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Autor Tópico: Este Governo  (Lida 597468 vezes)

tote

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Re:Este Governo
« Responder #60 em: 2013-06-07 19:06:37 »
Quero deixar bem claro, que para mim, a Função Pública necessita de ser emagrecida, como está a acontecer.
Ser contra a austeridade neo-liberal, não significa ser contra os cortes na Função Pública.... só para deixar bem claro.

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #61 em: 2013-06-07 19:18:35 »
Eu só quis deixar bem claro que a afirmação do cp é falsa, como se pode verificar.
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Re:Este Governo
« Responder #62 em: 2013-06-07 21:49:22 »
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Vítor Gaspar diz que cometeu erro ao não ter dado prioridade à reforma do Estado

 
  Lusa,   07/06/2013 - 21:29
 
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, arrepende-se de no início do mandato ter dado prioridade à consolidação orçamental e à estabilização financeira em vez de apostar na reforma das administrações públicas.

“Tenho maior gosto em discutir erros, mas apresentar uma lista de erros seria demasiado demorado. Deixe-me apontar-lhe apenas um que parece importante”, disse Vítor Gaspar aos jornalistas, a margem de uma conferência-debate em Lisboa, quando questionado sobre os erros que cometeu enquanto responsável pela pasta das Finanças.

O erro de que falo é que pensei que se poderia dar prioridade à consolidação orçamental e à estabilização financeira sem uma transformação estrutural profunda das administrações públicas. Neste momento, é claro que um esforço muito mais concentrado, desde o primeiro dia, na transformação das administrações públicas teria sido mais apropriado”, afirmou o ministro das Finanças...

Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #63 em: 2013-06-08 21:06:58 »
Se metade da população portuguesa fosse dizimada pela peste isto resolvia-se.
Reconvertia-se


NÃO SEI EM QUE PAÍS vive o dito Gaspar. Talvez um país habitado por gnomos, fadas, ministros alemães e jogadores do Benfica. Ou por sujeitos de fato e gravata que emergem dos carros e mergulham nas garagens e nos gabinetes e daí para os hotéis e condomínios fechados, ou os aviões, e nunca encontram gente. Dessa que paga impostos, taxas e contribuições de solidariedade para ajudar as pessoas que precisam, ou seja, eles mesmos entre outros.

Não me chateia que o Benfica perca jogos, nem por solidariedade com o dito Gaspar, chateia-me que quando vou arrumar o carro venha não o arrumador do costume, um chunga a fazer pela vida, e sim um reformado. Um velhote, uns são mais tesos do que outros, que fica agradecido pelo euro e dá um grande bom-dia em troca. Conviria mandar para cima destes trocos uma taxa de arrumação gratuita, ou colocar os jovens da EMEL, a ganhar à multa, viva o empreendedorismo, a multar os arrumadores reformados. Fica aqui a ideia. E podem acrescentar os porteiros, guardas, choferes, moços de recados e ajudantes com mais de 75 anos. Há muitos. Chateia-me a senhora que amanhece no néon da costuraria, agora chamada de retoucherie por todos os centros comerciais, e que me diz que nunca sabe se vai ter ordenado. Teria idade para estar reformada mas enquanto existirem óculos de ver ao perto, devidamente não comparticipados, ao contrário do pacemaker grátis do homem mais rico de Portugal, que ficou chocado por o sistema nacional de saúde lho oferecer, oh indignação oh abominação, mas não se lembrou de devolver o dinheiro ou doá-lo ao hospital. Conviria verificar se a costureira ganha o salário mínimo, porque o salário mínimo, na opinião do dito Borges, é demasiado. Quem quer bons salários vai fazer consultoria de privatizações e não corte e costura. Empregos de mulheres ociosas. A costura, não a consultoria. Na caixa do supermercado estou sempre a ver caras novas nos mesmos dias da semana, ou seja, ou têm empregados a mais ou têm contratados a menos. É um emprego com grande agilidade e mobilidade, ninguém fica por ali a aquecer o lugar. Será como noutras lojas em que os empregados trabalham seis meses e a seguir são despedidos e vem uma nova leva, fresca e prontinha a ser despedida? Chateia-me o miúdo de 20 anos que guiava o táxi e disse que trabalhava de noite para ver se conseguia continuar a estudar de dia. De noite, era mais perigoso. O que lhe fazia impressão era transportar a malta da idade dele que andava pelo bairro a divertir-se, miúdos e miúdas mais ricos, alguns embriagados, que nem o viam nem viam a idade dele. Se eles soubessem como gostaria de não estar ali, àquela hora, ao volante de um carro de aluguer.

