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Autor Tópico: O cantinho dos Liberais  (Lida 58336 vezes)

Reg

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #580 em: 2020-02-07 19:55:01 »
ctt  e visivel  era ter tombo

afinal    as cartas   estam ficar obsolentas



e tem concorrecia forte na encomendas



isto e como querer ter empresa velas publicas  em pleno sec 21 existem mas e  pequena escala .
Rathbornes – Fabricante de velas / Data de fundação: 1488 (Irlanda)

empresas mais antigas do mundo 7
A Rathborne Velas, baseada em Blanchardstown, no subúrbio de Dublin, foi fundada em 1488 – quatro anos antes de Colombo descobrir a América. Ela sobreviveu a tudo, incluindo pragas, a chegada da eletricidade e decisões da igreja católica.
Durante o século 19, a Rathborne assinou um contrato para fabricar todos os acessórios de iluminação pública em Dublin. Quando a eletricidade se tornou a norma, a empresa reorientou os seus esforços para velas das igrejas. No entanto, o Concílio Vaticano II decretou que igrejas católicas deveriam ser despojadas de grande parte da sua ornamentação anterior, incluindo velas elaboradas. Mas, como o diretor financeiro da Rathborne Vincent Brady diz, “os eclesiásticos intrometidos cederam e a vela tradicional de igreja sobreviveu”.

Embora a empresa não esteja mais nas mãos da família Rathborne (todos morreram), o último descendente direto tem um convite aberto para visitar a companhia a qualquer momento.

A empresa tem grandes planos para o futuro e está determinada a funcionar por mais 500 anos. “Gostaríamos de criar um museu onde se pode exibir todas as máquinas antigas e demonstrar as habilidades para a produção de velas ancestrais, e talvez um dia voltar a East Wall, que é a nossa casa ancestral”, diz Brady.

ja radios e tvs ainda tem  gente ver/ouvir!
« Última modificação: 2020-02-07 20:06:01 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

vbm

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #581 em: 2020-02-07 22:40:49 »
Uma loja no Chiado, a caminho do Calhariz, vende velas lá fabricadas há mais de
quatro ou cinco gerações, não abre falência, não obstante a luz eléctrica!

JohnyRobaz

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #582 em: 2020-02-08 01:45:07 »
Uma loja no Chiado, a caminho do Calhariz, vende velas lá fabricadas há mais de
quatro ou cinco gerações, não abre falência, não obstante a luz eléctrica!

Enquanto se rezar, haverá velas.

vbm

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #583 em: 2020-02-08 09:29:48 »
Não só pra rezar!
Pra'outras actividades
nocturnas, igualmente.

Automek

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #584 em: 2020-02-08 15:13:39 »
São 3 empresas que olho de forma totalmente diferente umas das outras em relação à privatização. Como sabes e já discutimos, a RTP é a única que defendo que seja pública convictamente, nem que se mantivesse pelo menos um dos canais, a plataforma RTP Play e as 3 rádios. Seria possível uma fusão da RTP1 com a RTP2, pois em muitas coisas a RTP1 apenas replica os privados e nesse sentido é dispensável, a meu ver. A CGD apenas reconheço 2 argumentos a favor de a manter pública: soberania, o que se poderia resolver privatizando em Bolsa 50%, garantindo 50% para o Estado, e acessibilidade a serviços bancários no interior remoto, mas isso é algo cada vez menos relevante hoje em dia acho eu, pelo que não tenho propriamente uma opinião formada. O descalabro nos CTT deixa-me desconfiado de que seria melhor ser privatizada. Na TAP, sou a favor da privatização (também essa em Bolsa) desde que garantidas certas rotas (relacionadas com a diáspora) e o HUB de Lisboa.

Posso estar aqui a apresentar cenários irrealistas tecnicamente, não sou propriamente o maior entendido, mas politicamente é mais ou menos assim que vejo essas 3 empresas. E assim sendo, será que faço parte dos 1,3% portugueses mais liberais, mesmo sendo um perigoso colectivista?  :D

Sobre os CTT deixa-me só salientar que depois da privatização ocorreram três coisas que diminuíram, de forma muito significativa, o volume postal (não compensado pelo aumento de encomendas, por ser muito competitivo):
- massificação das facturas electrónicas, com as utilities a incentivarem e até a darem descontos para isso
- grande diminuição dos extratos bancário em papel
- brutal diminuição das notificações judiciais em papel entre tribunal e advogados com o Citius
Eu continuo convencido que os CTT foi a única coisa bem privatizada (em termos de valor recebido pelo estado).

