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Autor Tópico: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.  (Lida 5139233 vezes)

vbm

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22280 em: 2019-11-24 23:01:58 »
Empréstimos a empresas zombie, giro! -:)

meopeace

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22281 em: 2019-11-25 02:08:06 »
Ação com o melhor desempenho do mundo afunda mais de 97% num só dia
https://www.jornaldenegocios.pt/trading/detalhe/acao-com-o-melhor-desempenho-do-mundo-afunda-mais-de-97-num-so-dia

The world's best-performing stock of 2019 just lost 98% of its value in a single morning
https://markets.businessinsider.com/news/stocks/artgo-worlds-best-performing-stock-98-percent-price-drop-2019-11-1028708885



Os perigos das melhores acções...

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Odontobovespa

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justin

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22283 em: 2019-11-26 10:42:58 »
voltando à vaca fria do eurusd

mais uma tentativa de longo para este par.

a ber
o possivel swing na minha ótica de ver as coisas parece ser bom.
um trade para meses... para ir comprando vendendo e acumulando   :D
(dentro 2 perdedores 1 ganhador) neste back to trade
« Última modificação: 2019-11-26 10:43:39 por justin »
não ligar aos trades que posto. o mais certo é correr mal.

Automek

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22284 em: 2019-11-26 18:03:48 »
Espero que a compra da TD Ameritrade pela Schwab não implique acabarem com as demos na thinkorswim. Não há nada remotamente similar, que eu conheça, para analisar opções de forma gratuita.

deMelo

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22285 em: 2019-11-27 15:51:54 »
novos máximos.... carregaaaaaa  >:(
The Market is Rigged. Always.

jeab

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O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Zel

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22287 em: 2019-11-29 17:56:50 »
vem ai o primeiro selloff deste rally

deMelo

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22288 em: 2019-11-29 20:19:27 »
É preciso procurar as oportunidades... :-)
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gaia

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22289 em: 2019-11-30 12:21:40 »
Começam aparecer sinais preocupantes na China e na Índia , de falência de bancos , corridas aos bancos regionais , e depois temos o shadow banking ...

https://www.ft.com/content/4c66b622-dea5-11e9-9743-db5a370481bc


A China está mais frágil do aparenta , por isso temos protestos em HK. Mas o receio de uma guerra comercial , está enervar todos os intervenientes , que desconfiam no governo , e podem ter reacções inesperadas.

É algo a estar atento , a China está a esticar os seus recursos ao limite , com a nova rota da seda , e outros projectos megalómanos .... Voltamos à história dos navios de tesouro do séc. XV , em que a China também esticou os recursos , o resultado revoltas populares .... ;)

vbm

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22290 em: 2019-11-30 16:44:09 »
Artigo sobre a inversão de rendimentos (recebido correio electrónico):

Campbel Harvey, o homem que descobriu como prever recessões a partir dos juros da dívida

Só depois da crise de 2008 se começou a dar atenção ao modelo de Campbel Harvey Foto d.r.
Desde o verão que muito se tem falado sobre a ‘curva invertida’ nos juros da dívida norte-americana. O Expresso foi falar com o académico canadiano que descobriu, há mais de 30 anos, a relação daquela anomalia com as recessões nos EUA

Texto Jorge Nascimento Rodrigues

A curva invertida nos juros da dívida norte-americana fez as manchetes dos media financeiros até há bem pouco tempo. O pico do alarme com esta anomalia ocorreu no verão e agravou o pânico entre os investidores, já atemorizados com o caminho que estava a levar a guerra comercial e tecnológica entre a Casa Branca e Pequim. O temor passou porque, entretanto, em novembro, a curva desinverteu-se, e ouviu-se um suspiro coletivo de alívio.
A reação muito negativa, hoje em dia, dos investidores à curva invertida é culpa de Campbell Harvey, um académico canadiano que tirou um doutoramento em Chicago há mais de 30 anos sobre o estranho mundo dos juros da dívida pública e que atualmente é professor de Finanças na Fuqua School of Business da Universidade de Duke, em Durham, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