O Gaspar e os que o acompanham, com os seus mestrados de luxo, chamam a isto falta de iniciativa, ser pobre. Não é, é só falta de dinheiro. Nunca ninguém se lembrará de convidar um pobre para falar sobre a pobreza num seminário da universidade. São sempre os ricos, os abastados, os privilegiados, que falam em nome deles. Que escrevem tratados e compêndios em nome deles. Que inventam a solidariedade em nome deles, mas não a solidariedade que o Gaspar nos pede por causa da derrota do Benfica, outra. E ficam agastados quando o pobre não é virtuoso e agradecido e quer gastar dinheiro nas mesmas coisas que um rico, sei lá, um concerto ou uma viagem. Chateia-me a gente de olhos baixos. A gente de olhos mortos, que espera cansada por qualquer coisa que não se vai materializar. A gente que teme pelos pais e pelos filhos, e que vive amedrontada. A gente carimbada como excedentária, parasitária, protozoária A gente pária. Perdulária.

Portugal resolvia-se se tivesse menos cinco milhões de pessoas e se os reformados, funcionários públicos envelhecidos, doentes com doenças exorbitantes, desempregados e outros subsidiados e excluídos, jovens com sonhos de educações superiores, simplesmente desaparecessem morrendo ou emigrassem vivendo. Se metade da população portuguesa fosse dizimada pela peste isto resolvia-se. Reconvertia-se. Sobreviviam os empreendedores, os filósofos do empreendimento, os financiadores e financeiros, os teólogos da austeridade e respetivas famílias, mesmo velhas e excedentárias, as grávidas, os católicos e demais religiosos reprodutivos, os funcionários superiores e os consultores. E seus assessores. E os jogadores do Benfica que comovem o dito Gaspar. Mais meia dúzia de artistas oficiais patrocinados e restauradores da confiança nacional. Com os banqueiros e os grandes industriais e retalhistas. As pequenas e médias empresas não falidas, porque o país está em processo de … reconversão. Ajustamento. Consolidação. Estas coisas da reconversão são como os filmes de Hollywood, acabam sempre bem.
O mesmo não se dirá dos jogos do Benfica.

Clara F. Alves
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Re:Este Governo
« Responder #64 em: 2013-06-08 21:25:01 »
Aparte de advogar uma peste, que outras soluções práticas tem a senhora? Porque isto não chega desejar uma sociedade diferente, é preciso ter soluções para a produzir.
 
A Luísa já sei que defende as soluções que nos trouxeram aqui, claro.
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Smog

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Re:Este Governo
« Responder #65 em: 2013-06-08 23:13:51 »
Aparte de advogar uma peste, que outras soluções práticas tem a senhora? Porque isto não chega desejar uma sociedade diferente, é preciso ter soluções para a produzir.
 
A Luísa já sei que defende as soluções que nos trouxeram aqui, claro.
acho o artigo interessante porque é um artigo indignado. As soluções têm de ser os senhores de gravata a descobri-las que é para isso que recebem o seu salário.
A Luisa parece-me um elemento muito válido para a discussão. ehehehe
wild and free

cp

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Re:Este Governo
« Responder #66 em: 2013-06-09 01:13:16 »
Eu só quis deixar bem claro que a afirmação do cp é falsa, como se pode verificar.


