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Autor Tópico: Politicamente correcto  (Lida 127797 vezes)

Automek

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Re: Politicamente correcto
« Responder #140 em: 2017-10-09 12:52:35 »
Esse texto que o Sebastião deixou toca em muitos pontos, mas são argumentos falaciosos porque não são exclusivos da prostituição.

Diz o texto que as prostitutas precisam do dinheiro - não é o que precisa a maioria das pessoas que trabalham ?
Só beneficia os proxenetas - não é isso que dizem do Belmiro e do Soares dos Santos e tantos outros empresários que, supostamente, "exploram" os trabalhadores ?
Mulher é impedida de recusar clientes ou as suas exigências - isto tem tanta lógica como pensar que um bar tem de aceitar um gajo bêbado a gritar disparates no meio da sala.
Os sitios onde se proibiu a prostituição, esta reduziu - claro ! Mas isto é um argumento estranho em Portugal em que o aborto aumentou de 2008 até 2011, depois da sua legalização (tendo caído ligeiramente a partir daí). É isso que queremos ? Reduzir o aborto, proibindo-o, levando as pessoas novamente para a clandestinidade do aborto ilegal ?
Redução das mulheres a objecto - como se a vagina fosse uma coisa diferente dos pulmões de um mineiro, que ficam arrumados ao fim de uns anos
"cerca de noventa por cento das mulheres que se prostituem optaria por outra atividade se tal oportunidade lhes fosse concedida." - gostava de saber o resultado de um inquèrito destes na rapaziada que vira hamburgers no mcdonalds.
Não querem ser prostitutas e deixam a actividade assim que podem - e o tipo que limpa retretes, quererá fazer isso porque gosta ? E para o resto da vida ?

A única questão realmente relevante para a prostituição, em todo aquele texto, é a fiscal, nomeadamente a reticência em abrirem a actividade como prostitutas. Isso compreendo e admito que possa ser um entrave específico da actividade.
« Última modificação: 2017-10-09 12:54:06 por Automek »

Kaspov

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Re: Politicamente correcto
« Responder #141 em: 2017-10-09 17:17:43 »
Esse texto que o Sebastião deixou toca em muitos pontos, mas são argumentos falaciosos porque não são exclusivos da prostituição.

Diz o texto que as prostitutas precisam do dinheiro - não é o que precisa a maioria das pessoas que trabalham ?
Só beneficia os proxenetas - não é isso que dizem do Belmiro e do Soares dos Santos e tantos outros empresários que, supostamente, "exploram" os trabalhadores ?
Mulher é impedida de recusar clientes ou as suas exigências - isto tem tanta lógica como pensar que um bar tem de aceitar um gajo bêbado a gritar disparates no meio da sala.
Os sitios onde se proibiu a prostituição, esta reduziu - claro ! Mas isto é um argumento estranho em Portugal em que o aborto aumentou de 2008 até 2011, depois da sua legalização (tendo caído ligeiramente a partir daí). É isso que queremos ? Reduzir o aborto, proibindo-o, levando as pessoas novamente para a clandestinidade do aborto ilegal ?
Redução das mulheres a objecto - como se a vagina fosse uma coisa diferente dos pulmões de um mineiro, que ficam arrumados ao fim de uns anos
"cerca de noventa por cento das mulheres que se prostituem optaria por outra atividade se tal oportunidade lhes fosse concedida." - gostava de saber o resultado de um inquèrito destes na rapaziada que vira hamburgers no mcdonalds.
Não querem ser prostitutas e deixam a actividade assim que podem - e o tipo que limpa retretes, quererá fazer isso porque gosta ? E para o resto da vida ?

A única questão realmente relevante para a prostituição, em todo aquele texto, é a fiscal, nomeadamente a reticência em abrirem a actividade como prostitutas. Isso compreendo e admito que possa ser um entrave específico da actividade.

Exacto, é evidente.
Gloria in excelsis Deo; Jai guru dev; There's more than meets the eye; I don't know where but she sends me there; Let's Make Rome Great Again!