Sobre a RTP o ponto é a definição de serviço público. Pegas em 10 pessoas "entendidas" e tens 10 definições. É quase à vontade do freguês que tiver o poder para o definir, sem qualquer base objectiva, inatacável, consensual.

Vê aqui a definição de serviço público (o inicio é palha, vai apenas aos artigos 5º e 7º):
http://media.rtp.pt/empresa/wp-content/uploads/sites/31/2015/07/contratoConcessao2015.pdf

Os principios são genéricos, elaborados de forma a ser difícil discordar (como é habitual em qualquer coisa estatal - é o chamado "bom motivo"), mas depois percebemos que o Preço Certo está perfeitamente enquadrado naquelas condições.
E a seguir ficamos chateados porque o Preço Certo não era bem aquilo que imaginávamos. A questão é que o que imaginávamos não é possível definir de forma inquestionável. É por isso que para mim isso do serviço público de televisão para justificar a RTP é uma falácia.

JohnyRobaz

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #585 em: 2020-02-08 16:06:15 »
São 3 empresas que olho de forma totalmente diferente umas das outras em relação à privatização. Como sabes e já discutimos, a RTP é a única que defendo que seja pública convictamente, nem que se mantivesse pelo menos um dos canais, a plataforma RTP Play e as 3 rádios. Seria possível uma fusão da RTP1 com a RTP2, pois em muitas coisas a RTP1 apenas replica os privados e nesse sentido é dispensável, a meu ver. A CGD apenas reconheço 2 argumentos a favor de a manter pública: soberania, o que se poderia resolver privatizando em Bolsa 50%, garantindo 50% para o Estado, e acessibilidade a serviços bancários no interior remoto, mas isso é algo cada vez menos relevante hoje em dia acho eu, pelo que não tenho propriamente uma opinião formada. O descalabro nos CTT deixa-me desconfiado de que seria melhor ser privatizada. Na TAP, sou a favor da privatização (também essa em Bolsa) desde que garantidas certas rotas (relacionadas com a diáspora) e o HUB de Lisboa.

Posso estar aqui a apresentar cenários irrealistas tecnicamente, não sou propriamente o maior entendido, mas politicamente é mais ou menos assim que vejo essas 3 empresas. E assim sendo, será que faço parte dos 1,3% portugueses mais liberais, mesmo sendo um perigoso colectivista?  :D

Sobre os CTT deixa-me só salientar que depois da privatização ocorreram três coisas que diminuíram, de forma muito significativa, o volume postal (não compensado pelo aumento de encomendas, por ser muito competitivo):
- massificação das facturas electrónicas, com as utilities a incentivarem e até a darem descontos para isso
- grande diminuição dos extratos bancário em papel
- brutal diminuição das notificações judiciais em papel entre tribunal e advogados com o Citius
Eu continuo convencido que os CTT foi a única coisa bem privatizada (em termos de valor recebido pelo estado).

Sobre a RTP o ponto é a definição de serviço público. Pegas em 10 pessoas "entendidas" e tens 10 definições. É quase à vontade do freguês que tiver o poder para o definir, sem qualquer base objectiva, inatacável, consensual.

Vê aqui a definição de serviço público (o inicio é palha, vai apenas aos artigos 5º e 7º):
http://media.rtp.pt/empresa/wp-content/uploads/sites/31/2015/07/contratoConcessao2015.pdf

Os principios são genéricos, elaborados de forma a ser difícil discordar (como é habitual em qualquer coisa estatal - é o chamado "bom motivo"), mas depois percebemos que o Preço Certo está perfeitamente enquadrado naquelas condições.
E a seguir ficamos chateados porque o Preço Certo não era bem aquilo que imaginávamos. A questão é que o que imaginávamos não é possível definir de forma inquestionável. É por isso que para mim isso do serviço público de televisão para justificar a RTP é uma falácia.


