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Autor Tópico: Educação - Tópico principal  (Lida 377150 vezes)

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1900 em: 2017-11-17 17:58:03 »
outra engracada sao as formacoes da treta que os profs fazem para subirem na carreira, ate dao vontade de rir
isto inclui a pos-graduacao pos-modernista da professora residente

Como dizia ontem o JMF no Observador, são formações complexas, como estas, que o professor precisa para evoluir na carreira:
PEDESTRIANISMO COMO UMA ESTRATÉGIA A APLICAR NA ESCOLA (todos os grupos de professores)

E depois ficam ofendidos quando se diz que as progressões são automáticas e argumentam que têm de fazer formações. Pedestrianismo é aceite como formação para progredir na carreira, seja professor de história, seja de matemática.  :D

Há outra porreira que são os PROFESSORES À DESCOBERTA DOS CAMINHOS DE SANTIAGO (também para todos os grupos). Uma excursão a Santiago de Compostela, com direito a créditos de formação. Pouco importa que seja para um professor de alemão. Talvez até encontrem uns alemães no caminho e aproveitam para praticar. :D

Quem é que pode levar esta gente a sério quando falam em formações ?


Quando fui professor houve uma formação que consistia ir para Andorra fazer ski durante 5 dias na Páscoa.
Foi duro, teve que se ir de autocarro.

Smog

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1902 em: 2017-11-17 18:12:22 »
Quando fui professor houve uma formação que consistia ir para Andorra fazer ski durante 5 dias na Páscoa.
Foi duro, teve que se ir de autocarro.
Bem vistas as coisas, os professores até têm razão. Ao pé dos congressos médicos nas Caraibas, isto dos Caminhos de Santiago ou Ski em Andorra é uma coisa mesmo de pobrezinho.  ;D

Zel

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1903 em: 2017-11-17 19:02:48 »
uma formacao dessas merecia um subsidio de risco

Smog

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1904 em: 2017-11-18 10:11:44 »
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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1905 em: 2017-11-18 10:33:56 »
Depois de já termos visto a alta qualidade das formações que os professores têm de fazer, que vão desde excursões a Santiago de Compostela à reciclagem de materiais, vamos agora debruçar-nos na seriedade das avaliações que necessitam de obter para progredir na carreira.

E, nada melhor, do que seleccionar o seu ilustríssimo representante para perceber o elevadíssimo grau de exigência dessas avaliações.

Citar
Um professor dá aulas e Mário Nogueira não dá aulas há mais de 20 anos. Parece mentira, mas este senhor está num perpétuo horário zero há duas décadas. A sua "carreira" docente conta com 32 anos de serviço, mas, na verdade, o Glorioso Líder da Fenprof só deu aulas nos primeiros 10 anos de vida profissional. Os últimos 22 anos foram dedicados ao sindicalismo profissional. Não, Mário Nogueira não é professor, é sindicalista. O que me leva a uma pergunta óbvia: como é que alguém que não dá aulas há vinte anos pode representar com realismo as pessoas que dão aulas todos os dias?

E esta comédia sindical não se fica por aqui. Por artes burocráticas impenetráveis, Mário Nogueira tem sido avaliado como professor: recebeu o "Bom" correspondente à classificação de 7,9 obtida no agrupamento de escolas da Pedrulha, Coimbra (Correio da Manhã, Dezembro 2011). Mais uma vez, um camião de perguntas bate à porta: se não dá aulas, como é que este indivíduo pode ser avaliado como professor? Como é que se opera este milagre da lógica? Entre outras coisas, parece que conferências e artigos de jornal contam para a avaliação de Mário Nogueira.
http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/quem-e-mario-nogueira=f814448

Smog

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1906 em: 2017-11-18 12:39:00 »
Depois de já termos visto a alta qualidade das formações que os professores têm de fazer, que vão desde excursões a Santiago de Compostela à reciclagem de materiais, vamos agora debruçar-nos na seriedade das avaliações que necessitam de obter para progredir na carreira.

E, nada melhor, do que seleccionar o seu ilustríssimo representante para perceber o elevadíssimo grau de exigência dessas avaliações.

Citar
Um professor dá aulas e Mário Nogueira não dá aulas há mais de 20 anos. Parece mentira, mas este senhor está num perpétuo horário zero há duas décadas. A sua "carreira" docente conta com 32 anos de serviço, mas, na verdade, o Glorioso Líder da Fenprof só deu aulas nos primeiros 10 anos de vida profissional. Os últimos 22 anos foram dedicados ao sindicalismo profissional. Não, Mário Nogueira não é professor, é sindicalista. O que me leva a uma pergunta óbvia: como é que alguém que não dá aulas há vinte anos pode representar com realismo as pessoas que dão aulas todos os dias?