Reg

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Re: Politicamente correcto
« Responder #142 em: 2017-10-09 17:55:29 »
E mais velha profissao do mundo quer gostem ou nao!
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

Zel

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Re: Politicamente correcto
« Responder #143 em: 2017-10-09 19:09:53 »
Esse texto que o Sebastião deixou toca em muitos pontos, mas são argumentos falaciosos porque não são exclusivos da prostituição.

Diz o texto que as prostitutas precisam do dinheiro - não é o que precisa a maioria das pessoas que trabalham ?
Só beneficia os proxenetas - não é isso que dizem do Belmiro e do Soares dos Santos e tantos outros empresários que, supostamente, "exploram" os trabalhadores ?
Mulher é impedida de recusar clientes ou as suas exigências - isto tem tanta lógica como pensar que um bar tem de aceitar um gajo bêbado a gritar disparates no meio da sala.
Os sitios onde se proibiu a prostituição, esta reduziu - claro ! Mas isto é um argumento estranho em Portugal em que o aborto aumentou de 2008 até 2011, depois da sua legalização (tendo caído ligeiramente a partir daí). É isso que queremos ? Reduzir o aborto, proibindo-o, levando as pessoas novamente para a clandestinidade do aborto ilegal ?
Redução das mulheres a objecto - como se a vagina fosse uma coisa diferente dos pulmões de um mineiro, que ficam arrumados ao fim de uns anos
"cerca de noventa por cento das mulheres que se prostituem optaria por outra atividade se tal oportunidade lhes fosse concedida." - gostava de saber o resultado de um inquèrito destes na rapaziada que vira hamburgers no mcdonalds.
Não querem ser prostitutas e deixam a actividade assim que podem - e o tipo que limpa retretes, quererá fazer isso porque gosta ? E para o resto da vida ?

A única questão realmente relevante para a prostituição, em todo aquele texto, é a fiscal, nomeadamente a reticência em abrirem a actividade como prostitutas. Isso compreendo e admito que possa ser um entrave específico da actividade.

essa conversa de que as prostitutas desejariam outra qq profissao menos aquela (implicando que morreriam a fome e nao estao la por livre vontade) eh uma mentira vergonhosa
em mais lado nenhum as prostitutas ganhariam tanto para o seu nivel de educacao. eh isto que motiva tantas raparigas para a profissao. claro que se a pergunta for feita sem levar em conta o rendimento realista alternativo ate eu digo que preferia nao ser trader e gostaria e ser nadador salvador para estar na praia 3 meses por ano
« Última modificação: 2017-10-09 19:19:38 por Camarada Neo-Liberal »

Automek

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Re: Politicamente correcto
« Responder #144 em: 2017-10-09 19:26:26 »
Nem mais... elas só não vão para o mcdonalds porque não querem (porque a aviar hamburgers não ganham o mesmo do que a aviar homens).

Kaspov

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Re: Politicamente correcto
« Responder #145 em: 2017-10-09 20:44:06 »
Nem mais... elas só não vão para o mcdonalds porque não querem (porque a aviar hamburgers não ganham o mesmo do que a aviar homens).


Pois, e os homens sempre lhes podem dar alguma atenção e prazer... pelo menos a maioria dos clientes, suponho...   ::)

Fica o clássico dos

Táxi - Queda dos anjos

! No longer available
« Última modificação: 2017-10-09 20:45:32 por Kaspov »
Gloria in excelsis Deo; Jai guru dev; There's more than meets the eye; I don't know where but she sends me there; Let's Make Rome Great Again!

Jsebastião

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Re: Politicamente correcto
« Responder #146 em: 2017-10-10 00:15:27 »
o jsebastiao erra qd diz que as prostitutas nao ganham para poupar, como quer denegrir a profissao inventa
aquelas que eu conheco ganham entre 4k a 6k limpos por mes, nao da para poupar como? a 50-100 euros limpos a pimpadela ate o jsebastiao conseguiria poupar

Peço perdão por não privar ou sequer conhecer mulheres que vendem favores sexuais a troco de dinheiro.

