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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 390186 vezes)

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #680 em: 2015-10-23 00:55:59 »
Vai ser engraçado ver tipos como este a votarem a favor do programa de governo do costa se este chegar a ser indigitado.


Aqui (artigo de hoje à tarde): http://www.publico.pt/politica/noticia/deputados-do-ps-a-espera-dos-termos-do-acordo-de-costa-para-decidir-apoio-1711961

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"Seguristas" à espera dos termos do acordo de Costa para decidir apoio

Maioria dos deputados seguristas tenderá a respeitar a orientação do partido nas votações essenciais.

Os 15 deputados tidos como "seguristas" na nova bancada socialista têm na mão o poder de decidir o rumo da nova legislatura. Se o Presidente da República indigitar Passos Coelho como primeiro-ministro e António Costa der indicação de voto a favor de uma moção rejeição do programa de governo da coligação, a aprovação ou chumbo desta moção depende de nove votos. Mas o risco de haver este número de deputados socialistas a deixar passar um programa de governo da coligação parece muito reduzido.

Entre os seguristas, a tendência parece apontar para o respeito da orientação do partido nas votações essenciais, como é o caso de um Orçamento do Estado ou de uma moção de rejeição do programa do governo. No entanto, há quem admita que é preciso esperar para decidir.

A reunião da comissão política desta quinta-feira à noite é, assim, apontada como determinante para uma tomada de posição. Aí, Costa terá de tornar claro aos dirigentes do PS a base de sustentação de um governo à esquerda e o impacto que a aparente discrepância entre os entendimentos com o BE e PCP pode ter para uma solução estável e credível.

Um risco que, contudo, alguns socialistas admitiam ser controlável. “Basta um acordo firme com um dos partidos [à esquerda]”, resumia um socialista, “porque o outro partido deixa de ter autonomia estratégica”. Assim, se um dos partidos à esquerda decidisse deixar de apoiar um governo do PS, e esse governo caísse por falta de apoio, o partido que furasse o acordo ficaria com o ónus de ter deitado abaixo um governo da esquerda.

Mas ainda há algumas hesitações. “Eu estou à espera”, admite Eurico Brilhante Dias, eleito deputado e que foi membro do secretariado de Seguro. “Eu não quero quebrar a disciplina de voto”, afirma o economista ao PÚBLICO. No entanto, dá a entender que a reunião da comissão política do PS desta quinta-feira será determinante para encerrar o assunto: “A única coisa que eu equaciono é olhar para os termos do acordo [que Costa anunciou ter com os partidos à sua esquerda]."

António Gameiro, deputado e presidente da Federação Distrital de Santarém do PS, também não é taxativo. Questionado sobre se votaria contra um Orçamento proposto por um governo do seu partido, responde que “depende, mas em princípio não”. E explica o que o levaria a desrespeitar a disciplina de voto: um Orçamento que propusesse nacionalizações, que colocasse em causa a economia de mercado ou promovesse o desrespeito pelos compromissos internacionais como o Tratado Orçamental europeu.

Também Jamila Madeira considera que “são importantes todos os esforços com vista à estabilidade governativa e para cumprir as premissas que os eleitores expressaram com o seu voto”, desde que sejam salvaguardados os princípios constitucionais. Não se compromete, porém, com uma posição, porque diz que o “caminho é estranho”.

Ao PÚBLICO a deputada eleita por Faro diz não conhecer os detalhes dos acordos entre o PS, o Bloco e o PCP, razão pela qual recusa “fazer extrapolações”. “O caminho é estranho, é um caminho que não nos é habitual e, portanto, é preciso que sejam salvaguardadas alguns aspectos, dadas as divergências que existem à nossa esquerda e que são divergências relevantes.” E deixa uma pergunta: "De que forma estão a ser salvaguardadas essas divergências? Desconheço, mas acho que não são coisas de pormenor, são coisas substanciais.”

Fiéis à disciplina de voto

Mas há também, entre os deputados agora eleitos e que apoiaram Seguro contra Costa, quem afaste terminantemente a possibilidade de ir contra a actual direcção. Um destes é o presidente da distrital do Porto, a maior do país. “Respeitarei a orientação do partido, porquanto ela corresponda a uma orientação política dos seus órgãos internos”, assevera José Luís Carneiro. Para justificar a sua posição, Carneiro lembra que os candidatos a deputados assinaram uma carta de princípios em que se comprometiam a respeitar a disciplina de voto em matérias que envolvessem questões relacionadas com o governo do país.

