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Autor Tópico: Empresas- Inteligência Artificial  (Lida 13518 vezes)

hermes

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #40 em: 2018-02-06 12:54:56 »
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

hermes

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #41 em: 2018-02-06 12:56:44 »
Nunca gostei da adjectivação de «Incerteza» ao princípio de Heisenberg.

Sempre me inclinei a apodá-la de indeterminação objectiva,
inclusive não só por nós observadores interferirmos
na coisa observada, como sermos nós próprios
algo que tem de ser objecto de observação
e de explicação, e isso é-nos quase
impossível -:)

Quando era novo, também não gostava. Agora, já me habituei a aceitar a natureza tal como ela é.
« Última modificação: 2018-02-06 12:58:41 por hermes »
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

vbm

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #42 em: 2018-02-06 17:09:04 »
Não nego que a Natureza seja como é!

Justamente, por ser como é, a distingo
do que dela conhecemos. E no modo
como algo se passa no domínio nuclear,
em que apenas registamos efeitos,
não a 'subjugo' ao entendimento
de probabilidade, esquema de cálculo
de nossas observações, antes assevero
que a natureza aí nesse infinitamente
minúsculo se comporta indeterministicamente,
que é o mesmo que dizer, não sabemos o que 'lá' se passa,
mas não a nego, afirmo, ela está lá, mesmo que ninguém a detecte,
testemunho que dela surtem efeitos de que sou contemporâneo,
e como tal, o universo se revelou: real, existente, objectivo,
não subjugado ao nosso modo de entendimento "probabilidade"! -:)

vbm

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #43 em: 2018-02-06 19:49:32 »
Li a exposição sobre a solução de Plank ao enigma da radiação não-in-finita do corpo negro aquecido!
Muito clara a exposição. E quão elegantes aquelas exponenciais e integrais!
Sempre admirei a estética da escrita algébrica -:))

Obrigado, Hermes. O artigo é excelente.

O que meditei, lendo-o - há inúmeros textos
sobre a física quântica -, foi a habilidade dos físicos,
ao notarem que o seu sistema de cálculo coerente
de umas 'coisas' com 'outras' dão resultados absurdos,
inverificáveis na objectivdade do mundo, resolvem, presto,
o impasse, delimitando a validade do que calculam e enunciam,
ao campo, ao domínio, em que a realidade não contradiz o seu modelo.

E é mesmo assim que deve proceder-se, até que se alcance
mais explicativa narrativa de o que o mundo é.
« Última modificação: 2018-02-06 19:51:30 por vbm »

Smog

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #44 em: 2018-02-12 17:17:00 »
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\
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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #45 em: 2018-02-12 17:22:21 »
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\

Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.
« Última modificação: 2018-02-12 17:23:03 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Smog

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #46 em: 2018-02-12 17:54:04 »
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\

Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.
pode ser mais estimulante aprender biologia geral agora e depois especializar-se na área certa.
a minha está noutra área de futuro: conservação e restauro - num mundo de cyborgs existirá sempre espaço ( e cada vez mais) para a conservação e restauro de antiguidades. O passado passará a ter um valor simbólico de "mundo perdido" , "pureza original", etc. Não é difícil perceber isso. Restauro de originais com tecnologias de futuro- farta-se de estudar química, física, mineralogia, biologia,...hoje em dia esse trabalho opera-se em Laboratórios.
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hermes

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #47 em: 2018-02-12 18:46:15 »
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\


Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.

Para isso, ela vai ter de se interessar e ter prazer em compreender como o mundo funciona.

Será mais fácil, se ela se interessar pela matemática e pela física.

Experimenta a oferecer-lhe o "Matemática recreativa" do Perelman, o "Ah, descobri!" do Martin Gardner e resolvam os problemas em conjunto.

Oferece-lhe jogos mecânicos que apelem / treinem a compreensão geométrica do mundo.

