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Autor Tópico: De forma geral  (Lida 11834 vezes)

Incognitus

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De forma geral
« em: 2012-09-20 13:42:18 »
O que vejo é que o governo actual, se fosse a eleições, estava tramado. Pelo que a coligação actual vai evitá-las a todo o custo.
 
As pessoas só conseguem ver o imediato, e o imediato é quem lá está, que está a cortar e a aumentar impostos e contribuições. Ninguém se importa se a situação se gerou agora ou nos últimos 10 anos.
 
Ainda hoje na TSF era ignorante após ignorante, todos com essa postura falacciosa. Não há hipótese, quem quer que esteja no governo quando é necessário repor o equilíbrio, está tramado.
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Re:De forma geral
« Responder #1 em: 2012-09-20 13:55:33 »
.....sem duvida.....a questão talvez se prenda antes......com a forma errada deste "governo" tentar repor esse tal equilíbrio.....

....à custa quase apenas do aumento da carga fiscal e dos encargos, aos cidadãos e mundo empresarial......

....sem no entanto tomar medidas sérias, do lado da necessária e drástica diminuição da despesa publica.......

....sobretudo com os "sorvedouros" conhecidos......e que apenas beneficiam minorias.......eh,eh....


« Última modificação: 2012-09-20 13:56:01 por Batman »

Incognitus

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Re:De forma geral
« Responder #2 em: 2012-09-20 14:01:43 »
.....sem duvida.....a questão talvez se prenda antes......com a forma errada deste "governo" tentar repor esse tal equilíbrio.....

....à custa quase apenas do aumento da carga fiscal e dos encargos, aos cidadãos e mundo empresarial......

....sem no entanto tomar medidas sérias, do lado da necessária e drástica diminuição da despesa publica.......

....sobretudo com os "sorvedouros" conhecidos......e que apenas beneficiam minorias.......eh,eh....

Existiram algumas medidas do lado da despesa, no início. Aliás, o TC veio mesmo colocar em causa essas medidas. Em última análise o objectivo das medidas é sempre o mesmo: reduzir o rendimento às pessoas. Isso não é um bug, é uma feature (para lá da tentativa de reequilíbrio das contas públicas, entenda-se).
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JoaoAP

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Re:De forma geral
« Responder #3 em: 2012-09-20 14:05:06 »
Para mim o grande problema prende-se em o Governo não explicar convenientemente, com exemplo concretos, o que passa. Têm muita culpa!

Depois deviam de tentar conversar com os outros parceiros e pedir contribuições e de seguida explicar novamente: este sugeriu isto, este aquela, mas as consequências são estas e estas, pelo que decidimos assim: ....

Depois deveriam TODOS os deputados dar explicações e ouvir quem os elegeu ....

Incognitus

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Re:De forma geral
« Responder #4 em: 2012-09-20 14:16:17 »
Depois também mete muita confusão as pessoas estarem sempre a falar dos carros do Estado, dos deputados, etc, etc.
 
É que eliminando o que é eliminável numa e noutra coisa, não faz diferença nenhuma. Por exemplo reduzir 50 deputados é o mesmo que reduzir para aí 100-150 professores em topo de carreira num universo de 30000-40000, são peanuts.
 
Os carros idem.
 
Obviamente seria de fazer isso, cortar fundações, subsídios manhosos, etc, mas tudo isso junto continuarão a ser peanuts, só sendo justificada a acção por uma questão ética. Porque no final, continua a ser necessário cortar a sério nos rendimentos/pensões ou aumentar impostos/contribuições.
 