E esta comédia sindical não se fica por aqui. Por artes burocráticas impenetráveis, Mário Nogueira tem sido avaliado como professor: recebeu o "Bom" correspondente à classificação de 7,9 obtida no agrupamento de escolas da Pedrulha, Coimbra (Correio da Manhã, Dezembro 2011). Mais uma vez, um camião de perguntas bate à porta: se não dá aulas, como é que este indivíduo pode ser avaliado como professor? Como é que se opera este milagre da lógica? Entre outras coisas, parece que conferências e artigos de jornal contam para a avaliação de Mário Nogueira.
http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/quem-e-mario-nogueira=f814448



Sabes o que é uma coluna de compostagem? Para que serve? E como fazer isso numa escola? e como funciona isso numa empresa? Desculpa lá mas agora entraste na minha área. CONSERVAÇÃO DA NATUREZA/ ECOLOGIA.

Aguardo pela tua sapiência...e não vale googlar! 8) ;D
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Zel

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1907 em: 2017-11-18 23:42:13 »
outra roubalheira a favor dos professores comparativamente aos outros FPs eh que sao promovidos de 4 em 4 anos enquanto que os outros so o sao de 10 em 10 anos
isto da igualdade pedida pela belinha e companhia eh so uma farca para ganharem mais do que os outros FPs e sector privado
sao ladroes e tem orgulho de o ser

portugal esta a voltar aos habitos antigos em que o estado eh a teta dos FPs, parabens ao BCE pelo seu grande trabalho


Automek

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1908 em: 2017-11-19 00:03:04 »
Gostava de saber quando é que os trabalhadores privados, que sustentam os públicos, vão passar a ter 35 horas de trabalho, vão reformar-se mais cedo, vão passar a ter um sistema de saúde próprio, vão ser aumentados, vão ter emprego garantido, sem poderem ser despedidos e vão ser promovidos de 4 em 4 anos automaticamente mediante umas excursões a Santiago de Compostela e umas avaliações em que serão todos bons ou mais que bons.

vbm

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1909 em: 2017-11-19 00:09:44 »
A única utilidade da declaração de compromisso é o governo não cair já no Parlamento. Mas o compromisso tem de ser negociado e é inaceitável que a progressão na carreira no período de congelamento seja recuperado adensando os aumentos remuneratórios de cada um até à idade de reforma! «Se eu fosse ministro» não recuperariam coisa nenhuma, salvo se tivessem aprovação de mérito por inspecção de ensino independente dos inspecionados. E não permitiria que se reformassem no topo da carreira, nos três escalões máximos de remuneração, mais do que um quinto ou um quarto dos efectivos à beira de tal promoção! Sem isto, tudo será uma punhalada traiçoeira no ideal da meritocracia. E se entrarmos num período de inflação em que o dinheiro se desvalorize e os aumentos reais de salário sejam próximos do zero, aí então, talvez permitisse todos chegarem pela idade e antiguidade ao topo recuperado da carreira actual, mas criaria mais três níveis novos de remuneração de topo só acessíveis aos de mérito comprovado no mesmo limite de um quarto ou um quinto dos efectivos por muito que os sindicatos berrassem e protestassem.

Smog

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1910 em: 2017-11-19 00:31:29 »
https://www.youtube.com/watch?v=L3HQMbQAWRc

Bob Marley - Don't worry be Happy

 ;D
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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1911 em: 2017-11-19 00:47:14 »
A única utilidade da declaração de compromisso é o governo não cair já no Parlamento. Mas o compromisso tem de ser negociado e é inaceitável que a progressão na carreira no período de congelamento seja recuperado adensando os aumentos remuneratórios de cada um até à idade de reforma! «Se eu fosse ministro» não recuperariam coisa nenhuma, salvo se tivessem aprovação de mérito por inspecção de ensino independente dos inspecionados. E não permitiria que se reformassem no topo da carreira, nos três escalões máximos de remuneração, mais do que um quinto ou um quarto dos efectivos à beira de tal promoção! Sem isto, tudo será uma punhalada traiçoeira no ideal da meritocracia. E se entrarmos num período de inflação em que o dinheiro se desvalorize e os aumentos reais de salário sejam próximos do zero, aí então, talvez permitisse todos chegarem pela idade e antiguidade ao topo recuperado da carreira actual, mas criaria mais três níveis novos de remuneração de topo só acessíveis aos de mérito comprovado no mesmo limite de um quarto ou um quinto dos efectivos por muito que os sindicatos berrassem e protestassem.
era interessante saber, quer antes dos congelamentos, quer agora, qual a % de professores que, tendo os anos necessários para progredir para o nível acima, NÃO progrediram por não cumprirem os critérios (má classificação, insuficiência de formação, etc.).
nos níveis mais baixos, sem quotas, a % deve ser perto de zero.

Smog

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1912 em: 2017-11-19 00:58:11 »
A isso podem aplicar a curva de Gauss:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_normal


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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1913 em: 2017-11-19 01:09:30 »
vbm, olha aqui a meritocracia em que tanto insistes :D

Citar
Quase um quarto dos professores chegaria ao topo da carreira no próximo ano se o tempo de serviço congelado nos últimos sete anos for tido em conta, disse fonte do Governo à Lusa.