"Em economia, a austeridade significa rigor no controle de gastos. Uma política de austeridade é requerida quando o nível do déficit público é considerado insustentável e é implementada através do corte de despesas.... http://pt.wikipedia.org/wiki/Austeridade

"O deficit público ou défice público, em macroeconomia, ocorre quando o valor das despesas de um governo é maior que as suas receitas. Normalmente o valor do defict público é expresso em percentagem sobre o PIB do país, permitindo a comparação entre países e a avaliação do excesso de despesa de cada país em relação ao valor da produção.... http://pt.wikipedia.org/wiki/Deficit_p%C3%BAblico

O problema será resolvido quando a formula Receitas - Despesas >= 0 Ponto

Agora estarmos a ser Governados por conversa politica, conversa de FP`s com direitos superiores ao resto dos cidadãos (porque a constituição assim o diz) sem fazer o que tem de ser feito, o resultado vai ser DEFAULT

Está tudo dito.

« Última modificação: 2013-06-09 01:15:59 por cp »
http://multigestao.com

"Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças."  (Sun Tzu, 500 a.C.).

mgom

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Re:Este Governo
« Responder #67 em: 2013-06-09 13:08:17 »
Gaspar diz que mau tempo prejudicou investimento
http://economico.sapo.pt/noticias/gaspar-diz-que-mau-tempo-prejudicou-investimento_170969.html



Afinal o problema do fundamentalismo "austérico" não é só do Excel.


http://www.ipma.pt/pt/



« Última modificação: 2013-06-09 13:10:36 por mgom »
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Re:Este Governo
« Responder #68 em: 2013-06-09 16:47:54 »
mgom, compreendes que o fundamentalismo austérico está ligado a gastarmos mais do que ganhamos? A consumirmos mais do que produzimos? E que não existe alternativa a consumirmos dentro do que produzimos? Ou que as dívidas, resultantes de consumirmos mais do que produzimos no passado, seriam moralmente para pagar?
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Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #69 em: 2013-06-09 19:24:00 »
NÃO SEI EM QUE PAÍS vive o Incognitus. Talvez um país habitado por gnomos, fadas, ministros alemães e jogadores do Benfica. Ou por sujeitos de fato e gravata que emergem dos carros e mergulham nas garagens e nos gabinetes e daí para os hotéis e condomínios fechados, ou os aviões, e nunca encontram gente. Dessa que paga impostos, taxas e contribuições de solidariedade para ajudar as pessoas que precisam, ou seja, eles mesmos entre outros.

Quem quer bons salários vai fazer consultoria de privatizações e não corte e costura. Empregos de mulheres ociosas. A costura, não a consultoria. Na consultoria é que está a REAL PRODUÇÃO do país, qual emprego menor que cuide e ajude os outros.

A maior PRODUÇÃO em Portugal(como diz o ilustre Incognitus) resolvia-se se tivesse menos cinco milhões de pessoas e se os reformados, funcionários públicos envelhecidos, doentes com doenças exorbitantes, desempregados e outros subsidiados e excluídos, jovens com sonhos de educações superiores, simplesmente desaparecessem morrendo ou emigrassem vivendo. Se metade da população portuguesa fosse dizimada pela peste isto resolvia-se. Reconvertia-se. Sobreviviam os empreendedores, os filósofos do empreendimento, os financiadores e financeiros, os teólogos da austeridade e respetivas famílias, mesmo velhas e excedentárias, as grávidas, os católicos e demais religiosos reprodutivos, os funcionários superiores e os consultores. E seus assessores.

Onde é que eu já ouvi isto?!
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vbm

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Re:Este Governo
« Responder #70 em: 2013-06-09 19:59:47 »
:))

E não obstante, uma produção vendável obtida com elevada produtividade, ou seja programada em alta tecnicidade, permite aos assalariados nela implicados auferir elevadas remunerações as quais podem bem ser sustento de toda uma coorte de inactivos na tal actividade dos "transaccionáveis": donas de casa, jardineiros, chauffers, contabilistas, cozinheiros, filhos, filhas, noras, genros, cunhadas, viúvas, sogras e sogros, além de artistas, estudantes, poetas, filósofos et alter. Igualmente permite reenviar para o campo, florestas e a agricultura de regadio, inúmeros subempregados suburbanos. E, sim, a população bem pode cessar a progressão louca de ultrapassar largamente os sete mil milhões e regressar aos números confortáveis dos anos 50, ao redor dos 3 mil e quinhentosa milhões. Leia-se este livrinho:


mgom

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Re:Este Governo
« Responder #71 em: 2013-06-09 21:37:46 »
mgom, compreendes que o fundamentalismo austérico está ligado a gastarmos mais do que ganhamos? A consumirmos mais do que produzimos? E que não existe alternativa a consumirmos dentro do que produzimos? Ou que as dívidas, resultantes de consumirmos mais do que produzimos no passado, seriam moralmente para pagar?

Já que estou numa onda de metáforas, aqui vai mais uma:

João - (Europa)
Pedro - (Portugal)


 O imaginário "João"  tem um amigo "Pedro"  que se deixou levar por outros falsos amigos oportunistas, (políticos Bloco Central) metendo-o por maus caminhos levando-o a gastar todo o dinheiro e afundar-se em dívidas com agiotas.

É claro que os agiotas estavam feitos com os tais "falsos amigos", era assim que eles enriqueciam,  eram eles que ganhavam o grosso do saque, já os falsos amigos contentavam-se com uma pequena gorjeta.

Quando o Pedro se apercebe da fraude em que caiu, já não havia nada a fazer. A ruína dele e família eram uma fatalidade.

Os agiotas, mestres da "sonsice" chamaram-lhe LADRÃO e denunciaram-no.


a)  O "Alves" um dos agiotas, não contente em roubar-lhe as poupanças e a maior parte do seu salário, Sugeriu-lhe um novo empréstimo de menor juro para pagar aos outros agiotas seus companheiros (Troika) com uma condição, a casa e as propriedades de família do João, que lhe davam algum rendimentos, seriam vendidas aos agiotas por um preço a condizer com a urgência, bagatela, não teve outro remédio.

João concordou com o  acordo e aproveitou também para ganhar com ele algum  dinheiro .

O amigo do João, o Pedro,  já na miséria, cada vez com menos rendimentos, (que passaram na maioria para os agiotas que muito lucravam com elas), com um filho doente, a mulher deprimida, não pode pagar aos agiotas.

Estes chamaram-lhe LADRÃO e denunciaram-no e é preso.

Passa um calvário sem fim á vista.

Os agiotas estão cada vez mais ricos e felizes.

João ignora o sofrimento do amigo e  defende a lógica manhosa dos usurários.




b) O João que tinha algumas posses, e viu que o amigo estava decidido a não cair noutra igual, decidiu ajudá-lo, pagando-lhe as dívidas.

Não lhe cobrou juros e deu ao amigo um prazo suficientemente longo para lhe devolver o dinheiro emprestado, longo o suficiente para poder continuar a sustentar a sua família sem qualquer carência, nem perder a casa ou o salário com os agiotas mafiosos.

Infelizmente,  a Europa não segue o exemplo  b)



E não, não gosto de agiotas...
Fazem-me sempre lembrar aquela peça de teatro  "O mercador de Veneza" , aliás neste momento  o Governo Alemão e outros, estão também muito ao nível do vilão desta peça.

« Última modificação: 2013-06-09 21:40:55 por mgom »
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Re:Este Governo
« Responder #72 em: 2013-06-09 22:05:50 »
NÃO SEI EM QUE PAÍS vive o Incognitus. Talvez um país habitado por gnomos, fadas, ministros alemães e jogadores do Benfica. Ou por sujeitos de fato e gravata que emergem dos carros e mergulham nas garagens e nos gabinetes e daí para os hotéis e condomínios fechados, ou os aviões, e nunca encontram gente. Dessa que paga impostos, taxas e contribuições de solidariedade para ajudar as pessoas que precisam, ou seja, eles mesmos entre outros.

Quem quer bons salários vai fazer consultoria de privatizações e não corte e costura. Empregos de mulheres ociosas. A costura, não a consultoria. Na consultoria é que está a REAL PRODUÇÃO do país, qual emprego menor que cuide e ajude os outros.

A maior PRODUÇÃO em Portugal(como diz o ilustre Incognitus) resolvia-se se tivesse menos cinco milhões de pessoas e se os reformados, funcionários públicos envelhecidos, doentes com doenças exorbitantes, desempregados e outros subsidiados e excluídos, jovens com sonhos de educações superiores, simplesmente desaparecessem morrendo ou emigrassem vivendo. Se metade da população portuguesa fosse dizimada pela peste isto resolvia-se. Reconvertia-se. Sobreviviam os empreendedores, os filósofos do empreendimento, os financiadores e financeiros, os teólogos da austeridade e respetivas famílias, mesmo velhas e excedentárias, as grávidas, os católicos e demais religiosos reprodutivos, os funcionários superiores e os consultores. E seus assessores.

Onde é que eu já ouvi isto?!

Se existisse algum argumento no seu post eu responderia, mas assim não tenho por onde responder.

Qual o argumento, afinal?

Note que isto da produção e consumo não é uma opinião minha - é uma realidade básica e incontornável. O desejar-se algo não torna o algo realidade. Que toda a gente quer nominalmente o máximo emprego possível remunerado o mais alto possível é óbvio. O que já não é tão óbvio para muitos é como é que se maximiza o emprego e os salários. E não é DESEJANDO-O ou LEGISLANDO-O que se consegue, compreende?
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Re:Este Governo
« Responder #73 em: 2013-06-09 22:25:01 »
Há o argumento de explicar aos Srs. da Europa rica que que assim não dá, nem com excel, nem com Sol nem com nada.

Sobre as causas da dívida e quanto á legitimidade, ou não, já discutimos antes.

Quanto ao caminho para resolver a situação,  defendo aquilo que parecia o caminho óbvio no início da crise.

Ou seja, acordo sobre regras orçamentais comuns na UE, e criação de Ebonds.

Até o "tubarão" Soros vê isso, não sei se é uma visão que tenha algum trunfo na manga que o favoreça.
Á primeira vista parece-me puro bom senso...

O que não faz sentido a ninguém, é  destruir o tecido empresarial dos países com austeridade em cima de austeridade, e esperar um crescimento que óbviamente, só existe nas previsões do Min. Gaspar.

Ah, e o Sol, pra haver crescimento.




15/04/2013

George Soros esteve em Barcelona para inaugurar a sede europeia de uma rede de fundações que criou no Velho Continente, e deu uma entrevista ao “El Pais”, em que critica o papel desempenhado pela Alemanha na gestão da crise orçamental europeia.

Para o investidor, a Zona Euro tem de combater a crise orçamental dos países do Sul com a emissão de obrigações conjuntas europeias. Além de defender a emissão imediata de obrigações conjuntas europeias, a que a Alemanha se opõe, o investidor acredita que a política de austeridade é errada para responder à crise da dívida.

Por isso, o Soros defende que a Alemanha deve decidir entre abraçar o projecto europeu tal como foi concebido originalmente ou abandonar a moeda única.

“A Alemanha deve decidir se quer refazer a Zona Euro da forma que estava destinada a ser, o que supõe aceitar as responsabilidades e encargos necessários para avançar nessa direcção, ou bem que deve considerar sair do euro e deixar que o resto dos países criem as obrigações conjuntas europeias e possam combater a crise”, disse ao “El Pais”.

George Soros defendeu ainda que a saída da Alemanha não iria levantar problemas aos restantes países do Euro. Pelo contrário. “O efeito sobre os países devedores seria quase miraculoso. De repente, converter-se-iam em economias competitivas e a sua dívida diminuiria enormemente, em termos reais, com a depreciação do euro”, afirmou.

Já a Alemanha, teria de lidar com o peso de uma divisa mais forte do que o euro, retirando-lhe competitividade nos mercados internacionais.

“O peso do ajuste recairia sobre a Alemanha, que seria capaz de lidar com ele embora com dificuldades, porque de repente os seus mercados ver-se-iam inundados de importações do resto da Europa. Assim, todos os bens alimentares lhes chegariam de Espanha e de Itália e a maioria seria mais barata do que a produzida pela Alemanha. Teria, talvez, certos problemas com o desemprego. E Espanha recuperava-se.”

