Vi apenas a primeira parte e, do que vi, penso que os jogadores jogaram com pouca ligação entre eles e com pouca confiança uns nos outros. Pareceu uma equipa que estava a jogar junta pela primeira vez. Lenta a pensar e a decidir. Jogaram novos jogadores no 11 e explica em parte isso, mas acho que não se teria notado tanto se o Paulo Bento fosse um treinador que fizesse trabalho de treino intenso com os jogadores. Acho, por exemplo, estranho que o Éder (avançado centro), contra uma equipa que não é nada forte, tenha feito apenas dois remates à baliza durante o jogo todo (é isso que li no site maisfutebol). Uma explicação para isso é os jogadores não lhe terem passado a bola. Os jogadores podem não ter-lhe passado a bola, por vários motivos, por exemplo, ele desmarcou-se quase sempre mal e/ou preferem e têm liberdade para jogar individualmente.
A ideia que tenho do Paulo Bento é que ele não é um treinador que tenha um futebol pensado e trabalhado nos treinos, mas mais um treinador que dá muita liberdade individual aos jogadores para decidirem, principalmente aos extremos para sacarem o “coelho da cartola”, a jogada individual que resulta num golo, ou a assistência perfeita de um jogador tipo Moutinho. Quando isso não acontece, é menos provável haver golos. É, portanto, um futebol menos pensado coletivamente e que vive mais da inspiração individual dos jogadores e, sendo assim, faz menos sentido o Quaresma e, principalmente, o Danny não serem convocados. Pelo que ouvi dizer o Danny está a jogar bem, será provavelmente o jogador português que está em melhor forma e, neste jogo, provavelmente teria sacado o “coelho da cartola” que daria a vitória.
No entanto, com o decorrer dos jogos, os jogadores vão habituar-se a jogar juntos e o próximo jogo vai ter Ronaldo, talvez as coisas melhorem. Mesmo que não goste do futebol praticado pela seleção e, às vezes, acabe por não ver o jogo todo, quero que a seleção ganhe…