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Autor Tópico: O Governo de António Costa  (Lida 187319 vezes)

Incognitus

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #460 em: 2016-03-02 17:01:27 »
A viabilidade económica mede-se através de um aumento de preço com o aumento da idade. Na ADSE isso não acontece.

Porque não exigir a abertura do sistema de saúde bancário a todas as pessoas? É bem melhor que a ADSE.

Pedir a abertura de sistemas privados não faz sentido.

Mas se o SNS fosse estruturado de forma diferente, até esses sistemas tendencialmente deixariam de fazer sentido existirem.
A ADSE é um sistema privado dos funcionários da função pública. Pago pelos próprios funcionários e que, até que façam as contas devidamente, com a retirada de valores referentes a medicamentos e ídas ao SNS, é devidamente financiada.

Não se trata de ser devidamente financiada ou não ... a ADSE é o reconhecimento por parte do Estado que a liberdade de escolha é algo intrinsecamente superior ao que hoje existe.

Nem se trata de extender a ADSE, e sim aplicar a filosofia da ADSE a todo o sistema, seria uma mudança estrutural e o sistema resultante acabaria similar ao Francês ou à Medicare nos EUA (sendo que a Medicare funciona aparentemente bem, no meio de um sistema que funciona mal).

Já agora, a extensão da Medicare a toda a gente nos EUA provavelmente é impopular porque não serve os interesses da indústria de saúde privada (já que tende a pagar menos que as alternativas).
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Automek

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #461 em: 2016-03-02 17:02:08 »
É um ângulo muito interessante. E como os socialistas, BE e afins defendem isso, basicamente estão a dar-nos razão quando defendemos que o sistema deveria ser assim para todos -- apenas não o querem porque, COMO SEMPRE, o socialismo é baseado em beneficiar uns arbitrariamente sobre outros.
Embora o Moppie tenha abordado as objecções por outro prisma, eu até citei o artigo mais pela parte ética. Se reflectirmos é bastante condenável que o dono do SNS, universal, tendencialmente gratuito e alegadamente de qualidade, tenha criado e faça a gestão de um sistema de saúde, paralelo ao SNS, para os seus próprios FPs.

Incognitus

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #462 em: 2016-03-02 17:05:17 »
É um ângulo muito interessante. E como os socialistas, BE e afins defendem isso, basicamente estão a dar-nos razão quando defendemos que o sistema deveria ser assim para todos -- apenas não o querem porque, COMO SEMPRE, o socialismo é baseado em beneficiar uns arbitrariamente sobre outros.
Embora o Moppie tenha abordado as objecções por outro prisma, eu até citei o artigo mais pela parte ética. Se reflectirmos é bastante condenável que o dono do SNS, universal, tendencialmente gratuito e alegadamente de qualidade, tenha criado e faça a gestão de um sistema de saúde, paralelo ao SNS, para os seus próprios FPs.

É como o socialismo na Coreia do Norte. Existe um socialismo para o pessoal de Pyongyang e um socialismo para os restantes, muitos dos quais nem em Pyongyang podem entrar.

Em todo o caso o surpreendente é que a esquerda tenha problemas em adoptar um sistema com o funcionamento similar à ADSE para todos "por dar lucros a privados" e depois não tenha problema que a ADSE "dê lucro a privados".

Muito provavelmente a ADSE paga mais por um acto médico hoje do que pagaria pelo MESMO acto médico, se a filosofia fosse extendida a todos.
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #463 em: 2016-03-02 17:13:55 »
Eu acho que se resume tudo a um ponto, ainda que nenhum ministro da saúde o assuma explicitamente: ao controlar tudo através do gigantesco SNS, o estado consegue fazer uma gestão do número de actos médicos por ano.

Ou seja, se for preciso deixa-se uma pessoa 6 meses à espera de um otorrino e consegue-se que apenas existam custos (via hospitais publicos) com 50.000 consultas de otorrino por ano. Se alargam a todos a liberdade de escolha, passamos a ter 70K, 80K, 100K consultas, com o possível aumento de custos que isso comporta.

E isto até torna a ADSE menos eticamente defensável porque o estado ao criar este "tampão" deliberadamente no SNS, à custa da qualidade de vida das pessoas, e simultaneamente ao ter a ADSE, cria dois níveis de saúde, um para os FPs e outro para o cidadão comum.