O economista ficou, então, apaixonado pela “beleza dos juros da dívida, que revelam a opinião dos investidores sobre o futuro”, como ele salienta em entrevista ao Expresso. “A curva das yields (dos juros da dívida no mercado) é como uma janela sobre o crescimento económico futuro. Em contraste com os indicadores económicos tradicionais que nos falam do passado”, diz Harvey, para explicar porque em 1986 se focou no estudo daquelas taxas. Então escolheu as curvas dos juros a 3 meses, porque acompanham a série de evolução trimestral do Produto Interno Bruto, e a 10 anos, a tradicional referência a longo prazo.

Faça-se um parêntesis, sobre o que é essa anomalia da curva invertida. Aquela estranha expressão da linguagem financeira quer dizer que os investidores exigem juros mais altos para adquirirem bilhetes de Tesouro com prazo muito curto face a taxas mais baixas que se dispõem a aceitar para obrigações de longo prazo. Ou seja, os juros que os Estados têm de pagar pela dívida ficam invertidos – mais altos no curto do que no longo prazos – ao contrário do que é normal. A anomalia sinaliza que os investidores anteveem a conjuntura a curto prazo com maior pessimismo e pedem mais para financiar o endividamento público.

Mentes brilhantes de Chicago duvidaram

Harvey confessa-nos que ficou surpreendido quando descobriu que aquela inversão nos juros precedia, com rigor de um relógio suíço, as quatro recessões da economia norte-americana entre 1960 e 1982.
O júri de mentes brilhantes, entre elas três futuros Prémios Nobel da Economia, que avaliou a dissertação dele na Universidade de Chicago ficou cético a princípio. O júri era presidido por Eugene Fama (que viria a ser laureado em 2013) e tinha no painel Merton H. Miller (Nobel em 1990) e Lars Peter Hansen (laureado juntamente com Fama).

“Eles, de facto, ficaram céticos. Eles julgaram, a princípio, que os resultados eram fruto de pura sorte”, diz o ‘pai’ da curva invertida. “Mas houve algumas coisas que acabaram por convencê-los”, refere-nos, para depois elencar os três argumentos que mudaram a opinião do júri: “O meu modelo era baseado solidamente na teoria económica; tinha corretamente identificado a dupla recessão na economia norte-americana no início dos anos 1980 [de janeiro a julho de 1980 e a recaída de julho de 1981 a novembro de 1982], quando outros modelos não a tinham apanhado; e o custo do meu modelo de previsão era igual ao preço do Wall Street Journal (então 25 cêntimos), quando os complicadíssimos modelos das empresas de previsão, com centenas de equações, tinham um preço de assinatura anual de mais de 10 mil dólares. Eles gostaram disto”.

Ninguém ligou ao assunto até 2008

Mas poucos na comunidade financeira ligaram ao assunto nas décadas seguintes. “Depois de 1986, a curva voltou a inverter-se por mais três vezes. E, de cada vez, seguiu-se uma recessão (1990/91; 2001; 2007/2009)”, recorda.
Nem mesmo deram atenção quando Harvey chamou a atenção para a inversão da curva em 2006 e para o sinal que os juros estavam a dar de uma recessão no horizonte. “O meu modelo previu a recessão quando a curva se inverteu em julho de 2006. Poucos se deram conta disso”, diz o académico. A recessão nos EUA começaria em dezembro de 2007 e só terminou em junho de 2009. Pelo meio houve a crise financeira.

A desatenção chegou bem alto. “A própria Reserva Federal (Fed, o banco central) decidiu ignorar a inversão e manteve a taxa diretora elevada em 5,25% [a mais elevada desde janeiro de 2001] durante os meses da inversão. Finalmente, só em setembro de 2007, começou a cortar na taxa diretora”, recorda. Um atraso tão grande, tanto mais que a Fed era presidida por Ben Bernanke, um especialista na Grande Depressão de 1929. Uma lição que Jerome Powell, o actual presidente, não esqueceu. “Desta vez, em 2019, foi diferente. A Fed atuou decisiva e rapidamente”, com três cortes, de 0,75 pontos percentuais ao todo, na taxa em julho, setembro e outubro.