Peço perdão por não ter amigas giras que ganham balúrdios com a vagina e com a boca, consideram giríssima e in-issima a actividade que exercem, orgulham de certeza os filhos, os pais e os amigos dos pais (pelo menos aqueles que não as comem de vez em quando a troco de X por hora), porque contas feitas (as únicas que interessam) fazem muito mais dinheiro num mês do que uma aquilo que as suas inteligências permitiriam no mercado de trabalho dito normal.

Peço perdão por não conseguir extrapolar para o universo em geral da prostituição feminina a partir daquilo que me dizem estas duas ou três amigas sobre o mundo fantástico em que vivem, em que ainda por cima são pagas a peso de ouro para receberem carinhos e fazerem amor com uma série de homens todos os dias, às vezes mais do que um em simultâneo.

Peço perdão por não ver na prostituição os detalhes normais de qualquer outra profissão de "desgate rápido", daquelas que deixam sequelas para a vida, como por exemplo mineiro ou futebolista profissional.

Peço perdão por não ser claro como a água para mim que vender o corpo e vergar as costas nas minas é exactamente a mesma coisa do ponto de vista laboral, porque envolve uma simples "troca por dinheiro", do que levar com esperma na cara, fazer mamadas a grandes chouriços e de vez em quando espetar com enemas "lá para dentro" porque o cliente das 17h não aprecia muito o cheiro nem ficar com a piça cheia de merda (peço adicional perdão neste caso pela minha linguagem obscena que utilizei num tópico que convida ao politicamente correcto).

Peço perdão por considerar que a prostiuição é das actividades mais humilhantes e degradantes a que um ser humano se pode sujeitar, voluntariamente ou por necessidade.

Peço perdão por não ser feminista nem lésbica. Pelo perdão por não ser mulher e por errar ao não poder falar com conhecimento de causa, apesar de haver também outros tipos de prostituição.

Algo deve estar errado comigo.

Citar
eh mais um iluminado puritano que quer decidir como os outros vao viver a sua vida

Peço perdão pela falta de clareza das minhas intenções, e por levar ao engano os que lêem em mim comportamentos dominatrix que não tenho nem pretendo ter.
« Última modificação: 2017-10-10 00:17:51 por Jsebastião »
«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

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Zel

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Re: Politicamente correcto
« Responder #147 em: 2017-10-10 01:33:06 »
isso sao sao argumentos de teenager do bloco. deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa
entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles
« Última modificação: 2017-10-10 01:36:32 por Camarada Neo-Liberal »

Zel

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Re: Politicamente correcto
« Responder #148 em: 2017-10-10 01:37:34 »
o totalitarismo agora esconde-se em vestes de bondade mas nao passam de fascistas encapotados
ate mete nojo a forma como paternalizam as decisoes de vida de gente adulta e se "oferecem" para decidir por eles
e que visao magnifica tem eles de si proprios
« Última modificação: 2017-10-10 01:40:30 por Camarada Neo-Liberal »

Kin2010

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Re: Politicamente correcto
« Responder #149 em: 2017-10-10 03:24:22 »
isso sao sao argumentos de teenager do bloco. deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa
entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles

O JSebastião analisa a questão ética aqui envolvida bem, em minha opinião. Eu não sou contra a prostituição, acho que devia ser sempre legalizada. Mas ao mesmo tempo, não posso deixar de concordar que não é a mesma coisa, do ponto de vista psicológico, do que uma profissão tipo mineiro ou outra. Aqui fica uma hint: se eu aconselhar algum dos foristas a que ele tente encorajar a sua própria filha a tornar-se prostituta, ele ficará furioso comigo. Mas se eu disser que ele devia encorajá-la a outra profissão, já não fica furioso comigo. Se uma filha vai para isso, os pais têm um desgosto e têm vergonha. Para outras profissões não têm.

