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Autor Tópico: Portugal falido  (Lida 3447869 vezes)

Vimeiro

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Re: Portugal falido
« Responder #18280 em: 2019-04-01 12:16:13 »
https://eco.sapo.pt/2019/04/01/passes-mais-baratos-custam-mais-32-milhoes-do-que-o-previsto/

Ou em linguagem de robaz/zenith: São só mais 50 cêntimos a cada português....seja ou não servido por esta medida. Não custa nada. Não sejam assim pá.

Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #18281 em: 2019-04-01 12:28:42 »
O povo tem a ideia geral do tipo de sociedade que quer, supostamente, e vota consoante isso. Totalmente diferente de participar directamente nas milhões de decisões em casos específicos que envolvem conhecimentos que os cidadãos todos não têm nem têm que ter na totalidade, não é suposto. Uma coisa é votar em querer que o Estado garanta saúde pública ou não garanta, outra é votar em referendo se é preciso comprar uma máquina de TAC nova para o Hospital de São José.
O povo não toma melhores nem piores decisões, se tiver de consumir cultura sozinho, do que toma quando compra alimentação, telemóveis, automóveis, férias e uma série de outras coisas em que o estado não se mete (e, por vezes, até um nível de complexidade igualmente elevado). A pessoa pesquisa, informa-se e toma a sua decisão. Muitas vezes "errada", claro.

Achar que tem de ser o estado a escolher cultura pelo povo, para este não escolher "mal", é como se lhe tirássemos dinheiro todos os meses, via impostos, para ter as férias "correctas" ou a alimentação "correcta", subsidiadas pelo estado.

O estado não escolhe (ou pelo menos não deve) a cultura pelo povo. O estado deve favorecer acesso à cultura, tal como ao contruir uma estrada toda a gente fica com acesso a ela (quer use quer não), e deve promover a criatividade cultural que advém do povo ou seja este é que deve construir a sua cultura.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #18282 em: 2019-04-01 12:39:09 »
O estado não escolhe (ou pelo menos não deve) a cultura pelo povo. O estado deve favorecer acesso à cultura, tal como ao contruir uma estrada toda a gente fica com acesso a ela (quer use quer não), e deve promover a criatividade cultural que advém do povo ou seja este é que deve construir a sua cultura.
Esse "favorecer acesso à cultura" é feito por via do subsídio, do apoio, etc.

Se o estado subsidia um filme do João Botelho, mas não o Balas e Bolinhos, se subsidia o Teatro Aberto mas não o La Feria é óbvio que está a escolher.
Favorecer acesso à cultura e não a escolher seria entregar um cheque-cinema ou cheque-teatro para a pessoa escolher. Mas nem essa possibilidade é aceite aqui porque as pessoas iriam escolher "mal".

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18283 em: 2019-04-01 12:41:53 »
eles tem medo que o escolher

mude  sistema todo

quem quer andar transportes publicos atrasados, avariados ou greve

so masoquista

por isso  latinos tugalandia nunca deixar escolher onde estão pessoas do socialismo que tem poder

e tipo protecionismo sem extrangeirada com proprio povo


« Última modificação: 2019-04-01 12:49:48 por Reg »
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Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #18284 em: 2019-04-01 12:51:25 »
Sumariando a minha posição.
O estado deve financiar a cultura e os pilares principais deveriam ser

Preservar a memória cultutal
Aqui o grosso seria o património mas inclui ambém os arquivos, museus.

Permitir acesso ás grandes obras da civilização
Aqui alguma prioridade deveria ir para as obras nacionais, e de resto nunca iremos ter a Gioconda a Lisboa, mas não deveria ficar reduzida à nacional.

Permitr acesso a obras que ainda não alcançaram estatuto de clássicas mas que refletem  tendências culturais engendradas pela modernidade.

Favorecer a atividade cultural a partir da escola e com enfâse na criatividade disruptiva (se o não for dificilmente se pode associar a criatividade) quando se tratar de dar apoios.

Depois poderiam existir outros aspetos que poderiam diferir de governo para governo, nomeadamente que áreas com fim comercial se  deveriam apoiar.

