Eu senti confiáveis as declarações do epidemiologista André Dias.
Notei-o mais estaticista do que atento a particularidades de cada epidemia.
Por isso, gostei do comentário do D. Antunes, que adverte ao que se desconhece
e faz notar haver fundados receios de uma replicação RO muito superior a 1, talvez 3.
o que é causa de alarme justificado para as medidas de contenção que se avançaram.
No entanto, isso não colide com o comportamento sinusoidal desta gripe, nisso semelhante
às demais, só que gerou um pânico maior, mas em termos finais, porventura, com a mortalidade
usual de inverno em cada um dos hemisférios terrestres, cujo aprofundar de para lá do equinócio
de cada primavera se acompanha da irradiação solar ultravioleta mórbida para a generalidade dos vírus gripais.
Também gostei da ênfase na ciência da demografia que é umas bases mais primárias de economia
desde que aliada à geografia económica do clima variado da Terra e respectiva variedade de recursos naturais
Muito interessante! Não é por acaso que as disciplinas nucleares de acesso ao curso de Económicas no meu tempo
eram justamente, as matemáticas e a geografia! [geografia humana, climatologia, recursos naturais -:)]
É que, na verdade, se o número de primatas racionais fossem poucos, a abundância de recursos
quase permitiria viver sem trabalhar! Desde que a população aumente, aí já se torna necessário
tratar da vida, trabalhar a terra, explorar o mar, conversar com os outros, ou combate-los e dominá-los.
E aí temos a economia e a economia política!
Por isso a base da economia, para lá do planeta
habitado por primatas racionais, consiste basicamente
no fenómeno demográfico, equivalente a força de trabalho.
Logo depois, as coisas evoluem. Da caça e transumância
para a agricultura em solos férteis à beira-rio, indústria,
ciência, conhecimento, estes últimos os ingredientes
da eficácia e fundamento da aptidão no futuro
das civilizações na Terra, claro, se chegar
a haver futuro… (Confio que sim!)