Zakk

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #464 em: 2016-03-02 17:32:40 »
Eu acho que se resume tudo a um ponto, ainda que nenhum ministro da saúde o assuma explicitamente: ao controlar tudo através do gigantesco SNS, o estado consegue fazer uma gestão do número de actos médicos por ano.

Ou seja, se for preciso deixa-se uma pessoa 6 meses à espera de um otorrino e consegue-se que apenas existam custos (via hospitais publicos) com 50.000 consultas de otorrino por ano. Se alargam a todos a liberdade de escolha, passamos a ter 70K, 80K, 100K consultas, com o possível aumento de custos que isso comporta.

E isto até torna a ADSE menos eticamente defensável porque o estado ao criar este "tampão" deliberadamente no SNS, à custa da qualidade de vida das pessoas, e simultaneamente ao ter a ADSE, cria dois níveis de saúde, um para os FPs e outro para o cidadão comum.

Claro, eu não tenho adse, a minha mulher tem. O comportamento de um e do outro é completamente diferente na utilização da saude.

Se a adse fosse acessível a todos aquilo falia num ano.

Eu vejo no dentista, vai ao dentista de 6 em 6 meses para ver se tá tudo bem. eu vou quando me doi

Incognitus

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #465 em: 2016-03-02 18:03:50 »
Bem, então é uma opção política "à Chavez", em que se tem tudo desde que não se consuma nada ou tanto (aqui, portanto, suavizado).
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #466 em: 2016-03-02 18:14:49 »
É um ângulo muito interessante. E como os socialistas, BE e afins defendem isso, basicamente estão a dar-nos razão quando defendemos que o sistema deveria ser assim para todos -- apenas não o querem porque, COMO SEMPRE, o socialismo é baseado em beneficiar uns arbitrariamente sobre outros.
Embora o Moppie tenha abordado as objecções por outro prisma, eu até citei o artigo mais pela parte ética. Se reflectirmos é bastante condenável que o dono do SNS, universal, tendencialmente gratuito e alegadamente de qualidade, tenha criado e faça a gestão de um sistema de saúde, paralelo ao SNS, para os seus próprios FPs.

também temos de ter as coisas em prespectiva histórica. A ADSE é anterior ao SNS. Ou seja, é tendencioso escrever que o estado tenha criado um sistema paralelo ao SNS, quando a ADSE já existia quando o SNS foi criado.

Claro que existe hipocrisia do Estado ao ter ADSE e SNS e esse ponto de vista não é discutivel. O Estado sabe que o sistema de ADSE é melhor, mas também sabe que teria de cobrar mais para transformar o SNS num sistema tipo ADSE - e aí é que está o busilis da questão - e o motivo pelo o qual a ADSE não pode ser "aberta a todos" - é que o sistema como está pura e simplesmente desaparecia por insuficiencia financeira.

Inc, o que falas é terminar com o sistema do SNS como funciona e transformar num sistema tipo francês - tu escolhes onde vais e o estado comparticipa X. Aliás, creio ser semelhante ao Holandes, onde as pessoas são obrigadas a contribuir para um "seguro de saúde público". No entanto, há que ter em atenção que o sistema publico de saude frances está a passar dificuldades, exactamente porque as contribuições são poucas para os serviços prestados - ou seja, estão com muitas dificuldades em manter o nivel de cuidados que tinham ao preço que tinham.

Ora, num país onde se ganha o que se ganha e paga-se o que se paga de impostos, seria impossivel subir consideravelmente a qualidade dos serviços de saúde sem aumentar muito os impostos cobrados...
« Última modificação: 2016-03-02 18:19:01 por Moppie85 »

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #467 em: 2016-03-02 18:21:31 »
É um ângulo muito interessante. E como os socialistas, BE e afins defendem isso, basicamente estão a dar-nos razão quando defendemos que o sistema deveria ser assim para todos -- apenas não o querem porque, COMO SEMPRE, o socialismo é baseado em beneficiar uns arbitrariamente sobre outros.
Embora o Moppie tenha abordado as objecções por outro prisma, eu até citei o artigo mais pela parte ética. Se reflectirmos é bastante condenável que o dono do SNS, universal, tendencialmente gratuito e alegadamente de qualidade, tenha criado e faça a gestão de um sistema de saúde, paralelo ao SNS, para os seus próprios FPs.

também temos de ter as coisas em prespectiva histórica. A ADSE é anterior ao SNS. Ou seja, é tendencioso escrever que o estado tenha criado um sistema paralelo ao SNS, quando a ADSE já existia quando o SNS já existia.

