espírito Santo"

por DN.pt, Hoje

A Polícia Judiciária está hoje a realizar buscas em vários locais no âmbito dos processos do "Universo Espírito Santo", que estão em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

Os mandados de buscas foram solicitados pelo juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal, que acompanha os elementos da PJ.

A operação estará relacionada com o arresto dos bens da família Espírito Santo.

Segundo o Público, as buscas estão a ser realizadas pela Unidade de Nacional de Combate à Corrupção da PJ com procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal. Em causa estarão crimes de branqueamento de capitais e fraude fiscal.

Segundo o Correio da Manhã, Ricardo Salgado é um dos visados desta investigação e deverá ser constituído arguido por burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais. Para já, adianta o jornal, não estão previstas detenções.

Segundo o Expresso, estas diligências decorrem no âmbito do processo-crime que investiga suspeitas de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal. O BES, em comunicado, explica o semanário, já veio desmentir que haja buscas na sede do banco.

O Ministério Público informou segunda-feira em comunicado que mandou arrestar bens imóveis e patrimoniais de pessoas ligadas ao "Universo Espírito Santo". O "arresto preventivo" justifica-se, de acordo com o mesmo comunicado, como "uma garantia patrimonial que visa impedir uma eventual dissipação de bens que ponha em causa, em caso de condenação, o pagamento de quaisquer quantias associadas à prática do crime, nomeadamente a indemnização de lesados ou a perda a favor do Estado das vantagens obtidas com a atividade criminosa".

"Uma garantia patrimonial que visa impedir uma eventual dissipação de bens que ponha em causa, em caso de condenação, o pagamento de quaisquer quantias associadas à prática do crime, nomeadamente a indemnização de lesados ou a perda a favor do Estado das vantagens obtidas com a atividade criminosa", diz o MP.

Esclareceu ainda o Ministério Público que correm neste momento, 29 inquéritos, entre processos principais e apensos relacionados com o denominado "Universo Espírito Santo".

"Quanto à origem dos mesmos, pode informar-se que alguns foram instaurados por iniciativa do Ministério Público e que outros decorrem de participações do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), de comunicações bancárias em cumprimento da lei de prevenção e repressão do branqueamento de capitais e ainda de queixas de lesados", lê-se no documento.
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2015-05-21 20:08:01
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Planos Especiais de Revitalização no centro das buscas à ES Property

14:40  DE 

A Polícia Judiciária e o Ministério Público estiveram esta manhã na sede da Espírito Santo Property a fazer buscas.

Planos Especiais de Revitalização no centro das buscas à ES Property

A Polícia Judiciária e o Ministério Público estiveram esta manhã na sede da Espírito Santo Property a fazer buscas. Desta vez nem a Autoridade Tributária, CMVM ou Banco de Portugal estão nas equipas.

As buscas à empresa liderada por Caetano Beirão da Veiga estão relacionadas com o arresto de bens de pessoas ligadas à família Espírito Santo e à empresa do GES. Decretado na semana passada pelo gabinete de recuperação de activos da Polícia Judiciária, o arresto pretende assegurar uma garantia patrimonial para indemnizar lesados da falência do GES, incluindo o Estado.

Em causa estão imóveis da ES Property como a Quinta do Peru, residências no Hotel Palácio Estoril, o empreendimento em Portimão Quintas d'Al-Gariya e o Douro Atlântico Garden em Vila Nova de Gaia. A Herdade da Comporta, inicialmente fora do arresto, terá sido arrestada hoje, soube o Económico.

Em causa está o facto de alguns destes activos poderem estar já afectos a planos especiais de revitalização (PER). Tudo o que estiver sob um PER não pode ser arrestado. A Espírito Santo Property tem dívidas no valor global de 58,7 milhões de euros sobretudo à banca. O BCP-1.23% está no topo. Mas o Estado também entre os credores. Além dos clientes de retalho do antigo BES, a ESP tem como principais credores o Estado (cinco milhões de euros), o Millennium bcp (13,5 milhões), o BIC (11,3 milhões), o Crédito Agrícola (3,1 milhões) e o BES S.A. (o "banco mau", com um milhão).

A Espírito Santo Property em Janeiro pediu a entrada num Processo Especial de Revitalização, para renegociar com credores para se salvar, e, segundo a lista provisória de credores, divulgada a 14 de Janeiro no Citius, esta empresa deve 58,7 milhões de euros a 382 entidades. Segundo o Diário Económico de ontem o PER já foi aprovado pelos credores em Abril, mas não chegou a ser homologado pelo juiz. O jornal dizia ainda que os advogados da ESP poderão alegar que o arresto põe em causa o Plano Especial de Revitalização (PER) que os credores aprovaram em Abril e que aguardava a homologação pelo juiz.

A investigação à transacção de imóveis e mudança de propriedade de bens pode também estar na origem destas operações.