Também reeleita, Maria Rosa Albernaz assume uma posição clara: “Sou militante do PS desde antes do 25 de Abril e a minha vida tem sido sempre a defender as posições do PS, submetendo-me às maiorias.” O respeito pelo partido implica para a deputada que, “em questões de governo ou questões políticas essenciais para o partido, [vai] sempre pela decisão da maioria”.

A posição de Albernaz, que não faz parte da comissão política, vai ao encontro de quem admite outra possível divisão interna no PS. A saber, a que opõe os que são a favor do respeito pelos resultados eleitorais e seus vencedores e os que defendem a legitimidade de um governo PS apoiado pela maioria de esquerda. Mas aí a violação da disciplina de voto parece difícil de se vir a verificar.

O deputado Vitalino Canas, tido como um socialista com posições mais ao centro, descarta a possibilidade de virar o seu voto contra o partido. Questionado sobre a possibilidade de votar contra a disciplina partidária, Canas responde: “Absolutamente, não.” Lembra o regulamento do grupo parlamentar, mas acrescenta que nem precisaria dessa linha de orientação. “Mesmo que assim não fosse, não me passaria pela cabeça fugir à disciplina de voto.” Por ser um “institucionalista”, acrescenta, votaria sempre com o PS, “independentemente do governo que esteja em causa”.

Sem hesitações, a deputada independente Helena Freitas diz que será leal a António Costa com a decisão que vier tomar em relação a uma solução governativa, mas também sublinha que, “se em algum momento sentir que os [seus] princípios venham a ser postos em causa" sai.

“Tenho a certeza que António Costa está a fazer uma avaliação sensata da situação e não posso dizer muito mais, porque não conheço os detalhes do acordo e a situação em concreto. Seria precipitado”, declara ao PÚBLICO.

A deputada, que lidera a lista por Coimbra, acrescenta que “há um mandato muito claro para encetar uma dinâmica de compromisso e que António Costa interpretou e procurou fazê-lo à esquerda e à direita”. Sublinha que este “é um momento de compromisso e António Costa interpretou-o da melhor maneira”.

O deputado e líder da distrital socialista de Viseu, António Borges, avisa que os “parlamentares têm compromissos de disciplina no grupo parlamentar, responsabilidades perante o país e para com o secretário-geral” e considera “prematuro” que se tomem decisões definitivas sem se conhecer a solução ou o programa de governo.

António Borges, que apoiou o ex-líder socialista, não tem “nenhum preconceito” em relação a um governo liderado pelo secretário-geral: “Só isso é a garantida do cumprimento dos compromissos internacionais, é a garantia do regresso às políticas que eu próprio perfilho.” “Naturalmente que ainda não conhecemos qual é o acordo final que estará em causa, mas da minha parte a prioridade é afastar esta direita do governo, sobretudo, depois do que ela fez durante quatro anos.”

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #681 em: 2015-10-23 01:02:27 »
"E só pode demitir o Governo, ouvido o Conselho de Estado, quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas (o que significa que não o pode fazer simplesmente por falta de confiança política)."

Essa situação não se coloca neste momento, pq existe uma outra lei que diz que o PR não pode dissolver a assembleia da republica nos últimos 6 meses do seu mandato, e o PR já está no fim do mandato.

O que vai acontecer agora é que a coligação de direita vai formar governo nos próximos 10 dias.
Poucos dias depois, vão haver várias moções de rejeição votadas no parlamento, colocadas por BE, CDU e possivelmente tb pelo PS. Se as moções de rejeição forem aprovadas pela maioria dos deputados o governo cai. Para não cair é preciso que 8 deputados do PS e um do PAN ou 9 deputados do PS não votem a favor.

Se o governo cair, o Cavaco pode manter o governo em gestão até ao fim do seu mandato e o próximo PR marcará novas eleições, ou pode dar posse ao governo de esquerda.

Se optar por não dar posse ao governo de esquerda poderá dar o exemplo de 1987.
Em 1987, o parlamento derrubou o governo minoritário PSD de Cavaco, havia uma maioria no parlamento (PS + PRD) que queria governar, mas o PR da altura (Mário Soares) optou por marcar novas eleições, que foram ganhas pelo PSD de Cavaco com maioria absoluta. Essa moção de censura que derrubou o governo foi colocada pelo PRD. Esse partido acabou por se extinguir passado uns anos. Os discursos de Cavaco nessa altura devem ter sido muito duros, talvez similares ao ultimo que fez, e dizem que ele era tb muito popular na altura, especialmente pelo eleitorado feminino.  :)
« Última modificação: 2015-10-23 01:06:55 por João-D »

Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #682 em: 2015-10-23 01:18:23 »
nunca falam na fidelidade ao voto daqueles que os elegeram mas sim ao partido. que marionetas...
esta do vitalino canas define bem os princípios daquela gente (e são todos assim, da esquerda à direita).

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O deputado Vitalino Canas, tido como um socialista com posições mais ao centro, descarta a possibilidade de virar o seu voto contra o partido. Questionado sobre a possibilidade de votar contra a disciplina partidária, Canas responde: “Absolutamente, não.” Lembra o regulamento do grupo parlamentar, mas acrescenta que nem precisaria dessa linha de orientação. “Mesmo que assim não fosse, não me passaria pela cabeça fugir à disciplina de voto.” Por ser um “institucionalista”, acrescenta, votaria sempre com o PS, “independentemente do governo que esteja em causa”.

Incognitus

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #683 em: 2015-10-23 01:47:59 »
O Cavaco não quer uma solução de esquerda porque tem medo de ir parar à choldra

O problema não é uma solução de esquerda. O problema mesmo são os malucos do BE e PCP. O Cavaco pelos vistos ainda lhe sobra algum juízo e por isso não quer malucos no governo.
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #684 em: 2015-10-23 01:49:49 »
Vejo uns quantos comentários a avaliar a coisa ao contrário no que toca aos "seguristas" e "pontapeadores de Costa". O que se está a passar é exactamente o contrário: união mais coesa dentro do PS por causa do discurso do PR. Mais do que isso: união mais coesa entre as várias esquerdas. Esqueçam a hipótese de rebelião no partido contra a disciplina de voto---not gonna happen.
é provável.

mas também pode haver oportunismo para o pós costa porque muitos percebem que o costa + esquerda vai cair em 1 ou 2 anos, por desentendimento entre a esquerda, e ser fortemente penalizado pelos eleitores.

se a moção de rejeição não for aprovada haverá um novo líder no ps. o ppc é PM, deixam cozinhar a paf um ou dois anos e com um líder mais moderado (um assis, por exemplo) conseguem um bom resultado daqui a 2 anos.

neste momento estar alinhado com o costa é um suicídio a 2 anos.

Ninguém pensa a prazos tão longos. Mais vale 1-2 anos de tachos na mão, do que tachos a voar daqui a 1-2 anos.

A pressão para o PS governar é forte seja como for, estamos a falar de pessoal que estrutura a sua vida em torno de estar no Governo regularmente (seja no PS, seja no PSD, entenda-se). Os únicos que ainda não sentem essa pressão até são os do BE e PCP. Não faz deles melhores, apenas os faz menos conhecedores dessa realidade, logo se habituam.
« Última modificação: 2015-10-23 01:50:46 por Incognitus »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #685 em: 2015-10-23 01:52:09 »
é o parlamento que decide e é o parlamento que tem de chumbar. o cavaco não pode saber se todos os deputados do ps+pcp+be votam contra. então e se houver dissidentes ?
fez muito bem (embora eu já nem esperasse que ele tivesse bolas para obrigar o costa a chumbar isto - o cavaco surpreendeu-me pela positiva, no discurso e na decisão)
Também me surpreendeu,
Aliás, para mim, foi o melhor discurso que ele fez até agora.

Sim.
Foi um bom discurso de Cavaco.
Ele recusou-se a indigitar costa e afirmou mais : Um governo de esquerda levaria a que os mercados perdessem confiança em Portugal.
O juro subisse, etc.

O Desemprego subisse etc.

A Aposta de cavaco é que  os deputados do PS se dividam, viabilizando o governo.

E se isto não acontecer ?

O PR tem todas as cartas.

Devia era saber jogá-las.

Pode nomear costa como primeiro ministro.

O Pais afunda,

E Aí Cavaco  dissolve assembleia , convoca novas eleições e costa é obliterado.
Essa seria a minha solução preferida.


presevar  Coelho para segunda rodada, esturricar costa...., e convocar novas eleições.


Então e se---grande galo para o país---o desempenho do Costa fosse, imaginemos, minimamente e surpreendentemente razoável?

De início e exceptuando medidas malucas à Syriza, o desempenho seja de quem for é razoável ... continua basicamente o trajecto actual. Sem radicalismos não existem colapsos a 6 meses, 1 ano, ou mesmo 2 anos (excepto com uma recessão vinda de fora).
« Última modificação: 2015-10-23 01:52:34 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Plasx

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #686 em: 2015-10-23 02:43:38 »
Contrariando o que muitos dizem e opinam (que o PR ajudou a posiçao do PS), para mim o PR acabou de entregar uma pistola com uma bala ao Costa. Vamos ver agora se o Costa sai de fino ou se comete suicidio.

Se o PS provocar a queda do Governo, o PR vai provocar a queda do PS tal será a afronta (PR no seu entender) feita pelos socialistas ao "apelo/aviso" do PR. Nao tenho duvidas que acontecendo a queda do Governo, nas proximas eleiçoes (a serem realizadas em 8Meses+-) a coligaçao á direita terá maioria absoluta. O PS terá muitos problemas se voltar a concorrer sozinho e ser novamente humilhado nas urnas... ou vao se coligar antes das eleiçoes com CDU e BE?

Está um jogo "bonito"...mas o País que se lixe

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #687 em: 2015-10-23 08:02:09 »
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Citação de João-D


Se o governo cair, o Cavaco pode manter o governo em gestão até ao fim do seu mandato e o próximo PR marcará novas eleições


.....time will say, but......também acredito neste prognóstico.....eh.eh.... 8)
« Última modificação: 2015-10-23 08:02:44 por Batman »

Pip-Boy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #688 em: 2015-10-23 08:30:32 »
O Cavaco é mesmo burro politicamente, foi extremar a posição e colocar-se como inimigo a abater, o que só dá mais união ao PS e motivos ao BE/PCP para apoio.

Se tentar forçar ainda mais a posição com um governo de gestão o PS ganha as próximas eleições na calma. As pessoas não gostam de sentir que votaram mas que só os votos de que o PR gosta contam.
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #689 em: 2015-10-23 09:05:05 »
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Os nervos da direita europeia

O que se passa em Lisboa e o perigo de chegar a Madrid.

A direita europeia, que durante dois dias se reuniu em Madrid sob o chapéu do Partido Popular Europeu, está muito nervosa e tem razões para isso. Os resultados eleitorais em Portugal e a situação política daí decorrente têm estado debaixo de fogo, mas o que verdadeiramente preocupa os partidos conservadores da União são as eleições gerais em Espanha, marcadas para Dezembro. O que temem é a influência que o exemplo português possa vir a ter no contexto das negociações que naturalmente ocorrerão, caso nenhum partido obtenha a maioria absoluta nesse sufrágio – como, de resto, indicam as sondagens que têm vindo a ser publicadas no país vizinho......

texto integral: http://www.publico.pt/politica/noticia/os-nervos-da-direita-europeia-1712062?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29

Zakk

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #690 em: 2015-10-23 09:17:24 »
O Cavaco é mesmo burro politicamente, foi extremar a posição e colocar-se como inimigo a abater, o que só dá mais união ao PS e motivos ao BE/PCP para apoio.

Se tentar forçar ainda mais a posição com um governo de gestão o PS ganha as próximas eleições na calma. As pessoas não gostam de sentir que votaram mas que só os votos de que o PR gosta contam.

pois eu acho que muita gente que votou PS foi surpreendida com a coligação de esquerda, no mínimo não vai votar em ninguém.

Pip-Boy

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #691 em: 2015-10-23 09:38:00 »
O Cavaco é mesmo burro politicamente, foi extremar a posição e colocar-se como inimigo a abater, o que só dá mais união ao PS e motivos ao BE/PCP para apoio.

Se tentar forçar ainda mais a posição com um governo de gestão o PS ganha as próximas eleições na calma. As pessoas não gostam de sentir que votaram mas que só os votos de que o PR gosta contam.

pois eu acho que muita gente que votou PS foi surpreendida com a coligação de esquerda, no mínimo não vai votar em ninguém.

Mas o PS apela sempre ao voto útil para obter maioria sozinho e não depender de coligações. Caso o BE/PCP sejam impedidos de apoiar um governo ainda mais força dá ao PS para fazer esse apelo e concentrar votos.
Por isso é que acho este discurso do PR um erro enorme, basicamente esvaziou o BE/PCP de utilidade, só servem para fazer número aparentemente.
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #692 em: 2015-10-23 10:32:51 »
o discurso do Cavaco foi um discurso vergonhoso e tendencioso impróprio dum Presidente
o pior Presidente da História da nossa democracia
mas não se podia esperar mais dum palhaço corrupto
eu já estava à espera, não foi surpresa nenhuma

Pedro.J50

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #693 em: 2015-10-23 10:56:25 »
é o parlamento que decide e é o parlamento que tem de chumbar. o cavaco não pode saber se todos os deputados do ps+pcp+be votam contra. então e se houver dissidentes ?
fez muito bem (embora eu já nem esperasse que ele tivesse bolas para obrigar o costa a chumbar isto - o cavaco surpreendeu-me pela positiva, no discurso e na decisão)
Também me surpreendeu,
Aliás, para mim, foi o melhor discurso que ele fez até agora.

Sim.
Foi um bom discurso de Cavaco.
Ele recusou-se a indigitar costa e afirmou mais : Um governo de esquerda levaria a que os mercados perdessem confiança em Portugal.
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A Aposta de cavaco é que  os deputados do PS se dividam, viabilizando o governo.

E se isto não acontecer ?

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Então e se---grande galo para o país---o desempenho do Costa fosse, imaginemos, minimamente e surpreendentemente razoável?

De início e exceptuando medidas malucas à Syriza, o desempenho seja de quem for é razoável ... continua basicamente o trajecto actual. Sem radicalismos não existem colapsos a 6 meses, 1 ano, ou mesmo 2 anos (excepto com uma recessão vinda de fora).

Bom dia Incognitus.
É bom rever nomes conhecidos,
Se o  costa fôr razoável ficará debaixo de fogo do PCP e BE o PAF pode não o apoiar . caindo costa.
Ao Aliàs-se à esquerda Costa está a entrar em areias movediças.

Vai desestabilizar espanha dando novo alento ao podemos ,vai agitar os mercados ,pode desfazer o qye fez coellho.

Mas o opovo portugues escolheu,

Agora aguente-se



Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #694 em: 2015-10-23 11:15:21 »
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Os nervos da direita europeia

O que se passa em Lisboa e o perigo de chegar a Madrid.

A direita europeia, que durante dois dias se reuniu em Madrid sob o chapéu do Partido Popular Europeu, está muito nervosa e tem razões para isso. Os resultados eleitorais em Portugal e a situação política daí decorrente têm estado debaixo de fogo, mas o que verdadeiramente preocupa os partidos conservadores da União são as eleições gerais em Espanha, marcadas para Dezembro. O que temem é a influência que o exemplo português possa vir a ter no contexto das negociações que naturalmente ocorrerão, caso nenhum partido obtenha a maioria absoluta nesse sufrágio – como, de resto, indicam as sondagens que têm vindo a ser publicadas no país vizinho......

texto integral: http://www.publico.pt/politica/noticia/os-nervos-da-direita-europeia-1712062?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29



Dentro do mesmo artigo, destaco outro ponto que me parece manifestamente mais importante do que a questão do "medo de contágio" e do "perigo" (eheh) para a direita em Espanha:

Citar
Ora a hipótese de formação de um governo de esquerda em Portugal cria condições objectivas para uma contaminação política tendente ao enfraquecimento da influência do PPE, o que também explica o radicalismo de alguns dos seus dirigentes. O que não é aceitável é a notória intromissão desses dirigentes em assuntos que apenas dizem respeito aos portugueses e ao seu direito inalienável de encontrarem eles próprios as soluções que entenderem de acordo com a sua Constituição e as leis em vigor. Sobretudo quando tais interferências usam e abusam de argumentos primários baseados em ameaças e com o objectivo de espalhar o medo, como fizeram Joseph Daul, presidente do PPE, ou António Lopez-Isturiz, secretário-geral do mesmo partido. O recurso a este argumentário também é, por si só, sinal da fragilidade do actual discurso do establishment europeu, que já não consegue disfarçar a sua falta de soluções e é incapaz de mobilizar e seduzir os cidadãos da União em torno de projectos e causas comuns.
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #695 em: 2015-10-23 11:42:29 »
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul

Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #696 em: 2015-10-23 11:47:58 »

itg00022289

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #697 em: 2015-10-23 11:52:11 »
Seja como fôr..., a melhor opção talvez fosse Costa,
Em seis meses piorava tudo ,´Costa saia desfeito, já que não tem o charme do Tsipras
My point exactly !

Se por ventura ficar um governo de gestão quem sai mais chamuscado durante esse tempo será quem está frente daquilo.

Reg

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #698 em: 2015-10-23 11:56:16 »
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul

Olha que nao! O Humberto Delgado nao era comunista
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

mibusiness

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #699 em: 2015-10-23 12:50:04 »
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul

Nessa linha de raciocínio o Fidel é/foi um verdadeiro salvador humanista por ter combatido e derrubado a ditadura elitista de Cuba em prol do povo!