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Autor Tópico: Este Governo  (Lida 597448 vezes)

Jérôme

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Re:Este Governo
« Responder #1080 em: 2013-11-18 10:01:51 »
O guião do programa enquanto o gráfico é apresentado:


Citar
Os donos de Portugal continuam a ter no Estado um protector e um organizador comprometido na distribuição da riqueza.

A desigualdade é acentuada por políticas fiscais distorcidas.

Veja-se a repartição do rendimento entre o capital e o trabalho no ano de 2010.

Os rendimentos do capital são lucros, dividendos e juros. A sua contribuição é o IRC.

Do lado do trabalho, o rendimento é composto pelos salários e pelas pensões e outros pagamentos da segurança social.

Mas os impostos a pagar são muitos: IRS sobre o rendimento, IVA sobre o consumo, além de outros impostos e dos descontos para a segurança social.

É portanto o trabalho que paga, através do Estado, as rendas pelas parcerias público-privado e concessões, os juros da dívida pública detida pelo capital e outros benefícios fiscais suplementares.

O capital paga pouco imposto. O IRC pago pelas mil maiores empresas portuguesas é 1% do seu volume de negócios. A Associação Portuguesa de Bancos assume uma taxa de IRC no sector pouco acima dos 5%.
Entre outras razões, este défice fiscal é explicado pelo recurso a paraísos fiscais. A começar por aquele que o próprio Estado português disponibiliza.

Só na Madeira, entre 2005 e 2010, o Estado perdeu mais de 9 mil milhões de euros de receita fiscal, dados oficiais.

Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #1081 em: 2013-11-18 12:11:32 »
Bem, na banca é possível que alguns tenham ficado ricos há anos/décadas atrás. Mas na última década também lá se perderam algumas fortunas - basta ver onde estão as acções.

Nos rendimentos de capital também é preciso incluir as rendas, que serão uma componente grande - e sujeita a IRS. De resto em muitos dos outros rendimentos de capital também incide IRS além do IRC.

Citar
Só na Madeira, entre 2005 e 2010, o Estado perdeu mais de 9 mil milhões de euros de receita fiscal, dados oficiais.

Essa é a tal forma absurda de pensar que contabiliza como receita fiscal perdida aquela receita que não foi obtida na zona franca, como se a actividade da zona franca tivesse sido a mesma sem ser uma zona franca. É um número patentemente absurdo. E eliminar a zona franca até deve ter produzido um impacto líquido negativo.
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Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1082 em: 2013-11-18 19:17:15 »
Ok está ai quase a 10ª avaliação da Troika :)

mas...

A Troika nem precisava de vir cá, as avaliações são sempre positivas, e estamos sempre no bom caminho.

Embora os défices tenham sido retificados em alta, e mesmo assim não cumprem sequer um, sem receitas extraordinárias, obrigando sempre a mais cortes e mais austeridade.

A divida pública estava em 98% do PIB em Maio de 2011, quando Sócrates deixou o Governo, hoje está noa 130% do PIB, e a aumentar.

Portanto é a loucura no estádio :)

É pá mas o TC vai-se pronunciar sobre as 40 horas de trabalho semanal... que maçada
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Automek

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Re:Este Governo
« Responder #1083 em: 2013-11-18 19:30:30 »
A divida pública estava em 98% do PIB em Maio de 2011, quando Sócrates deixou o Governo, hoje está noa 130% do PIB, e a aumentar.
Eheheheh, a Luísa nem sequer compreende que, sem crescimento, défice de hoje = dívida de amanhã. Até o Daniel Oliveira sabe isso.

mibusiness

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Re:Este Governo
« Responder #1084 em: 2013-11-18 19:53:20 »
A divida pública estava em 98% do PIB em Maio de 2011, quando Sócrates deixou o Governo, hoje está noa 130% do PIB, e a aumentar.
Eheheheh, a Luísa nem sequer compreende que, sem crescimento, défice de hoje = dívida de amanhã. Até o Daniel Oliveira sabe isso.

ainda por cima aldraba o número, a divida pública no final de 2011 ficou em 108% e toda a gente sabe que, para além da bolha da divida que estoirou, passaram a ser contabilizadas muitas desorçamentações socráticas

Zel

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Re:Este Governo
« Responder #1085 em: 2013-11-18 21:42:26 »
a luisa aldraba porque so pensa em dinheiro, esta cega pela ganancia materialista

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Re:Este Governo
« Responder #1086 em: 2013-11-19 20:03:25 »
A divida pública estava em 98% do PIB em Maio de 2011, quando Sócrates deixou o Governo, hoje está noa 130% do PIB, e a aumentar.
Eheheheh, a Luísa nem sequer compreende que, sem crescimento, défice de hoje = dívida de amanhã. Até o Daniel Oliveira sabe isso.