Relativamente à promoção de actividades que favoreçam a criatividade estamos na mesma situação da investigação. Na indústria 90% dos projectos de investigação não levam a um produto, mas os 10% que vingam devem compensar as perdas dos 90%. A atividade einvestigação é alatamente arriscada mas os falhanços também ensinam por onde não se deve ir. Nos acções que promovem a criatividade é de esperar a mesma coisa. 90% eestão condenadas ao esquecimento porque não trazem nada de novo e muitas vezes são mais do mesmo onde se inclui uma componente (por vezes grosseira) que favore ilusão de criatividade.
Reltivamente aos gostos, ´penso que é claro que não tem nada a ver com gostos pessoais, porque não sei o que vai surgir mas onsigo estimar que não ireii gostar de 90% (ou mais). Mas tal como na investigação o falhanço é necessário.


Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18285 em: 2019-04-01 12:53:42 »
mas exemplo pratico como ficava manuel oliveira nisso e juri iluminado no teu sistema?

voces blabla promover cultura

isso não existe

so existe os gostos de minorias  ou maiorias

os gostos da maioria  maiorias e facil tem mercado sem estado financiar gostos

mesmo minorias quando gostam muito de coisa tambem se desenrancam



vão acabar na mesma financiar o oliveira....
« Última modificação: 2019-04-01 13:24:32 por Reg »
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Re: Portugal falido
« Responder #18286 em: 2019-04-01 12:57:33 »
O estado não escolhe (ou pelo menos não deve) a cultura pelo povo. O estado deve favorecer acesso à cultura, tal como ao contruir uma estrada toda a gente fica com acesso a ela (quer use quer não), e deve promover a criatividade cultural que advém do povo ou seja este é que deve construir a sua cultura.
Esse "favorecer acesso à cultura" é feito por via do subsídio, do apoio, etc.

Se o estado subsidia um filme do João Botelho, mas não o Balas e Bolinhos, se subsidia o Teatro Aberto mas não o La Feria é óbvio que está a escolher.
Favorecer acesso à cultura e não a escolher seria entregar um cheque-cinema ou cheque-teatro para a pessoa escolher. Mas nem essa possibilidade é aceite aqui porque as pessoas iriam escolher "mal".

Deixa-te desses argumentos. Creio que não há ua bitola fixa mas apoios do estado pemitem uma redução de preços quer na entrada de teatros quer de conceitos rock (a % pode ser diferente).
Quanto ao cheque cultura não berrem com isso, quando aparecesse iam-se queixar que queriam gastar num bordel onde as putas declamam um poema antes de consumar o petisco sexual e cheque não foi aceite  ;D

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18287 em: 2019-04-01 12:58:57 »
os concertos rock tem mercado o estado financiar e burrice

ha quem paga 500 euros  para ver madonna cantar  sem subsidios


convem ser algo  nivel nacional. ou artistas pouco conhecidos  o tal cheque gastar  sempre era medida socialista  contra ricos artistas   mais livre


ate atrizes porno sabem cagar num jornal quem es tu dizer isso não e arte!? :D

o estado ja financia cagar, quadros branco e penis gay como arte.  tu estas ralado com putas hahahaha


tu não queres dar nem uma escolha isso e a verdade

mesmo seja escolha socialista com alguma liberdade  patriotica anti ricos burgueses
« Última modificação: 2019-04-01 13:29:26 por Reg »
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Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #18288 em: 2019-04-01 13:26:17 »
Deixa-te desses argumentos. Creio que não há ua bitola fixa mas apoios do estado pemitem uma redução de preços quer na entrada de teatros quer de conceitos rock (a % pode ser diferente).
Quanto ao cheque cultura não berrem com isso, quando aparecesse iam-se queixar que queriam gastar num bordel onde as putas declamam um poema antes de consumar o petisco sexual e cheque não foi aceite  ;D
Há inúmeros filmes feitos sem o apoio do estado porque não foram "escolhidos" pelo estado. Qual é a dúvida sobre isso ?
Ou seja, usando as  tuas palavras, o estado não está a "favorecer acesso" ao cinema. Está a "favorecer acesso" ao cinema "correcto".

O cheque cultura seria igualmente criticável porque não deixaria de ser uma coerção sobre alguém que teria de abdicar de coisas que entende serem mais importantes. Mas, ao menos, já permitia alguma liberdade. Do mal, o menos, como se costuma dizer. Mas nem isso os colectivistas aqui permitiriam.

Automek

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Re: Portugal falido
« Responder #18289 em: 2019-04-01 14:41:47 »
https://eco.sapo.pt/2019/04/01/passes-mais-baratos-custam-mais-32-milhoes-do-que-o-previsto/

Ou em linguagem de robaz/zenith: São só mais 50 cêntimos a cada português....seja ou não servido por esta medida. Não custa nada. Não sejam assim pá.