Claro que existe hipocrisia do Estado ao ter ADSE e SNS e esse ponto de vista não é discutivel. O Estado sabe que o sistema de ADSE é melhor, mas também sabe que teria de cobrar mais para transformar o SNS num sistema tipo ADSE - e aí é que está o busilis da questão - e o motivo pelo o qual a ADSE não pode ser "aberta a todos" - é que o sistema como está pura e simplesmente desaparecia por insuficiencia financeira.

Inc, o que falas é terminar com o sistema do SNS como funciona e transformar num sistema tipo francês - tu escolhes onde vais e o estado comparticipa X. Aliás, creio ser semelhante ao Holandes, onde as pessoas são obrigadas a contribuir para um "seguro de saúde público". No entanto, há que ter em atenção que o sistema publico de saude frances está a passar dificuldades, exactamente porque as contribuições são poucas para os serviços prestados - ou seja, estão com muitas dificuldades em manter o nivel de cuidados que tinham ao preço que tinham.

Ora, num país onde se ganha o que se ganha e paga-se o que se paga de impostos, seria impossivel subir consideravelmente a qualidade dos serviços de saúde sem aumentar muito os impostos cobrados...

Uma coisa que me parece que é que muitas consultas de rotina podiam ser substituídas por alternativas mais produtivas. Por exemplo, nas doenças crónicas (como eu tive antes do transplante, e no fundo como tenho agora pois o transplante tem que ser acompanhado) existem análises ao sangue e uma consulta posterior. Dá a ideia que se poderia ter as mesmas análises mas só existir consulta em caso de anormalidade nos resultados ou queixa (existindo no entanto variação das dosagens dos medicamentos se necessário, mesmo sem consulta) ... existem certamente muitos casos assim, em que as consultas são (ou quase) pro-formas mas acrescentam muitos actos médicos e necessitam de muitos recursos adicionais.
« Última modificação: 2016-03-02 18:22:21 por Incognitus »
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Re: O Governo de António Costa
« Responder #468 em: 2016-03-02 19:25:53 »
É um ângulo muito interessante. E como os socialistas, BE e afins defendem isso, basicamente estão a dar-nos razão quando defendemos que o sistema deveria ser assim para todos -- apenas não o querem porque, COMO SEMPRE, o socialismo é baseado em beneficiar uns arbitrariamente sobre outros.
Embora o Moppie tenha abordado as objecções por outro prisma, eu até citei o artigo mais pela parte ética. Se reflectirmos é bastante condenável que o dono do SNS, universal, tendencialmente gratuito e alegadamente de qualidade, tenha criado e faça a gestão de um sistema de saúde, paralelo ao SNS, para os seus próprios FPs.

também temos de ter as coisas em prespectiva histórica. A ADSE é anterior ao SNS. Ou seja, é tendencioso escrever que o estado tenha criado um sistema paralelo ao SNS, quando a ADSE já existia quando o SNS já existia.

Claro que existe hipocrisia do Estado ao ter ADSE e SNS e esse ponto de vista não é discutivel. O Estado sabe que o sistema de ADSE é melhor, mas também sabe que teria de cobrar mais para transformar o SNS num sistema tipo ADSE - e aí é que está o busilis da questão - e o motivo pelo o qual a ADSE não pode ser "aberta a todos" - é que o sistema como está pura e simplesmente desaparecia por insuficiencia financeira.

Inc, o que falas é terminar com o sistema do SNS como funciona e transformar num sistema tipo francês - tu escolhes onde vais e o estado comparticipa X. Aliás, creio ser semelhante ao Holandes, onde as pessoas são obrigadas a contribuir para um "seguro de saúde público". No entanto, há que ter em atenção que o sistema publico de saude frances está a passar dificuldades, exactamente porque as contribuições são poucas para os serviços prestados - ou seja, estão com muitas dificuldades em manter o nivel de cuidados que tinham ao preço que tinham.

