Não sei se os aterros ficam em terreno público ou privado. Mesmo que seja privado, existem muitas externalidades negativas: mau cheiro e fumos para os vizinhos, contaminação de águas subterrâneas.
Ah, percebi. A visão libertária do assunto implica a não invasão de propriedade, sendo que o corpo humano é a propriedade básica. Tudo o que a invadir é sujeito a pedidos de compensação que devem estar incorporados no preço. Mais fácil de teorizar do que fazer, claro, porque conseguir que a justiça reconheça mau cheiro (subjectivo), efeitos nefastos para a saúde ou provar contaminação de águas não é fácil.
Eu penso que o problema com isto do lixo é que não é possível, pelas normas da UE, discriminar para nacionais e estrangeiros, pelo que teríamos de estabelecer um preço igual ao deles para desincentivar, o que nos cai em cima em termos de taxas. Custa a crer, contudo, que sejamos obrigados a faze-lo e que não haja outros mecanismos, nomeadamente quotas de volume, para recusar isto. Parece incompetência do estado, como é hábito.
Em coisas destas vê-se a desvantagem do colectivismo. É uma coisa que afecta, percentualmente, uma parte muito pequena da população pelo que a maioria, democraticamente, não se importa porque não a afecta e impõe aos outros este efeito. Se a decisão fosse mais descentralizada, as populações locais afectadas iriam eleger governantes locais que proibiriam isto.