Vai levando-a à exposição de física do museu de ciência da politécnica (http://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/exposicao-historica-e-participativa-de-fisica) para que ela compreenda cinestesicamente o que vai sendo ensinado na sala de aula.
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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #48 em: 2018-02-12 18:59:52 »
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\

Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.
pode ser mais estimulante aprender biologia geral agora e depois especializar-se na área certa.
a minha está noutra área de futuro: conservação e restauro - num mundo de cyborgs existirá sempre espaço ( e cada vez mais) para a conservação e restauro de antiguidades. O passado passará a ter um valor simbólico de "mundo perdido" , "pureza original", etc. Não é difícil perceber isso. Restauro de originais com tecnologias de futuro- farta-se de estudar química, física, mineralogia, biologia,...hoje em dia esse trabalho opera-se em Laboratórios.

Biologia seria um risco.

Biotecnologia, genética ... talvez.
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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #49 em: 2018-02-12 19:00:52 »
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\


Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.

Para isso, ela vai ter de se interessar e ter prazer em compreender como o mundo funciona.

Será mais fácil, se ela se interessar pela matemática e pela física.

Experimenta a oferecer-lhe o "Matemática recreativa" do Perelman, o "Ah, descobri!" do Martin Gardner e resolvam os problemas em conjunto.

Oferece-lhe jogos mecânicos que apelem / treinem a compreensão geométrica do mundo.

Vai levando-a à exposição de física do museu de ciência da politécnica (http://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/exposicao-historica-e-participativa-de-fisica) para que ela compreenda cinestesicamente o que vai sendo ensinado na sala de aula.


Museus, física .. .se falo muito disso ainda se atira de um sítio alto ...  :D
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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #50 em: 2018-02-12 19:38:09 »
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\

Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.
pode ser mais estimulante aprender biologia geral agora e depois especializar-se na área certa.
a minha está noutra área de futuro: conservação e restauro - num mundo de cyborgs existirá sempre espaço ( e cada vez mais) para a conservação e restauro de antiguidades. O passado passará a ter um valor simbólico de "mundo perdido" , "pureza original", etc. Não é difícil perceber isso. Restauro de originais com tecnologias de futuro- farta-se de estudar química, física, mineralogia, biologia,...hoje em dia esse trabalho opera-se em Laboratórios.

Biologia seria um risco.

Biotecnologia, genética ... talvez.
a base da biotecnologia, genética,... é a biologia!! :P

Repara:
até ao 9º ano - Ciências Naturais
até ao 11º - Biologia-Geologia
12º Biologia ou Geologia.
Faculdade - atualmente já há muito curso derivado/especializado da Biologia Geral ou Biologia Geral com mestrado em... escolher(=especialização) ou Medicina com especialização em investigação em... ou Bioquímica especializada em... etc.

Parece-me mais sólido um curso mais genérico, com sólida formação de base e depois uma especialização numa área mais coisa... :-\ ( é apenas uma opinião).
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hermes

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #51 em: 2018-02-12 19:39:31 »
A IA e a Biotecnologia são as duas áreas que desenharão o futuro. Provavelmente acabarão por misturar-se.
Imaginem um mundo de cyborgs... :-\


Concordo, as técnicas de machine learning actuais mostram boa promessa para serem combinadas com conhecimento de medicina, genética, biologia, bioquímica, química. Já o estarão a ser. Vão possibilitar a filtragem de quantidades gigantescas de dados de formas menos lineares do que outras aproximações.

Aliás, já disse isso à minha filha. Que seria de aprender os métodos de machine learning actuais, e que estes não são programação normal. Ela acha uma seca, mas está na idade de achar tudo uma seca.

Para isso, ela vai ter de se interessar e ter prazer em compreender como o mundo funciona.

Será mais fácil, se ela se interessar pela matemática e pela física.

Experimenta a oferecer-lhe o "Matemática recreativa" do Perelman, o "Ah, descobri!" do Martin Gardner e resolvam os problemas em conjunto.

Oferece-lhe jogos mecânicos que apelem / treinem a compreensão geométrica do mundo.

Vai levando-a à exposição de física do museu de ciência da politécnica (http://www.museus.ulisboa.pt/pt-pt/exposicao-historica-e-participativa-de-fisica) para que ela compreenda cinestesicamente o que vai sendo ensinado na sala de aula.