Ora, num país onde se ganha o que se ganha e paga-se o que se paga de impostos, seria impossivel subir consideravelmente a qualidade dos serviços de saúde sem aumentar muito os impostos cobrados...

Uma coisa que me parece que é que muitas consultas de rotina podiam ser substituídas por alternativas mais produtivas. Por exemplo, nas doenças crónicas (como eu tive antes do transplante, e no fundo como tenho agora pois o transplante tem que ser acompanhado) existem análises ao sangue e uma consulta posterior. Dá a ideia que se poderia ter as mesmas análises mas só existir consulta em caso de anormalidade nos resultados ou queixa (existindo no entanto variação das dosagens dos medicamentos se necessário, mesmo sem consulta) ... existem certamente muitos casos assim, em que as consultas são (ou quase) pro-formas mas acrescentam muitos actos médicos e necessitam de muitos recursos adicionais.

o transplante não é bem um bom exemplo, mas há muitos actos médicos que já são praticados em consultas anteriores (por exemplo o pedido de análises para um diabético) ou são realizados por enfermeiros (por exemplo o controlo de INR que só é visto por um médico qd fora dos valores alvo).
De qq das formas, essas poupanças serviriam quer fosse ADSE quer SNS.

Incognitus

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #469 em: 2016-03-02 19:35:57 »
Sim, mas a ideia seria ver se seria possível colocar o volume (de atendimento/controlo/tratamento/etc) e qualidade da saúde em níveis mais elevados sem explodir os custos.
« Última modificação: 2016-03-02 19:36:22 por Incognitus »
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Moppie85

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #470 em: 2016-03-02 22:31:40 »
Sim, mas a ideia seria ver se seria possível colocar o volume (de atendimento/controlo/tratamento/etc) e qualidade da saúde em níveis mais elevados sem explodir os custos.

se isso fosse facil, já teria sido feito.
O problema é que precisava tudo de ser "mandado" abaixo e construir um sistema novo com uma mentalidade nova.
Basta começar pela quantidade de urgências que não são urgências e que sugam os recursos...

Ou pensar na idiotice de atribuição de gastos - devia ser feito de forma a que os médicos não tivessem de mandar os doentes andar às voltas porque estão proibidos de passar exames no centro de saude que vão servir para o especialista do hospital...

Deus Menor

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #471 em: 2016-03-03 12:16:05 »

Existem organismos do SNS com um excelente serviço e produtividade.

O problema são os que , por bloqueio de chefias incompetentes , querem manter
, e conseguem, a incompetência.

A produtividade nos Centros e extensões de Saúde é , na grande maioria,
muito baixo.

O co-pagamento universal seria o remédio para estruturas incompetentes e um bálsamo
para estruturas competentes .

Moppie85

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #472 em: 2016-03-03 13:05:20 »

Existem organismos do SNS com um excelente serviço e produtividade.

O problema são os que , por bloqueio de chefias incompetentes , querem manter
, e conseguem, a incompetência.

A produtividade nos Centros e extensões de Saúde é , na grande maioria,
muito baixo.

O co-pagamento universal seria o remédio para estruturas incompetentes e um bálsamo
para estruturas competentes .

USF tipo B ftw

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #473 em: 2016-03-03 18:17:59 »

Existem organismos do SNS com um excelente serviço e produtividade.

O problema são os que , por bloqueio de chefias incompetentes , querem manter
, e conseguem, a incompetência.

A produtividade nos Centros e extensões de Saúde é , na grande maioria,
muito baixo.

O co-pagamento universal seria o remédio para estruturas incompetentes e um bálsamo
para estruturas competentes .

USF tipo B ftw

Seria preciso mais, moderar de forma eficaz maus utentes e maus profissionais de saúde.

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #474 em: 2016-03-04 10:39:00 »

Existem organismos do SNS com um excelente serviço e produtividade.

O problema são os que , por bloqueio de chefias incompetentes , querem manter
, e conseguem, a incompetência.

A produtividade nos Centros e extensões de Saúde é , na grande maioria,
muito baixo.

