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Autor Tópico: Politicamente correcto  (Lida 127298 vezes)

D. Antunes

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Re: Politicamente correcto
« Responder #220 em: 2017-10-14 01:46:48 »
Eu se bem percebi, afinal o Sebastião acha a actividade moralmente degradante, física e psicologicamente desgastante, mas concorda que a mesma seja livre, com regulamentação.

Porventura onde iriamos discordar é se tivéssemos de discutir o assunto na especialidade, nomeadamente o número de artigos necessários para regulamentar a actividade. Acho que os liberais resolviam o assunto com 3 ou 4 linhas (o Antunes talvez até só com uma  :D) e o Sebastião era capaz de fazer uma lei com 50 artigos (não estou a ser irónico, nem provocador - este aspecto diferencia o nível de liberalismo de cada pessoa).

Olha que eu sou geralmente liberal (no sentido clássico/europeu do termo), mas não sou anarca.
Em termos económicos, sou bastante liberal, quase libertário (mas não sou anarco-capitalista). Em matérias de costumes sou mais moderado e considero a família tradicional muito importante para uma sociedade (sem imposições). E em imigração sou mais nativista.
Sou tendencialmente a favor da despenalização da prostituição, mas considero que na Alemanha e na Holanda não correu muito bem e penso que precisaria de uma dezena de linhas para regulamentar de modo a evitar cair nos mesmos erros.

o que pensas ter corrido mal?

Da ideia genérica que tenho: mega-bordeis, imigração ilegal, tráfico humano.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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Automek

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Re: Politicamente correcto
« Responder #221 em: 2017-10-14 07:35:38 »
Olha que eu sou geralmente liberal (no sentido clássico/europeu do termo), mas não sou anarca.
Em termos económicos, sou bastante liberal, quase libertário (mas não sou anarco-capitalista). Em matérias de costumes sou mais moderado e considero a família tradicional muito importante para uma sociedade (sem imposições). E em imigração sou mais nativista.
Sou tendencialmente a favor da despenalização da prostituição, mas considero que na Alemanha e na Holanda não correu muito bem e penso que precisaria de uma dezena de linhas para regulamentar de modo a evitar cair nos mesmos erros.

Foi mais uma brincadeira por causa disto:  ;D
Basicamente é escrever na Constituição que cada adulto imputável pode fazer o que quiser desde que não prejudique ou interfira com a liberdade de terceiros.

Um pouco mais a sério, quando se olha para as nossas leis nota-se um paternalismo insuportável. Além do estado ter a mania de se meter em coisas que não lhe dizem respeito, ainda faz questão de tentar prever tudo o que pode acontecer, complicando excessivamente.
Isso depois dá origem a um sistema judicial super legalista, em que os juízes têm de se cingir à letra da lei e não ao espírito da mesma.

D. Antunes

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Re: Politicamente correcto
« Responder #222 em: 2017-10-14 14:52:29 »
Olha que eu sou geralmente liberal (no sentido clássico/europeu do termo), mas não sou anarca.
Em termos económicos, sou bastante liberal, quase libertário (mas não sou anarco-capitalista). Em matérias de costumes sou mais moderado e considero a família tradicional muito importante para uma sociedade (sem imposições). E em imigração sou mais nativista.
Sou tendencialmente a favor da despenalização da prostituição, mas considero que na Alemanha e na Holanda não correu muito bem e penso que precisaria de uma dezena de linhas para regulamentar de modo a evitar cair nos mesmos erros.

Foi mais uma brincadeira por causa disto:  ;D
Basicamente é escrever na Constituição que cada adulto imputável pode fazer o que quiser desde que não prejudique ou interfira com a liberdade de terceiros.

Um pouco mais a sério, quando se olha para as nossas leis nota-se um paternalismo insuportável. Além do estado ter a mania de se meter em coisas que não lhe dizem respeito, ainda faz questão de tentar prever tudo o que pode acontecer, complicando excessivamente.
Isso depois dá origem a um sistema judicial super legalista, em que os juízes têm de se cingir à letra da lei e não ao espírito da mesma.