Outra coisa que incomoda é as pessoas que falam como se quem estivesse a sofrer os cortes fossem essencialmente os pobres ou remediados. Não, a esmagadora maioria dos cortes atingiram a classe média e média/alta, mesmo quando os cortes começavam apenas nos 750-1500 euros em salários e pensões. Isto porque a média em Portugal é muito baixa.
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karnuss

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Re:De forma geral
« Responder #5 em: 2012-09-20 14:31:49 »
Ajudava se mostrassem isto às pessoas:

Citar
Número de Cidadãos em Portugal:   10 555 853      (INE)
Número de Trabalhadores no Activo:   4 837 000      (Pordata, INE)
Dívida Pública Portuguesa (2004) (M€)   90 739      (IGCP, Pordata)
Dívida Pública Portuguesa (2011) (M€)   174 891      (IGCP, Pordata)
Obrigações do Estado com PPP 2012-2050, VAL (M€)   26 004      DGTC
Dívida do Estado incluindo PPP (M€)   200 895      
Defice Público Português 2008/2010 (M€)   -23 354      INE–MFAP, PORDATA
Quanto devia o estado por cada português em 2004 (€)   8 596      
Quanto devia o estado por cada português em 2011 (€)   16 568      
Quanto devia o estado por cada português em 2011, incluindo PPPs (€)   19 032      
Quanto devia o estado por cada português trablhador em 2004 (€)   18 759      
Quanto devia cada o estado por cada português trablhador em 2011 (€)   36 157      
Quanto aumentou a dívida pública por português durante a gestão Sócrates?   93%      
Quanto?   93%      
Tchii! Tudo isso?    Uma desgraça      
Quanto deve o estado por cada trabalhador português em 2011, incluindo PPP:   41 533      
Quanto foi o défice dos governo entre 2008/2010, por trabalhador: (€)   -4 828      
Quanto foi o défice mensal do estado só no ano de 2009, por trabalhador, por mês? (€)   295      
Quanto gastou o governo português em 2010? (M€)   88 502      Fonte (OE, INE)
Quanto gastou o governo português em 2010 por trabalhador, por mês? (€)   1 525      
Qual é o salário antes de impostos de um trabalhador português? (€ mensais)   1 077      Fonte: GEP/MTSS  , PORDATA
Qual foi o PIB português em 2011? (M€)   171 016      
Que dívida representa 60% do PIB? (M€)   102 610      
Qual o aumento da dívida esperado para 2012 a 2014? (M€)   20 522      
Admitindo crescimento 0, quanto temos que pagar de dívida pública para atingir 60% do PIB? (M€)   118 807      
Para pagarmos isto em 20 anos, quanto temos que pagar por ano? (M€)   5 940      
Admitindo que não se mexe mais nos impostos, quanto tem que cortar a despesa? (M€)   14 491      
Quanto?   14 491      
Quanto é a despesa do estado, excluindo Saúde, Educação e Segurança Social?   10 291      OE, Pordata
Estamos metidos num grande buraco, não estamos?   Estamos.      


http://blasfemias.net/2012/09/13/o-buraco/

justin

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Re:De forma geral
« Responder #6 em: 2012-09-20 14:53:08 »
O que vejo é que o governo actual, se fosse a eleições, estava tramado. Pelo que a coligação actual vai evitá-las a todo o custo.
 
As pessoas só conseguem ver o imediato, e o imediato é quem lá está, que está a cortar e a aumentar impostos e contribuições. Ninguém se importa se a situação se gerou agora ou nos últimos 10 anos.
 
Ainda hoje na TSF era ignorante após ignorante, todos com essa postura falacciosa. Não há hipótese, quem quer que esteja no governo quando é necessário repor o equilíbrio, está tramado.

esse quem lá está quando reprovou o pec4 do socrates e quando andava em propagandas dizia que não fazia o que está a fazer. só por isso já devia de estar na rua no dia em que anunciou o corte do sub de natal a todos.

mentir é constitucional?
não ligar aos trades que posto. o mais certo é correr mal.

Incognitus

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Re:De forma geral
« Responder #7 em: 2012-09-20 14:59:45 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.
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Powerman

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Re:De forma geral
« Responder #8 em: 2012-09-20 15:13:07 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

O Seguro é muitissimo mais cauteloso no que diz. Ele diz muuiiiiiiito baixo, de forma quase melódica: " Tem de existir austeridade, mas não desta forma" Ou seja ele não nega austeridade. Atenção, que as pessoas podem não estar atentas , mas ele diz isto. O problema é que ele não diz, que austeridade e como seria aplicada.