Museus, física .. .se falo muito disso ainda se atira de um sítio alto ...  :D


Acredito que sim, mas certamente teria algumas epifanias a ouvir a velocidade do som ou a sentir o momento angular. Aliás, o segundo é uma otima maneira de sentir vetores e começar a ter uma outra visão das grandezas escalares e das grandezas vetoriais.
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vbm

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #52 em: 2018-02-12 20:16:39 »
Quando dois viventes humanos interagem,
fazem-no através dos corpos presentes
um ao outro, e de tudo que sentem
e percepcionam a mente de ambos
retém a vivência partilhada.

Como vai um cyborg, igualar-nos!? Nunca.

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #53 em: 2018-02-12 22:36:49 »
Quando dois viventes humanos interagem,
fazem-no através dos corpos presentes
um ao outro, e de tudo que sentem
e percepcionam a mente de ambos
retém a vivência partilhada.

Como vai um cyborg, igualar-nos!? Nunca.

vasco,
um cyborg é uma mistura entre máquinas e humanos. as possibilidades são infinitas.
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vbm

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #54 em: 2018-02-13 21:17:54 »
Eu sei. Mas não vejo perfeição possível
na interacção de duas próteses semi-autónomas.
Talvez seja melhor do que nada, mas perfeito não é.

Smog

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #55 em: 2018-02-13 23:42:36 »
Eu sei. Mas não vejo perfeição possível
na interacção de duas próteses semi-autónomas.
Talvez seja melhor do que nada, mas perfeito não é.

Tu serás sempre um cliente-alvo da minha filhota! ;D
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D. Antunes

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #56 em: 2018-02-14 17:47:03 »
Robôs esquiadores competem pelo ouro nos "Jogos" da Coreia do Sul
Robôs esquiam na Coreia do Sul

Robôs participaram numa prova de esqui na Coreia do Sul, a cerca de uma hora de distância de onde decorrem os Jogos Olímpicos de Inverno. Todos tinham de medir mais de 50 cm, ter duas "pernas" e um sistema de energia autónomo.

https://www.jn.pt/mundo/videos/interior/robos-esquiadores-competem-pelo-ouro-nos-jogos-da-coreia-do-sul-9118031.html

“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #57 em: 2018-03-14 04:40:02 »
Penso que nos próximos anos será isso.
Nas próximas décadas será diferente.
Atualmente já existem computadores a escrever sinfonias. E podem imitar o estilo de qualquer compositor. Até os conhecedores não distinguem a obra do computador de novas obras do músico (geralmente dizem que a do computador é que é do música).
Tarefas rotineiras: ganhará o computador. Investir na bolsa: será imbatível. Escrever best-sellers: daqui a algumas décadas.
Não estou muito optimista quanto a esse futuro...


Os computadores escrevem sinfonias mas não decidem escrevê-las. E isso não se alterará com as técnicas que existem hoje, pelo que não se trata bem de inteligência artificial. Portanto, é preciso muito trabalho intelectual E dados, para meter o computador a escrever sinfonias


vejo o IA como um suporte ao trabalho criativo actual dos humanos, um IA nao sabe se a musica eh boa ou ma e nao sabe fazer nada original ate porque nao sente o prazer da musica
o IA vai ser uma especie de insecto altamente especializado


A Actividade Criativa,
O Acto De Criar,
Do Nada, Do Vazio.

Escrever sinfonias imitando os compositores é uma coisa...
Criar do nada, do vazio, novas sinfonias é outra coisa muito diferente.

Os géneros musicais que o homem Criou ao longo do tempo são reflexo da sua existência, da sua actividade intelectual.
Também da sua interacção com o mundo que o rodeia, da socialização natural e antropológica.

(...)




Ping An Technology is leveraging AI music to boost stickiness of its financial products

PUBLISHED : Wednesday, 14 March, 2018, 6:49am
UPDATED : Wednesday, 14 March, 2018, 8:04am


Meng Jing


Is nothing safe from the reach of the machines? After replacing humans at repetitive tasks, beating them at games of skill, artificial intelligence is now making inroads into the arguably the last frontier: the creative arts.

