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Autor Tópico: Investir em Obrigações - Tópico principal  (Lida 447014 vezes)

Counter Retail Trader

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1440 em: 2016-02-29 14:05:45 »
Volto a repetir com tanta obrigação no mundo ......

Mais vale darem a mim o dinheiro...prometo que vou ao casino do Estoril e :

Ou jogo black jack.... ou jogo na roleta pequenos players... sempre no vermelho á Benfica.

Ninguém está a advogar comprá-las ...

Ia jurar que sim , umas paginas atras , penso que nem precisas de ir muito atras

SrSniper

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1441 em: 2016-02-29 14:12:12 »
Sim, não estava à espera desta reviravolta de 180 graus.
Não está fácil

Moppie85

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1442 em: 2016-02-29 23:41:29 »
Sim, não estava à espera desta reviravolta de 180 graus.
Não está fácil

interessante q comentei sobre o risco (existente) da PT finance no CdB 2 ou 3 dias antes disto acontecer.

Continuo dentro a 94% com uma pequena exposição (vendi parte a 98,5%).

Automek

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1443 em: 2016-03-01 07:35:20 »
então se a PT Finance não tem actividade e transferiram para lá o dinheiro para pagar as obrigações, porquê esta agitação. não deveria estar 'garantido' o pagamento ? eu veria era as de 2017 e 2018 a dar o berro.

Pecunia...Olet!

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1444 em: 2016-03-01 10:06:26 »
O dinheiro transferido em Fevereiro creio que deve ter sido para reembolsar uma emissão que vencia nessa altura (nada nos comunicados referia que era destinado a uma emissão específica, e a PT Finance tem várias emissões).

A Oi parece (de acordo com as agência de rating) ter liquidez suficiente para reembolsar as dívidas de 2016 (afinal recebeu o dinheiro da Altice), mas se pagar as de 2016 e não tiver uma solução de financiamento para os anos seguintes o colapso é inevitável. Na impossibilidade de assegurar uma solução de financiamento (e alteração de modelo de negócio) então existe o risco de a qualquer momento entrar com o processo de renegociação de dívida. Se a solução for essa, quando menos dívidas reembolsar ar par menor é o impacto da re-estruturação para os obrigacionistas todos (i.e. repartem o mal por mais investidores).

Mesmo antes de noticia da TIM, as obrigações (excepto as de Jul2016 na bolsa Portuguesa) negociavam com yields que deixavam claro o risco de re-estruturação ou incumprimento, caso contrário não transacionariam a preços de 80% com maturidades 2017/2018 e cupões relativamente elevados.
 

SrSniper

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1445 em: 2016-03-01 10:26:21 »
O dinheiro transferido em Fevereiro creio que deve ter sido para reembolsar uma emissão que vencia nessa altura (nada nos comunicados referia que era destinado a uma emissão específica, e a PT Finance tem várias emissões).

A Oi parece (de acordo com as agência de rating) ter liquidez suficiente para reembolsar as dívidas de 2016 (afinal recebeu o dinheiro da Altice), mas se pagar as de 2016 e não tiver uma solução de financiamento para os anos seguintes o colapso é inevitável. Na impossibilidade de assegurar uma solução de financiamento (e alteração de modelo de negócio) então existe o risco de a qualquer momento entrar com o processo de renegociação de dívida. Se a solução for essa, quando menos dívidas reembolsar ar par menor é o impacto da re-estruturação para os obrigacionistas todos (i.e. repartem o mal por mais investidores).

Mesmo antes de noticia da TIM, as obrigações (excepto as de Jul2016 na bolsa Portuguesa) negociavam com yields que deixavam claro o risco de re-estruturação ou incumprimento, caso contrário não transacionariam a preços de 80% com maturidades 2017/2018 e cupões relativamente elevados.

Supostamente a transferencia para a PT finance é apra a emissão de JUL2016, está no comunicado.
mas cçlaro, vale o que vale

Pecunia...Olet!

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1446 em: 2016-03-01 10:53:55 »
Os comunicados ao mercado são realizados em função dos instrumentos admitidos à negociação nas respectivas bolsas.

No caso concreto da PT Finance a única emissão que resta na bolsa Portuguesa é aquela cujo ISIN é apresentado. Ou seja, o comunicado só foi divulgado em Portugal (i.e. CMVM) porque existia essa emissão admitida à negociação. Tal não significa, nem poderia significar, que é um montante destinado ao reembolso desta emissão em particular, a não ser que fosse explícito no mesmo e mesmo assim que não violasse eventuais covenants (ex. pari-passu).

