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Autor Tópico: Investir em Obrigações - Tópico principal  (Lida 446950 vezes)

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #100 em: 2012-08-20 17:56:50 »
Elder, embora com risco acrescido pelo facto de serem emitidas em Portugal, têm a vantagem de serem cotadas na Euronext Lisboa com comissões de negociação iguais às das acções e até agora têm tido boa liquidez, têm negociado todos os dias.

São uma muito boa alternativa aos depósitos a prazo, cujas taxas oferecidas pelos bancos têm tendência a descer devido ao alívio da pressão para captar poupanças e à tendência de descida da Euribor.

Kin2010

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #101 em: 2012-08-20 21:37:34 »
Reparei que as recentes emissões de obrigações para o retalho da EDP, PT, e outras, são feitas pela empresa mãe em Portugal, ao passo que anteriores emissões da EDP e PT p.e. foram feitas por EDP Finance BV e PT Finance BV, registadas na Holanda.

Incrível!!!!! O descaramento não tem limites.

Em terra de cegos estas coisas passam.


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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #102 em: 2012-08-22 12:21:51 »
De aplaudir. CMVM obriga intermediários financeiros a darem mais informação a quem compra obrigações

Sugeria que a medida fosse extensiva a todos os investidores e também ao mercado secundário. Isto pode ser feito por livre iniciativa dos intermediários e de forma simples: no momento da transmissão da ordem seria apresentada uma simulação dos valores de todos os cupões pagos e de todas as comissões devidas até à maturidade nas datas de pagamento. Seria uma simulação semelhante à que é feita hoje para os créditos à habitação.

Para uma obrigação a 3 anos com pagamentos de juros semestrais, daria uma simulação com 6 linhas (6 datas de pagamento). Isto é muito fácil de implementar para o intermediário, seria apenas necessário acrescentar uma subrotina ao programa informático que recebe as ordens de compra.

Incognitus

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #103 em: 2012-08-22 12:48:58 »
Isso não é NADA fácil de implementar para o intermediário, Visitante. Tens milhares de obrigações diferentes e cada uma tem a sua ficha técnica. O trabalho para se ter uma simulação para a frente de cada uma delas é um projecto gigantesco a menos que se tenha um qualquer fornecedor de dados caros que o faça por ti (eventualmente o bloomberg já terá esses dados).
 
É muito diferente de um crédito à habitação em que existem poucos produtos diferentes e o mesmo constitui uma % grande da tua actividade. Ter essa simulação para as obrigações provavelmente   implicaria ter várias pessoas numa organização dedicadas a manter um tal sistema, não sei se na maioria existirá negócio que o justifique.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #104 em: 2012-08-22 14:03:29 »
Para fazer a simulação das obrigações de taxa fixa, é dessas a que me refiro, bastariam apenas os seguintes dados:
- taxa de cupão;
- maturidade;
- período de pagamentos do cupão;
- preço de compra;
- comissão de compra;
- comissão de guarda de títulos;
- comissão de pagamento de juros;
- comissão de pagamento de juros corridos;
- comissão de reembolso;
- impostos.

Da lista acima mais de 50% dos dados para a simulação são inerentes ao intermediário. Da ficha técnica é necessário conhecer apenas o cupão, a maturidade e o período de pagamento dos juros, que são dados  disponibilizados pela bolsa em que estão cotadas. As taxas de imposto a aplicar também são de fácil acesso.

Não vejo problemas no acesso aos dados nem na implementação, pois o trabalho seria apenas de programação, que é feito uma vez. Aliás, tenho ideia que já foi discutido por aqui, ou pelo outro fórum, a hipótese de criar uma folha Excel para calcular as yields de obrigações. Se alguém se lembrar coloque aqui o link por favor.

Para fazer a simulação até à maturidade, tendo calculada a yield, acresce muito pouco. Fica aqui a sugestão e o desafio. O  Excel até vai buscar automaticamente os dados à página da bolsa onde as obrigações estão cotadas, onde consta sempre a "fact sheet" do título.