Ping An Technology, a subsidiary of China’s second-largest life insurance company, has developed an award-winning computer algorithm that can generate original melodies after “studying” hundreds of pieces of piano music.

But the company has no intention of stopping there. It is working towards using AI to create virtual singers and write original pop music based on individual tastes with a longer term goal of composing a symphony to potentially rival Beethoven.

“Be it a Chinese version of break-up songs similar to Taylor Swift’s style or a Shanghai accented voice that raps like Justin Bieber, with the upgrade of the AI music system we will be able to create whatever music you like as long as we know the genre and the type of singers you adore,” said Xiao Jing, chief scientist of Ping An Technology.

Founded in 2008 as an in-house provider of information technology services for companies within the Ping An group, Ping An Technology has been betting big on AI, including development of applications such facial recognition and voice recognition.

The new mission of the tech arm is to not only boost the group’s own business but also to export its know-how to other financial institutions, public utilities and manufacturing firms that are adapting to the digital era amid Beijing’s Internet Plus strategy and China’s national push to be a worldwide leader in AI by 2030.

The centrepiece of Ping An Tech’s development plan is the application of AI in music composition because music and songs are seen by the insurance conglomerate’s executives as a powerful weapon to boost “user stickiness” among its 400 million plus clients who mostly turn to the group for occasional financial and insurance-related services.

“Music is something people of all ages enjoy on a daily basis, so our idea is to use AI to easily create thousands of virtual singers in pop music and eventually upgrade the system to make symphonies to rival professional musicians within three years,” said Xiao, who laid out the blueprint for AI-generated music in an interview at Ping An group’s headquarters in Shenzhen.

Around 600 to 700 of Ping An Technology’s 8,000 employees are working on AI and big data. Without revealing the level of investment in AI, Xiao said more than 50 billion yuan (US$7.9 billion) has been spent on R&D over the past 10 years, producing a range of innovations to increase its business efficiency and cut costs.

In its office building, a landmark 600-metre tower in Shenzhen’s central business district, all employees use face ID to gain entry, a three second process powered by the company’s self-developed facial recognition technology.

AI-enabled solutions have also been applied in its customer service centre, which receives more than one million calls daily. Bots process some of the customer requests and AI-enabled voice recognition can even gauge the emotional state of the caller. A protocol will be triggered if the machine determines that a calling customer is “upset enough”.

Despite being a late mover in the music industry, Xiao said Ping An Technology is not worried about the established music live streaming sites operated by internet giants such as Tencent Holdings and Alibaba Group Holding, owner of the South China Morning Post. While these sites have already made AI-enabled music recommendations the norm in China, they are not yet using AI to compose music.
“Their advantage is based on the large library of copyrighted music they spend big money on. That advantage will diminish when our AI generates good original songs on a large scale,” said the 46-year-old Xiao, who is part of China’s 1,000 Talent Plan, a Chinese government initiative to lure top notch experts to return to China to help ignite the country’s innovation efforts.

Before joining Ping An Group in 2015, Xiao worked as a senior scientist for Microsoft and Epson.

Xiao’s confidence in AI music was boosted by the first place award Ping An Technology won at the International AI Music Composition Competition hosted by Switzerland’s École polytechnique fédérale de Lausanne (EPFL) in January. The event, which drew more than 100 teams from across the world, saw professional human composers judge a variety of AI-created original music ranging from jazz and blues to classical and pop.

Not surprisingly, songwriters are cool to the idea of machines creating music. Peter Li Si-Song, a Singapore songwriter who has produced albums for Asian stars such as Jacky Cheung, Sandy Lam and Stefanie Sun, said there is line between leveraging technology and being lazy.

“In music composition, you still need to use your own emotion and feeling to create something to wow yourself. Relying on new technology is not going to do that,” he said in an earlier interview.