Trata-se  de uma "contribuição de capital" e como tal destinado à totalidade de negócio (i.e. pagamento de todas as responsabilidades) da sociedade e não com um fim específico. O facto de mencionar um título específico pode ter induzido a erro, mas de facto isso resulta porque é o único título que existe na bolsa portuguesa e não porque o montante é destinado ao reembolso dessa emissão.
Sendo uma sociedade instrumental, em que todas as dívidas são "garantidas pela Oi" é natural que as contribuições de capital para amortização das dívidas sejam realizados ao longo do tempo quando seja necessário reembolsar algum empréstimo. Creio que foi o que aconteceu em Fevereiro com essa contribuição e com o reembolso ocorrido nessa altura.

Moppie85

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1447 em: 2016-03-01 11:50:05 »
Os comunicados ao mercado são realizados em função dos instrumentos admitidos à negociação nas respectivas bolsas.

No caso concreto da PT Finance a única emissão que resta na bolsa Portuguesa é aquela cujo ISIN é apresentado. Ou seja, o comunicado só foi divulgado em Portugal (i.e. CMVM) porque existia essa emissão admitida à negociação. Tal não significa, nem poderia significar, que é um montante destinado ao reembolso desta emissão em particular, a não ser que fosse explícito no mesmo e mesmo assim que não violasse eventuais covenants (ex. pari-passu).

Trata-se  de uma "contribuição de capital" e como tal destinado à totalidade de negócio (i.e. pagamento de todas as responsabilidades) da sociedade e não com um fim específico. O facto de mencionar um título específico pode ter induzido a erro, mas de facto isso resulta porque é o único título que existe na bolsa portuguesa e não porque o montante é destinado ao reembolso dessa emissão.
Sendo uma sociedade instrumental, em que todas as dívidas são "garantidas pela Oi" é natural que as contribuições de capital para amortização das dívidas sejam realizados ao longo do tempo quando seja necessário reembolsar algum empréstimo. Creio que foi o que aconteceu em Fevereiro com essa contribuição e com o reembolso ocorrido nessa altura.

Sim, isso é verificável nas contas da PT Finance no site da OI.
Havia um reembolso poucos dias depois dessa contribuição.
Tb verifiquei isso após ver a discrepância de valores entre a contribuição e o reembolso.

Elder

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1448 em: 2016-03-01 12:41:28 »
Se as receitas são em BRL porque querem reeestruturar a dívida em BRL? Obviamente é para reestruturar a dívida em moeda estrangeira.

Oi hires advisors to restructure BRL 60 bln debt
http://www.telecompaper.com/news/oi-hires-advisors-to-restructure-brl-60-bln-debt-report--1130888

Beruno

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1449 em: 2016-03-01 13:08:53 »
Isso é o total da divida convertida em reais, o que equivale a cerca de 15 mil milhoes de dolares

Deus Menor

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1450 em: 2016-03-01 13:17:56 »

Com a desvalorização do Real a dívida paga-se sózinha.

Beruno

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1451 em: 2016-03-01 13:51:16 »
o problema até é o inverso. porque boa parte da divida é em dolares. e com o dolar a valorizar e o real a desvalorizar, so piora o problema

Pecunia...Olet!

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1452 em: 2016-03-01 13:55:40 »
Infelizmente (para os accionistas e credores da Oi) é exactamente ao contrário. A desvalorização aumenta ainda mais a "fatura" que teria de pagar aos credores em moedas não BRL.

A distribuição da dívida da Oi é: 27% em EUR, 44% em USD e 27% em BRL.

Parte desta dívida em moeda estrangeira foi a que herdou da PT, e segundo a empresa, parte do dinheiro que recebeu da Altice não o converteu em BRL.

Em qualquer caso, a desvalorização acentuada do BRL só aumentou o problema.

SrSniper

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1453 em: 2016-03-01 17:57:35 »
Mais uma empresa de análise de risco rebaixa nota da Oi

Para a Moody's, concessionária terminará o ano com alavancagem de 5,5x o seu valor, e continuará queimando caixa até 2017.