Agora acredfito que o Seguro no governo, não andaria muito longe disto que o PPC está a fazer, simplesmente porque não são eles que mandam ;)

Se houvesse dúvidas vejam os elogios que o Gasppar está a receber dos .... alemães ;)

Abr
Entregar a supervisão a Constâncio, é dar dinamite a um pirómano - Astrid Lulling

justin

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Re:De forma geral
« Responder #9 em: 2012-09-20 15:16:07 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).
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Incognitus

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Re:De forma geral
« Responder #10 em: 2012-09-20 15:20:11 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.
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justin

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Re:De forma geral
« Responder #11 em: 2012-09-20 15:48:57 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.

e as gorduras do estado? aí é que era o que deveria ter sido feito...

concordo com isto:

“Não há futuro económico e social possível quando o problema principal não é o excesso de consumo privado, com o que nos querem convencer, mas o excesso de consumo público, a monstruosidade das despesas públicas.”
Francisco Sá Carneiro

(Comício,1978)
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jeab

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Re:De forma geral
« Responder #12 em: 2012-09-20 15:55:21 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.

Inc, tudo isso vai acontecer com o retorno ao escudo. Vamos empobrecer 40% ou mais via desvalorização da moeda, redução do défice por diminuição da dívida ao ser redenominada na nova moeda desvalorizada, aumento da procura interna devido aos preços proibitivos dos produtos importados e aumento da competitividade pela diminuição dos custos produtivos redenominados em escudos.
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

justin

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Re:De forma geral
« Responder #13 em: 2012-09-20 15:56:47 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.

Inc, tudo isso vai acontecer com o retorno ao escudo. Vamos empobrecer 40% ou mais via desvalorização da moeda, redução do défice por diminuição da dívida ao ser redenominada na nova moeda desvalorizada, aumento da procura interna devido aos preços proibitivos dos produtos importados e aumento da competitividade pela diminuição dos custos produtivos redenominados em escudos.

e depois vai-se dizer... na tempo do euro é que era bom  :D
« Última modificação: 2012-09-20 16:19:16 por justin »
não ligar aos trades que posto. o mais certo é correr mal.

Incognitus

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Re:De forma geral
« Responder #14 em: 2012-09-20 16:07:15 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.

e as gorduras do estado? aí é que era o que deveria ter sido feito...

concordo com isto:

“Não há futuro económico e social possível quando o problema principal não é o excesso de consumo privado, com o que nos querem convencer, mas o excesso de consumo público, a monstruosidade das despesas públicas.”
Francisco Sá Carneiro

(Comício,1978)

As gorduras do Estado neste momento serão pelo menos parcialmente um mito. As "gorduras" de uns são os salários de outros, e os salários já foram cortados (devido à retirada dos 2 subsídios).
 
Certamente ainda sobram alguns locais, mas são coisas pequenas, tipo acabar com subsídios à cultura, mil e um acessores, com fundações e afins (já está a ser feito), com subsídios a mil e uma associações e afins ... mais radicalmente poderia pensar-se num modelo tipo Suiça para os militares, o que deveria implicar uma força militar menor. Certamente coisas como os submarinos seriam dispensáveis, mas agora já estão comprados ...
 
 
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:De forma geral
« Responder #15 em: 2012-09-20 16:07:55 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.

Inc, tudo isso vai acontecer com o retorno ao escudo. Vamos empobrecer 40% ou mais via desvalorização da moeda, redução do défice por diminuição da dívida ao ser redenominada na nova moeda desvalorizada, aumento da procura interna devido aos preços proibitivos dos produtos importados e aumento da competitividade pela diminuição dos custos produtivos redenominados em escudos.

Pois, algumas daquelas coisas aconteceriam automaticamente, ao passo que agora ninguém tem coragem ...
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:De forma geral
« Responder #16 em: 2012-09-20 16:25:55 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.

"Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável."

A bem da argumentação, gostava que alguém me esclarecesse de uma vez por todas quando atingimos o "fundo do poço", isto é, afinal, foi com o Sócrates que batemos no fundo?
Esse argumento que "estes" andam a tentar resolver oq ue os anteriores fizeram foi apresentado pelo Sócrates relativamente ao défice brutal que a MFL e o Durão deixaram ao país.
Talvez o Sócrates pudesse dizer que o "fundo do poço" fosse nesse momento, e que ele tb tentou remediar, mas a coisa saiu mal. Exatamente oq ue está a acontecer agora, e a coisa vai terminar MAL.