Although an AI system developed by Google’s Deep Mind unit beat the world’s top Go player Ke Jie in a 3-nil victory in 2017, Xiao said that task would be much easier than Ping An Technology’s ultimate goal of having its AI compose a Beethoven-type symphony because it is difficult to “teach” machines good music from bad.

However, Xiao said music composed by AI technology could find wide application in films and television as it could create unique and recognisable soundtracks in a much shorter time frame. However, Xiao believes AI won’t put composers out of a job. “It could provide human composers a broader pool of inspiration from which to draw, but will never replace professionals,” he said.

“Creating music [with AI] still needs to imitate exiting genres. Only humans can create genres we have never heard before.”

http://www.scmp.com/tech/china-tech/article/2137018/ping-technology-leveraging-ai-music-boost-stickiness-its-financial




Encontrei hoje um artigo de opinião sobre AI que vai ao encontro do nosso diálogo em Janeiro. Digam lá que não é interessante.
E parece-me que o artigo não foi criado por alguma IA escritora...

   ;D

meopeace

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #58 em: 2018-03-14 05:00:06 »
Here’s why China may regret the Pyrrhic victory of winning the global artificial intelligence race

With the US, Russia and others in the same race for super intelligence, Beijing must compete to win even at the risk of unleashing a power it cannot control

PUBLISHED : Wednesday, 03 January, 2018, 1:53pm
UPDATED : Wednesday, 03 January, 2018, 10:29pm


Craig Addison


After the AlphaGo computer program from Google’s parent Alphabet beat China’s top Go player Ke Jie three for three in May last year, the 19-year-old was in tears, declaring his opponent “God-like”. Chinese authorities had earlier cancelled planned live broadcasts of the deciding matches.

Two months later, China’s State Council announced an ambitious national programme to overtake the United States in artificial intelligence (AI) by 2030.

Coincidence? Perhaps, but it is easy to see how the prospects of losing the AI race to the Americans would scare the wits out of Beijing.

China’s AI pronouncement has since been called a new Sputnik moment for Washington – a wake-up call akin to the 1957 launch of the first space probe by the former Soviet Union, which pushed the Americans to double down on military and aerospace technology, and culminated in the Apollo 11 moon landing in 1969.

Leaders from Russian president Vladimir Putin to Tesla founder Elon Musk have said whoever wins the AI race will “rule the world”. But there are two races – a 400-metre hurdle to develop human-like AI, or artificial general intelligence (AGI), and a 42-kilometre marathon to discover artificial super intelligence that surpasses the best human brains in virtually every field.

In the meantime, the warm-up is “narrow AI”, which has already been developed by Chinese and American companies to do specific tasks, ranging from autonomous driving to teaching children their ABCs.

Until AGI is realised, each country will dominate in the narrow AI fields that play to their strengths. Chinese AI start-ups like Yitu Technology and iFlyTek are at the leading edge of facial and voice recognition, respectively – applications embraced in Communist-ruled China, but resisted by privacy advocates in the US. And as the world’s strongest military power, the US is likely to dominate in AI applications for drones and robots.

AI experts believe the US, led by Alphabet and its London-based DeepMind AI research unit, is ahead in developing AGI, which is the race China is throwing its weight behind now, but may be too far behind to catch up in time.

In terms of investment, US$2.6 billion of capital has flowed into China’s AI sector in the four and a half years to June, only one-seventh of the amount going into the US, according to research by Wuzhen Institute and NetEase.

There is a good chance, however, that China could win the AI marathon given the country’s sheer size (population and economy) and its stamina for playing the long game, a characteristic lacking in the US where policies can change after every presidential election.

Most AI experts believe a breakthrough in super intelligence is decades away at best, if at all, in our lifetimes.

Winning the marathon, however, would be a Pyrrhic victory for China and the ruling Communist Party, which does not tolerate dissent of any kind. Consider why Chinese censors routinely ban supernatural stories from television and movies – because they convey the idea of powerful forces that cannot be controlled by the party.

Last year, an AI-powered chatbot was pulled from a Chinese web platform after it gave inappropriate answers. Question: What is the Chinese dream? Answer: To live in America.

