Não sou eu quem o diz, é o ex-presidente do BCP.
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AQUISócrates precisava de bancos obedientes e dóceisO ex-presidente do BCP esteve hoje em tribunal para se defender de uma acusação da CMVM de ter prestado informação falsa ao mercado.
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. De acordo com o ex-presidente do BCP, o governo de José Sócrates "iniciava em 2007 a sua política keynesiana [de investimento público] - TGV, novo aeroporto, terceira travessia do Tejo - e precisava de bancos obedientes e dóceis".
O governo socialista contava com a Caixa Geral de Depósitos e o BES, na opinião de Filipe Pinhal, mas não com o BPI, que era dominado pelos espanhóis do La Caixa e pelo banco brasileiro Itaú, assim como também não controlava o BCP, "que tinha uma base acionista muito dispersa". "Não seria fácil abanar o BCP e foi o que foi feito",
afirmou ao tribunal.
Nesta estratégia, acusou Pinhal, colaboraram ativamente "pessoas devedoras umas das outras", "íntimas", em dois "pilares" distintos: governo e Caixa Geral dos Depósitos. No Governo, Pinhal distinguiu José Sócrates, Fernando Teixeira dos Santos, então ministro das Finanças, e Carlos Pina, ex-secretário de Estado do Tesouro; na CGD, o ex-presidente do BCP identificou Carlos Santos Ferreira e Armando Vara.
Finalmente, "estes dois pilares contavam com um candidato a agitador, Joe Berardo", com quem o Governo tinha feito um acordo que "ninguém percebeu", o da instalação da coleção Berardo no Centro Cultural de Belém, afirmou Filipe Pinhal....