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Autor Tópico: Educação - Tópico principal  (Lida 377189 vezes)

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #400 em: 2013-12-03 10:14:02 »
Os professores contratados, que são escolhidos pelo director dos mega-agrupamentos, são permeáveis à "cunha". Eles colocam quem querem.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Zakk

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #401 em: 2013-12-03 10:30:57 »
Os professores contratados, que são escolhidos pelo director dos mega-agrupamentos, são permeáveis à "cunha". Eles colocam quem querem.

Mais ou menos. A lei tenta contrariar essa situação.

Atenção que um director de uma escola publica se tiver um prof amigo não escolhe o melhor. Esta situação é normal se fosse eu o director tambem fazia o mesmo.

Já se fosse uma escola privada as coisas não eram assim.

O grande problema é que por norma os professores são todos competentes e aí vem a amizade. É por isso que a escolha é feita pela graduação, que é uma coisa parecida com a idade.

A escolha pela graduação é a coisa mais justa que pode haver na escola publica, embora isto possa parecer estranho a muita gente (que não sabem o que é uma escola publica)

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #402 em: 2013-12-03 10:40:33 »
O que eu queria dizer é que é o director que escolhe o professor e que por isso o processo é permeável a cunhas.
Até pode-se dar o caso do escolhido ser um professor mais novo e com melhores capacidades que o mais antigo.

Mas que há discricionaridade, sim existe.
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Urmas Reinsalu

secret

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #403 em: 2013-12-03 11:17:30 »
Eu acho que isso não pode ser feito de qualquer maneira. Tem que ter em conta classificação e avaliação.

O meu irmão teve uma situação que reclamou, recorreu ao provedor de justiça, e ganhou. Só não foi reintegrado no posto porque já estava em outra escola e não quis mudar. Mas tinham que lhe devolver o lugar.

Zakk

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #404 em: 2013-12-03 11:43:00 »
Eu acho que isso não pode ser feito de qualquer maneira. Tem que ter em conta classificação e avaliação.

O meu irmão teve uma situação que reclamou, recorreu ao provedor de justiça, e ganhou. Só não foi reintegrado no posto porque já estava em outra escola e não quis mudar. Mas tinham que lhe devolver o lugar.

Foi o que eu disse a lei tenta contrariar essa situação.
Repara, não ficou lá o teu irmão e o que tinha ficado lá foi embora?


secret

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #405 em: 2013-12-03 11:48:39 »
Eu acho que isso não pode ser feito de qualquer maneira. Tem que ter em conta classificação e avaliação.

O meu irmão teve uma situação que reclamou, recorreu ao provedor de justiça, e ganhou. Só não foi reintegrado no posto porque já estava em outra escola e não quis mudar. Mas tinham que lhe devolver o lugar.

Foi o que eu disse a lei tenta contrariar essa situação.
Repara, não ficou lá o teu irmão e o que tinha ficado lá foi embora?

Não foi. Como ele não quis ir para lá essa pessoa ficou com o lugar. Não é 100% justo mas existe margem para pelo menos quem se sentir injustiçado poder reclamar.

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #406 em: 2013-12-03 11:53:59 »
Não envolve entrevista? É aí que podem usar a discricionaridade.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Zakk

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #407 em: 2013-12-03 11:58:31 »
Pois, é certo.
E o director que fez a ilegalidade foi para a rua?

A lei não serve para nada porque demora muito tempo.

Acho que a entrevista vale X do total da candidatura.
Assim como que há critérios de seleção que são ilegais
« Última modificação: 2013-12-03 12:08:34 por heras »

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #408 em: 2013-12-03 12:04:44 »
Mas eu disse que foi uma ilegalidade?

Apenas referi que havia possibilidade de existir discricionalidade.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #409 em: 2013-12-03 12:06:36 »
Sim, acho que a entrevista vale um tanto. Mas não sei quanto.

Zakk

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #410 em: 2013-12-03 12:22:14 »
Mas eu disse que foi uma ilegalidade?

Apenas referi que havia possibilidade de existir discricionalidade.

Estava a falar para o secret, mas não citei. :)

muze

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #411 em: 2013-12-03 12:24:50 »
eu não tenho grande fé nas regras para contratar, tanto que se vê que o foco é serem justas para os professores, quando se fosse uma instuição privada a preocupação seria se as regras são as ideais para os alunos.

no privado também se usam cunhas a diferença é que não há margem para abandalhar por causa disso...

Zenith

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #412 em: 2013-12-03 13:07:58 »
eu não tenho grande fé nas regras para contratar, tanto que se vê que o foco é serem justas para os professores, quando se fosse uma instuição privada a preocupação seria se as regras são as ideais para os alunos.

no privado também se usam cunhas a diferença é que não há margem para abandalhar por causa disso...



Acho que nos concursos para recrutamento de professores deveriam estar os representantes dos alunos (com paridade de voto relativamente ao director)  :D

Em termos de transparência sector público é muito melhor que privado (por isso é que um é público e outro privado).
No sector público tem sempre mecanismos para reclamar, enquanto no privado se contratação é feita directamente pelo patrão não há nada a fazer, se foi delegada num deptº de recursos humanos , alguém que se sinta prejudicado ou conhece alguém acima do DRH (e é preciso que esteja disposta a mexer nas coisas) ou não há nada a fazer.

« Última modificação: 2013-12-03 13:17:29 por Zenith »

Automek

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #413 em: 2013-12-03 13:23:13 »
O facto de ser mais transparente não significa que seja melhor. Ninguém imagina a Delta ou a Sonae a contratarem com base numa lista ordenada a partir de um conjunto de critérios administrativos.