Ou seja, psicologicamente a coisa é especial, não é só uma questão de dinheiro e fisco.


Automek

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Re: Politicamente correcto
« Responder #150 em: 2017-10-10 07:47:54 »
A argumentação usada para proibir a prostituição cai por terra quando existem dezenas de outras alternativas "moralmente aceitáveis" e, ainda assim, a mulher escolhe a prostituição em vez de ir conduzir um taxi, lavar escadas, trabalhar num café, servir nas obras, varrer as ruas ou a colher framboesas, só para dar exemplo de profissões onde habitualmente vemos pessoas de baixas qualificações.

É uma escolha livre. O exemplo mais flagrante até é o das prostitutas que frequentam o ensino superior. Aqui nem sequer estamos a falar de pessoas de baixa escolaridade e, contudo, optam pela prostituição quando há centenas e centenas de colegas universitários que fazem part times em call centres ou noutros sítios.

Aquilo que o Neo disse é a mais pura das verdades. Estas pessoas têm alternativas de emprego "moralmente superiores" mas, ainda assim, preferem a "actividade degradante" devido à remuneração. Porque razão é que devemos impedir esta escolha livre ?
Proibir uma actividade porque a consideramos "moralmente degradante" é achar que sabemos mais da tolerância moral dos outros do que ele próprio.

kitano

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Re: Politicamente correcto
« Responder #151 em: 2017-10-10 10:41:50 »
isso sao sao argumentos de teenager do bloco. deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa
entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles

O JSebastião analisa a questão ética aqui envolvida bem, em minha opinião. Eu não sou contra a prostituição, acho que devia ser sempre legalizada. Mas ao mesmo tempo, não posso deixar de concordar que não é a mesma coisa, do ponto de vista psicológico, do que uma profissão tipo mineiro ou outra. Aqui fica uma hint: se eu aconselhar algum dos foristas a que ele tente encorajar a sua própria filha a tornar-se prostituta, ele ficará furioso comigo. Mas se eu disser que ele devia encorajá-la a outra profissão, já não fica furioso comigo. Se uma filha vai para isso, os pais têm um desgosto e têm vergonha. Para outras profissões não têm.

Ou seja, psicologicamente a coisa é especial, não é só uma questão de dinheiro e fisco.

Ninguém incentiva os filhos a lavar retretes, nem a trabalhar numa mina...
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Zel

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Re: Politicamente correcto
« Responder #152 em: 2017-10-10 10:47:24 »
isso sao sao argumentos de teenager do bloco. deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa
entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles

O JSebastião analisa a questão ética aqui envolvida bem, em minha opinião. Eu não sou contra a prostituição, acho que devia ser sempre legalizada. Mas ao mesmo tempo, não posso deixar de concordar que não é a mesma coisa, do ponto de vista psicológico, do que uma profissão tipo mineiro ou outra. Aqui fica uma hint: se eu aconselhar algum dos foristas a que ele tente encorajar a sua própria filha a tornar-se prostituta, ele ficará furioso comigo. Mas se eu disser que ele devia encorajá-la a outra profissão, já não fica furioso comigo. Se uma filha vai para isso, os pais têm um desgosto e têm vergonha. Para outras profissões não têm.

Ou seja, psicologicamente a coisa é especial, não é só uma questão de dinheiro e fisco.

empregada domestica, homem do lixo, ha outras profissoes com estigmas sociais. mas nada bate a prostituicao, acho que nisso estaomos de acordo

mas eh por isso que paga tao bem para o nivel de qualificacoes que exige (zero), eh um tradeoff que so um adulto pode avaliar para a sua propria vida

e algumas pessoas (embora poucas) nao sao afectadas pela componente psicologica que referes. ha gajas que parece que nasceram para aquilo e adoram ir para a cama com estranhos, mesmo nao sendo prostitutas seriam sempre sexualmente activas e promiscuas. sao poucas em relacao ao total da populacao, mas existem. e sao muitas vezes estas que vao parar a profissao.