O Económico sabe que estas são buscas pontuais, centradas em escritórios de empresas do grupo em Lisboa. A mesma fonte revelou que em causa estão "suspeitas dos crimes de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal". E que não estão previstas detenções.

Segundo o Correio da Manhã, Ricardo Salgado é um dos visados nas buscas.

Conteúdo publicado no Económico à Uma. Subscreva aqui.

Actualizado com a evolução das notícias sobre a não aprovação do PER pelo juíz.
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Mario Balotelli em 2015-06-01 12:10:44
Hoje recebi um email do BEST a propor uma solução de investimento "notes" que reza assim:

Entidade Emissora: Espírito Santo Investment p.l.c.

Entidade de referência: Altice S.A.

Ainda mexe ?

Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: tommy em 2015-06-01 12:26:29
Estranho.. se fosse o BESI eu percebia.
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Pangloss em 2015-06-01 13:33:12
Hoje recebi um email do BEST a propor uma solução de investimento "notes" que reza assim:

Entidade Emissora: Espírito Santo Investment p.l.c.

Entidade de referência: Altice S.A.

Ainda mexe ?

Ah, salvo erro o Espírito Santo Investment p.l.c.é uma entidade inglesa ou irlandesa que pertence ao BESI, na altura da resolução do BES andei a ver isso. Menos mal...
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Incognitus em 2015-06-01 14:06:38
Hoje recebi um email do BEST a propor uma solução de investimento "notes" que reza assim:

Entidade Emissora: Espírito Santo Investment p.l.c.

Entidade de referência: Altice S.A.

Ainda mexe ?


O ES não sei, mas a Altice parece-me que é perigosa ...
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Mario Balotelli em 2015-06-01 14:11:09
Hoje recebi um email do BEST a propor uma solução de investimento "notes" que reza assim:

Entidade Emissora: Espírito Santo Investment p.l.c.

Entidade de referência: Altice S.A.

Ainda mexe ?

Ah, salvo erro o Espírito Santo Investment p.l.c.é uma entidade inglesa ou irlandesa que pertence ao BESI, na altura da resolução do BES andei a ver isso. Menos mal...

Só o nome ES já é um estigma para comprar o que quer que seja.
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2015-07-17 22:41:31
......esta é boa......por isso ficou bem "calado"....eh.eh....

http://zap.aeiou.pt/miguel-sousa-tavares-investiu-2-milhoes-no-ges-mas-diz-que-nao-sabia-75475 (http://zap.aeiou.pt/miguel-sousa-tavares-investiu-2-milhoes-no-ges-mas-diz-que-nao-sabia-75475)
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: kitano em 2015-07-20 11:12:50
Não compreendo as justificações dele...mas ele tem necessidade de justificar o desnecessário porque tem consciência que é um comentador cheio de bias...acho que é isso.

Enfim, investir no ES liquidez, era salvoerro meter dinheiro num fundo de tesouraria do banco, nada mais.

A verdade é que esse fundo estava carregado de divida do GES, e em certo momento foi até obrigado pelas autoridades a largar esse lixo.

É mais que normal os clientes de um banco estacionarem o cash num fundo de tesouraria do banco.

Eu fazia isso constantemente, contas particulares e empresa, uma vez queimei-me e deixei-me disso. É um risco desproporcionado. Felizmente nunca fui apanhado num bes...
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2015-07-24 01:40:10
Já nem se pode ir comer uma mariscada descansado

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Caso BES. O silêncio dos falidos
13/07/2015 14:56:07

Quando o governador do Banco de Portugal aprovou a resolução sobre o BES que extinguiu o banco da família Espírito Santo e criou o Novo Banco, a 3 de Agosto do ano passado, deixou de fora uma realidade cujo impacto ainda hoje está longe de ser conhecido. A instituição financeira liderada por Ricardo Salgado funcionava, e muito, com base em relações pessoais entre primos, irmãos, família mais ou menos distante e amigos de amigos, além de uma vasta rede de empresas. Todos com acesso fácil ao crédito.

O Montepio é um dos bancos onde os estragos dessas relações interpessoais começam a ser conhecidos, mas não é caso único. A Portugal Telecom ruiu porque havia uma proximidade muito grande entre Henrique Granadeiro e Ricardo Salgado, que foi antecedida de outros laços de Salgado, com Miguel Horta e Costa e até Murteira Nabo.
A aplicação de 897 milhões de euros da empresa em dívida da Rioforte, numa altura em que já começavam a ser conhecidas as fragilidades do grupo, enquadra-se neste contexto, que está longe de ser o único no universo empresarial português.