Oops. Better not try that with a superintelligent AI, which would view the smartest humans in the room the same way we view apes today.

Still, knowing that the Americans – not to mention Russians, Israelis and Canadians – are in the same race for super intelligence, Beijing must compete to win even at the risk of unleashing a power it cannot control.

What exactly could a superintelligent AI do that could enable its inventor to rule the world? AI experts agree that its first task will be designing a much smarter version of itself. Then anything is possible.

Invent a new low-cost, clean energy source. Check.

Devise a strategy to disable an opponent’s military superiority. Check.

Improve medical care to extend the life of the country’s leaders. Check

Scary stuff if you do not trust the machine. That is why AI experts talk about the “god-slave” scenario, in which the first to develop artificial super intelligence will keep it “locked up” for fear of losing control – something a totalitarian government is more likely to do than, say, a Google.

Putting aside the question of why such a superior intellect could not escape from human-imposed confines in the first place, such a strategy would limit its capabilities against an equivalent super intelligence from other nations.

If China wins the marathon but embraces the god-slave approach, Beijing will effectively be ceding the race to the runner up.

Who then rules the world? Perhaps the opposing super intelligent entities can compete in a Go match. Winner takes all – literally.


http://www.scmp.com/tech/science-research/article/2126639/heres-why-chinas-leaders-may-regret-winning-global-artificial



Transcrevo mais um artigo de opinião só para registo aqui.
É capaz de valer a pena ler no site para quem está mesmo interessado,
pois existem outros links úteis sobre o tema.

   :)

D. Antunes

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Re: Empresas- Inteligência Artificial
« Responder #59 em: 2018-05-01 17:37:12 »
“Vai ocorrer uma catástrofe que nos forçará à regulação”
Gerd Leonhard é um futurista que não se esgota na análise tecnológica do futuro. Está aliás mais preocupado com as dimensões éticas da evolução e em limitar aquilo que diz ser o culto da eficiência, que põe em causa a essência da humanidade.

Leonhard era músico, tendo começado cedo a operar a transição para o mundo digital. Foi nesse processo que lançou as bases do seu actual trabalho dedicado ao futuro, dividido entre a consultoria e a divulgação científica, mas sempre preocupado com a dimensão ética da evolução. A obra Tecnologia Versus Humanidade (editora Gradiva) está traduzido em português desde o ano passado e é o resumo do seu pensamento estrutural: que é preciso fazer escolhas no caminho tecnológico que estamos a construir e que as opções são necessárias para que o futuro mantenha uma dimensão humana.


O trabalho que produz vem na sequência do pensamento de outros autores, que têm alertado para a necessidade de preservar o elemento humano na construção da sociedade digital. E é neste conceito que Leonhard está bem acompanhado, graças às declarações que cientistas como Stephen Hawking e empreendedores como Elon Musk têm repetido nos últimos anos. Mas a verdade é que esse discurso surge por contraponto a uma visão libertária que considera que a tecnologia vai superar todas as limitações da humanidade e que a fusão do homem com a máquina é o último passo da evolução da espécie — a chamada singularidade.

Essa possibilidade é real. Aliás, uma das frases mais conhecidas de Gerd Leonhard confirma que o mundo vai mudar mais nos próximos 20 anos do que nos últimos 300, confirmando que o ritmo das mudanças tecnológicas está a acelerar. E apresenta como símbolos maiores dessas mudanças a inteligência artificial e a edição do genoma. Comecemos pelos computadores: “As máquinas estão realmente a aprender, é aquilo a que se chama aprendizagem automática. Em dez anos, aproximadamente, as máquinas vão ter capacidades ilimitadas e vão conseguir fazer tudo o que lhes seja pedido, porque teremos computação quântica, computação 3D, redes móveis muito rápidas (5G) e a Internet das Coisas.” Depois temos a edição do genoma humano: “Após sequenciarmos o genoma de todas as pessoas, teremos aproximadamente cinco milhares de milhões de genomas, o que significa que poderemos investigar a função de cada gene. Ou seja, em dez segundos podemos analisar os problemas de cada pessoa e trabalhar clinicamente para prevenir e curar doenças.”