ainda por cima aldraba o número, a divida pública no final de 2011 ficou em 108% e toda a gente sabe que, para além da bolha da divida que estoirou, passaram a ser contabilizadas muitas desorçamentações socráticas

Leste a palavra "Maio"?

https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0Ag0K-i-eHBwIdGRxR0xrczgxMndsWGMyOHBaLUp2dVE&hl=en
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Re:Este Governo
« Responder #1087 em: 2013-11-19 20:08:08 »
A divida pública estava em 98% do PIB em Maio de 2011, quando Sócrates deixou o Governo, hoje está noa 130% do PIB, e a aumentar.
Eheheheh, a Luísa nem sequer compreende que, sem crescimento, défice de hoje = dívida de amanhã. Até o Daniel Oliveira sabe isso.

ainda por cima aldraba o número, a divida pública no final de 2011 ficou em 108% e toda a gente sabe que, para além da bolha da divida que estoirou, passaram a ser contabilizadas muitas desorçamentações socráticas

Leste a palavra "Maio"?

https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0Ag0K-i-eHBwIdGRxR0xrczgxMndsWGMyOHBaLUp2dVE&hl=en

sim li e isso é uma aldrabice porque pelo menos tens de contar até o final do ano que foi quando o novo governo começou em funções e quando o orçamento de estado acaba

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1088 em: 2013-11-25 18:32:14 »
O Pires de Lima veio por aí abaixo para, enfunado por poder místico, fazer a magia do ‘milagre económico’. E o efeito do feitiço aí está na economia e nas condições de vida do povo, como demonstram provas abundantes: ‘todos os dias são penhorados 125.000 euros de pensões de idosos, que, na qualidade de fiadores, têm de liquidar as dívidas de filhos e netos desempregados e sem meios próprios para o fazer’.


O Pires é um sábio. Teve aquele deslize do programa cautelar em Londres, mas isso agora é para esquecer. O relevante é cumprir a regra de, quotidianamente e pelo menos um ministro, pressionar o Tribunal Constitucional com o aviso da desgraça nacional, e de que o Plano ‘B’ do governo não existe, caso os juízes deliberem a inconstitucionalidade de leis de resultados socioeconómicos (iníquos), incluindo obviamente a Lei do OGE 2014.

 – O que é que os credores nos vão fazer? A nós que sempre fomos o ‘me too’ da Irlanda que, com uma dívida um pouco mais baixa (125,7% do PIB face aos nossos 131,3%), paga à volta de 3,5% de juros a 10 anos e os pobres portugueses suportam acima dos 6% para idêntico prazo; e ainda prescindem do programa cautelar, os safados! – desabafa cada um dos ministros de si para si.

No cumprimento da incumbência do “tiro” ao TC, o preclaro Pires adverte:


reduzir a despesa pública não é substituível por qualquer aumento de impostos

O tipo de despesa não é explicitado, ignorando-se se está em causa a compra de submarinos, fragatas ou outros equipamentos flutuantes.

Atrevemo-nos, todavia, a apostar tratar-se do corte de cerca de 10% nas pensões da CGA acima de 600 euros, cujo diploma o PR remeteu para o TC.

Na argumentação do Pires, o dogmático sábio, considera que reduzir o poder de compra de consumidores sob a designação de ‘corte’ ou imposto sobre as reformas é uma medida indiferente para o desempenho económico.

Cobrar taxas sobre as PPP, telecomunicações e grupos da distribuição moderna é que nem pensar! Há que proteger o interesse dos privilegiados e cumprir à risca o objectivo neoliberal de empobrecimento dos cidadãos comuns.

É para este objectivo que Pires e a restante loiça lá estão nos armários governamentais. Um dia há-de quebrar-se.

Aventar
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Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #1089 em: 2013-11-27 13:15:15 »
Olha olha... outro perigoso COMUNISTA a tentar impor a suas regras aos fantásticos libertários, favoráveis ao estado zero (Somália):


Citar
O ex-ministro do CDS-PP Luís Nobre Guedes afirmou na segunda-feira à noite que o sistema político foi concebido para "albergar os poderosos e garantir os interesses instalados", anunciando que vai ao congresso do partido "afrontar o poder constituído".

Luís Nobre Guedes participou segunda-feira à noite no Clube dos Pensadores, em Vila Nova de Gaia, onde disse que, estando "afastado da política", vai ao congresso do CDS-PP porque não tem "medo" nem nunca teve, antecipando "um ambiente hostil" já que vai "afrontar o poder instituído".