Para terminar, qualquer intermediário que se preze em servir bem o comprador de obrigações já disponibiliza o cálculo das yields. Daí até à simulação completa a que me refiro é um pequeno passo, com enormes vantagens competitivas em termos de qualidade no serviço prestado. Acresce ainda que os intermediários, por regra, disponibilizam apenas umas dezenas de obrigações para negociação. No banco BIG p.e. a lista tem cerca de 40 títulos, no ActivoBank são cerca de 100, e os outros intermediários não fugirão muito disto.

(act.) Já que falei em nomes de intermediários é necessário clarificar que as listas de obrigações são as apresentadas online. A do BIG, mais reduzida, é de títulos do mercado fora de bolsa, com liquidez garantida. A lista do ActivoBank é mais vasta mas tratam-se de títulos cotados na Euronext Lisboa, muitos deles sem liquidez. A lista do BIG, embora mais reduzida, é muito mais cuidada, com apresentação das yields brutas e dos prospectos de admissão.

As comissões de compra para o mercado fora de bolsa são substancialmente mais elevadas do que as comissões de negociação online na euronext.

« Última modificação: 2012-08-22 14:53:07 por Visitante »

Incognitus

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #105 em: 2012-08-22 14:11:51 »
Pois, disponibilizando poucas é possível, talvez até fácil.
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rnbc

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #106 em: 2012-08-23 17:39:41 »
Todas as obrigações têm um contrato associado que convém ler, nem que seja na diagonal. Nomeadamente há uma série de condições que levam ao não pagamento de juros, que variam caso a caso e afetam o cálculo ou pelo menos a perceção do risco e podem tornar uma obrigação que paga um pouco menos mais apetitosa que uma vizinha aparentemente melhor pagadora.

Qualquer banco ou intermediário fornece esse contrato e quanto a mim se não conseguem entender aquilo mais vale não comprarem.
« Última modificação: 2012-08-23 17:40:46 por rnbc »

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #107 em: 2012-08-23 18:17:27 »
O conteúdo dos prospectos depende da jurisdição aplicável mas por regra incluem um quadro em forma de ficha normalizada onde são especificadas todas as condições. De outro modo seria muito difícil catá-las no texto de um documento com 100 ou 200 páginas, ou até mais.

rnbc

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #108 em: 2012-08-23 18:47:45 »
Grande parte desses documentos são palha, não custa assim tanto ler o que interessa. Ainda por cima é um investimento a longo prazo, e normalmente de valores altos, por isso qual é o problema de perder algum tempo a ler as condições? Afinal se fosses comprar um carro passavas horas a informar-te, ora os montantes para comprar obrigações andam em valores semelhantes. Ai a preguiça! ;)

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #109 em: 2012-08-23 20:13:54 »
Pois, referia-me justamente à palha...  :)

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #110 em: 2012-08-24 00:54:48 »
Este calculador permite obter as yields de forma muito simples. Alguém conhece um que permita calcular a yield liquida de comisões e impostos?

rnbc

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #111 em: 2012-08-24 02:07:48 »
Este calculador permite obter as yields de forma muito simples. Alguém conhece um que permita calcular a yield liquida de comisões e impostos?


Impostos é simples, multiplicas por 0.75. Comissões depende do teu banco e podem ser aplicadas de maneira diferente. Só vendo caso a caso...