Não há alternativa ao fim da austeridade

O investidor que apostou conhecido por ter apostado contra o Banco de Inglaterra, em 1992, acredita que a Europa não tem alternativa a abandonar as políticas de austeridade e defende que as obrigações conjuntas têm de ser emitidas o quanto antes.

“Todo o mundo compreende que não se pode reduzir o peso da dívida reduzindo a despesa pública em condições como as actuais”, afirmou. “Uma vez que o indicado do endividamento é uma relação da dívida com o produto interno bruto (PIB), se se reduz a despesa, baixa-se o PIB numa proporção maior e acaba por se agravar o problema. Isto foi percebido em todo o lado, salvo na Zona Euro.”

Soros defendeu que a Zona Euro precisa “de alterar a política que está a empurrar a Europa para uma depressão de longa duração e a aumentar as diferenças e as divergências de competitividade. Isto está a separar cada vez mais os países devedores e credores, criando uma interacção catastrófica.”

As obrigações europeias têm de ser emitidas agora, de forma a permitir abandonar as actuais políticas de austeridade que estão a agravar a recessão económica. “A situação continua a deteriorar-se, por isso há que fazer algo mais drástico para alterar a direcção o quanto antes.”

“Não há alternativa a converter dívida existente em obrigações europeias. Depois, o custo de financiamento cairia e os juros equilibrar-se-iam ou, inclusivamente, registariam um excedente pelo que haveria espaço para os estímulos fiscais. Seria o fim da austeridade.”





« Última modificação: 2013-06-09 22:29:20 por mgom »
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Re:Este Governo
« Responder #74 em: 2013-06-10 00:03:50 »
Não creio que o resto da Europa esteja pronto para praticar o tipo de "solidariedade" que as pessoas em Portugal querem, e que equivale essencialemente a termos países Europeus a trabalhar para nós de borla.

De resto, nem nos EUA seria aceite uma tal política se fosse tomada abertamente (embora existam contribuintes e recipientes líquidos como efeito de algumas das políticas Federais).
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Re:Este Governo
« Responder #75 em: 2013-06-10 00:18:32 »
Não creio que o resto da Europa esteja pronto para praticar o tipo de "solidariedade" que as pessoas em Portugal querem, e que equivale essencialemente a termos países Europeus a trabalhar para nós de borla.

De resto, nem nos EUA seria aceite uma tal política se fosse tomada abertamente (embora existam contribuintes e recipientes líquidos como efeito de algumas das políticas Federais).

A minha pergunta é: Até quando vais defender a austeridade? Até atingirmos 25% de desemprego?
Até o FMI já está "pirar-se"..... os ratos começam a abandonar o navio  :D

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Re:Este Governo
« Responder #76 em: 2013-06-10 00:30:01 »
Não creio que o resto da Europa esteja pronto para praticar o tipo de "solidariedade" que as pessoas em Portugal querem, e que equivale essencialemente a termos países Europeus a trabalhar para nós de borla.

De resto, nem nos EUA seria aceite uma tal política se fosse tomada abertamente (embora existam contribuintes e recipientes líquidos como efeito de algumas das políticas Federais).

A minha pergunta é: Até quando vais defender a austeridade? Até atingirmos 25% de desemprego?
Até o FMI já está "pirar-se"..... os ratos começam a abandonar o navio  :D

Eu não "defendo" a austeridade. Eu digo que a austeridade é uma inevitabilidade. Dizer que a austeridade "não funciona" é o mesmo que dizer que a realidade "não funciona". Ou que a gravidade é lixada e devia ser proibida. O que não funciona é consumir-se mais do que se produz, isso é insustentável. O que é insustentável não se sustenta.