A ideia que o incognitus está a passar é que o MAL foi todo provocado pelo Sócrates, e que estes não conseguem fazer pior. Mas será que não conseguem?
Agora, é gozar com os portugueses e fazer deles burros ISENTAR um Governo de responsabilidades.

justin

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Re:De forma geral
« Responder #17 em: 2012-09-20 16:27:12 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.

e as gorduras do estado? aí é que era o que deveria ter sido feito...

concordo com isto:

“Não há futuro económico e social possível quando o problema principal não é o excesso de consumo privado, com o que nos querem convencer, mas o excesso de consumo público, a monstruosidade das despesas públicas.”
Francisco Sá Carneiro

(Comício,1978)

As gorduras do Estado neste momento serão pelo menos parcialmente um mito. As "gorduras" de uns são os salários de outros, e os salários já foram cortados (devido à retirada dos 2 subsídios).
 
Certamente ainda sobram alguns locais, mas são coisas pequenas, tipo acabar com subsídios à cultura, mil e um acessores, com fundações e afins (já está a ser feito), com subsídios a mil e uma associações e afins ... mais radicalmente poderia pensar-se num modelo tipo Suiça para os militares, o que deveria implicar uma força militar menor. Certamente coisas como os submarinos seriam dispensáveis, mas agora já estão comprados ...

não concordo inc,

há muita coisa por fazer nesse sentido de cortar gorduras, oh se há. tanta mas tanta coisa que há por aí que devia de ser cortado, mas não, corta-se é a quem ganha (dizem que vai ser assim) apartir de 700€. esta medida vai estragar muita coisa inc, não tenhas duvidas!
nas camaras como é? o que não haverá para ser rentabilizado, cortado ou melhorado. as empresas municipais como funcionam e o que fazem? sei lá tanta coisa.... as ppp's etc etc etc... somando isso tudo que referiste mais isto que refiro mais outras coisas que outros tenham a noção e ainda tinhamos era um superávite em todas as contas publicas.
mas repito, nada se faz nesse sentido, faz-se sim cortar nos salários dos poucos que trabalham e/ou conseguem arranjar emprego.
mas vá, eu sou optmista, a ber se isto encarrila.
não ligar aos trades que posto. o mais certo é correr mal.

Incognitus

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Re:De forma geral
« Responder #18 em: 2012-09-20 17:10:53 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.

"Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável."

A bem da argumentação, gostava que alguém me esclarecesse de uma vez por todas quando atingimos o "fundo do poço", isto é, afinal, foi com o Sócrates que batemos no fundo?
Esse argumento que "estes" andam a tentar resolver oq ue os anteriores fizeram foi apresentado pelo Sócrates relativamente ao défice brutal que a MFL e o Durão deixaram ao país.
Talvez o Sócrates pudesse dizer que o "fundo do poço" fosse nesse momento, e que ele tb tentou remediar, mas a coisa saiu mal. Exatamente oq ue está a acontecer agora, e a coisa vai terminar MAL.

A ideia que o incognitus está a passar é que o MAL foi todo provocado pelo Sócrates, e que estes não conseguem fazer pior. Mas será que não conseguem?
Agora, é gozar com os portugueses e fazer deles burros ISENTAR um Governo de responsabilidades.

Chegar a este ponto foi um processo, a culpa não foi toda do Sócrates. O Sócrates foi o último a pode evitar este ponto, e também aquele durante o qual se acumulou para aí 45% da dívida final, embora também devido ao estoiro de uma série de coisas que este não controlava. Além de que muita da despesa e dívida, mesmo ocorrendo durante a governação do Sócrates, foi ditada antes deste (progressões, carreiras, pensões no Estado, etc).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

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Re:De forma geral
« Responder #19 em: 2012-09-20 17:12:22 »
Mentir é a forma de se ganhar eleições, ou achas que ele chegava a PM dizendo que ia subir impostos e cortar salários?
 