O culto da eficiência

Este é o lado positivo da evolução tecnológica. O negativo, para o qual Gerd tem alertado da mesma forma, prende-se com o culto absoluto da eficiência, que reduz o valor da humanidade. E isso manifesta-se em opções que eliminam o elemento humano da equação a favor da proclamada eficiência, como se tem visto em algortimos que visam ser mais transparentes mas que confirmam preconceitos e que não são capazes de reconhecer traços de humanidade individuais — casos destes têm-se repetido, por exemplo, no sistema judicial e em mecanismos de avaliação de concessão de benefícios sociais nos Estados Unidos, em que o resultado tem sido o regresso aos modelos originais de intervenção humana. “Eu digo sempre que a eficiência é o oposto da humanidade. A eficiência é algo económico, serve para tornar um processo menos dispendioso e mais rápido — que pode ser eficiente para apanhar lixo mas se torna grave quando estamos a discutir questões relacionadas com o ser humano. Alguém vai  procurar trabalhar na eficiência de uma relação afectiva, reduzindo uma relação de dois anos a uma de duas semanas?”

E é para prevenir estes “excessos” que entra a necessidade de regulação no processo de evolução: “Precisamos de regular o uso da tecnologia para eliminar os aspectos negativos. Recorremos à regulação e às leis para determinar o impacto de todas as indústrias, regulamentando as consequências negativas, mas não o fazemos quanto à tecnologia.” Uma resposta possível ao porquê de não o fazermos prender-se-á com o sucesso de marketing do discurso dos líderes da tecnologia como Mark Zuckerberg, que dissimulam os propósitos financeiros das suas empresas com vacuidades como “aproximar o mundo” ou “dar uma voz a toda a gente.” E é por isso que as redes sociais são um bom exemplo utilizado por Leonhard para se referir à necessidade de regulação e consciência social do que se passa: “Acho que o problema é que o Facebook é uma infra-estrutura, é a única auto-estrada de comunicação. Da mesma forma que é impossível vivermos sem o Google, e é a isto que se chama um cartel. Do meu ponto de vista, o Facebook é um verdadeiro cartel que tomou de assalto o mundo tecnológico, como há uns anos aconteceu com a Microsoft. Quando uma empresa se torna assim tão grande, é preciso desmantelá-la, o que vai acabar por acontecer.

E esta é uma situação que se estende a outros domínios da tecnologia. Os gigantes da inteligência artificial são empresas americanas e chinesas. “São usadas como armas porque esta é uma questão de poder, e precisamos de tratados de não-proliferação porque estas são as armas mais poderosas alguma vez inventadas”. No livro Tecnologia Versus Humanidade, escrito em 2016, o autor comparou a questão da inteligência artificial à das armas nucleares, em que tratados internacionais regulavam a dimensão dos arsenais e impediam que Estados-párias acedessem à tecnologia. Sabemos que o cenário já não é o mesmo, e a inteligência artigical ou a manipulação genética são bastante mais difíceis de controlar — pelo que o risco aqui é que só se regule tarde de mais. Gerd Leonhard acha que isso vai acontecer: “Vamos ter um incidente grave antes de chegar à regulação. Podemos falar sobre isto, mas a realidade é que nada foi feito em relação às armas nucleares até serem usadas, e depois chegámos à conclusão que foi mau e que tínhamos de evitar que voltasse a acontecer — porque podíamos morrer todos. Relativamente à inteligência artificial, ainda temos cerca de dez anos, porque ainda não está a esse nível, mas vamos ter de chegar a um acordo. Vai ocorrer uma catástrofe que nos forçará a regular estas tecnologias, tal como, por exemplo, uma Inteligência Artificial a controlar o tráfego aéreo e 100 mil pessoas morrerem. As pessoas não acreditavam na bomba nuclear até esta explodir.”

