Não é justo ridicularizar o élan
de querer a igualdade,
porque é justa
a vontade que combate
a escravidão de uns por outros
quando todos nos igualamos
na dignidade da natureza
comum que nos forma,
sustem e contem.
A desigualdade de mérito,
socialmente distinguida entre uns e outros,
não belisca a igualdade radical que nos irmana
perante a natureza e perante a lei democrática soberana.
Na razão, os homens comungam no que mais a todos convém.
Na natureza, submergem ao que não dominam e os constitui
em modo inumano e animal; no caso da infância, doença,
velhice e morte, a razão dos homens é subjugada
por forças que os excedem e dominam.
«Nada convém mais ao homem do que o seu semelhante.»