Automek, eu sei que para ti o serviço público não existe, até porque presumo pelas tuas opiniões que para ti não existe algo como valor cultural, ou mesmo arte. Não existe valor numa obra de arte se ela não foi alvo de uma tentativa de compra. Se ela não tiver valor de mercado. A forma como desvalorizas toda a carreira do Manoel de Oliveira é exemplo disso. Ainda há pouco tempo falei com um rapaz que trabalha como assistente de realização em cinema, e ele disse que o Manoel de Oliveira, para além de pertencer aquele tipo de realizadores que sabe exactamente o que está a fazer, que percebia de tudo (de luz, de som, de fotografia, etc) - como hoje em dia tens, por exemplo, o Pedro Costa, que provavelmente a maioria dos portugueses nem sabe quem é - , era alguém cujas ideias estavam sempre à frente do seu tempo. Quanto um determinado tipo de cinema se tornava conhecido do grande público e adoptado na maioria dos filmes, ía-se ver, e o Manoel de Oliveira já o tinha feito 10 anos antes. Várias vezes isto aconteceu, segundo ele. O problema é distinguir arte de entretenimento, e para apreciar arte no seu todo é preciso saber, é preciso estudar, não é só sentar no sofá num domingo à tarde e enfardar um filme. Isso não faz de nós críticos de cinema. E eu acho importante ter pessoas que percebam de cinema, que façam esse filtro da qualidade, e proporcionem às pessoas uma alternativa ao lixo fácil e barato de que os privados vivem para aumentar os lucros, as guloseimas que as pessoas cansadas dos seus dias de trabalho devoram sem pensar. Não estou aqui a criticar ninguém, só estou a defender que isto não são 10 pessoas ao calhas a discutir gostos pessoais quando fazem a programação da RTP. Se isso conduz a uma programação com a qual eu ou tu concordamos a 100%? Impossível, nem que fossem os programadores de conteúdos mais competentes do mundo. E os streamings e tudo isso, pode ser fantástico no que toca a alternativa de conteúdos disponíveis, mas quanta % da população tem Netflix em Portugal? Quanta % sabe sequer que existe ou tem capacidades financeiras para ter? Para além do valor cultural, há o valor patriótico e histórico, programas portugueses ex-novelas, documentários sobre a história do país, programas de debate com inclusão da sociedade civil, etc. Acho que dedicar 1% do orçamento anual a isto tudo, mais todos os museus, monumentos nacionais e património, apoios às artes (galerias, teatros, ateliers de dança, cinemas, conservatórios, etc), é o mínimo.

Os principios delineados na clausula 5, a meu ver, são até bastante claros no sentido pelo qual o serviço público deve guiar-se, e é apenas isso que se quer. É preciso liberdade da gestão dos conteúdos para, dentro dessas orientações gerais, escolher, com base em critérios estudados e não de gosto pessoal, aquilo que serve melhor o interesse público naquela época específica.

Automek

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #586 em: 2020-02-09 11:04:46 »
O meu ponto é que terás dificuldade em encontrar um programa da RTP1 que não encaixe na definição de serviço público que deixei. Ora, se tu próprio reconheces que a RTP1 não difere muito dos outros, então conclui-se que os outros também o prestam, tornando-a redundante (o grosso do orçamento é absorvido pela RTP1).

Em relação à cultura/arte temos uma questão de base insanável porque tu aceitas totalmente a existência de especialista em cinema, arte, etc. que são áreas tremendamente subjectivas.
Se meteres um gajo com uma otite em frente a 10 otorrinos, todos eles te vão dizer que aquilo é uma otite.
Se meteres 10 criticos em frente a um quadro de pintura contemporânea, cada um vai interpretar da sua forma. O nível de subjectividade é brutal, tal como observamos nas criticas positivas e negativas sobre a mesmíssima pintura, livro, etc. É ao gosto de cada um.

Podes dizer que na medicina também há situações em que os médicos têm opiniões diferentes. É verdade. Mas isso reforça o meu argumento: se nem na medicina, que é ciência, nós temos estas opiniões diferentes, muito mais teremos na cultura/arte.
Não há nada de mal nisso, claro. Excepto quando estas opiniões, altamente subjectivas e dispares mesmo entre os "especialistas, envolvem a decisão de onde aplicar o dinheiro de impostos cobrado de forma coerciva.