onde eu quero chegar eh que as pessoas sao todas diferentes e mesmo uma verdade para 90% das mulheres deixa 10% que podem querer ser livremente prostitutas e ninguem se deve meter nisso
« Última modificação: 2017-10-10 10:56:11 por Camarada Neo-Liberal »

Jsebastião

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Re: Politicamente correcto
« Responder #153 em: 2017-10-10 15:15:51 »
isso sao sao argumentos de teenager do bloco. deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa
entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles

Não sei se és idiota ou não, mas por vezes tens comportamentos aqui no fórum do mais idiota imaginável. Acusas-me de ser teenager mas única criança aqui és tu.

Além disso, à semelhança do Europeu, a partir umas quantas linhas de texto, assumes o que não sabes, tiras conclusões precipitadas sobre pessoas que não conheces de lado nenhum e avanças com suposições tiradas de um nada dentro de uma cartola, como por exemplo esta:

Citar
o totalitarismo agora esconde-se em vestes de bondade mas nao passam de fascistas encapotados
ate mete nojo a forma como paternalizam as decisoes de vida de gente adulta e se "oferecem" para decidir por eles
e que visao magnifica tem eles de si proprios

Por partes:

1 - «isso sao sao argumentos de teenager do bloco»

Por que carga de água este assunto tem de ser partidarizado ou associado a grupos ideológicos, consegues explicar-me? Não faço a mais pequena ideia do que pensa o bloco sobre o assunto, ou o PS, ou o PSD, CDS, etc., etc. Em boa consciência, espero que cada grupo parlamentar, à semelhança de matérias como o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, permita o livre pensamento e não imponha disciplina de voto caso estas temáticas sejam colocadas a votação no parlamento.

Por que razão hás-de me atirar com esta ideia de "argumentos de teenager do bloco"? Isso não é em si nenhum argumento (não se propõe a concordar ou a discordar de forma lógica com nenhuma ideia) e não traz nada de relevante para a discussão. Parece que é apenas uma tentativa de insulto. Sem nexo, e sem alcance prático. É perderes tempo e é fazeres-me a mim perder o meu tempo a responder-te. É comportamento de idiota.

2 - «deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa» -

Idem aspas. Qual é o propósito disto? O que é que o debate ganha com idiotices destas? Não sabes/consegues parar para pensar antes de escrever?

3 - «entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles»

Quem são os "adultos do mundo real"? Tu? Com essas criancices? 

Mas mais importante nesta frase, onde é que eu alguma vez dei a ideia de que pretendi condicionar a decisão de quem quer que fosse a propósito da prostituição?

Onde?

Sabes qual é a minha posição sobre o assunto, por acaso? Esta não é uma pergunta retórica. Gostaria de que respondesses, até porque a seguir vens com esta conversa da treta que já não é dirigida a mim, só que é...

4 - «o totalitarismo agora esconde-se em vestes de bondade mas nao passam de fascistas encapotados
ate mete nojo a forma como paternalizam as decisoes de vida de gente adulta e se "oferecem" para decidir por eles»


Aqui é o delírio completo. Totalitarismo? Vestes de bondade em Fascismo encapotado? WTF!!!  Perdeste o raciocínio? Ou é mero jogo sujo para tentares colar-me rótulos?

Repito a pergunta: onde leste uma opinião minha, a respeito da prostituição, onde indico que sou a favor de alguma espécie de proibição ou condicionamento da actividade, quer por parte das profissionais, quer por parte dos clientes?

Onde?

5 - «e que visao magnifica tem eles de si proprios».

Mais do mesmo lixo inconsequente que não serve para nada.

O JSebastião analisa a questão ética aqui envolvida bem, em minha opinião.

Na verdade, ainda não analisei nada ou argumentei a fovor ou contra nada. Coloquei uma série de pontos de vista pessoais (e outros não pessoais), mas não tentei explorar o assunto pelo lado da argumentação ou sequer afirmado que sou a favor ou contra algo.

