Há muitas pessoas que não têm capacidade para ter nem um peixe de aquário, quanto mais um cão. Daí que eu ache que é necessário algo para incutir comportamentos (aos donos, claro, que terão de repercutir nos cães).
Não vejo outra possibilidade a não ser coimas mais elevadas porque não é com sensibilização que lá se vai (um imbecil que deixa um dejecto para trás é totalmente imune a campanhas de sensibilização, penso que é fácil de entender isso).
Num relvado onde brincam crianças não vejo outra alternativa senão a proibição com coimas, também. Deixar ao critério dos donos é manter o cenário actual (e se já existem outras fontes de contaminação, isso não nos obriga a acrescentar ou desculpar outra, certo ?).
Sim, pode-se aumentar a frequência da limpeza mas não se pode ter um varredor em permanência em cada rua para ir limpar assim que um dono avançar sem apanhar o presente. Aquilo vai lá ficar uma manhã, uma tarde, um dia, dois dias. É bonito ? Qual é a alternativa ? Aumentar as taxas anuais dos cães para aumentar o número de varredores ou carros de limpeza ? Penalizamos o cumpridor pelo incumpridor ? Ou tentamos mudar comportamentos através de algo (coimas duras) que não afecta os cumpridores ?
Só digo uma coisa: pensem no que será andar na rua para um invisual. Vendo os passeios deste país, deve ser virtualmente imposível um cego chegar a casa, ao fim do dia, sem ter pisado merda algures (e, sim, antes que digam, sei que há também mil e um obstáculos, desde moppies mal concebidos, até pilaretes mal colocados, passando por carros em cima dos passeios, obras mal sinalizadas e passeios danificados - invisuais, deficientes motores e carrinhos de bébe é algo que me vem muito à cabeça quando ando na rua, há muitos anos mesmo - farto-me de abrir ocorrências no portal "a minha rua" por causa disso).
E, claro, deitar beatas no chão, bloquear garagens ou fazer barulho a altas horas nunca me pareceram bons motivos para justificar passeios cheios de dejectos.