O impasse explosivo do descongelamento das carreiras dos funcionários do estado
pode ser o detonador adequado para a viragem política no país.
O PS fica realmente num dilema que fulminará os seus eleitores:
se discorda perde uma massa enorme de votantes;
se concorda, o país não se renova.
No primeiro caso, só uma aliança directa com o PSD
lhe permitirá cogovernar. E possivelmente, apenas
com Rui Rio, subordinando Marcello ou
dispensando-o de um segundo
mandato.
No segundo caso, ou o país é 'comprado' por algum estrangeiro
interessado em explorar-lhe o lítio, a madeira, o turismo, o petróleo
ou qualquer outra vantagem competitiva que consiga descobrir,
e nesse caso os funcionários públicos são encaminhados
para a reforma e financiados pelas novas receitas
do erário público até falecerem naturalmente, e
só depois o Estado se reformará ele próprio,
na função amanuense dos interesses
do país inquilino-ocupante.
Assim 'profetizo'! Se isto acontece ou não,
ignoro. Mas penso ser o dilema em que o país está.