Em todo caso, é evidente para mim que esta questão não pode ser olhada apenas do ponto de vista simplista e conveniente da profissão em troca de dinheiro.

É por demais evidente que a questão ética e moral deve ser levada em conta, e deve ter tanto ou mais peso do que o €€€.

O problema é que se entra rapidamente para território da subjectividade, lugar onde a moral de uns é o caixote do lixo capitalista de outros.

« Última modificação: 2017-10-10 15:20:55 por Jsebastião »
«Despite the constant negative press covfefe,» - Donald

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Re: Politicamente correcto
« Responder #154 em: 2017-10-10 15:37:18 »
Por que carga de água este assunto tem de ser partidarizado ou associado a grupos ideológicos, consegues explicar-me? Não faço a mais pequena ideia do que pensa o bloco sobre o assunto, ou o PS, ou o PSD, CDS, etc., etc. Em boa consciência, espero que cada grupo parlamentar, à semelhança de matérias como o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, permita o livre pensamento e não imponha disciplina de voto caso estas temáticas sejam colocadas a votação no parlamento.
....
É por demais evidente que a questão ética e moral deve ser levada em conta, e deve ter tanto ou mais peso do que o €€€.

O problema é que se entra rapidamente para território da subjectividade, lugar onde a moral de uns é o caixote do lixo capitalista de outros.
Eu não concordo nada com isto.

Tu defendes que não deve haver obrigatoriedade de voto mas, ao dizer isso (remeter a decisão para o parlamento), estás implicitamente a dizer que há 220 indivíduos que, por serem eleitos, devem decidir pelos restantes 10M de pessoas.

Ou seja, por achares que é um tema polémico, permites a liberdade de voto a quem decide. Mas isso pode implicar que os deputados nem sequer cumpram as disposições ideológicas do partido pelo qual se propuseram e pelo qual foram eleitos (o que deita por terra o argumento da legitimidade de serem representantes do povo).
Isto quando temos uma solução mais simples. Porquê liberdade de voto a 220 indivíduos e não a liberdade de decisão individual de cada pessoa adulta ?


Em relação ao último parágrafo, a liberdade não implica a obrigação.
Ou seja, se eu tiver a liberdade de ir à praia isso não me dá a obrigação de ir à praia. Porventura haverá muitas mulheres muçulmanas em Portugal que, apesar de terem a liberdade de ir à praia, não o fazem por preceitos morais / religiosos. São elas próprias que limitam a sua liberdade.
Se há esta possibilidade de auto-censura individual, porquê dar o poder a alguém de proibir ?

Jsebastião

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Re: Politicamente correcto
« Responder #155 em: 2017-10-10 15:56:53 »
Por que carga de água este assunto tem de ser partidarizado ou associado a grupos ideológicos, consegues explicar-me? Não faço a mais pequena ideia do que pensa o bloco sobre o assunto, ou o PS, ou o PSD, CDS, etc., etc. Em boa consciência, espero que cada grupo parlamentar, à semelhança de matérias como o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, permita o livre pensamento e não imponha disciplina de voto caso estas temáticas sejam colocadas a votação no parlamento.
....
É por demais evidente que a questão ética e moral deve ser levada em conta, e deve ter tanto ou mais peso do que o €€€.

O problema é que se entra rapidamente para território da subjectividade, lugar onde a moral de uns é o caixote do lixo capitalista de outros.
Eu não concordo nada com isto.

Tu defendes que não deve haver obrigatoriedade de voto mas, ao dizer isso (remeter a decisão para o parlamento), estás implicitamente a dizer que há 220 indivíduos que, por serem eleitos, devem decidir pelos restantes 10M de pessoas.

Ou seja, por achares que é um tema polémico, permites a liberdade de voto a quem decide. Mas isso pode implicar que os deputados nem sequer cumpram as disposições ideológicas do partido pelo qual se propuseram e pelo qual foram eleitos (o que deita por terra o argumento da legitimidade de serem representantes do povo).
Isto quando temos uma solução mais simples. Porquê liberdade de voto a 220 indivíduos e não a liberdade de decisão individual de cada pessoa adulta ?