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #112 em: 2012-08-29 15:21:49 »
A REN vai emitir obrigações para o retalho com taxa de 6,25% a 4 anos. Já serão aplicadas as recomendações da CMVM, que obriga à indicação da taxa interna de rentabilidade líquida (yield líquida), ou esta emissão ainda escapará às novas regras?

darkmoon

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #113 em: 2012-08-30 13:17:19 »
Passe a publicidade, fica o preçário do BIG para estas obrigações

https://www.bigonline.pt/pdf/ops/OPS-REN-precario.pdf

Zenith

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #114 em: 2012-08-30 22:33:40 »
Estive a ver o site do IGCP, e na file Excel que fornecem acerca das estatisticas indicam por exemplo o seguinte valor de transacções médias diárias para Julho 2012


   PGB 09/13   PGB 06/14   PGB 10/14   PGB 10/15   PGB 02/16   PGB 10/16   PGB 10/17   PGB 06/18   PGB 06/19   PGB 06/20   PGB 04/21   
   0                    0                      0                     0                    0                      0                     0                     1                     0                    0                     0   

os valores estão em milhões de euros e então 0 significa que foi inferior a 500.000

No entanto no BPI estive a verificar e o o valor negociado ( e imagino que valores devem ser em euros) hoje foi por exemplo

Obrigações 9/13                        56,906,288
Obrigações 10/17                      7,104,000
Obrigações 6/19                         3,639,060

Com excepção de umas de 2014 e outra de 2021 todas negociaram hoje e valor de negocios mais baixo foi 1,911,526 para as de 2016

Não li nem ouvi nada que hoje tenha sido um dia excepcional, alguém porquê essa discrepância?                       





rnbc

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #115 em: 2012-08-31 01:28:14 »
Passe a publicidade, fica o preçário do BIG para estas obrigações

https://www.bigonline.pt/pdf/ops/OPS-REN-precario.pdf

Os preços de subscrição/movimentação parecem-me bons, o best por exemplo cobra 0.75% se não estou em erro (não acho o preçário agora). Mas isso é o menos, porque não tenciono andar a negociar muito. O que me lixa são as comissões de 2% sobre os juros, que quase todos os bancos cobram! Claro que o estado cobra 25%, mas enfim, sempre faz mais por mim do que o banco :P

Automek

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #116 em: 2012-08-31 01:49:39 »
Eu ainda acho mais "chato" a comissão de reembolso que costuma andar pelos 0.20%/0.25% sobre todo o capital.

O Best para negociação de obrigações só é bom para montantes elevados porque têm uma comissão mínima de 100 euros.

https://www.bancobest.pt/ptg/start.swe?SWECmd=InvokeMethod&SWEMethod=GotoContainerView&SWEService=BEST+Product+Context&CodDoc=PERC003
(ver Títulos - Comissões de operações com obrigações - página 2)

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #117 em: 2012-08-31 02:47:14 »
Comissões do  ActivoBank:

pagamento de juros: 2,4% + IVA
reembolso: 0,35% + IVA

Como se não bastasse, acresce:

despesas de portes no valor de 0.4 euros e expediente 1,05 euros + IVA.  >:(


rnbc

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #118 em: 2012-08-31 03:19:02 »
O Best para negociação de obrigações só é bom para montantes elevados porque têm uma comissão mínima de 100 euros.

Tomando em consideração que muitas obrigações negoceiam em tranches mínimas granditas, os valores são sempre elevados. A história das tranches também chateia, porque para um pequeno investidor impedem flexibilidade nas proporções a colocar em carteira, mas compreendo que sendo um mercado OTC e dominado por institucionais não dê muito jeito negociar valores pequenos. De certa forma já é uma sorte os tubarões deixarem-nos comer no mesmo prato deles, até porque a comida era (e alguma ainda é) muito apetecível :P

Mas dá vontade de dizer "vão roubar prá estrada!", lá isso dá...

Automek

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Re: Investir em Obrigações - Tópico principal
« Responder #119 em: 2012-08-31 03:52:23 »
É isso rnbc, muitas ainda são de 50K o que, com uma comissão de 0.2%, atira logo para perto dos 100€  (e no caso do Best, a 0.75%, basta uma compra inferior a 13.5K euros).

@Visitante, isso dos portes e expediente pensei que já nem existisse. Parece uma coisa de há 30 anos atrás quando os bancos eram autênticas repartições públicas. Ainda por cima vindo dum banco que assenta essencialmente na net, onde os clientes certamente estão habituados a correspondência eletrónica.