Zenith

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #414 em: 2013-12-03 13:40:18 »
O facto de ser mais transparente não significa que seja melhor. Ninguém imagina a Delta ou a Sonae a contratarem com base numa lista ordenada a partir de um conjunto de critérios administrativos.

A transparência requer critérios objectivos. Esses critérios deverão reflectir aspectos relacionados com a  competência mas não há garantia qu se escolha o melhor. Para ter uma razoável garantiar de não nos enganarmos a única alternativa era ter todos os candidatos á experiência durante algum tempo (que poderá ser varios meses no caso de eng ou professores).
De resto no privado também não se escolhe os melhores. É frequente (e eu já fui muitas vezes enganado por isso) aparecerem candidatos que nas entrevistas demonstram dinamismo, auto-confiança, grande capacidade e vontade de aprender e que passados seis meses se verifica que são verdadeiras nulidades.

Automek

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #415 em: 2013-12-03 14:08:11 »
Mas no privado essas nulidades detectadas no período de experiência são despedidas (não só em empresas, mas também em colégios).
No ensino público, por seu lado, mesmo que seja uma nulidade lá continuará, simplesmente porque um critério administrativo assim o permite.

Daí que concordo contigo no facto do processo ser transparente, o que não significa que seja bom. Antes pelo contrário: não consegue escolher os melhores e não consegue expurgar a porcaria.

Zenith

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #416 em: 2013-12-03 14:43:46 »
Mas qual a alternativa?
Dar total poder discricionário ao dirrector, cofiando que ele é um bom avaliador de professores e só quer o melhor para a escola?

muze

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #417 em: 2013-12-03 15:12:51 »
eu não tenho grande fé nas regras para contratar, tanto que se vê que o foco é serem justas para os professores, quando se fosse uma instuição privada a preocupação seria se as regras são as ideais para os alunos.

no privado também se usam cunhas a diferença é que não há margem para abandalhar por causa disso...



Acho que nos concursos para recrutamento de professores deveriam estar os representantes dos alunos (com paridade de voto relativamente ao director)  :D

Em termos de transparência sector público é muito melhor que privado (por isso é que um é público e outro privado).
No sector público tem sempre mecanismos para reclamar, enquanto no privado se contratação é feita directamente pelo patrão não há nada a fazer, se foi delegada num deptº de recursos humanos , alguém que se sinta prejudicado ou conhece alguém acima do DRH (e é preciso que esteja disposta a mexer nas coisas) ou não há nada a fazer.
mas no privado se contratar alguém menos capaz de dar as aulas está a perder vantagem competitiva face à concorrência, e mesmo que façam a maior trafulhisse imaginária, só quem quer é que vai pagar essa trafulhisse...enquanto que no público somos obrigados a pagar

Zakk

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #418 em: 2013-12-03 15:23:18 »
Mas qual a alternativa?
Dar total poder discricionário ao dirrector, cofiando que ele é um bom avaliador de professores e só quer o melhor para a escola?

A alternativa era fazer exames e as melhores notas davam aulas.
Mas isto era o fim do mundo para os sindicatos e para os proprios profs.

Claro que esses profs teriam que entrar para o quadro e não serem contratados durante 15 anos.

Zenith

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Re:Educação - Tópico principal
« Responder #419 em: 2013-12-03 15:56:56 »
Mas qual a alternativa?
Dar total poder discricionário ao dirrector, cofiando que ele é um bom avaliador de professores e só quer o melhor para a escola?

A alternativa era fazer exames e as melhores notas davam aulas.
Mas isto era o fim do mundo para os sindicatos e para os proprios profs.

Claro que esses profs teriam que entrar para o quadro e não serem contratados durante 15 anos.

Para ser claro há a necessidade de distinguir entre o processo de selecção a definição dos critérios e a como quantificar esses critérios.

1) O processo de recutamento pelo menos no passado era baseado em critérios perfeitamente objectivos (até era feito por computador). Parece que a crítica aqui é que os criterios são demasiado objectivos, e que seria bom introduzir alguma subjectividade, já que um professor pode ter excelente nota de curso, muitos anos de experiência e no entanto os alunos passam as aulas todas a bocejar de tedio. Faz algum sentido mas tenho a certeza que as pessoas aqui do forum que reclamam isso, seriam as primeiras a vir para aqui atirar pedras dizendo que conhecem um fulano que com 13  passou á frente doutro com 14, porque bla bla bla e é tudo uma vergonha e etc etc.
2) Um dos criterios usados é a competência cientifica (ou cientifica pedagocica)
3) A quanticação da capacidade cientifica é feita pela nota de Lic.

Pelo que percebi a tua discordância está apenas no ponto 3), em que achas que a competência cientifica deve ser avaliada por um novo exame. Basicamente estas a dizer que não acreditas no nota obtida na avaliação na universidade. Até concordo, já que (e não é exclusivo do ensino) há cursos em que as notas são inflacionadas, porque a empregabilidade é essencialmente no sector público cujos critérios de admissão estão atados à nota, e portanto se baixarem a exigencia para formar alunos com medias elevadas, eles vão passar á frente (nos concursos publicos) de alunos de outra universidade onde a exigência é elevada (e portanto notas são mais baixas).

Mas este ponto tem mais a ver com o processo de acreditação do cursos universitários do que a transparência ou justiça no processo.