Inicialmente pensei que me estavas a chamar ultra-liberal. De ti não era esperado.
Ainda pensei que era por causa de dizer ao Inc que, se uma mulher tinha direito a não querer ter um feto no seu corpo, também teria direito a não sustentar um filho após nascer (o que para mim não é obvio, estava apenas a mostrar uma possível consequência dessa linha de raciocínio, mas como o escrevi inicialmente não se percebia se era também a minha opinião).
Depois percebi que era mais literal, por causa da frase na constituição. Mas, como estava a trabalhar e entretanto o circo pegou fogo, já não pude alterar.
Abraço
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Automek

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Re: Politicamente correcto
« Responder #223 em: 2017-10-14 18:29:09 »
Inicialmente pensei que me estavas a chamar ultra-liberal. De ti não era esperado.
Eheheh, nunca poderia ser. Acho que aqui nos participantes do forum nem sequer há ninguém ultra liberal.

vbm

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Re: Politicamente correcto
« Responder #224 em: 2017-10-25 23:04:16 »
Valia a pena, aqui no fórum,
editaram uma cartilha de liberalismo

pois, segundo o rigor e o valor da mesma,
mais aderentes podem eventualmente surgir.

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Re: Politicamente correcto
« Responder #225 em: 2017-10-27 12:35:55 »
Citar
AUSTRÁLIA -Vice-primeiro-ministro perde cargo por ter dupla nacionalidade

O partido do governante perdeu a maioria na câmara.

O vice-primeiro-ministro da Austrália e líder do Partido Nacional, Barnaby Joyce, perdeu nesta sexta-feira o cargo juntamente com quatro senadores por uma decisão judicial que ratifica a proibição aos políticos de terem dupla nacionalidade.

Um tribunal australiano decidiu que Joyce, que tem nacionalidade australiana e neozelandesa, é “inelegível” para ocupar o lugar no Parlamento, pelo que o partido do governante perdeu a maioria na câmara.

vbm

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Re: Politicamente correcto
« Responder #226 em: 2017-10-27 15:04:17 »
Estou a ver que a Austrália
não é liberal. E logo
adversária de um
país irmão,
Neo-Zelândia,
antípoda de
Portugal,
que descobriu
pelo mar, ambas
as ilhas e continente!

Thunder

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Re: Politicamente correcto
« Responder #227 em: 2017-10-27 18:59:56 »
A partir do momento em que uma democracia directa (para quem a quiser) e representativa (para quem quiser ser representado) é possível, obrigar a uma democracia exclusivamente representativa é basicamente um passo intermédio entre democracia e ditadura.

Mas uma democracia é um meio termo entre uma ditadura e um estado de anarquia. É suposto ter uma componente "ditatorial", de imposição normativa. Mesmo quando se trata de democracia directa, Uma democracia concede direitos a troco de obrigações, da forma a conseguir a maior eficiência e equilíbrio possível na distribuição colectiva de liberdades individuais

Citar
Hoje em dia, seria possível quem quisesse ser representado, se-lo, e que quem não quisesse pudesse votar directamente (ainda que com um voto imensamente menos potente, versus o de um representantes de 10,000 - 30,000 - 100,000 pessoas).

Ok, mas a minha questão não é essa. A minha questão é: qual dos dois sistemas é preferível? A directa ou a representativa?

Para mim é claramente a representativa. Porque terá, hipoteticamente, especialistas a decidirem sobre cada matéria da sua competência. E é o que se passa na prática, com mais ou menos desvios.

Prefiro ter 220 especialistas hipotéticos a decidirem sobre o destino de 10M do que 10M de incompetentes, ignorantes e alheados a tomarem as mesmas decisões.

Sobre a última frase; do meu ponto de vista partes duma premissa errada pois fica implícito que esses "220" decidem apenas com um foco objectivo e analítico. O problema é que não o fazem; há interesses pessoais e partidários à mistura e isso altera completamente a forma como a legislação é escrita. Arrisco-me a dizer que o foco principal é precisamente esse: o foco pessoal e o partidário e isso é gravíssimo pois é uma deturpação completa dum sistema supostamente benevolente e justo.

Os "10M" tem que ter a perspicácia de decifrar entre os programas eleitorais - que muitas vezes são um conjunto de banalidades -  como um hipotético representante irá se comportar perante a situação x, y ou z ... ou pior, como o representante irá se comportar perante uma situação nova e que nem sequer está presente no programa.
Ou seja o eleitor, para votar em consciência, até tem que ser bastante inteligente; mas depois esse mesmo eleitor não é competente o suficiente para decidir sobre um assunto concreto; havendo tempo de ponderação e debate sobre o assunto, havendo informação pública, etc.