JohnyRobaz

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #587 em: 2020-02-09 13:06:39 »
O meu ponto é que terás dificuldade em encontrar um programa da RTP1 que não encaixe na definição de serviço público que deixei. Ora, se tu próprio reconheces que a RTP1 não difere muito dos outros, então conclui-se que os outros também o prestam, tornando-a redundante (o grosso do orçamento é absorvido pela RTP1).

Em relação à cultura/arte temos uma questão de base insanável porque tu aceitas totalmente a existência de especialista em cinema, arte, etc. que são áreas tremendamente subjectivas.
Se meteres um gajo com uma otite em frente a 10 otorrinos, todos eles te vão dizer que aquilo é uma otite.
Se meteres 10 criticos em frente a um quadro de pintura contemporânea, cada um vai interpretar da sua forma. O nível de subjectividade é brutal, tal como observamos nas criticas positivas e negativas sobre a mesmíssima pintura, livro, etc. É ao gosto de cada um.

Podes dizer que na medicina também há situações em que os médicos têm opiniões diferentes. É verdade. Mas isso reforça o meu argumento: se nem na medicina, que é ciência, nós temos estas opiniões diferentes, muito mais teremos na cultura/arte.
Não há nada de mal nisso, claro. Excepto quando estas opiniões, altamente subjectivas e dispares mesmo entre os "especialistas, envolvem a decisão de onde aplicar o dinheiro de impostos cobrado de forma coerciva.

Eu disse que a RTP1 em muitas coisas replica os privados, mas não em tudo. Mesmo assim, há diferenças. Acredito é que talvez fosse possível uma optimização juntando a RTP1 e 2. Mas mesmo assim tenho dúvidas.

Quanto a essa subjectividade toda que tu dizes em relação à arte, não é verdade que assim seja. Pode não haver consensos "matemáticos" sobre as obras de arte, pois a própria arte, se for rica, serve para nos alimentar reflexões, pensamentos, debates intelectuais sobre o Mundo. Uma grande obra de arte, digamos, por exemplo, o livro Guerra e Paz do Tolstoi, que é generalizadamente considerado um dos melhores livros de sempre, tem críticos. Na Electra 8 vem um excelente artigo sobre isso, sobre a forma como o livro foi sendo criticado e como os defensores do livro conseguem argumentar contra essas críticas. O seu valor não é uma questão de gosto, mas sim uma questão da riqueza das discussões que levanta, das reflexões que provoca nas pessoas, no pensamento que provoca sobre a Vida, sobre o Mundo. Portanto, mesmo havendo subjectividade, duvido que encontres alguém que diga que o Guerra e Paz seja uma obra medíocre, porque factualmente, pelo que já provou e provocou, não é. E este exemplo é extensível a muitas outras obras de arte, sejam de literatura, de arquitectura, de cinema, de pintura, de música, de dança, de teatro, de escultura, de instalações, do que for.

Portanto o que eu acho é que essa justificação da subjectividade (que, até numa área como a Física começa a aparecer) é apenas uma desculpa fraca para tentar justificar mais um corte do apoio estatal a algo que não entendem. Não entendem não porque não tenham capacidade para entender, mas porque não querem entender, querem é cortar.

Reg

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #588 em: 2020-02-09 13:11:08 »
tudo isso existe sem ser estado pagar

ate na somalia nao existe um estado funcionar sequer

ha arte


ate os homens cavernas tinham arte!

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_rupestre




Em geral, trazem representações de animais, plantas e pessoas, e sinais gráficos abstratos, às vezes usados em combinação. Sua interpretação é difícil e está cercada de controvérsia, mas pensa-se correntemente que possam ilustrar cenas de caça, ritual, cotidiano, ter caráter mágico, e expressar, como uma espécie de linguagem visual, conceitos, símbolos, valores e crenças.

isto para mim e mais arte que tela branca subsidiada pelo estado no sec 21
« Última modificação: 2020-02-09 13:26:22 por Reg »
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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #589 em: 2020-02-10 09:23:54 »
Ando a acompanhar os discursos/intervenções e estou a gostar. Mas o povo não gosta de jazz , classico , blues etc , gosta é de pimba.

