o Partido Republicano Português de como a República se tornou o domínio de um partido, de como esse partido se tornou um partido radical, de como esse partido radical transformou a democracia numa autocracia, e de como essa autocracia redundou numa guerra civil permanente.
salazar nao acabou com republica...quem acabou republica foi partido da republica....
recisavam de eleger uma assembleia constituinte, e corriam o risco de ver os antigos políticos ganhar eleições, aparecerem como deputados, tomarem o poder. Essa era uma preocupação que já existia antes de 1910, quando o jornalista João Chagas explicava que, uma vez feita a República, era importante garantir que os republicanos continuariam a governá-la. Como? Havia apenas uma maneira: prolongar a situação revolucionária, de modo que o poder continuasse a pertencer aos revolucionários.
República tinha de ser o que, depois, se chamou uma “revolução permanente”. Foi com esse fim que se abriu uma guerra contra a Igreja Católica. Noutros países, os republicanos haviam separado o Estado e a Igreja. Acontecera nos EUA, no Brasil e em França. Em Portugal, porém, a impropriamente chamada “Lei de Separação da Igreja do Estado”, de 21 de Abril de 1911, não apontava para uma verdadeira separação (por exemplo, conservou o antigo “beneplácito” para bulas papais e pastorais dos bispos, como se a Igreja continuasse do Estado). O seu fim era outro: o controle do clero, do culto e das manifestações religiosas (muito restringidas) por um Estado hostil, empenhado, segundo uma indiscrição de Afonso Costa, o ministro que fez a lei, em extinguir o catolicismo no país em duas ou três gerações. Em vez da “Igreja livre num Estado livre”, como nos EUA, a fórmula portuguesa era a “Igreja suspeita num Estado vigilante”.
isto nao dizem na escola
salazar foi la posto pelos republicanos.... quando declaram guerra a fezada....
eu diria salazar teve pouca oposicao...devido a isto...
...escolheram a fe....
primeira republica eram tipo socialistas sul americanos nas republicas bananas america
mais tarde, a Lei de Separação seria vista como um erro: num país rural e católico, teria feito do clero um inimigo e provocado a população nas suas crenças. Mas uma “guerra religiosa”
SALAZAR FOI DITADOR MENOS CONSTESTADO.... PORQUE ANTERIOR FEZ GUERRA A FEZADA DO RETANGULO
Daí que às primeiras eleições da República, em Maio de 1911, quase só se atrevessem a aparecer candidatos sancionados pelo PRP. Na maior parte dos círculos, houve apenas uma lista de candidatos, e em muitos casos o governo decidiu proclamá-los deputados imediatamente, dispensando a formalidade de uma votação. Assim surgiu a primeira assembleia “representativa” do regime: escolhida pelo partido, frequentemente sem a participação dos eleitores.
Em 1911, quando a Constituição ficou pronta, esperou-se que houvesse eleições para a câmara dos deputados e para o senado. Não houve. Simplesmente, os constituintes nomearam-se a si próprios senadores e deputados, sem eleições. A República só fez pela primeira vez eleições legislativas gerais em 1915, cinco anos depois da revolução. Também não houve eleições municipais até 1913. Os revolucionários não confiavam no eleitorado, e não estavam dispostos a correr riscos.
EM PORTUGAL NAO SAO MUITO DADOS A DEMOCRACIA
QUANDO ESCOLHA E FAZER GUERRA FEZADA DO POVO..
OU MUDAR DITADOR.....
E MUDAR O DITADOR!!! DA MENOS CHATICES
Os liberais tinham feito da monarquia constitucional “uma República com um rei”; julgaram que a República seria a “monarquia constitucional sem o rei”. Estavam enganados.
Os revolucionários republicanos estavam longe do marxismo que viria a predominar à esquerda anos depois: não eram colectivistas, respeitavam a “ortodoxia financeira”, e o seu aceso patriotismo recobria o que a esquerda deploraria mais tarde como “colonialismo”. Mas o igualitarismo, o anti-clericalismo, o maçonismo e o culto da Revolução Francesa não deixavam dúvidas sobre onde se situavam. Aliás, não eram menos, mas mais revolucionários do que os marxistas. É que antes da revolução bolchevista na Rússia, em 1917, o socialismo marxista não estava identificado com a subversão, mas com a organização dos operários e sua representação parlamentar. Era o que o maior partido marxista europeu, o Partido Social Democrata Alemão, ordeiramente fazia na Alemanha imperial.
O PRP também elegia deputados nas eleições da monarquia, mas em 1910 dedicava-se sobretudo a conspirar, usando sistematicamente lojas maçónicas, para tomar o poder através de uma insurreição. Confiava na violência revolucionária para transformar a sociedade. Por isso, aliás, recusava os compromissos dos liberais. Os liberais tinham mantido a monarquia e uma Igreja oficial, porque acreditavam que, desde que saneadas e controladas, podiam enquadrar o avanço gradual da democracia e da liberdade de pensamento. O PRP não acreditava nisso.