Eu gosto é do título.
Passes mais baratos
custam mais

Habitualmente uma coisa mais barata custa menos.  :D

São os free lunchs com que se engana o pessoal.

Beruno

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Re: Portugal falido
« Responder #18290 em: 2019-04-01 14:44:03 »
Se calhar estao a ter mais adesão que o projetado

Reg

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Re: Portugal falido
« Responder #18291 em: 2019-04-01 14:49:33 »
https://eco.sapo.pt/2019/04/01/passes-mais-baratos-custam-mais-32-milhoes-do-que-o-previsto/

Ou em linguagem de robaz/zenith: São só mais 50 cêntimos a cada português....seja ou não servido por esta medida. Não custa nada. Não sejam assim pá.

Eu gosto é do título.
Passes mais baratos
custam mais


Habitualmente uma coisa mais barata custa menos.  :D

São os free lunchs com que se engana o pessoal.

por esse ponto vista os "comunistas" do forum ate são mais realistas 

dizem e so mais euros por dia :-[

livra
« Última modificação: 2019-04-01 14:52:57 por Reg »
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Zenith

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Re: Portugal falido
« Responder #18292 em: 2019-04-01 14:49:56 »
Um sistema ser totalmente justo é uma impossibilidade (quer no público quer no privado).
Tal como no futebol quem ganha fica contente e quem perde culpa o árbitro (por vezes mas nem sempre com razão), mas em geral não propõem que se acabe com campeonatos ou com todo o futebol.
Há aspectos que tem de ser melhorados mas não justifica que o estado se afaste da sua missão de preservar e criar cultura.
Agora para vcs o papel do estado na cultura deveria ser 0, e os exemplos das crianças com cancro (mesma técnica do Brexit com autocarros a dizer que 350milhoes iam para o NHS), parcialidade dos juris, cheques cultura etc são apenas argumentos.
Não tenho nada contra cheque cultura e os maiores criticos seriam vcs caso aparecesse. Imagino que não poderia ser usado no talho ou numas férias nas caraibas ou até no futebol (a menos que fosse no estádio da luz  ;D).
Vcs são simplemente anti-cultura até ao tópico onde aparecem pretos, ciganos ou árabes.  Aí dizem que eles não se querem integrar na nossa cultura  :D
 Porque se haviam de integrar numa coisas que dizem ser irrelevante?
« Última modificação: 2019-04-01 14:51:34 por Zenith »

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Re: Portugal falido
« Responder #18293 em: 2019-04-01 14:55:02 »
antes haver estado portugues  ja tribo dos tugas tinha cultura

o primeiro rei foi FRANCES

voces são franceses? foi estado criou cultura...não me lixem com isso estado cria cultura


estado so se for  criar propaganda :-X

quem cria cultura são pessoas  ( tirando ditaduras tipo coreia norte ou islão querem impor regime cultural força ou portugal na inquisição e nazistas alemaes basicamente mataram outros povos)

mas engraçado e em paises mais liberais vivem mais povos diferentes com diferentes culturas tem mais liberdade escolha

ha montes cultura  diferente servir o povo sem subsidio


o estado tuga não cria cultura subsidia  gostos e mais nada
o estado tuga não cria cultura subsidia  gostos e mais nada
o estado tuga não cria cultura subsidia  gostos e mais nada
o estado tuga não cria cultura subsidia  gostos e mais nada
o estado tuga não cria cultura subsidia  gostos e mais nada
o estado tuga não cria cultura subsidia  gostos e mais nada
o estado tuga não cria cultura subsidia  gostos e mais nada

para mudar cultura pelo estado so mudando ditadura anti liberal  durante seculos  de opressão


eu penso ideia ensinar lusiadas as crianças e mesmo essa  tentar  mudar cultura povo pela opressão, ate agora não resultou vamos ver  seculos frente
« Última modificação: 2019-04-01 16:04:12 por Reg »
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Re: Portugal falido
« Responder #18294 em: 2019-04-01 15:01:52 »
Há aspectos que tem de ser melhorados mas não justifica que o estado se afaste da sua missão de preservar e criar cultura.
Porque é que o estado se afasta da missão de preservar uma alimentação saudável, deixando o dinheiro e a escolha da alimentação nas mãos das pessoas, que acabam por fazer opções erradas ?
Essa liberdade que se dá às pessoas faz com que não se crie ou desenvolva uma vasta oferta de produtos mais saudáveis. O dinheiro vai parar a porcarias e não a coisas saudáveis.

E alimentação tem muito mais impacto em toda a sociedade do que a cultura. Porque não um ministério da alimentação ou pelo menos a secretaria de estado da alimentação ?


