https://www.youtube.com/watch?v=4f_fGnKoX5w
Citação de: Batman em 2014-01-31 22:17:15https://www.youtube.com/watch?v=4f_fGnKoX5wnão precisas exagerar e aplicar-me xaropadas.
Já tenho saudades Miguel Esteves Cardoso 02/02/2014 - 02:12 A tristeza está tão próxima da alegria como a vida vivida está da morte imaginada.Felicidade Cada vez mais se aproxima o tempo da felicidade vivida da saudade dela. Não só já tenho saudades de ontem, porque já passou, como começo a ter saudades das coisas enquanto estão a acontecer, por saber que vão acabar e ser capaz, sem querer, de pressentir as saudades que vou ter daqueles momentos, enquanto conseguir continuar a lembrar-me deles.Mesmo na cozinha, quando a Maria João e eu estamos a lavar louça, rindo e namorando e discutindo, ocorre-me cruelmente, enquanto ainda lá estou, que será daquela ocasião, só aparentemente banal, que teremos saudades quando dermos, de repente, valor à deliciosa ilusão da banalidade quotidiana.Não é quotidiana. É rara. Um momento sem angústia, sem impossibilidade ou sem sacrifício (ou sem a dor não só de existir como a de estar cá, como corpo fisicamente doloroso) parece-se cada vez mais com a alegria.É por esta razão que Schopenhauer é uma paixão da juventude. O prazer não é a ausência da dor. O prazer é um prazer que contém a tristeza e a dor de um dia acabar. A vida dói não porque acaba mas porque continua.Ainda está a acontecer e já tenho saudades: as coisas e as saudades acontecem enquanto podem e ocupam o lugar da vida, da razão e do pensamento. Para não falar no sentimento que, ao contrário do que se espera e quer, impera sempre e prevalece.A tristeza está tão próxima da alegria como a vida vivida está da morte imaginada. Vivemos. Morremos. É pena que estes dois verbos estejam associados.
Citação de: smog em 2014-01-31 23:18:51Citação de: Batman em 2014-01-31 22:17:15https://www.youtube.com/watch?v=4f_fGnKoX5wnão precisas exagerar e aplicar-me xaropadas. ......eh,eh....https://www.youtube.com/watch?v=NPvCLwidnRo
Rosto humano só transmite, afinal, quatro emoções Um estudo da Universidade de Glasgow concluiu que o ser humano mostra, afinal, apenas quatro emoções no rosto, num estudo baseado na análise às expressões faciais Desenvolvido na Universidade de Glasgow, na Escócia, e publicado na revista Current Biology da última semana, este estudo analisa as expressões faciais de indivíduos, de forma a detetar diferentes estados emocionais.E o Homem pode não ser tão difícil de compreender como se pensa. Este tem, segundo a investigação, apenas quatro emoções registadas nas expressões faciais. São elas: felicidade, tristeza, medo e irritação.Estudos anteriores fortaleceram a ideia de que o ser humano tem seis emoções distintas: alegria, tristeza, raiva, medo, surpresa e nojo. Esta nova análise, que compara estes seis estados concluí que certas expressões estão associadas ao mesmo sentimento, e que a distinção entre surpresa e medo, bem como entre irritação e nojo, não fazem sentido.Os investigadores mostraram expressões faciais geradas em computador aos participantes no estudo, de forma a identificarem qual das seis emoções tradicionais estava presente em cada imagem. A raiva e o desgosto são facilmente confundidas e o medo e a surpresa apresentam grandes similaridades, com expressões praticamente idênticas.Esta investigação vem abalar o pensamento convencional e mesmo abrir novas vias ao estudo das emoções que até agora se baseava no estudo de seis emoções distintas. A comunicação facial do ser humano parece menos complexa e relativa à luz deste estudo.
Citação de: Batman em 2014-02-06 11:52:17Citação de: smog em 2014-01-31 23:18:51Citação de: Batman em 2014-01-31 22:17:15https://www.youtube.com/watch?v=4f_fGnKoX5wnão precisas exagerar e aplicar-me xaropadas. ......eh,eh....https://www.youtube.com/watch?v=NPvCLwidnRolol, muito giro.
Como é que se Esquece Alguém que se Ama? Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está? As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar. É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução. Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha. Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado. O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar. Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'
Mas, desconfio, sou inesquecível...Sabes? Aqui há uns tempos,fui reconhecido por alguémque já não me via há quasesessenta anos!
Nem por isso...
... bem, é verdade, ou pelo menos sou habitualmente acusado disso.Mas não é o caso, nem ele tem qualquer (masculina) relevância - -;simplesmente, não tenho rugas por aí além! lol