São questões pertinentes e estão bem formuladas. Assim vale a pena debater.

Em primeiro lugar eu concordo com o sistema de democracia representatitva, ou seja, aceito que esses 220 deputados que foram eleitos pelos cidadãos tenham poder para decidir e legislar sobre a vida dos 10M que representam. Tenham poder para IMPOR deveres e obrigações, bem como para PERMITIR direitos. Isto implica que tenha de me sujeitar a leis que podem ser benéficas ou prejudicias a nível individual. Em todo o caso, é o sistema político com o qual tenho mais concordância e afinidade. Bastante mais do que uma democracia directa (que sinceramente não entendo como pode ter pés para funcionar).

Posto isto, de uma forma ou de outra, com ou sem liberdade de voto, caso a legalização da prostituição venha a ser assunto de debate e voto, esses 220 deputados vão ter de formular uma opinião. Daqui não podemos fugir.

Como eu não relaciono o assunto com nenhuma ideologia política, nem percebo como se possa relacionar (MESMO QUE IMPLIQUE QUE O ESTADO TENHA EVENTUALMENTE CUSTOS COM O ASSUNTO), prefiro obviamente que cada deputado decida em conformidade com a sua consciência.

Por ser um tema polémico, é para mim imperativo que seja debatido e que haja uma resolução. Nem que seja ficar tudo na mesma. Agora, não faz é sentido nenhum não haver debate e não se falar sobre o assunto. Fingir que não existe não é uma opção lógica para nenhum governo.



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Re: Politicamente correcto
« Responder #156 em: 2017-10-10 15:58:25 »
o jsebastiao erra qd diz que as prostitutas nao ganham para poupar, como quer denegrir a profissao inventa
aquelas que eu conheco ganham entre 4k a 6k limpos por mes, nao da para poupar como? a 50-100 euros limpos a pimpadela ate o jsebastiao conseguiria poupar

Peço perdão por não privar ou sequer conhecer mulheres que vendem favores sexuais a troco de dinheiro.

Peço perdão por não ter amigas giras que ganham balúrdios com a vagina e com a boca, consideram giríssima e in-issima a actividade que exercem, orgulham de certeza os filhos, os pais e os amigos dos pais (pelo menos aqueles que não as comem de vez em quando a troco de X por hora), porque contas feitas (as únicas que interessam) fazem muito mais dinheiro num mês do que uma aquilo que as suas inteligências permitiriam no mercado de trabalho dito normal.

Peço perdão por não conseguir extrapolar para o universo em geral da prostituição feminina a partir daquilo que me dizem estas duas ou três amigas sobre o mundo fantástico em que vivem, em que ainda por cima são pagas a peso de ouro para receberem carinhos e fazerem amor com uma série de homens todos os dias, às vezes mais do que um em simultâneo.

Peço perdão por não ver na prostituição os detalhes normais de qualquer outra profissão de "desgate rápido", daquelas que deixam sequelas para a vida, como por exemplo mineiro ou futebolista profissional.

Peço perdão por não ser claro como a água para mim que vender o corpo e vergar as costas nas minas é exactamente a mesma coisa do ponto de vista laboral, porque envolve uma simples "troca por dinheiro", do que levar com esperma na cara, fazer mamadas a grandes chouriços e de vez em quando espetar com enemas "lá para dentro" porque o cliente das 17h não aprecia muito o cheiro nem ficar com a piça cheia de merda (peço adicional perdão neste caso pela minha linguagem obscena que utilizei num tópico que convida ao politicamente correcto).

Peço perdão por considerar que a prostiuição é das actividades mais humilhantes e degradantes a que um ser humano se pode sujeitar, voluntariamente ou por necessidade.

Peço perdão por não ser feminista nem lésbica. Pelo perdão por não ser mulher e por errar ao não poder falar com conhecimento de causa, apesar de haver também outros tipos de prostituição.