Incognitus

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Re: Portugal falido
« Responder #18295 em: 2019-04-01 16:14:00 »
Estás a baralhar aqui as coisas que realmente estão em discussão.

Para se defender que é necessário proteger a cultura das pinturas e estátuas mais do que a dos videojogos não é necessário assumir, como tu aí dizes, que "uma vida vivida... vale mais". A questão é que as pinturas e estátuas fazem parte de uma cultura clássica que, se se perder, terá efeitos catastróficos, e já agora, produzirá sofrimento intenso das pessoas que têm apego a essa cultura e a perdem. Ao passo que os videojogos já estão neste momento bem financiados, pelos mecanismos de mercado, e isso é óptimo.

Aquilo que puder ser financiado pelos gostos e logo, pelo mercado a funcionar, pois que o seja, isso está ok. Mas a sociedade em geral tem obrigação de proteger aquelas facetas da cultura clássica que estejam ameaçadas de simplesmente desaparecer se forem entregues só ao mercado.

Logo, não tem nada a ver com o teu argumento de qual das vidas vale mais.
Eu até concordo parcialmente contigo por isso é que nos +400M do orçamento da cultura tive o cuidado de retirar o orçamento referente ao património.

Agora, se releres o que acabaste de escrever vais ver que estão aqui todos os argumentos para não apoiar a arte contemporânea (porque não é antiga, clássica), nem para financiar eventos de música clássica (não há o risco "físico" da mesma desaparecer"), nem para financiar cinema de autor porque não há "angústia" de perder o que não foi produzido.

Além disso, justificar a coerção com o "sofrimento intenso das pessoas que têm apego a essa cultura e a perdem", significa que o sofrimento de alguém que fica sem poder ir à exposição de arte minimalista é superior ao sofrimento de alguém que deixa de ir ao futebol porque o dinheiro lhe foi retirado para a arte minimalista. É, mais uma vez, assumir que uma forma de viver (ir ver cultura) é superior à outra (ir ver futebol), ao ponto de merecer a coerção.

Obviamente que eu estou a admitir que a perda de uma coisa como o Mosteiro dos Jerónimos em Portugal, ou a música de Mozart, ou os quadros renascentistas, ou a contínua representação das peças de Molière e Shakespeare é uma perda inaceitável. Isto, confesso, é motivado por eu achar que essas obras têm um valor transcendente, por razões várias. Num dos casos, suportam um certo orgulho nacional, e isso é importante. Noutros casos são referência de toda a cultura ocidental. Ao passo que os jogos de video que se jogam nos smartphones são aos milhões e vão e vêm. Se vários deles deixarem de ser jogados a perda não é assim uma coisa que destrua a memória da cultura ocidental. (já agora acho que também merecem ser preservados símbolos de culturas não-ocidentais, obviamente).

1) Coisas assim não se perderiam por falta de apoio, pois se existisse necessidade de apoiar existiria quem o fizesse.~
2) O que se perderia é aquilo para o qual não existe interesse e ninguém vê valor.
3) Para uma pequena comunidade de um determinado jogo, o valor que lhe atribuem é igual ao que tu irás atribuir a uma dessas quaisquer obras nas quais não existe interesse suficiente para as suster. Porque é que a vontade dessa comunidade deve valer menos do que a tua? "Porque é só mais um jogo de video?". Então e uma igreja ou muralha sabe-se lá onde não é só "mais uma igreja ou muralha sabe-se lá onde"?

Ponto 1) Se estás assim tão certo de que os símbolos de cultura clássica que eu citei acima não correm o risco de desaparecer, para mim tudo bem. Mas há que ter essa garantia. Se estiverem em risco, acho que se deve usar o $$ dos impostos para evitar que desapareçam.

Ponto 3) Uma muralha qualquer... Depende. Muitas não se perderá nada se desaparecerem. Então e se for um site de valor arqueológico? E se esses achados arqueológicos ou paleontológicos não tiverem quase público nenhum, e nesse caso não se possam financiar pelo mercado? Mas tiverem um pequeno grupo de cientistas da área para os quais os achados são preciosos? Neste caso eu defendo que se deva financiar com fundos públicos ainda que haja pouco gosto popular por essas coisas. A questão é que estamos a falar de uma memória de valor científico que é demasiado preciosa para se perder.