Ele tem de ser o Andre Rieu da assembleia , caso contrario não se vai safar

Automek

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #590 em: 2020-02-14 08:25:40 »
Este artigo do CGP sobre a saúde está muito bom.
A saúde já é um negócio

ShakaZoulou7

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #591 em: 2020-02-14 16:11:35 »
O CGP para see coerente, também deveria defender o fim das patentes e dos direitos de autor. Se alguém copiar outro não está apropriar-se de nada de outrém

Automek

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #592 em: 2020-02-14 16:46:48 »
Isso é mais coisa de anarco capitalistas do que liberais (nem os libertários, entre eles, estão totalmente de acordo nisso).
Nos liberais clássicos mais conhecidos (Bastiat, Hayek, Mises, etc.) é mais consensual defenderem a não existência de patentes, mas haver direitos de autor.

A lógica por detrás é que as patentes impedem o aparecimento de nova concorrência em muitas áreas e nem a externalidade das patentes (ter empresas a criarem produtos inovadores) compensa esse ponto negativo. É uma área que gera bastante discussão.

Automek

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #593 em: 2020-02-14 16:59:09 »
Muito interessante este tweet to Bloco de Esquerda.



Concordo com tudo. Só faltou acrescentar algumas coisinhas:
- O cheque ensino não te obriga a escolher uma escola privada
- O cheque saúde não te obriga a escolher um estabelecimento privado
- Um sistema de pensões privado não te obriga a meter o dinheiro nas mãos de privados
Etc....

Tão liberais para umas coisas e tão colectivistas no resto.

vbm

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #594 em: 2020-02-14 18:51:33 »
- O cheque ensino não te obriga a escolher uma escola privada
- O cheque saúde não te obriga a escolher um estabelecimento privado
- Um sistema de pensões privado não te obriga a meter o dinheiro nas mãos de privados

Não obriga!!!?

Posso descontar esses cheques,
meter o dinheiro ao bolso e socorrer-me
da prestação pública desses serviços!?

Não sabia!?

Isso ainda é melhor do que
o rendimento básico incondicional!

E há dinheiro para isso!?

JohnyRobaz

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #595 em: 2020-02-16 13:57:40 »
Para reflexão, do caderno de Economia do Expresso:

"No passado dia 19 de agosto, a poderosa Business Roundtable, uma associação baseada em Washington que reúne os CEO das maiores multinacionais norte-americanas, publicou a sua Declaração sobre o Propósito da Empresa

Tinha de acontecer! Depois de 10 anos de ataques à fortaleza do capitalismo neoliberal, os sitiados, ou mais precisamente os CEO que os representam, parecem agora dispostos a negociar uma trégua, senão mesmo a rendição.

No passado dia 19 de agosto, a poderosa Business Roundtable, uma associação baseada em Washington que reúne os CEO das maiores multinacionais norte-americanas, publicou a sua Declaração sobre o Propósito da Empresa. O manifesto, assinado por quase 200 gestores de topo, incluindo os CEO da Apple, Amazon, Coca-Cola, JPMorgan e BlackRock, propõe-se nada menos do que redefinir o papel da empresa na sociedade. Esta deixaria de ter por fim apenas ou principalmente a maximização do lucro acionista para passar a atender em primeira linha aos interesses de clientes, empregados, fornecedores e comunidades. Só depois viria o lucro acionista e, aliás, “de longo prazo”. É o stakeholder capitalism, o capitalismo de todas as partes interessadas.

Nos escassos dois meses decorridos desde que foi publicado, o curto documento de uma página A4 suscitou já um intenso debate público, que tem ido das páginas da “Forbes” e do “Financial Times” aos centros especializados das universidades de Harvard e de Oxford. Há quem pense que tudo não passa de retórica e taticismo cínico e há quem se alarme com este “salto para o desconhecido”. Uma coisa parece certa: aqueles que mais têm beneficiado com o capitalismo unidimensional do ‘valor acionista’ estão preocupados. E o caso não é para menos.

Já em 2014, a insuspeita Lady Lynn Rotschild tinha convencido Christine Lagarde e o príncipe de Gales, entre outros, a constituírem o que veio a designar-se por The Coalition for Inclusive Capitalism. “Se não adotarmos esta solução [capitalismo inclusivo], bem podemos contar com a substituição do capitalismo por algo muito pior”, escreveu então Lady Rotschild.