"E vou-lhes dizer mais ou menos o que vos vou dizer agora", anunciou: "Portugal tem tudo para ser um país excepcional. Tenho muitas dúvidas que o actual situacionismo saiba e seja capaz de fazer aquilo que é preciso fazer", sintetizou.

Na opinião do ex-ministro com a pasta do Ambiente e do Ordenamento do Território no Governo de Durão Barroso, "este sistema foi pensado e concebido para albergar os poderosos e garantir os interesses instalados", considerando ser "preciso ter a coragem de mudar o estado das coisas" para que não seja "um poder que é forte com os fracos e é muito fraco com os fortes".

O centrista deu cinco exemplos onde considera que "os fortes ganharam": as Parcerias Público-Privadas (PPP), os swaps, o BPN, o défice tarifário e os mercados regulados. "Não é concebível que o poder político seja hoje controlado pelo poder económico. Isto é a subversão de tudo", condenou.

Interrogado sobre a sua relação com Paulo Portas, Nobre Guedes garante continuar a ser do CDS-PP e que não renegou o seu partido, manifestando "uma sensibilidade diferente em relação ao modo como as coisas têm sido conduzidas".

"Eu sou do CDS e vou ao CDS dizer o que penso. Provavelmente o CDS vai dizer: obrigadíssimo, não queremos isto para nada porque nós estamos muito bem. O nosso banquete está muito bom. Como eu costumo dizer, é muito difícil sair de um banquete com salmão e caviar para o frango assado. É estar a pedir muito", ironizou.

O ex-ministro disse ainda estranhar que, "em dois anos e meio, haja tanta apatia por parte dos dois partidos que apoiam a maioria governativa". "Eu acho que a oposição faz o que tem a fazer, que é criticar o Governo. Eu tenho dúvidas de que os partidos que apoiam o Governo façam tudo quanto devem fazer para apoiar o Governo que é deles", explicou.

O advogado defendeu uma revisão da Constituição, que diz não passar "nem por mexer nos princípios da Constituição nem por mexer nos direitos sociais". "Rever a Constituição passa por ter a coragem de fazer duas coisas no mínimo: reforçar os poderes do Presidente da República e de uma vez por todas fazer a revisão da lei eleitoral que não se quer fazer e sem a qual é impossível voltar a dar credibilidade a este regime", elencou.

Para Nobre Guedes, nem a direita ou o Governo "se devem afirmar por provas de autoridade ou de autoritarismo". "A direita gosta muito de autoridade e de algum autoritarismo. Eu não gosto. E daí uma das minhas divergências com o meu presidente de partido e amigo, Paulo Portas. É que eu não gosto desse tipo de reacção", diferenciou.

O centrista disse ainda não entender cortes de salários e de pensões sem que "duas coisas emblemáticas" sejam feitas: "Na próxima legislatura não termos mais de 180 deputados; e não era já tempo, passados três anos, de terem extinto pelo menos um concelho?".
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Re:Este Governo
« Responder #1090 em: 2013-11-27 13:49:57 »

isso e' socialismo para os ricos e ja aqui foi criticado imensas vezes, so mesmo a luisa que nunca sabe nada e' que nao notou

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Re:Este Governo
« Responder #1091 em: 2013-11-28 13:52:35 »
O empresário Patrick Monteiro de Barros afirmou, esta quinta-feira, ter "vergonha" do valor do salário mínimo nacional pago em Portugal (485 euros brutos), dizendo que é "um dos mais baixos da Europa".

'...

Patrick Monteiro de Barros defendeu que "o problema resolve-se aumentando a educação, a produtividade global", mas considerou que "não há vontade política para fazê-lo".
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Lucky Luke

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Re:Este Governo
« Responder #1092 em: 2013-11-28 16:20:09 »
o salário mínimo é claramente uma questão de opção política
tudo em economia é política pois uma escolha nunca é neutra

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Re:Este Governo
« Responder #1093 em: 2013-11-28 16:22:36 »
A escolha pode não ser neutra, mas um salário mínimo que implica uma criação de valor de quase 800 euros/mês de trabalho efectivo dá linearmente cabo de todos os postos de trabalho que não acrescentem 800 euros/mês de valor.
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Re:Este Governo
« Responder #1094 em: 2013-11-28 16:22:52 »
o mais comico eh que aumentar a competitividade significa medidas que voces nao iam gostar

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Re:Este Governo
« Responder #1095 em: 2013-11-28 16:31:56 »
A escolha pode não ser neutra, mas um salário mínimo que implica uma criação de valor de quase 800 euros/mês de trabalho efectivo dá linearmente cabo de todos os postos de trabalho que não acrescentem 800 euros/mês de valor.
já conheço esse argumento
e o facto de um aumento desses salários ir praticamente directo para o aumento da procura interna beneficiando as empresas (mais que muitas) que vivem do mercado nacional ?
essa procura a mais (e essa folha salarial mais pesada) iriam decerto beneficiar mais uns e prejudicar mais outros mas o colectivo sairia reforçado

as medidas pelo lado da oferta não têm dado em nada como se isso fosse algo de surpreendente