FMI a pirar-se, etc, são tudo tangas. O FMI, ou outra entidade qq, não se vai chegar à frente porque acha que um dado país para manter o seu nível de vida necessita de montantes de crédito exponenciais. O FMI existe para reequilibrar os países. Existe para providenciar um crédito temporário quando mais ninguém já o providencia, na condição de que quem o recebe tome medidas para não mais dele necessitar. A austeridade, providenciada pelo FMI, é a sua missão-base. A vontade de acreditar que "existe outro caminho" é apenas uma vontade de se acreditar em milagres e querer evitar a realidade.
« Última modificação: 2013-06-10 00:32:53 por Incognitus »
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Re:Este Governo
« Responder #77 em: 2013-06-10 01:42:34 »
Não creio que o resto da Europa esteja pronto para praticar o tipo de "solidariedade" que as pessoas em Portugal querem, e que equivale essencialemente a termos países Europeus a trabalhar para nós de borla.

De resto, nem nos EUA seria aceite uma tal política se fosse tomada abertamente (embora existam contribuintes e recipientes líquidos como efeito de algumas das políticas Federais).

A minha pergunta é: Até quando vais defender a austeridade? Até atingirmos 25% de desemprego?
Até o FMI já está "pirar-se"..... os ratos começam a abandonar o navio  :D

Eu não "defendo" a austeridade. Eu digo que a austeridade é uma inevitabilidade. Dizer que a austeridade "não funciona" é o mesmo que dizer que a realidade "não funciona". Ou que a gravidade é lixada e devia ser proibida. O que não funciona é consumir-se mais do que se produz, isso é insustentável. O que é insustentável não se sustenta.

FMI a pirar-se, etc, são tudo tangas. O FMI, ou outra entidade qq, não se vai chegar à frente porque acha que um dado país para manter o seu nível de vida necessita de montantes de crédito exponenciais. O FMI existe para reequilibrar os países. Existe para providenciar um crédito temporário quando mais ninguém já o providencia, na condição de que quem o recebe tome medidas para não mais dele necessitar. A austeridade, providenciada pelo FMI, é a sua missão-base. A vontade de acreditar que "existe outro caminho" é apenas uma vontade de se acreditar em milagres e querer evitar a realidade.

Certamente não leste o que o FMI disse, senão a tua realidade seria outra. Ou então referes-te à realidade do excesso de austeridade.  A questão é a medida  (excessiva) da austeridade, que está a matar a economia. AInda ontem fui ao Colombo e vi uma série de lojas fechadas....
"Tangas"? Só se for a do Tarzan :D Então até a Comissão Europeia veio criticar o FMI pelo documento e são "tangas"? Acho que a tua realidade é diferente da dos outros mortais.
E obviamente, há OUTRO caminho, que é o de impulsionar a economia. Também havia outro caminho que não o da troika, como já foi dito e que tinha sido APROVADO pelos alemães. Há MUITOS caminhos, muitas políticas, muitas opções. Essa história de que "somos nós ou o caos" é que é uma bela "tanga"  :D
Há muita mistificação à volta destes temas que interessa, acima de tudo, a quem quer privatizar TUDO, estado mínimo, segurança social mínima, saúde mínima, educação mínima - Que é o teu caso, segundo consta.
Se tu queres convencer-te que o único caminho é este, tudo bem, mas algo me diz que em breve já poucos defenderão a continuação deste excesso de austeridade.

Incognitus

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Re:Este Governo
« Responder #78 em: 2013-06-10 01:59:54 »
Enfim, quando se emitem opiniões há sempre outros caminhos. Quando é preciso dinheiro, há apenas o caminho ditado pelos credores, cuja opção não é nossa - é deles. Ou alternativamente, existe o incumprimento, que força um déficit 0 imediato. Ambos levam à austeridade. Portanto esta é inevitável.
 
"Impulsionar a economia" é algo que ocorre sozinho quando não se a estrangula com impostos e regulamentos. Só que para não se a estrangular é necessário não fazer os gastos no Estado, porque se se fazem então depois os impostos são inevitáveis. E eu estou longe de falar de um Estado mínimo mesmo sendo a favor da sua contenção ao essencial - o meu "essencial" inclui educação e saúde para todos - até para mais do que presentemente, pois presentemente não é para todos.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Luisa Fernandes

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Re:Este Governo
« Responder #79 em: 2013-06-12 01:13:09 »
Quem não Offshora não mama...