Mas qual a alternativa?
Dar total poder discricionário ao dirrector, cofiando que ele é um bom avaliador de professores e só quer o melhor para a escola?
A alternativa era fazer exames e as melhores notas davam aulas.
Mas isto era o fim do mundo para os sindicatos e para os proprios profs.
Claro que esses profs teriam que entrar para o quadro e não serem contratados durante 15 anos.
Para ser claro há a necessidade de distinguir entre o processo de selecção a definição dos critérios e a como quantificar esses critérios.
1) O processo de recutamento pelo menos no passado era baseado em critérios perfeitamente objectivos (até era feito por computador). Parece que a crítica aqui é que os criterios são demasiado objectivos, e que seria bom introduzir alguma subjectividade, já que um professor pode ter excelente nota de curso, muitos anos de experiência e no entanto os alunos passam as aulas todas a bocejar de tedio. Faz algum sentido mas tenho a certeza que as pessoas aqui do forum que reclamam isso, seriam as primeiras a vir para aqui atirar pedras dizendo que conhecem um fulano que com 13 passou á frente doutro com 14, porque bla bla bla e é tudo uma vergonha e etc etc.
2) Um dos criterios usados é a competência cientifica (ou cientifica pedagocica)
3) A quanticação da capacidade cientifica é feita pela nota de Lic.
Pelo que percebi a tua discordância está apenas no ponto 3), em que achas que a competência cientifica deve ser avaliada por um novo exame. Basicamente estas a dizer que não acreditas no nota obtida na avaliação na universidade. Até concordo, já que (e não é exclusivo do ensino) há cursos em que as notas são inflacionadas, porque a empregabilidade é essencialmente no sector público cujos critérios de admissão estão atados à nota, e portanto se baixarem a exigencia para formar alunos com medias elevadas, eles vão passar á frente (nos concursos publicos) de alunos de outra universidade onde a exigência é elevada (e portanto notas são mais baixas).
Mas este ponto tem mais a ver com o processo de acreditação do cursos universitários do que a transparência ou justiça no processo.
Conheces a FLUP?
É a melhor universidade de letras da zona norte. Há 10 anos atras se tivesses 14 de media final de curso eras do melhor que havia. A média para entrar na universidade era das mais altas.
Depois havia a escola superior de educação.
A media de entrada era muito mais baixa. No final do curso tinham de média 16 valores. Resultado final os melhores ficaram no desemprego e os outros entraram.
Só quem não conhece o ensino é que não percebe isto.
Ontem a SMOG falou neste ponto e bem.
O justo era fazer como te disse, precisamos de 500 profs. Exame e os melhores entram nos quadros.
Eu sei que isto é complicar, mas este sector é altamente concorrencial.
Já agora a propria FLUP agora dá notas mais altas, mas as escolas superiores já dão 18, 19 e já vi 20.
É por isto que os mais velhos querem a graduação, caso não saibam quem termina o curso co 18 tem uma graduação de 18, depois cada ano completo de serviço dá mais 1 ponto. A graduação é o principal critério de seleção.
Nesta altura quem tem menos do que 20 de graduação não consegue dar aulas.
Como podes ver a nota de curso varia com a concorrencia. E isto é 100% verdade.