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Comunidade de Traders / Re: Petróleo / Crude / Oil / Natural Gas - Tópico Principal
« em: 2015-08-25 15:35:39 »
pode chegar a esses valores , mas o que e da maior relevancia e que o facto do crude poder manter-se a niveis baixos por uma serie de anos; Isso pode mudar partes do mundo tal como as conhecemos agora; A russia por exemplo nao saira do tapete enquanto a cotacao permanecer a estes niveis e Angola ...
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Moscovo reduziu as perspectivas económicas para 2015 e 2016 num momento em que a economia russa está a ser fortemente penalizada pela nova tendência de quebra do preço do petróleo. Desvalorização do rublo e sanções ocidentais também penalizam.
A Rússia reviu em baixa em perspectivas económicas para 2015 e 2016. O ministro russo da Economia, Alexei Ulyukayev, anunciou esta terça-feira, 25 de Agosto, que o produto interno bruto (PIB) da Rússia deverá encolher 3,3% em 2015 e recuperar em torno de 2% no próximo ano. Previsões que contrastam com as anteriores estimativas que apontavam para uma contracção de 2,8% este ano e um crescimento de 2,3% em 2016. Em 2014, o PIB russo avançou 0,6%.
Segundo a Bloomberg, em declarações proferidas em Kuala Lumpur e reproduzidas pela agência Interfax, Alexei Ulyukayev admite que a economia russa atingiu um patamar "frágil" no mês passado, embora refira não acreditar que possa "cair ainda mais". Todavia, o governante russo afiança ser "difícil prever quando iremos obter um crescimento significativo".
Enredada na primeira recessão em seis anos, a economia russa está a ser novamente afectada pela nova vaga de desvalorização do preço do barril de petróleo que esta segunda-feira transaccionou em mínimos de 2009. Ainda assim, o crude está esta terça-feira a recuperar dos mínimos ontem registados, com o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, a subir 3,12% para 44,02 dólares por barril. O Brent é utilizado para estabelecer o preço do principal índice de referência russo, o Urals.
Esta desvalorização do crude está também a recolocar sobre pressão o rublo, que foi empurrado para o valor mais baixo face ao dólar em sete meses. Os sinais de travagem da economia chinesa e eventuais riscos de contágio a blocos económicos como a Europa e os Estados Unidos também elevam a pressão sobre a Rússia, o maior exportador energético mundial.
Moscovo continua também debaixo da pressão das sanções económicas aplicadas pela comunidade ocidental na sequência da anexação russa da Crimeia em Março do ano passado e das acções do Kremlin no leste da Ucrânia. Perante o agravar da tensão e do nível do conflito armado na parte oriental ucraniana (Donbass), designadamente nas duas últimas semanas, surgiram de imediato declarações a assegurar que as penalizações económicas que pendem sobre Moscovo são para continuar.
O próprio ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, reconheceu na passada segunda-feira que as sanções aplicada mutuamente entre o ocidente e a Rússia irão continuar em vigor durante "um longo período de tempo". Na terceira fase das sanções ocidentais à Rússia, foram incluídas penalizações e limitações aos sectores russos da energia, indústria de guerra e banca.
Apesar da envolvente negativa em torno da economia russa na actual conjuntura, o Kremlin acredita que no quarto trimestre deste ano poderão registar-se algumas melhorias. Contudo, a Bloomberg escreve que o banco central russo acredita que se o Urals cair para o limiar dos 40 dólares por barril no quarto trimestre, permanecendo próximo desse valor até 2018, a recessão russa poderá mesmo prolongar-se por três anos, o período recessivo mais longo em duas décadas. Perante tal cenário, o PIB russo poderia contrair 5,7% em 2015, estima a autoridade do sistema financeiro da Rússia.
No início do presente mês, o Fundo Monetário Internacional (FMI) antecipava que a economia russa deverá encolher 3,4% em 2015, para regressar a um ligeiro crescimento de 0,2% em 2016.