O co-pagamento universal seria o remédio para estruturas incompetentes e um bálsamo
para estruturas competentes .

USF tipo B ftw

Seria preciso mais, moderar de forma eficaz maus utentes e maus profissionais de saúde.

enquanto o segundo é dificil, o primeiro é impossivel.

Deus Menor

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #475 em: 2016-03-04 11:30:05 »
o primeiro é impossivel.

Não é, se se mostrar quanto custa a Saúde, consultas , exames, etc... e quanto é que alguém
tem de pagar para alguém ter tudo gratuito.

Moppie85

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #476 em: 2016-03-04 13:12:18 »
o primeiro é impossivel.

Não é, se se mostrar quanto custa a Saúde, consultas , exames, etc... e quanto é que alguém
tem de pagar para alguém ter tudo gratuito.

é, sim.
é quando mais de metade dos doentes que vão ao SU nem deviam lá estar.

é quando se queixam (coisa que aconteceu mais de N vezes nas minhas consultas) de pagarem 2,5€ de taxa moderadora e me fazem perder 10 minutos a explicar que os 2,5€ que paga não chega para 1/5 da despesa que a pessoa está a provocar ao estado.

é quando se vê numa "consulta de urgência" num CS o aviso de "uma queixa" e "cinco minutos" e vem toda a gente a berrar que é uma vergonha... Esse papel existe porque há pessoas que vão à urgência dos CS para vir falar do "ombro que lhe dói de vez em quando e que por acaso agora não está a doer" ou da "unha da mãe que está mais clara desde que mudaram de sapatos" (i.e. o sapato era apertado e portanto o sangue não chegava às extremidades com a mesma facilidade).

E isto é sucessivo. Não é algo que aconteça uma vez por mês - é algo que acontece 2, 3 vezes por dia na consulta de urgência e é a maioria de quando se está em sistema de "consulta aberta".

Vai-se a uma consulta de urgência e quer-se queixar do "cãosterol", da "máquina que por electromagnetismo lhe disse que tinha grande risco de ter derrames cerebrais", do primo Tomé que precisa do atestado para a carta e se não a podemos passar e, o do primo do tio Zé que perguntou se não podia passar a medicação dos diabretes... Eu sei que ele não é doente aqui do centro de saúde, mas o doutor podia dar uma ajuda".

Por fim, vem as brilhantes referencias do Hospital (e aqui a culpa é dos colegas hospitalares e da forma como se demora anos para conseguir um exame em certos hospitais) a pedir para passar exames que não se podem pedir (porque são hospitalares) ou porque podendo-se pedir, está-se proibido de fazer (devido à atribuição de custos à ARS vs Unidade Hospitalar).


As pessoas estão-se literalmente "a cagar" para quanto custam as coisas, a menos que lhes saia directamente do bolso. Aliás, lembro-me de prái há um ano haver uma grande polémica porque um hospital decidiu colocar o custo dos tratamentos na guia dos doentes... Basta isto ter dado "uma grande polémica" para se ver que o caminho que apresentas é impossivel no curto/médio prazo.

Automek

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #477 em: 2016-03-04 14:55:17 »
Não sei se este número baixou desde 2011 mas é claramente alto em relação ao total da população. Não se pagando a pessoa está-se nas tintas para o custo (alguém pagou).
Mais de seis milhões ficam isentos das taxas moderadoras

Zakk

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #478 em: 2016-03-04 16:49:19 »
Não sei se este número baixou desde 2011 mas é claramente alto em relação ao total da população. Não se pagando a pessoa está-se nas tintas para o custo (alguém pagou).
Mais de seis milhões ficam isentos das taxas moderadoras


Não é difícil esse numero, penso que tás a falar de consultas.
Os meus filhos não pagam nada nas urgências.

Eu numa urgência por dor de ouvidos não vou com eles à ADSE.
No s.joão levas com 3 horas de espera, num periférico com pediatria levas no máximo 45 minutos.

Deus Menor

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Re: O Governo de António Costa
« Responder #479 em: 2016-03-04 17:31:46 »


é, sim.


Estás a dispersar-te no meio de tanta indignação.

Co-pagamento Universal entre Privado e Público é o caminho , que por ser
melhor para todos é mau para alguns que ganham com o status quo.