Segundo a mesma fonte, dos cerca de 99 mil professores que existem no Ministério da Educação, cerca de 22.300 atingiriam o topo da carreira nessa situação, passando assim ter uma remuneração base da ordem dos 3.500 euros brutos. A contagem do tempo de serviço entre 2011 e 2017 resultaria ainda num aumento salarial anual de 15 mil euros para cerca de seis mil professores, adiantou.

https://eco.pt/2017/11/18/contagem-do-tempo-levaria-um-quarto-dos-professores-ao-topo-da-carreira/

25% no topo da carreira. AHAHAHAH. E querem eles consideração e respeito por parte da sociedade. A classe que mais avalia os outros é a classe onde o mérito menos conta. Felizmente a maioria dos putos nem se apercebe do tipo de gente que têm à frente todos os dias.

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1914 em: 2017-11-19 01:15:49 »
Isso apenas demostra que está tudo velho jarreta. O que é grave porque põe em causa a sustentabilidade do sistema. :-[
Eu com 50 anos sou das mais novas... :-[

Se não acreditam googlem. Já há estudos do próprio ME.... :)

edit: e eu já estou farta de pedir a reforma... se não me querem reformem-me.

Nota: reparem que a grande maioria dos professores, talvez uns 80%, tem licenciatura pré-Bolonha, daquelas que tiveram números clausus para acesso à Faculdade. Nada destas modernices Bolonhesas...e nesse tempo ter um 14 de média era considerado bom, nada destes 18,19 Bolonheses... em Universidades Cogumelos... que há para aí e dão cursos em troca de uns tustos...
Tudo velha guarda. :)
« Última modificação: 2017-11-19 01:24:08 por belinha »
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Zel

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1915 em: 2017-11-19 01:38:21 »
por falar em medias, eu reparei que as medias de entradas em todos os cursos superiores subiram imenso em relacao a minha epoca (tenho 40 anos)

o que se passou para inflacionarem tanto ? ja nao fazem exames como deve ser?

vbm

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1916 em: 2017-11-19 10:29:55 »
O impasse explosivo do  descongelamento das carreiras dos funcionários do estado
pode ser o detonador adequado para a viragem política no país.

O PS fica realmente num dilema que fulminará os seus eleitores:
se discorda perde uma massa enorme de votantes;
se concorda, o país não se renova.

No primeiro caso, só uma aliança directa com o PSD
lhe permitirá cogovernar. E possivelmente, apenas
com  Rui Rio, subordinando Marcello ou
dispensando-o de um segundo
mandato.

No segundo caso, ou o país é 'comprado' por algum estrangeiro
interessado em explorar-lhe o lítio, a madeira, o turismo, o petróleo
ou qualquer outra vantagem competitiva que consiga descobrir,
e nesse caso os funcionários públicos são encaminhados
para a reforma e financiados pelas novas receitas
do erário público até falecerem naturalmente, e
só depois o Estado se reformará ele próprio,
na função amanuense dos interesses
do país inquilino-ocupante.


Assim 'profetizo'! Se isto acontece ou não,
ignoro. Mas penso ser o dilema em que o país está.
 

D. Antunes

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1917 em: 2017-11-19 11:15:06 »
por falar em medias, eu reparei que as medias de entradas em todos os cursos superiores subiram imenso em relacao a minha epoca (tenho 40 anos)

o que se passou para inflacionarem tanto ? ja nao fazem exames como deve ser?

Na minha opinião, existe maior exigência e qualidade de ensino. Acabaram-se os 4 meses de férias grandes. E mais famílias perceberam que estudar é importante.

Por outro lado, penso que os exames são mais fáceis.

E existem algumas inflações de notas escandalosas (principalmente em colégios do norte).
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Automek

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1918 em: 2017-11-20 13:05:26 »
É preciso escrever o óbvio.

Citar
...
O que está mal nas reivindicações dos sindicatos não é propriamente o facto de exigirem melhores condições salariais para os professores, mas antes o facto de acharem que faz sentido existirem “progressões automáticas” na carreira. Com bem diz José Manuel Fernandes no “Observador”, cá fora, naquilo que o jornalista define como o “mundo real e não protegido dos trabalhadores do setor privado”, as coisas não funcionam assim.

Se o professor de 24 anos é melhor a dar aulas do que o professor de 60 anos e ainda consegue obter melhores resultados dos seus alunos, então este jovem professor deve ser mais bem remunerado do que o velho professor. Mais: se uma escola só tem uma vaga para estes dois professores, deve optar por ficar com o melhor e não com o que está lá há mais tempo.

No mundo real, aquele que Mário Nogueira não conhece, a meritocracia, a formação e a capacidade de trabalho contam mais do que a idade. No mundo real, nenhum empregador decide aumentar os seus funcionários simplesmente porque eles estão lá há muito tempo.
...
https://ionline.sapo.pt/589381?source=social

vbm

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Re: Educação - Tópico principal
« Responder #1919 em: 2017-11-20 15:07:08 »
Evidente. A mim parece-me uma bandeira política que granjeará votantes e talvez mais do que os que perca.