Tal como agora o Seguro anda para aí a atirar areia para os olhos com impostos sobre PPPs e afins. É a base da propaganda, dizer o que o povo quer ouvir. Já governar é essencialmente fazer o que tem que ser feito.

pronto! daí que o povo esteja indignado. eu pelo menos estou e muito, mesmo não tendo votado na coligação. a coligação apareceu como sendo os salvadores da pátria e no fim ainda estragam é mais do que aquilo que já estava estragado.
então que venham os outros novamente até que, se isto não melhorar, o pessoal acorde para a vida e veja que tanto faz ser A ou B pq o resultado é o mesmo.
ou seja, para a gravidade da situação ou se muda muita coisa ou não há solução.
mudar muita coisa seria por ex: haver justiça, educação, saude e politicos sérios (se é que existem).

É um problema achar-se que estes estragam alguma coisa. Não estragaram nada - aquilo que vez como "estragado" é apenas o efeito de não se poder continuar a aumentar a dívida à mesma velocidade.
 
Quem estragou alguma coisa foram aqueles que permitiram chegar-se a este ponto, não agora as medidas que visam tornar o país sustentável.
 
E ainda não chegámos ao equilíbrio, pelo que ainda há mais para "estragar".
 
Novamente, o cortar-se o consumo e os rendimentos não é um bug, é uma feature. O problema era mesmo o consumo excessivo (face à produção).
 
Há essencialmente três coisas que poderiam minorar o impacto da solução: 1) Os portugueses desatarem a discriminar fortemente a produção Portuguesa, comprando-a sempre que possível; 2) Um incumprimento parcial similar ao Grego (que como o MV diz, cada vez teria menor efeito); 3) Liberalizar uma montanha de sectores atraentes, alguns agora até vistos como imorais, de forma a criar actividades potencialmente atraentes e lucrativas para os empreendedores, gerando assim algum crescimento.
 
Isso, claro, enquanto se continua com a austeridade para repor o equilíbrio.

e as gorduras do estado? aí é que era o que deveria ter sido feito...

concordo com isto:

“Não há futuro económico e social possível quando o problema principal não é o excesso de consumo privado, com o que nos querem convencer, mas o excesso de consumo público, a monstruosidade das despesas públicas.”
Francisco Sá Carneiro

(Comício,1978)

As gorduras do Estado neste momento serão pelo menos parcialmente um mito. As "gorduras" de uns são os salários de outros, e os salários já foram cortados (devido à retirada dos 2 subsídios).
 
Certamente ainda sobram alguns locais, mas são coisas pequenas, tipo acabar com subsídios à cultura, mil e um acessores, com fundações e afins (já está a ser feito), com subsídios a mil e uma associações e afins ... mais radicalmente poderia pensar-se num modelo tipo Suiça para os militares, o que deveria implicar uma força militar menor. Certamente coisas como os submarinos seriam dispensáveis, mas agora já estão comprados ...

não concordo inc,

há muita coisa por fazer nesse sentido de cortar gorduras, oh se há. tanta mas tanta coisa que há por aí que devia de ser cortado, mas não, corta-se é a quem ganha (dizem que vai ser assim) apartir de 700€. esta medida vai estragar muita coisa inc, não tenhas duvidas!
nas camaras como é? o que não haverá para ser rentabilizado, cortado ou melhorado. as empresas municipais como funcionam e o que fazem? sei lá tanta coisa.... as ppp's etc etc etc... somando isso tudo que referiste mais isto que refiro mais outras coisas que outros tenham a noção e ainda tinhamos era um superávite em todas as contas publicas.
mas repito, nada se faz nesse sentido, faz-se sim cortar nos salários dos poucos que trabalham e/ou conseguem arranjar emprego.
mas vá, eu sou optmista, a ber se isto encarrila.

O MV já explicou porque é que as PPPs são essencialmente um mito.
 
Existirá muita coisa para cortar em muito lado, mas tudo junto mesmo assim não chegará, e cortando-se nessa muita coisa que pode ser cortada, ainda assim estarás a cortar rendimento de pessoas e terás pessoas a refilar.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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