Todos os sistemas políticos quando começam a ter concentração de poder começam a degradar-se a olhos vistos. E este tipo de sistema em o eleitor faz uma cruz e depois os representantes fazem o que querem durante 4/5 anos está claramente a falhar. Os legisladores e decisores políticos estão na sua maioria "capturados" e não há contrapeso contra este poder dentro do estado. Faz todo o sentido que a população tenha uma "arma" que possa utilizar como forma de contrapeso, como forma de limitar o excessivo poder do executivo/legislativo.

E outra coisa: uma maior participação das pessoas nas decisões num primeiro momento até poderia dar em decisões pouco racionais ou improdutivas; mas com o passar do tempo penso que faria com que a sociedade civil fosse muito mais participativa, que as pessoas debatessem os assuntos com muito mais propriedade e tentando ter mais informação. As pessoas deixariam de poder descarregar (muitas vezes infantilmente) que a culpa é do partido A ou de B ou do PM que é um fdp. A população começaria a sentir-se muito mais responsável pelo rumo das coisas.
« Última modificação: 2017-10-27 19:05:34 por Thunder »
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Tridion

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Re: Politicamente correcto
« Responder #228 em: 2017-11-08 22:07:58 »
Porque é que é este fórum só tem a Belinha como representante do género feminino?

Para ser politicamente correcto devia só ficar o Inc. e a Belinha.

Se Ana voltasse, o Automek poderia recomeçar a escrever e assim sucessivamente.

Ou isso, ou então o deMelo, o VV e outros que tais têm que mudar de género para equilibrar a diversidade do fórum.

Eu dei a ideia, por isso fico como estou  :)
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Automek

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Re: Politicamente correcto
« Responder #229 em: 2017-11-08 22:19:46 »
E porquê apenas a quota homens / mulheres ?
Então e os brancos/negros ?
E os católicos /islâmicos ?
E os hetero/homo ?

És um racista ateu homofóbico Tridion ! Expulsem este gajo daqui. :D

Tridion

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Re: Politicamente correcto
« Responder #230 em: 2017-11-08 22:26:21 »
É o seguinte passo lógico, então temos que decidir quem é quem...  :)


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vbm

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Re: Politicamente correcto
« Responder #232 em: 2017-11-09 09:58:14 »
Mas há mais 'géneros' dos que os por aí apontados. Por exemplo, qual é o género daqueles que gostam daquelas, mas que professam não ter aquelas de que gostam? Ou então o daqueles que gostam daquelas e assim que as têm, desatam a não gostar? A lei tem de arranjar designações para todas as variantes que há, multiplica-las por opções-nick, desmultiplica-las por fake-news e fake-jews, novi-snobs, e anti-snobs. e sem perder aquela categoria única da nossa ex-lei civil, denominada «divorciado-ex-cônjuge culpado»! LOL

vbm

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Re: Politicamente correcto
« Responder #233 em: 2017-11-09 10:02:22 »
Ah! Ainda há «os do Porto»! Mas, realmente, esses já vêm no Bilhete de Identidade.
Será que também vêm no Cartões de Cidadões? Hum... de facto, não sei.

Kin2010

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Re: Politicamente correcto
« Responder #234 em: 2017-11-10 02:19:46 »
Ah! Ainda há «os do Porto»! Mas, realmente, esses já vêm no Bilhete de Identidade.
Será que também vêm no Cartões de Cidadões? Hum... de facto, não sei.

O correcto é dizer Cartão de Cidadã/ão.


Automek

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Re: Politicamente correcto
« Responder #235 em: 2017-11-10 08:44:36 »
Ah! Ainda há «os do Porto»! Mas, realmente, esses já vêm no Bilhete de Identidade.
Será que também vêm no Cartões de Cidadões? Hum... de facto, não sei.


O correcto é dizer Cartão de Cidadã/ão.


No ano passado, o BE já alertou para essa tragédia nacional.

O BE recomenda a alteração do Cartão de Cidadão para Cartão de Cidadania por considerar que o nome atual do documento "não respeita a identidade de género de mais de metade da população portuguesa".

Zel

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vbm

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Re: Politicamente correcto
« Responder #237 em: 2017-11-10 12:33:09 »
Ah! Ainda há «os do Porto»! Mas, realmente, esses já vêm no Bilhete de Identidade.
Será que também vêm no Cartões de Cidadões? Hum... de facto, não sei.

O correcto é dizer Cartão de Cidadã/ão.