De facto, a inversão voltou a ocorrer recentemente. Mais precisamente entre março e outubro nos Estados Unidos com os juros a 3 meses mais altos do que os a 10 anos (ver gráfico). “Por ora, a inversão durou apenas dois trimestres. Como foi, até agora, breve, isso aponta para um abrandamento no crescimento que poderá ser breve”, refere Harvey. “É, sem dúvida, muito diferente do que começou em julho de 2006 e acabou por ser longo. Contudo, dado o histórico, é sempre perigoso não encarar o caráter preditivo das inversões”, conclui.

Na zona euro essa anomalia não chegou a ocorrer este ano, como ainda esta semana Philip Lane, o economista-chefe do Banco Central Europeu, sublinhou numa conferência no University College em Londres. O académico irlandês mostrou a evolução da relação entre os juros médios da dívida da zona euro a 12 meses e a 10 anos. As duas curvas aproximaram-se no verão, mas acabou por não haver inversão.

Tome nota

Esta semana os três índices mais importantes do mundo nas duas bolsas de Nova Iorque fixaram novos máximos históricos, antes do feriado de Ação de Graças, o dia de perdoar ou assar o peru na Casa Branca. O Dow Jones chegou quase a 28200 pontos, o S&P 500 ultrapassou os 3150 pontos, e o Nasdaq (das tecnológicas) superou os 8700 pontos. Em Frankfurt, o índice alemão Dax, registou o seu máximo histórico a 19 de novembro. No mesmo dia, o índice CAC 40 da Bolsa de Paris, atingiu um máximo desde maio de 2007, antes do ano da crise financeira. Depois de um 2018 de perdas, os índices estão em terreno positivo por todo o mundo, com exceção das bolsas de Hanói, Jacarta e Varsóvia. O clube dos líderes nos ganhos, desde início deste ano, inclui Moscovo, Shenzhen (na China), Nova Iorque (Nasdaq) e Milão, com subidas acima de 27%. O PSI 20 regista um avanço de 9%, muito abaixo da média de 16% da zona euro e a longa distância da média mundial de 20%.
« Última modificação: 2019-11-30 16:46:06 por vbm »

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22291 em: 2019-11-30 23:48:53 »
A inversão da yield curve é um indicador inespecífíco. Há recessões que não são precedidas por inversão das yields, e há inversões que não resultam em recessão.


vbm

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22292 em: 2019-12-01 00:16:48 »
E não se distinguirão por quaisquer sub-caracteres dos casos em que confirmam recessão?
De qualquer modo, o diferencial de taxas não reflecte a percepção do risco, da incerteza?

E, se leio bem o gráfico, vejo inversão de rendimentos
em 73, 79, 87, 94, 01 e só 2014-18 não percebo...

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22293 em: 2019-12-01 14:43:58 »
Repara que a importância dada à inversão das yields resulta da estatística. No passado, se não me falha a memória, 70% das inversões resultaram em recessão, embora mesmo assim não cosntituíssem um indicador do timing da recessão porque o tempo entre a data da inversão e a ocorrência da recessão foi muito variável. A recessão ocorreu entre 6 a 16 meses após a inversão. Isto assim não tem grande  poder preditivo.

A acrescentar a isto agora temos todos os bancos centrais do G10 a olhar para a curva das yields e sempre que ela inverte começam a intervir no mercado das obrigações.

vbm

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22294 em: 2019-12-01 17:09:40 »
É esse o ponto. Intervêm no mercado. Quais os efeitos que causam? Em 80-82, evitaram uma hecatombe e abriram a era do dinheiro fácil.  Em 2006-7, primeiro disseram não, depois sim, mas exportando a recessão para o euro. E agora?

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22295 em: 2019-12-01 18:05:45 »
Julgo que os bancos centrais vão continuar a imprimir e a inflacionar os activos. Quando as classes médias, como os coletes amarelos e outros que vão necessariamente surgir, se aperceberem do forrobodó dos bancos centrais então pode muito bem ser o fim deste sistema financeiro.