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COMPARTILHE

 Da Redação— 1 de março de 2016


A empresa norte-americana de análise de risco Moody’s também rebaixou a nota atribuída a títulos de crédito da Oi. A decisão foi anunciada nesta terça-feira, 01. Além de reduzir a nota, também afirmou que o viés é de nova baixa. A avaliação pessimista atinge títulos da dívida da concessionária emitidos tanto em reais como em dólares e euros. As notas para títulos de longo prazo caíram, na escala global, de Ba3 para Caa1, e de outras obrigações da Companhia de B1 para Caa2.
 
Como comunicaram Fitch e Standard & Poor’s recentemente, o rebaixamento se baseia na deterioração dos dados financeiros da companhia. Segundo a Moody’s, houve crescimento do consumo de caixa e da alavancagem da companhia. A negociação frustrada por uma fusão com a TIM, que terminou com a saída do fundo LetterOne de iniciativa de financiar a Oi, “vais afetar mais a liquidez da companhia e sua flexibilidade para investir em CAPEX e espectro”, avalia a agência.
 
A Moody’s afirma que há risco de reestruturação da dívida com perdas para os credores pelos próximos 12 a 18 meses. Calcula que a alavancagem da empresa terminou 2015 em 5,5x, acima do prometido pela empresa no começo do ano passado, e que continuará a haver consumo de caixa até pelo menos 2017, com geração de caixa positivo apenas em 2018. “Apesar do corte de custos e busca por eficiência, o negócio sofrerá deterioração de margem devido a um mix em transformação e público alvo altamente impactado pela desaceleração econômica no Brasil”, afirma. Mas ressalta que há caixa para sustentar as operações da companhia por pelo menos mais 12 meses.

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Eles têm dinheiro para todas as emissões de 2016, mas claro tem que fazer alguma coisa para não falirem em 2017... agora, só Deus sabe o futuro
« Última modificação: 2016-03-01 17:58:14 por SrSniper »

Elder

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1454 em: 2016-03-02 15:05:59 »

Esperar 10 anos e ter 900% de lucro. Não é para todos (o ter de esperar 10 anos)...  ???

Hedge funds poised to make massive gains on Argentina bonds
http://www.marketwatch.com/story/hedge-funds-poised-to-make-massive-gains-on-argentina-bonds-2016-03-02?siteid=rss&rss=1

SrSniper

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1455 em: 2016-03-03 19:32:39 »
Oi tentará adiar pagamento de dívida, diz agência
A Oi contratou a PJT Partners e o Rothschild Group como assessores para reestruturar pelo menos o montante de dívida que vence até o final de 2017
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Da Redação   Da Redação — 3 de março de 2016

A Oi contratou a PJT Partners e o Rothschild Group como assessores para reestruturar pelo menos o montante de dívida que vence até o final de 2017. Segundo a agência de notícias Reuters, as consultorias farão um plano para adiar a maturação dos títulos. Ao menos R$ 13 bilhões em títulos vencem até o fim do próximo ano.

O PJT Partners estaria encarregado de negociar a reestruturação com investidores estrangeiros, enquanto o Rothschild deverá fazer o mesmo com os brasileiros.

Desde a negativa da TIM em negociar uma fusão, as ações da concessionária e o valor dos títulos negociados no mercado despencaram. A notícia levou a rebaixamento da nota do crédito da Oi por três empresas de análise de risco – Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s.

Conforme o último balanço financeiro divulgado pela companhia, referente ao terceiro trimestre de 2015, a dívida bruta da Oi era de R$ 53,65 bilhões, com 86,9% desse montante devido em moeda estrangeira. Na época, a empresa previa amortizar R$ 11,35 bilhões em 2016 e R$ 8,96 bilhões em 2017

Automek

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1456 em: 2016-03-10 13:51:11 »
as compras de obrigações corporate que o BCE anunciou hoje são restritas a que ratings ?

Incognitus

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1457 em: 2016-03-10 13:59:21 »
as compras de obrigações corporate que o BCE anunciou hoje são restritas a que ratings ?

Sem ver, certamente só aos mais elevados.
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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1458 em: 2016-03-10 14:22:21 »
so a investment grade de certeza

Incognitus

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #1459 em: 2016-03-10 14:37:07 »
Mais detalhe:

http://www.ecb.europa.eu/press/pr/date/2016/html/pr160310_2.en.html

É só investment grade, mas investment grade é muita coisa, abre a porta para se comprar ratings abaixo do que seria imaginável (AA, AAA ? ... assim vai-se até BBB).
« Última modificação: 2016-03-10 14:37:20 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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