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Re:Este Governo
« Responder #1096 em: 2013-11-28 16:54:19 »
A escolha pode não ser neutra, mas um salário mínimo que implica uma criação de valor de quase 800 euros/mês de trabalho efectivo dá linearmente cabo de todos os postos de trabalho que não acrescentem 800 euros/mês de valor.
já conheço esse argumento
e o facto de um aumento desses salários ir praticamente directo para o aumento da procura interna beneficiando as empresas (mais que muitas) que vivem do mercado nacional ?
essa procura a mais (e essa folha salarial mais pesada) iriam decerto beneficiar mais uns e prejudicar mais outros mas o colectivo sairia reforçado

as medidas pelo lado da oferta não têm dado em nada como se isso fosse algo de surpreendente

O SMN é positivo para aquelas posições que criando mais de 800 EUR/mês de trabalho efectivo, têm falta de poder negocial e iriam ser remuneradas muito abaixo disso na ausência do SMN.

Mas convém não nos enganarmos, 800 EUR/mês de trabalho efectivo já é um valor bastante elevado e é altamente provável que já esteja a provocar uma fatia grande do desemprego existente.
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Re:Este Governo
« Responder #1097 em: 2013-11-28 16:55:19 »
Aqui está um exemplo de governo evoluído e moderno. Diferente do que se passa por cá e por aqui...
O baixo salario por aqui é uma meta do nosso governo e dos nossos usurpadores. Apesar do discurso ser o contrario. Pisca para um lado e vira para o outro EM TODOS OS TEMAS.


Primeiro-ministro belga dá exemplo de portugueses mal pagos ao declarar guerra ao "dumping" social.

O Governo belga aprovou, esta quinta-feira, um plano de ação contra a utilização abusiva do mecanismo europeu de destacamento de trabalhadores estrangeiros, tendo o primeiro-ministro dado como exemplo "totalmente inaceitável" portugueses pagos a 2,06 euros à hora.

"Na semana passada, um empregador foi alvo de um processo verbal, já que fazia trabalhar 60 não belgas, no caso portugueses, por um salário de 2,06 euros à hora. Isso é totalmente, totalmente, totalmente inaceitável", comentou o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, citado pela agência AFP, por ocasião da apresentação do plano de ação contra o "dumping social".

Em causa está o que as autoridades belgas classificam como um uso abusivo da disposição europeia que prevê a possibilidade de uma empresa da União Europeia enviar assalariados ou mesmo trabalhadores independentes, em regime de destacamento, para outro país do espaço comunitário, ao abrigo da livre circulação, desde que respeitando algumas regras essenciais, como o salário mínimo praticado no país de destacamento.

Di Rupo assegurou, esta quinta-feira, que a Bélgica não coloca minimamente em causa a livre circulação, reconhecendo as "numerosas vantagens" deste princípio, mas indicou que o Governo vai combater os abusos - a maior parte dos quais no setor da construção civil, mas também, por exemplo, da limpeza e transporte rodoviário -, pois, sustentou, este "dumping social" - com a prática de salários extremamente baixos, muito abaixo do salário mínimo belga - ameaça a atividade das empresas belgas.

Apesar de a Bélgica apoiar uma ação ao nível europeu - a abordagem que, de resto, é defendida pela Comissão Europeia -, o Governo indicou que não vai esperar mais tempo por uma iniciativa europeia, pois tem de proteger a sua economia, razão pela qual adotou um plano de ação que prevê, entre outras medidas, um reforço dos controlos no terreno por inspetores especializados e multas mais pesadas.

Contactado pela Lusa, um responsável dos serviços consulares da embaixada de Portugal na Bélgica indicou que muitos destes trabalhadores portugueses destacados não se registam sequer junto da embaixada - dado tal não ser obrigatório e por estarem destacados apenas temporariamente -, nem tão pouco têm chegado queixas junto ao serviço, que, formalmente, desconhece por isso as suas condições de trabalho.
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Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #1098 em: 2013-11-28 16:59:02 »
2.06 EUR/hora é abaixo do SMN nacional, pelo que se pressupõe que o Governo nacional também seria contra tal coisa se ocorresse em Portugal.
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Re:Este Governo
« Responder #1099 em: 2013-11-28 17:02:39 »
quanto a isso concordo contigo
é um campo minado
não há aqui, no momento, escolhas completamente benignas
mas continuo a achar que um ligeiro aumento do SMN traria resultados liquidos positivos