Para que a regulação ocorra, é preciso que o poder legislativo esteja atento. Enquanto elogia o papel da Comissão Europeia pelo esforço no controlo da tecnologia, Leonhard assume que a principal preocupação nos tempos que correm tem a ver com o trabalho. Mas também isso precisa de ser revisto, porque a relação entre a produtividade, o emprego e os salários está a ser revista. “O que a maioria das pessoas não sabe é que nós não precisamos de trabalhar como trabalhamos hoje se tirarmos o melhor proveito das tecnologias. Hoje, as pessoas preocupam-se com os empregos porque não é muito bem-visto estar desempregado. É normalmente aqui que começo por dizer que se não compreendem o que as máquinas conseguem fazer vão acabar por ficar sem trabalho muito rapidamente. E isto vai ter consequências”. A principal das quais é a desigualdade, que graças à globalização se tem reduzido muito entre países mas se tem agravado dentro de cada país. E é aí que se vai sentir a grande mudança: “Em cinco anos não vai haver um único líder de Governo, presidente da câmara, ou alguém com um posto importante que seja eleito sem abordar estes temas.”

A dimensão ética

Um aspecto determinante no livro e no discurso de Gerd Leonhard é a ética da utilização da tecnologia — porque há um discurso moral sobre a tecnologia, mas seria interessante que a discussão se voltasse a centrar no elemento humano. “A tecnologia não é inerentemente boa ou má, ela simplesmente existe, nós é que a criamos. E penso que o futuro vai acontecer independentemente de nós, mas é um facto que nós fazemos o futuro, nós decidimos o futuro. De momento, estamos preocupados com o custo ou com quem controla a tecnologia e em dez anos só vamos perguntar: porquê? Poe que é que o estamos a fazer?”

E este olhar tem consequências também sobre o primado dos valores a transmitir às gerações seguintes. Com a evolução das máquinas, poderemos descurar o ensino das tarefas mecânicas e dar mais espaço aos valores humanos: “Acho que foi Marvin Minsky, especialista em inteligência artificial, que deu origem a este debate, dizendo que a inteligência humana também significa que conseguimos viver não sabendo algo, encontramos outra forma de o fazer. Como é que vamos fazer as crianças entender compaixão, empatia e criatividade? Nada disto se aprende na escola, mas sim a viver. A visão holística é fundamental, e a ciência é apenas uma parte dela. Isto é um grande desafio para a comunidade científica, que tende a pensar que as respostas estão sempre na ciência. E ainda que ache que por vezes é verdade, é preciso ter em conta a visão holística, que será mais preponderante no futuro. Porque a ciência não vai ter limites, vamos poder inventar tudo o que quisermos.”

É aqui que a conversa chega a uma das mais interessantes abordagens do livro, ao repetir que “a evolução é um processo espiritual” e que precisa de um equilíbrio que neste momento não existe. “Acho que é natural para as pessoas procurarem atalhos porque é conveniente. Mas o pior é quando a conveniência se torna o princípio e o fim do raciocínio. Podemos ser mais eficientes e dar à luz numa máquina, mas será que seria humano? Temos a tendência de substituir a consciência pela conveniência. É muito mais importante ser convenientes do que sermos conscientes. E não interessa se são coisas pequenas, como o Google Maps ou assim. Quando analisamos a um nível pessoal, é desumano. O Governo tem de delimitar a fronteira entre as máquinas que elevam a humanidade e as que não — a pergunta essencial que surgiu depois de ter escrito o livro foi se é humanamente sustentável, e essa tem sido a minha preocupação.”

O seu ponto de vista ético é eminentemente humanista, por contraponto ao ideário tecnológico de Silicon Valley. Se voltarmos a colocar o acento na humanidade, se nos concentrarmos no que é bom para o ser humano, deixamos de encarar a maior produtividade e eficiência como fins em si mesmos e passamos a encarar valores mais humanos como primordiais: “Para responder à derradeira questão da tecnologia, se faz o ser humano feliz, se proporciona mais avanços para os humanos, se cria uma sociedade melhor. E se a resposta for não, devíamos pensar em não a utilizar ou em implementar algumas restrições.”
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes