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Autor Tópico: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico  (Lida 56408 vezes)

Jsebastião

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Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« em: 2015-10-17 00:27:05 »
Agora que as Legislativas são já águas passadas (eheh), as Presidenciais afiguram-se como a "next big thing" no panôrama político português (*).

Hoje foi o dia em que o nome de Marisa Matias apareceu na Comunicação Social como a provável candidata do Bloco de Esquerda. Não deixa de ser interessante que seja mais uma "mulher de força" a vir à ribalta cpmo representante desta força partidária, seguindo uma estratégia recente em que um conjunto de "power puff girls", à conta de charme, sorrisos, e K.O.s aos adversários nos debates,  levaram o Bloco a um resultado histórico nas Legislativas.

É certo que Marisa Matias não sairá vencedora nas eleições, mas também é certo que não é propriamente um nome só para fazer figura de corpo presente, ou para ganhar direito a tempo de antena. O mediatismo destas eleições catapultará esta senhora para uma posição pública que até agora não tem---mais ainda se o Bloco souber aproveitar bem o estado-de-graça em que se encontra e a dominância (quase) absoluta do seu lado feminino. E quem sabe até disputar votos com Maria de Belém?

O nosso próximo Presidente da República vai ser  o Professor Marcelo Rebelo de Sousa (alguém tem dúvidas? que exponha argumentos!). Carregado ao colo pela participação imaculada, de extremo alcance popular, no programa semanal da TVI, poupado ao desgaste da vida política activa, e detentor comprovado de uma série de competência e qualidades específicas para desempenhar o cargo, não tem adversários à altura. Nem de entre os que já são candidatos (Quem és tu, Sampaio da Nóvoa?), nem de entre os que se afiguram como possíveis para avançar.

Para não pensarem que estou a fazer campanha pelo ilustre, deixo aqui um artigo de opinião que fala precisamente no "endeusamento artificial" a que esteve sujeito pela via do programa da TVI, e do "jeitinho" que tem para escolher as palavras certas---milimetricamente---nos momentos certos.

António Guerreiro escreve no Público (http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/marcelo-responde-a-chamada-1710971?frm=opi):

Citar
Marcelo responde à chamada

Uma palavra mágica fixa o centro para onde é atraído todo o discurso com que Marcelo Rebelo de Sousa se apresentou como candidato à presidência da República. Essa palavra é “vocação”. “Professor na universidade”, disse ele no início, “foi e é a vocação da minha vida”; candidatar-se a Presidente, disse ele no fim, é responder a uma “chamada” e prestar contas a uma instância soberana que decide sobre a “dívida moral” e sobre o momento em que esta deve ser paga. “É tempo de pagar esta dívida moral”, afirmou o candidato em terras de Celorico de Basto, onde as dívidas e a moral soam muito mais alto do que na capital do vício. E onde se pode reactivar um encantamento que anula esta lei da sociedade moderna: quanto mais a política está em baixo, mais a moral fica por cima.

A “vocação” do professor e a “chamada” a que respondeu porque estava em situação de escuta significam a mesma coisa: trata-se de uma escolha electiva e espiritual que, na sua versão laica, remete para uma doutrina da predestinação e, na versão religiosa, diz-se que é por vontade de Deus. Muitos são os políticos de profissão sem vocação, mas raríssimos são os políticos como este: dotado de um pneuma profético, ele transfigura o seu métier em vocação interior. E, coisa ainda mais rara, traz a essas qualidades mágicas a consistência da autoridade professoral. Lendo os artigos embevecidos que o seu discurso vocacional – de resposta a uma “chamada” – suscitou (até em sítios onde se cultiva a sobriedade), percebemos que essa magia consiste numje ne sais quoi, num dom para exercer uma forma de dominação por meio daquilo a que se chama carisma. Marcelo Rebelo de Sousa não é apenas um caso especial de vocação; é também um fenómeno carismático. Como a noção de vocação a que faço referência é a que foi introduzida por Max Weber no seu livro sobre a ética protestante e depois prolongada numa famosa conferência de 1919, intitulada precisamente A Política como Vocação (como Beruf, que também significa “profissão”), e na medida em que é também a um conceito de Weber que recorro – o de carisma – para tentar perceber o efeito mágico produzido pelo nosso grande teólogo do comentário político (da espécie fútil e daninha do comentário, diria um ateu), poderei dizer de Marcelo Rebelo de Sousa que ele é um fenómeno weberiano total. Ciente dos seus dons naturais e confirmando o carácter genuíno e verdadeiro da sua vocação, disse ele no início do seu discurso que tinha “sido tocado” e tocara “a vida de milhares de alunos e de alunas”. Tocar e ser tocado significa despertar a parte irracional das afecções humanas. É o lado mágico do carisma. Como é fácil depreender deste texto, nunca me senti tocado pelo efeito mágico do seu carisma. Mas isso não quer dizer que duvide dele, tanto mais que sigo esta lição de Max Weber: a questão de saber se a crença no carisma de um indivíduo é legítima ou não é uma questão que a sociologia não coloca. O que importa perceber é como o carisma é produzido, e para isso é preciso olhar para os que acreditam nele, já que ele só existe na medida em que é exposto e olhado como tal. Neste caso, esse olhar do crente, submetido ao domínio carismático, foi um espectáculo televisivo dominical, celebrado como oração vespertina. Os jornalistas que o recebiam e faziam de interlocutores exibiam sempre um ar extasiado e devoto perante as palavras e a voz do “professor”. Todos cumpriram a mesma missão: sublinhar, perante os espectadores, a relação carismática. Quem experimentou durante tanto tempo esta magia da dominação sente-se agora “chamado”. Quem o chama?


(*) Se excluirmos a libertação do Eng. Sócrates, evidentemente.  ;D
« Última modificação: 2015-10-17 00:51:17 por Jsebastião »
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Lark

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #1 em: 2015-10-17 00:45:04 »
é melhor que o marcelo ganhe mesmo.
se perde para a marisa matias pode dar-me um ataque de riso fatal.

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Jsebastião

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #2 em: 2015-10-17 01:01:12 »
é melhor que o marcelo ganhe mesmo.
se perde para a marisa matias pode dar-me um ataque de riso fatal.

L

Diz lá se isto não ficou exponencialmente mais interessante com esta candidatura? (um ex-padre, um ex-reitor, duas mulheres, um constitucionalista...  :D)

Melhor, melhor só uma luta na lama entre as candidatas. Era ver a abstenção entre o eleitorado masculino a descer para zero...

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #3 em: 2015-10-17 01:30:16 »
é melhor que o marcelo ganhe mesmo.
se perde para a marisa matias pode dar-me um ataque de riso fatal.

L

Diz lá se isto não ficou exponencialmente mais interessante com esta candidatura? (um ex-padre, um ex-reitor, duas mulheres, um constitucionalista...  :D)

Melhor, melhor só uma luta na lama entre as candidatas. Era ver a abstenção entre o eleitorado masculino a descer para zero...

uma luta na lama com a Maria de Belém? eew... not sexy; aquele capacete cheio de lama? naquele corpo minúsculo? nah...

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #4 em: 2015-10-17 01:53:07 »
é melhor que o marcelo ganhe mesmo.
se perde para a marisa matias pode dar-me um ataque de riso fatal.

L

Diz lá se isto não ficou exponencialmente mais interessante com esta candidatura? (um ex-padre, um ex-reitor, duas mulheres, um constitucionalista...  :D)

Melhor, melhor só uma luta na lama entre as candidatas. Era ver a abstenção entre o eleitorado masculino a descer para zero...

uma luta na lama com a Maria de Belém? eew... not sexy; aquele capacete cheio de lama? naquele corpo minúsculo? nah...

L

Os lingrinhas são os que se esforçam mais nas lutas corpo-a-corpo, não era o que diziam no "Fight Club"?

Fora de brincadeira, estás a ver o Marcelo a perder algum debate com os restantes candidatos? O homem está como peixe na água. Domina tecnicamente tudo o que é matérias em causa, é um orador nato (sabe expôr argumentos como ninguém) e tem uma farta dose de experiência empírica acumulada. Até era capaz de ver o Louçã a debater algumas matérias taco-a-taco com ele, agora os outros?... Nah. Vão ser comidos vivos, por mais apelos à sensibilidade social e ao estado do país que possam invocar.

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Automek

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #5 em: 2015-10-24 02:26:25 »
Finalmente alguém que me pode fazer sair de casa para ir votar no dia das eleições presidenciais.
Tino de Rans apresenta candidatura a Belém para dar protagonismo "à plebe"

Se o Coelho da Madeira e o Manuel João Vieira também se candidatassem aí precisava, não de um, mas de dois ou três dias de reflexão. Seria uma escolha difícil.

Kaspov

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #6 em: 2015-10-24 03:43:29 »
Serão sem dúvida eleições bem disputadas, pois haverá uma grande diversidade de candidatos!   :D
Gloria in excelsis Deo; Jai guru dev; There's more than meets the eye; I don't know where but she sends me there

Jsebastião

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #7 em: 2015-10-25 11:38:11 »
Finalmente alguém que me pode fazer sair de casa para ir votar no dia das eleições presidenciais.
Tino de Rans apresenta candidatura a Belém para dar protagonismo "à plebe"


Não sei como vai ser dividido o tempo de antena e como vão ser organizados os debates, mas este rapazito está cheio de pica para ir trocar murros com o Marcelo...  :-\

O Marcelo, por seu turno, ao mesmo tempo que se vende apelativo para eventuais votos da esquerda, está-se a por a jeito para ficar com o ónus de "resolver" o embróglio governativo---está a dizer , nas entrelhinhas, que o Cavaco deve empossar o Costa, em caso da moção de censura vingar, e que ele próprio se responsabilizará para mandar abaixo o governo daqui a uns meses, se considerar que é necessário. Pelo menos é o que eu leio.

Público (http://www.publico.pt/politica/noticia/marcelo-recusa-divisoes-e-promete-convergencia-onde-cabem-todos-1712283?page=-1):

Citar
Marcelo manda recados a Cavaco e recusa dividir os portugueses

Candidato presidencial fez a sessão pública de apresentação da sua candidatura em Lisboa, na Voz do Operário, e disse não querer, depois de exercer o mandato, o estatuto político de ex-Chefe de Estado, preferindo a "moderação e a frugalidade"

Marcelo Rebelo de Sousa não quer voltar atrás 40 anos, aos tempos do PREC, “em que se dividiam os portugueses entre patriotas e não patriotas, bons portugueses e maus portugueses, em democratas e anti-democratas, entre os que tinham o exclusivo de acesso ao poder e aqueles que estavam marginalizados”. E para isso promete uma convergência em que “cabem todos – não há bons nem maus, não há preferidos e preteridos”.

Na icónica sala da Voz do Operário, em Lisboa, perante cerca de 300 pessoas, o candidato dedicou boa parte do seu discurso de quase uma hora a falar sobre o que pensa dos poderes presidenciais, no que podia ser visto como uma das suas aulas de direito constitucional. E que podia também ser ouvido, em algumas passagens, em comparação directa com a atitude e discursos do actual Presidente da República.

O próximo Presidente da República (PR), disse Marcelo, vai ter três desafios políticos sérios: “estabilizar a política nacional”, trabalhando todos os dias pela governabilidade, que classificou de tarefa “permanente e constante”; “criar convergências e consensos” onde já existiram antes e acabaram ou onde são agora menores; e “promover a aproximação” entre os cidadãos.

“Esse é o grande desafio: o que nos une é mais importante do que o que nos separa, é um dever de todos trabalhar pela aproximação dos portugueses”, defendeu o antigo líder do PSD, que admitiu no “calor de uma refrega eleitoral” isso pode ser mais difícil. Marcelo recordou então o tempo revolucionário, o tal em que os “excessos” levaram a que “se dividissem os portugueses” em várias classes de pessoas. “Passaram mais de 40 anos e há uma coisa que nós sabemos e que eu sei: nós não queremos voltar a ter esse tipo de divisão entre os portugueses. Somos todos portugueses, cabemos todos na democracia, temos todos a plenitude dos direitos constitucionais, nomeadamente os direitos de participação”, afirmou entre aplausos.

Marcelo elencou os poderes presidenciais descritos na Constituição e avisou que em Portugal o Presidente não tem uma natureza presidencialista nem parlamentarista puro. Por isso, não pode querer substituir-se ao Governo ou mandar nele, mas também não pode ser um Presidente que “lave as mãos” das suas responsabilidades nem do seu manifesto eleitoral, nem “se apague”. “Tem que ser um referencial do Estado, no estrito respeito da Constituição, embora nunca ultrapassando a divisão dos poderes de Estado”, avisou.

O candidato entende que o Presidente tem um “poder de controlo moderado no dia-a-dia e um poder decisivo em tempos mais críticos” – como os actuais. E o seu poder de influência e magistério, normalmente exercido na sombra, será tão maior e eficaz depois das eleições se também o for antes. “Não há nomeação, exoneração ou dissolução anunciadas. A apreciação deve ser feita no momento exacto em que se coloca o problema e não meses ou anos antes. No que depender se mim, tudo farei para tentar não onerar o meu sucessor com problemas evitáveis relativamente ao exercício destes poderes de Estado”, garantiu o candidato.

Sem se referir ao actual impasse político, Marcelo lembrou os casos de outros Presidentes que recusaram soluções de Governo para defender que o Chefe de Estado deve “tudo fazer para obter governos viáveis e duradouros, envolvendo votação do orçamento do Estado” porque “não é bom para um país que sai de uma crise ter de viver seis ou oito meses sem orçamento” – uma clara recusa de governos de gestão.

Criticou directamente Cavaco Silva quando defendeu não ser uma “prioridade” nos “tempos difíceis que se avizinham” rever a Constituição mesmo que para reforçar os poderes presidenciais sobre outros órgãos de soberania. Deixou no ar a possibilidade de fazer apenas um mandato e disse não querer o estatuto político especial dos ex-Presidentes, pretendendo ser o “mais simples possível nos meios que usa, na vida que leva, nas estruturas que o apoiam e na segurança que o rodeia". A campanha seguirá esse mesmo preceito, com estruturas e meios limitados – “num tempo de tanta dificuldade não seria justo nem compreensível que fosse uma campanha de outro modo”. Marcelo prometeu “não fazer uma campanha contra ninguém” e prometeu ser um Presidente “que explique em vez de inflamar, que seja próximo e afectivo em vez de distante e frio”.

Marcelo disse ainda ter escolhido a Voz do Operário para esta sessão em Lisboa - onde não havia caras de dirigentes sociais-democratas, mas esteve, por exemplo, o centrista Telmo Correia – para mostrar que “os lugares simbólicos da pátria são de todos e não apenas de alguns”. O espaço é normalmente usado em comícios por partidos como PCP e Bloco. “Este lugar é um símbolo de luta pela igualdade, justiça social, direitos laborais, participação cívica.” Nas mãos dos participantes andavam as fichas para a recolha das assinaturas para o processo de candidatura.


« Última modificação: 2015-10-25 11:39:05 por Jsebastião »
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Incognitus

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #8 em: 2015-10-25 11:45:55 »
O Marcelo é anti-Passos há um bom bocado, pelo menos parece. O Passos deve estar a chatear um lobby qualquer (ou vários).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

jeab

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #9 em: 2015-11-15 16:55:14 »
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades  eheheh  :D




CARTA DE MARCELO REBELO A SALAZAR

Senhor Presidente do Conselho,
Excelência
Venho agradecer a Vossa Excelência a amabilidade que teve para comigo ao enviar-me, por intermédio da Senhora D. Jenny, alguns livros de Vossa autoria e por Vossa Excelência rubricados.
Eu, como simples aluno do primeiro ano liceal, acho que é demasiado valiosa para mim a oferta de Vossa Excelência, pois o dever do aluno e filido [sic] da M.P. é tentar melhorar-se e educar-se a si próprio por sucessivas victórias da vontade.
E para certificar a afirmação feita bastam os versos de Fernando Pessoa:
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
E Senhor Presidente, para terminar esta pequena e modesta carta, desejo a Vossa Excelência muitos anos de vida, para bem da Nação Portuguesa e de todos nós.
Com o mais profundo respeito e a mais sentida gratidão,
subscreve-se o vosso humilde servo,
Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa
Lisboa, 7 de Abril de 1960
[Fonte: Torre do Tombo – Arquivo Salazar]
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #10 em: 2015-11-15 17:19:03 »
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades  eheheh  :D




CARTA DE MARCELO REBELO A SALAZAR

Senhor Presidente do Conselho,
Excelência
Venho agradecer a Vossa Excelência a amabilidade que teve para comigo ao enviar-me, por intermédio da Senhora D. Jenny, alguns livros de Vossa autoria e por Vossa Excelência rubricados.
Eu, como simples aluno do primeiro ano liceal, acho que é demasiado valiosa para mim a oferta de Vossa Excelência, pois o dever do aluno e filido [sic] da M.P. é tentar melhorar-se e educar-se a si próprio por sucessivas victórias da vontade.
E para certificar a afirmação feita bastam os versos de Fernando Pessoa:
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
E Senhor Presidente, para terminar esta pequena e modesta carta, desejo a Vossa Excelência muitos anos de vida, para bem da Nação Portuguesa e de todos nós.
Com o mais profundo respeito e a mais sentida gratidão,
subscreve-se o vosso humilde servo,
Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa
Lisboa, 7 de Abril de 1960
[Fonte: Torre do Tombo – Arquivo Salazar]

tomar uma carta de um miúdo de 12 anos, na altura em que foi - 1961 - e nos círculos em que o Marcelo vivia - o pai Baltazar Rebelo de Sousa foi ministro do salazar e o seu padrinho era o Marcelo Caetano - é simplesmente cruel e mais que tudo, irrelevante.

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #11 em: 2015-11-15 17:35:48 »
Constatei um facto e não a  minha opinião.
Considero a tua opinião irrelevante para o facto acontecido, por isso tens que levar com o   :D
« Última modificação: 2015-11-15 17:36:38 por jeab »
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #12 em: 2015-11-15 19:09:38 »
Constatei um facto e não a  minha opinião.
Considero a tua opinião irrelevante para o facto acontecido, por isso tens que levar com o   :D

constatar factos sobre miúdos de 12 anos é um facto em si. pouco abonatório para quem o constata.

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #13 em: 2015-11-20 13:34:15 »
Interessante...

Citar
Cavacountdown

(...)

Além disso, vão-se agitando as águas na luta presidencial. Enquanto se vai perguntando aos candidatos ou proto-candidatos o que fariam se estivessem no cadeirão presidencial, Cavaco já marcou as eleições que vão decidir o seu sucessor para 24 de janeiro. Ou seja, quem quer ser candidato tem até à véspera de Natal para oficializar a intenção.
Assim sendo, faltam hoje precisamente 65 dias para e eleição do novo Presidente ocorrer (não se admire se começarem a surgir por estes dias uns "cavacountdowns" para nos ir avisando de quantos dias faltam até Cavaco voltar para a Travessa do Possolo ou para a Praia da Coelha). Tic-tac-tic-tac...

Entretanto, hoje mesmo, o Expresso e a SIC divulgam, pelas seis da tarde, a primeira sondagem da Eurosondagem sobre Presidenciais.

Não posso divulgar desde já os dados, mas posso garantir-lhe que vai valer a pena espreitar as notícias pelo final da tarde. E se julgava que a eleição de Marcelo eram favas contadas (e confesso que eu estou claramente nesse lote) então o melhor é mesmo ir olhar para os resultados porque vai ter uma surpresa… E mais não digo.


(...)


Efeitos das legislativas?
« Última modificação: 2015-11-20 13:35:16 por Jsebastião »
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Joao-D

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #14 em: 2015-11-20 13:59:53 »
O Marcelo pode estar a perder votos à direita por estar a tentar colar-se à esquerda.

Citar
Marcelo gera mal-estar no PSD e há dirigentes que ponderam não o apoiar

Há um profundo mal-estar em alguns sectores do PSD relativamente ao desempenho de Marcelo Rebelo de Sousa. Os sociais-democratas discordam da “colagem demasiado à esquerda” que o candidato à Presidência da República tem vindo a fazer e há líderes distritais que ameaçam não subscrever a sua candidatura se não assumir que tem de haver uma clarificação política em 2016, leia-se eleições legislativas.
http://www.publico.pt/politica/noticia/marcelo-gera-malestar-no-psd-e-ha-dirigentes-que-ponderam-nao-apoialo-1714736





deMelo

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #15 em: 2015-11-29 23:28:42 »
Este domingo entrou pela TV uma candidata a Presidente (a)... sim senhor... 8)
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deMelo

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #16 em: 2015-11-30 12:25:43 »
Este domingo entrou pela TV uma candidata a Presidente (a)... sim senhor... 8)


....quem foi DeMelo ? :-\

A do bloco de esquerda.
Já vi pelo Google, e ela não estava tão arranjadinha como neste fdsemana.

Pareceu-me que poderia ser um trunfo, termos uma sedutora no palácio de Belém.  :-*
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deMelo

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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #17 em: 2015-11-30 12:26:58 »


« Última modificação: 2015-11-30 12:30:21 por deMelo »
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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #18 em: 2015-11-30 12:33:32 »
Não é uma Cicciolina, ou uma Elena Basescu....
Mas...  8)
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Re: Presidenciais 2015/2016 - O Tópico
« Responder #19 em: 2015-11-30 12:55:00 »
Salvaguardando as devidas medidas distâncias, dá assim uns ares de Monica Bellucci...  :D
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