O valor que esse site arqueolõgico pode ter para ti, pode ser igual ao valor que um dado jogo de video pode ter para outra pessoa qualquer. Porque é que haveria o site arqueológico de ser apoiado coercivamente e o jogo de video não? Nota que o jogo de video também não teria apoio popular, mas teria uma comunidade igualmente fervorosa a defender o seu valor.

A tua lógica exige sempre que umas pessoas e respectivos interesses sejam superiores a outras pessoas e respectivos interesses. Repara, eu também posso achar que o site arqueológico perder-se é uma pena.

Eu compreendo a tua perspectiva. Repara, até uma coisa mais moderna, ali para os lados de Setúbal. Acho uma pena aquilo perder-se (achei por mero acaso ao consultar o Google Earth .. uma bateria litoral). Mas e depois? Uma coisa é o que eu acho, outra coisa é impô-lo aos outros, retirando parte da vida dos outros para servir os meus interesses e gostos.





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Re: Portugal falido
« Responder #18296 em: 2019-04-01 16:16:35 »
eu axo alimentação tugas jovens e que esta lixar isto tudo

as dos pais ate esta razoavel comparando com outros paises ocidentais   vamos ter filhos viver com menos saude que os pais
« Última modificação: 2019-04-01 16:21:15 por Reg »
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Re: Portugal falido
« Responder #18297 em: 2019-04-01 16:17:16 »
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

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Re: Portugal falido
« Responder #18298 em: 2019-04-01 16:36:21 »
Deixa-te desses argumentos. Creio que não há ua bitola fixa mas apoios do estado pemitem uma redução de preços quer na entrada de teatros quer de conceitos rock (a % pode ser diferente).
Quanto ao cheque cultura não berrem com isso, quando aparecesse iam-se queixar que queriam gastar num bordel onde as putas declamam um poema antes de consumar o petisco sexual e cheque não foi aceite  ;D
Há inúmeros filmes feitos sem o apoio do estado porque não foram "escolhidos" pelo estado. Qual é a dúvida sobre isso ?
Ou seja, usando as  tuas palavras, o estado não está a "favorecer acesso" ao cinema. Está a "favorecer acesso" ao cinema "correcto".

O cheque cultura seria igualmente criticável porque não deixaria de ser uma coerção sobre alguém que teria de abdicar de coisas que entende serem mais importantes. Mas, ao menos, já permitia alguma liberdade. Do mal, o menos, como se costuma dizer. Mas nem isso os colectivistas aqui permitiriam.

Tipicamente o colectivismo não aceita escolhas que lhe retirem a arbitrariedade. Isto porque toda a ideologia do mesmo é baseada em FORÇAR os outros a determinadas escolhas -- e não permitir-lhes liberdade de escolha. Aplica-se a mesma lógica que citei quanto ao comunismo.

Logo, ter um "mercado" a escolher, ou as pessoas a escolherem com base num cheque ensino, cultura, etc, tende a promover o mesmo tipo de reacção contrária.
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Re: Portugal falido
« Responder #18299 em: 2019-04-01 16:39:44 »
Um sistema ser totalmente justo é uma impossibilidade (quer no público quer no privado).
Tal como no futebol quem ganha fica contente e quem perde culpa o árbitro (por vezes mas nem sempre com razão), mas em geral não propõem que se acabe com campeonatos ou com todo o futebol.
Há aspectos que tem de ser melhorados mas não justifica que o estado se afaste da sua missão de preservar e criar cultura.
Agora para vcs o papel do estado na cultura deveria ser 0, e os exemplos das crianças com cancro (mesma técnica do Brexit com autocarros a dizer que 350milhoes iam para o NHS), parcialidade dos juris, cheques cultura etc são apenas argumentos.
Não tenho nada contra cheque cultura e os maiores criticos seriam vcs caso aparecesse. Imagino que não poderia ser usado no talho ou numas férias nas caraibas ou até no futebol (a menos que fosse no estádio da luz  ;D).
Vcs são simplemente anti-cultura até ao tópico onde aparecem pretos, ciganos ou árabes.  Aí dizem que eles não se querem integrar na nossa cultura  :D
 Porque se haviam de integrar numa coisas que dizem ser irrelevante?

Ser "anti-cultura" é impossível. Existe cultura em tudo. Ser anti-"pagar a cultura dos outros, nomeadamente cultura que se acha incrivelmente má", isso já é diferente.

Um sistema que escolhe arbitrariamente quem deve favorecer é um sistema que não tem muito por onde melhorar. O principal problema que ele revela está logo no "escolhe arbitrariamente" e não no que escolhe.
« Última modificação: 2019-04-01 16:41:20 por Incognitus »
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