Algo deve estar errado comigo.

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eh mais um iluminado puritano que quer decidir como os outros vao viver a sua vida

Peço perdão pela falta de clareza das minhas intenções, e por levar ao engano os que lêem em mim comportamentos dominatrix que não tenho nem pretendo ter.

Não há nada de errado contigo. A tua opinião sobre o assunto é esmagadoramente maioritária. Até os que aqui contra-argumentam podem pensar como tu pensas.

O problema está apenas em separar a possibilidade de teres essa opinião, de a quereres impor aos restantes que assim não pensam, ou de apoiares leis que o façam. É nisso que se discorda.

A Ayn Rand, libertária, também não gostava de homossexuais. Uma opinião certamente partilhada com bastantes pessoas (embora hoje duvido que seja maioritária). No entanto, não lhe passaria pela cabeça, dada a sua ideologia, propor proibir tal coisa.

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Re: Politicamente correcto
« Responder #157 em: 2017-10-10 16:02:06 »
isso sao sao argumentos de teenager do bloco. deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa
entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles

O JSebastião analisa a questão ética aqui envolvida bem, em minha opinião. Eu não sou contra a prostituição, acho que devia ser sempre legalizada. Mas ao mesmo tempo, não posso deixar de concordar que não é a mesma coisa, do ponto de vista psicológico, do que uma profissão tipo mineiro ou outra. Aqui fica uma hint: se eu aconselhar algum dos foristas a que ele tente encorajar a sua própria filha a tornar-se prostituta, ele ficará furioso comigo. Mas se eu disser que ele devia encorajá-la a outra profissão, já não fica furioso comigo. Se uma filha vai para isso, os pais têm um desgosto e têm vergonha. Para outras profissões não têm.

Ou seja, psicologicamente a coisa é especial, não é só uma questão de dinheiro e fisco.

Bem, mas as próprias, como é dito acima, certamente poderiam ir para o McDonalds servir hamburgeres. Aparentemente muitas acham que isso é pior ainda do que aquilo que escolheram.

Sim, os pais têm vergonha. Pelo menos aqui. Se calhar no Japão para geisha já é (ou era) diferente. É difícil dizer o quanto é cultural. Em muitos países Islâmicos os pais têm vergonha, e matam as filhas, por uma série de razões espúrias.
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Re: Politicamente correcto
« Responder #158 em: 2017-10-10 16:02:46 »
Se há esta possibilidade de auto-censura individual, porquê dar o poder a alguém de proibir ?

É uma necessidade do sistema democrático. Se se considerar que devem ser feitas escolhas sociais com aplicação vinculativa sobre toda a população, não há como fugir a "dar a alguém poder de proibir" determinados comportamentos.

A única formulação social estrutural que não implica alguém "ter o poder de probir" sobre a população é anarquia pura e dura. Não há sistema. Cada um que se amanhe.
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Re: Politicamente correcto
« Responder #159 em: 2017-10-10 16:07:25 »
Não há nada de errado contigo. A tua opinião sobre o assunto é esmagadoramente maioritária. Até os que aqui contra-argumentam podem pensar como tu pensas.

O problema está apenas em separar a possibilidade de teres essa opinião, de a quereres impor aos restantes que assim não pensam, ou de apoiares leis que o façam. É nisso que se discorda.

A Ayn Rand, libertária, também não gostava de homossexuais. Uma opinião certamente partilhada com bastantes pessoas (embora hoje duvido que seja maioritária). No entanto, não lhe passaria pela cabeça, dada a sua ideologia, propor proibir tal coisa.

Um caso singular de discordância com algo em que na realidade há concordância.

Rapara, sobre a prostituição, eu não quero impor nada a ninguém nem apoio leis que o façam.

Só que o Zelinha assumiu isso com base em nada, e decidiu cortar a direito comportando-se como uma criança.
« Última modificação: 2017-10-10 16:12:53 por Jsebastião »
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