Outro exemplo: a TEMPLE, de Vasco Pereira Coutinho, que tem em curso um processo especial de revitalização, juntamente com a TMPL, onde o empresário investiu 13,3 milhões de euros, também tem créditos malparados na banca. O BES foi a instituição financeira que mais emprestou, num total de 28,4 milhões de euros, muito acima dos 18,3 milhões do BCP, dos 6,5 milhões do BPI ou dos 5,1 milhões do Santander.

Mas os estragos não se ficam por aqui. A venda do Novo Banco trará a público muito mais casos de empresas e empresários que já se estão a ressentir dos novos critérios de avaliação de crédito concedido pelo Novo Banco, enquanto um sem-número de falências de pessoas individuais associadas à extinção do BES já está a decorrer no segredo dos deuses.

Esta informalidade de gestão foi aliás realçada no relatório final da comissão parlamentar de inquérito ao BES. Para os deputados ficou claro que o Grupo Espírito Santo em particular tinha uma gestão “fortemente personalizada”, evidenciando “fragilidades de organização”. Mesmo relativamente ao banco, o relatório realça que “persistiam diversas informalidades, conflitos de interesses, uma ausência de segregação de funções, a par de debilidades no exercício pleno de funções de controlo interno”.

Grandes fora das manifes. Quem siga atentamente as manifestações dos lesados do papel comercial facilmente repara que não há nomes sonantes entre os que se têm deslocado às agências do Novo Banco para identificar os funcionários que lhes venderam estas aplicações.

Há um silêncio ensurdecedor que envolve a elite portuguesa, a qual, naturalmente, tinha grande parte das suas contas no BES e confiava cegamente na gestão das suas fortunas pelo Private.

Mesmo no mês que antecedeu a resolução, assinaram autorizações em branco para movimentação de contas a prazo em Portugal e no estrangeiro, acabando por perder tudo. A confiança criada ao longo de décadas acabou por se sobrepor à mais elementar prudência.

Contudo, já em Dezembro de 2013, o BES tinha colocado largas centenas de milhões de euros de dívida da Espírito Santo International (ESI), a segunda holding da família, que controlava a Rioforte, a ESFG e o BES, junto de clientes de retalho. Sem qualquer supervisão, uma vez que a ESI não estava sujeita ao crivo do Banco de Portugal.
A discrição tem sido a palavra-chave deste grupo de lesados que perderam milhares de euros na derrocada do grupo liderado por Ricardo Salgado.

Recentemente, num almoço que decorreu no conhecido restaurante Panorama, no Guincho, o antigo banqueiro teve uma recepção bastante hostil, acabando por ter de se levantar e sair porque os comensais começaram a bater com os talheres em cima da mesa logo que este entrou.

A situação seria impensável há um ano, quando Salgado ainda punha e dispunha na família, em muitas das empresas portuguesas, como a Ongoing, sem esquecer o mundo da política, com especial destaque para Paulo Portas, com quem se encontrava regularmente, e até José Sócrates, que depois acabou por deixar cair quando defendeu publicamente a inevitabilidade da intervenção da troika.
[url]http://ionline.pt/402086?source=social[/url] ([url]http://ionline.pt/402086?source=social[/url])
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: tommy em 2015-07-24 08:23:17
E não lhe ter chegado um pão com manteiga ou uma azeitona à cabeleira já foi uma sorte.  :D

(http://economico.sapo.pt/public/uploads/articles/infografias/infosl2407.png)
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Kin2010 em 2015-07-25 01:51:49
Vários desses tipos já deviam estar presos. O Granadeiro e o Bava pelo menos. O país ainda acaba por ter mais uma vergonha e o mandato de captura vir do estrangeiro.
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2015-07-25 11:32:19
Ainda ontem pensei nisso quando li a notícia de que a SEC anda a investigar os negócios da PT.
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Automek em 2015-07-25 11:39:46
Citar
O juiz Carlos Alexandre decretou esta noite a aplicação da medida de obrigação de permanência na residência ao ex-banqueiro
[url]http://www.ionline.pt/artigo/404083/ricardo-salgado-preso-em-casa?seccao=Portugal_i[/url] ([url]http://www.ionline.pt/artigo/404083/ricardo-salgado-preso-em-casa?seccao=Portugal_i[/url])
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: 5555 em 2015-08-06 22:43:49
http://visao.sapo.pt/comporta-tudo-o-que-mudou-um-ano-depois-do-fim-do-bes=f827267?utm_content=2015-08-06&utm_campaign=newsletter&utm_source=newsletter&utm_medium=mail (http://visao.sapo.pt/comporta-tudo-o-que-mudou-um-ano-depois-do-fim-do-bes=f827267?utm_content=2015-08-06&utm_campaign=newsletter&utm_source=newsletter&utm_medium=mail)
Título: Re: A insolvência do Grupo Espírito Santo
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-07-22 12:18:47


https://www.mql5.com/pt/blogs/post/25773 (https://www.mql5.com/pt/blogs/post/25773)