O sistema Gold Standard durou cerca de 100 anos, terminando com hiperinflação, e o actual sistema de Reserva Federal (bancos centrais) já vai com 106 anos, foi criado em 1913. A percepção que começo a ter é que os bancos centrais estão a fazer uma fuga para a frente.
« Última modificação: 2019-12-01 18:11:15 por Visitante »

JohnyRobaz

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22296 em: 2019-12-01 18:44:19 »
Julgo que os bancos centrais vão continuar a imprimir e a inflacionar os activos. Quando as classes médias, como os coletes amarelos e outros que vão necessariamente surgir, se aperceberem do forrobodó dos bancos centrais então pode muito bem ser o fim deste sistema financeiro.

O sistema Gold Standard durou cerca de 100 anos, terminando com hiperinflação, e o actual sistema de Reserva Federal (bancos centrais) já vai com 106 anos, foi criado em 1913. A percepção que começo a ter é que os bancos centrais estão a fazer uma fuga para a frente.

Com o meu ainda pequeno conhecimento sobre isto, o que me parece é o seguinte: Os bancos centrais, ao injectarem liquidez, é quase fictício, pois compram títulos, e esses títulos valorizam, e a nível da baixa dos juros das dívidas ajuda os países em dificuldades com a sua dívida como o nosso. O problema é que isto não é uma real injecção de liquidez na economia, pois a verdadeira economia é feita pela grande massa de assalariados que, com maiores salários, gastariam mais, etc. Ora, esta injecção de liquidez é não direccionada para os salários, pelo que a inflação não mexe, a economia real estagna e apenas o valor dos activos, quase ficticiamente, sobe. Aliás, basta ver que muitos dos resultados líquidos de empresas sobem mas muitas vezes é mais devido aos resultados financeiros, derivados das acções próprias que valorizam e dessas injecções de liquidez dos bancos centrais que fazem subir as valorizações e mais-valias, do que devido aos resultados operacionais e vendas. Creio que se isto não é uma espécie de bolha... não sei o que será.

Reg

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22297 em: 2019-12-01 18:55:00 »
governo tem defices isso vai algum lado


so andam poupar nos juros negativos  e petrolio baixo  mais  receitas da bolha imobliario


quem perde mesmo e quem tem depositos com juros negativos  ou quem anda comprar casas   caras demais estes sao os patos


quem tem depositos sao mais velhos...quem compra casa sao novos.............  isto pode demorar mais decadas    os patos sao nova geracao

pagar mais IMI.....por valorizar casas....

« Última modificação: 2019-12-01 19:19:02 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

vbm

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22298 em: 2019-12-01 19:36:39 »
[  ]
O sistema Gold Standard durou cerca de 100 anos, terminando com hiperinflação, e o actual sistema de Reserva Federal (bancos centrais) já vai com 106 anos, foi criado em 1913. A percepção que começo a ter é que os bancos centrais estão a fazer uma fuga para a frente.

Bom, mas o que importa são os bancos centrais emissores de moedas internacionais: o dólar, o euro e, da Ásia quem tiver ouro e ou créditos sobre devedores fiáveis. De modo que, a decisão não independe do comércio mundial. Eu gostava de saber  economia suficiente para dar uma opinião. Mas não sei.

Ugly bull

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Re: Mercado em TEMPO REAL - Notícias, rumores, análises, chat.
« Responder #22299 em: 2019-12-01 19:54:54 »
A curva de rendimentos inverteu, o que significa que a yield (prémio de risco) para deter dívida de curto prazo era superior à dívida de longo prazo, o que é contranatura.

Isto significa que os agentes detentores de capital desconfiam das condições económicas de curto prazo, daí exigirem uma maior yield. E desconfiam das condições económicas porque estamos no final de um longo ciclo económico.