Diz isso ao Cavaco e aos abortistas gráficos


Smog

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Re: Politicamente correcto
« Responder #239 em: 2017-11-11 17:34:25 »
A partir do momento em que uma democracia directa (para quem a quiser) e representativa (para quem quiser ser representado) é possível, obrigar a uma democracia exclusivamente representativa é basicamente um passo intermédio entre democracia e ditadura.

Mas uma democracia é um meio termo entre uma ditadura e um estado de anarquia. É suposto ter uma componente "ditatorial", de imposição normativa. Mesmo quando se trata de democracia directa, Uma democracia concede direitos a troco de obrigações, da forma a conseguir a maior eficiência e equilíbrio possível na distribuição colectiva de liberdades individuais

Citar
Hoje em dia, seria possível quem quisesse ser representado, se-lo, e que quem não quisesse pudesse votar directamente (ainda que com um voto imensamente menos potente, versus o de um representantes de 10,000 - 30,000 - 100,000 pessoas).

Ok, mas a minha questão não é essa. A minha questão é: qual dos dois sistemas é preferível? A directa ou a representativa?

Para mim é claramente a representativa. Porque terá, hipoteticamente, especialistas a decidirem sobre cada matéria da sua competência. E é o que se passa na prática, com mais ou menos desvios.

Prefiro ter 220 especialistas hipotéticos a decidirem sobre o destino de 10M do que 10M de incompetentes, ignorantes e alheados a tomarem as mesmas decisões.

Sobre a última frase; do meu ponto de vista partes duma premissa errada pois fica implícito que esses "220" decidem apenas com um foco objectivo e analítico. O problema é que não o fazem; há interesses pessoais e partidários à mistura e isso altera completamente a forma como a legislação é escrita. Arrisco-me a dizer que o foco principal é precisamente esse: o foco pessoal e o partidário e isso é gravíssimo pois é uma deturpação completa dum sistema supostamente benevolente e justo.

Os "10M" tem que ter a perspicácia de decifrar entre os programas eleitorais - que muitas vezes são um conjunto de banalidades -  como um hipotético representante irá se comportar perante a situação x, y ou z ... ou pior, como o representante irá se comportar perante uma situação nova e que nem sequer está presente no programa.
Ou seja o eleitor, para votar em consciência, até tem que ser bastante inteligente; mas depois esse mesmo eleitor não é competente o suficiente para decidir sobre um assunto concreto; havendo tempo de ponderação e debate sobre o assunto, havendo informação pública, etc.

Todos os sistemas políticos quando começam a ter concentração de poder começam a degradar-se a olhos vistos. E este tipo de sistema em o eleitor faz uma cruz e depois os representantes fazem o que querem durante 4/5 anos está claramente a falhar. Os legisladores e decisores políticos estão na sua maioria "capturados" e não há contrapeso contra este poder dentro do estado. Faz todo o sentido que a população tenha uma "arma" que possa utilizar como forma de contrapeso, como forma de limitar o excessivo poder do executivo/legislativo.

E outra coisa: uma maior participação das pessoas nas decisões num primeiro momento até poderia dar em decisões pouco racionais ou improdutivas; mas com o passar do tempo penso que faria com que a sociedade civil fosse muito mais participativa, que as pessoas debatessem os assuntos com muito mais propriedade e tentando ter mais informação. As pessoas deixariam de poder descarregar (muitas vezes infantilmente) que a culpa é do partido A ou de B ou do PM que é um fdp. A população começaria a sentir-se muito mais responsável pelo rumo das coisas.

Muito interessante a vossa discussão.
Em teoria concordo mais com o Thunder mas na prática funciona melhor a opção do Jsbastião.
Eu coordeno um projeto na minha escola que envolve todas as turmas da escola. O Conselho tem representantes de todo o lado: pais, funcionários, autarquias, direção, professores e alunos (que estão em maioria) - é o órgão que propõe, acompanha e avalia o projeto. podíamos pensar que poucos funcionam melhor: de facto todos participam e dão boas ideias( quando não se deixam intimidar pelos adultos mas isso é mesmo assim com putos) mas. eu senti necessidade de dar voz aos outros que não estão la. então inventei um caderno com três secções Gosto/Não gosto/ Sugiro  (inspiração no MEM) e divulguei este caderno para que todos os que quiserem deem opinião sobre o assunto. no Conselho lemos o caderno e discutimos. mas.
sinto que ainda estamos todos muito presos ao coordenador e às suas sugestões. no entanto o caminho pode ser este . uma espécie de compromisso entre os dois sistemas. tenho esperança que com o tempo os alunos aprendam a ser mais interventivos na comunidade.
wild and free