Talvez inspirado pela ação destes “capitalistas lúcidos”, o líder dos trabalhistas britânicos, Jeremy Corbin, já propôs ao eleitorado um Fundo para a Propriedade Inclusiva, que prevê a transferência para os empregados de 10% do capital das empresas com mais de 250 trabalhadores. Além disso, estes passariam a eleger um terço dos respetivos administradores.

Do outro lado do Atlântico, a cada vez mais promissora candidata à nomeação pelo Partido Democrata Elisabeth Warren também quer ver um quarto dos administradores serem designados pelos trabalhadores em todas as empresas cujas receitas anuais excedam mil milhões de dólares. A sua proposta de uma Lei do Capitalismo Responsável contempla várias medidas que obrigariam os gestores a considerar os interesses de todos os interessados, acabando de uma vez por todas com a primazia do lucro acionista.

Foi há quase 50 anos que Milton Friedman escreveu na revista do “New York Times” a tristemente famosa frase que define a cartilha neoliberal do gestor melhor do que qualquer outra: “A responsabilidade social das empresas é aumentar os seus lucros.” A Revolução do Valor Acionista trouxe como consequência mais gritante o aumento histórico da desigualdade, mercê do desvio para os acionistas dos fundos das empresas necessários ao investimento em equipamento, formação e investigação, além naturalmente dos necessários à adequada remuneração do trabalho.

O que os CEO da Business Roundtable detetaram foi uma ameaça sistémica que pode vir a atingi-los com a mesma violência que assume hoje a raiva contra os imigrantes ou a globalização. Não parece muito provável que estes beneficiários primeiros da ordem neoliberal se tenham convertido subitamente em apóstolos desta espécie de capitalismo de rosto humano defendido pela sua associação. Mas os tempos não estão para hesitações. Eles melhor do que nós entendem a crise de legitimidade ética e social que as políticas e práticas do capitalismo contemporâneo engendraram. Se os CEO deste mundo, em vez de alinharem a sua missão exclusivamente pelo interesse dos acionistas, passarem a ter em conta também os interesses dos restantes cidadãos e das comunidades, isso será uma enorme derrota para a semicentenária cartilha neoliberal."

Automek

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #596 em: 2020-03-17 11:17:34 »
Capitalistas mauzões que só pensam no lucro.

CUF oferece 50 ventiladores ao Serviço Nacional de Saúde

Eu se fosse ao estado recusava a oferta. É óbvio que isto terá alguma coisa na manga. Ninguém dá nada a ninguém sem interesse. Bandidos nojentos vão ganhar muito mais do que aquilo que investiram nestes 50 ventiladores à custa da miséria humana. Esta malta topa-se à distância.
« Última modificação: 2020-03-17 11:18:08 por Automek »

Zenith

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #597 em: 2020-03-17 12:34:45 »
Fui ver preços e se começarmos pela gama mais baixa, pode-se comprar por $420 no Alibaba

https://www.alibaba.com/product-detail/Portable-Medical-Ventilator-Bipap-Machines-Manufacturer_60771930939.html?spm=a2700.7735675.normalList.1.3139133bcm75Yo&s=p&fullFirstScreen=true

Em face da escassez, e se a coisa ficar como em muitos países africanos onde hospitais não tem nada e são doentes a a levar medicamentos, talvez fosse de comprar um para levar caso fosse internado :-)
Quem fez fortuna com os shorts, aí pode comprar um de $20.000 para depois ficar ligado a um topo de gama  ;D

PS Preços que vi é tudo da China e começo a desconfiar que fomos aldrabados nesta coisa do Corona Virus  ;D

Reg

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #598 em: 2020-03-17 12:37:05 »
80% pessoas  nao passam pelo ventilador


mais valia fazer seguro entre malta em todos pagam um pouco compram ventiladores para 20%

e so 20% vao usar isso


isto numeros estatistica estiverem certos


podem estar aldrabados
« Última modificação: 2020-03-17 12:38:28 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: O cantinho dos Liberais
« Responder #599 em: 2020-03-17 13:20:15 »
os liberais não vem mal nenhum em se  cobrar  150 euros pela dita mascara .
Mas se fosse preciso uma consulta e o medico cobrasse 5k ou mais pela consulta?