Por fim de ciclo económico entende-se que, num mercado de pleno emprego, os consumidores já satisfizeram as suas necessidades. Ou seja, já compraram casa, o recheio da casa, carros (Teslas e companhias), férias, etc. O mercado expande enquanto novos consumidores entram no mercado...Em paralelo, as empresas, para satisfazer as necessidades desta massa de consumidores que têm chegado ao mercado nos últimos anos, investiram em novas fábricas, novas linhas de produção, etc. Quer consumidores quer empresas recorreram a créditos, estando nesta fase final de ciclo altamente endividadas (o chamado 'debt exhaustion'). Visto que os cash-flows já atingiram os máximos da fase expansiva, neste final de ciclo os CF's começam a inverter. Em empresas altamente endividadas, as reduções de CF implicam saldo suficiente para cobrir custo da dívida, fazendo com que o acesso a nova dívida seja mais difícil (credit score piora, avaliação do risco degrada-se) pelo que têm que pagar yields superiores para cobrir a dívida anterior que matura. Como os CF's não são suficientes, as empresas começam a 'emagrecer', nomeadamente com despedimentos. É uma espiral negativa com elevado risco de acabar mal...Quem é que empresta dinheiro a empresas que estão nesta espiral negativa? Por isso as yields aumentam.

Desta vez, a curva de rendimentos inverteu também pela procura do mercado por dívida de longo prazo, na expectativa dos QE's do BCE e da Fed, o que fez com que as yields de dívida de longo prazo passassem a negativas.

O que faz a Fed, e todos os BC's, nestas circunstâncias é baixar a taxa de juro de referência, por forma a influenciar a redução das yields de maturidades mais baixas. Contudo, desta vez, para além da redução da taxa de referência, a Fed accionou igualmente o programa de compra de dívida a uma velocidade inusitada, sobretudo pelos sintomas de que as artérias do sistema financeiro estavam secas de dolares (-> crise do repo). E este programa de compra de dívida tem-se focado sobretudo nas maturidades mais baixas, baixando a respectiva yield (daí a Fed afirmar que este programa não era um QE).

Contudo, se num início de ciclo económico esta dívida de curto prazo iria satisfazer as necessidades de investimento em novos meios de produção, no final do ciclo económico, o dinheiro proveniente desses títulos de dívida comprados pela Fed vai para as acções, daí o crescimento parabólico dos índices nas últimas semanas. É mais um sinal de que os agentes económicos não têm capacidade para absorver o dinheiro que a Fed está a injectar no sistema financeiro...Sintoma de que a industria está com excesso de capacidade (influência da sobrecapacidade produtiva chinesa?). Devíamos ter black fridays todos os dias, para escoar toda a tralha  :D.

O problema é que também as famílias norte-americanas já estão com níveis elevados de dívida (os níveis de credit deliquency estão a níveis superiores aos de 2007). De igual forma, o número de empresas high yield (detentoras de títulos de dívida no limiar do especulativo) está também em máximos, em particular as do fracking (que tem sido um dos sectores da economia norte-america responsável pelo boom de emprego).

Outra nota, a inversão da curva de rendimento, só por si, não é predictiva de recessão, mas sim a sua reinversão, quando acompanhada pelo aumento do número de desempregados e eu suspeito que já atingimos o fundo em termos de redução da taxa de desemprego.

Efectivamente, os BC's estão a chutar a lata, ou melhor, a(s) bolha(s) que são cada vez maiores e que sempre rebentam...Neste processo, o acesso ao crédito está cada vez mais decantado. As empresas muito grandes e as famílias muito ricas têm acesso a créditos nas condições dos BC's, mas as empresas e famílias com credit scores degradados vêm um manguito. Daí que estes programas dos BC's não promovam o crecimento económico mas sim uma cada vez maior desigualdade que poderá ser catalisador de revoltas. Eu nem imagino o que poderá acontecer se o desemprego disparar...Por isso os BC's preferem manter empresas zombie, e os respectivos empregos, a ter as ruas inundadas de povo revoltado, 
« Última modificação: 2019-12-01 19:57:06 por Ugly bull »